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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

A instabilidade das incertezas

            No momento em que escrevo não me sinto bem, nem sei que hei-de dizer ao certo. Na verdade, sinto que algo quer que eu me cale para sempre [ou que, simplesmente, não diga e viva silenciado], algo como seja uma multiplicidade de variáveis, coisas que eu não consigo definir ou talvez não deva definir. O meu ser orgânico não está em paz, minhas hormonas não devem andar bem, minha mente está perturbada. A minha expressão não é manifestada como deve de ser, minha interacção com o mundo social tende a ser incoerente, talvez mesmo entrópica, sinto-me a decair sem a satisfação normal de ter vivido. Acho que compreendo as coisas, mas talvez seja só compreensão à minha maneira, sem conseguir explicar o que sinto, vejo e como compreendo. Sei que a minha consciência está num grau incomum, em que consigo sentir de uma maneira diferente da ‘normalidade’ dos outros, talvez. Tudo à minha volta tende a querer encaminhar-me por um caminho que eu tento evitar em que eu não consigo perceber o porquê disso. No fundo continuo fechado em mim próprio, com uma consciência da vida muito particular, muito própria, a não conseguir interagir com o mundo que me envolve de uma maneira normal, e o pior é que me sinto mal; sei que deve ser por esse ‘algo’ que não me sinto bem, essa causa que eu não consigo combater, esse aprisionamento do qual eu não consigo sair. Gostava que o mundo fosse à minha maneira, como uma criança que se acha a coisa mais importante e que o mundo todo gira à sua volta. Feliz ou infelizmente não passo, como talvez ninguém e cada um de nós passa, de uma pequena parte de um todo muito complexo e infindável, e, sendo assim, é tão bom quando encaixamos bem nesse todo, quando tudo corre de vento em popa, e é tão difícil quando estamos desajustados com esse sincronismo, quando o atrito é imenso e, aparentemente pelo menos, é incontornável ou não evitável. A minha mente tem-se expandido com a experiência, meu conhecimento tem aumentado enormemente, mas meu ser não consegue lidar com tamanha informação que provem de todos os lados, entra em desequilíbrio, facilmente. Não consigo entender porque as coisas são como são e se dão como se dão. Vejo o que me é mostrado sobre a guerra mundial, a 1ª ou a 2ª, e não entendo de onde vem a raiz do mal, mas também, mesmo, não consigo entender de onde vem a raiz do bem, em verdade não consigo entender porque tem de existir o paradoxo do bem e do mal em simultâneo. Tanto ser vivo, tanto ser humano morto em guerras sem uma causa que se perceba, e no entanto sentimos que temos que viver e morrer; Nós, homens, somos predadores e presas ao mesmo tempo. Porque tem de tudo ser assim? Parece que tudo se dá ao acaso, e isso não está de acordo com o que aprendi, de que havia um Deus, uma justiça, que dirigia o futuro deste mundo e do Universo, e não consigo livrar-me e aceitar que tudo é uma acaso, que o Universo joga-nos a seu bel-prazer, com uma insignificância atroz, e sem justiça, no sentido de que muitos de nós que agimos na tentativa de ser correctos e equilibrados neste mundo somos os que mais sofremos por causas que nos ultrapassam e que parece impossível de, algum dia, entender. Quero justiça na minha vida, peço-a ao desconhecido, a ‘algo’ que não percebo, ainda... Eu sinto que compreendo, mas este paradoxo de que ao mesmo tempo não compreendo, acompanha-me. Eu vivo, mas esta incerteza de vida, esta vida de sociedade em que o mal brota de onde menos se espera e que quer trazer a morte até nós, que nos quer ter cativos dele [do Mal], deita-nos abaixo até pensarmos que seremos injustiçados neste mundo e tudo foi em vão, alem de que põe em causa tudo o que existe e que faz parte do meu conhecimento, sendo que Deus nunca deveria ter sido um dado adquirido, mas um dado a tentar descobrir. A verdade é que tenho medo, a minha vida é cheia de medos e incertezas. 

Uma nova consciência [Emerge de mim]

            Estou diferente. Sou a mesma pessoa, na conduta que me rege, no entanto muito em mim mudou, quero crer nisso pela maneira como me sinto e me vejo. Não sou mais uma criança, e ainda, no entanto, continuo à procura dos significados de ‘criança’, ‘jovem’ e ‘adulto’, porque ao mesmo tempo eu sinto-me como se sempre tivesse sido o que sou e da maneira que sinto, apenas cresci fisicamente e tenho mais conhecimento. Particularmente, sinto que a minha consciência mudou, e ela continua emergindo, daquilo onde sempre eu fui e existi. O Professor Marcus du Sautoy, na BBC, fala da existência de um código em tudo o que existe ao nosso redor, do qual fazemos parte, fala de um código matemático, o qual tenta demonstrar através de exemplos concretos que existem à nossa volta, de compreensão relativamente acessível para quem tem conhecimentos básicos de matemática. Mas eu ao ver estes documentários dele, assim como tenho visto outros documentários dele e de outros de outro tipo, sinto-me a crescer para lá dos meus limites, o meu conhecimento transborda constantemente, a minha consciência de mim e do mundo que me envolve e mesmo do Universo aumenta consideravelmente. Não sei onde este caminho me vai levar, mas já vim de muito longe até aqui, e sinto-me um privilegiado por estar aqui e saber e ser o que sou, por sentir algo novo como estou a sentir no presente, como se fosse a dádiva de algo para comigo. Mas tal como todos os seres sou um ser delicado e não quero ser magoado, que não quer deitar tudo o que sei e sou a perder. E realmente convenço-me cada vez mais que é possível compreender, o que somos e o que existe à nossa volta, como se tudo pudesse ser simplificado, sem no entanto querer dizer com isto que o conhecimento e compreensão de que falo seja um dado adquirido para qualquer pessoa, mas sim para um numero mais reduzido de pessoas, e muitas só com muito esforço ultrapassarão os limites a que algo exterior a elas as tenta limitar e controlar, essa estranhas e inúmeras variáveis que nos envolvem. Muito do que vem a ter até mim, é a confirmação de algo que eu já senti no tempo passado da minha vida, como se eu previsse aquilo que me é demonstrado, através dos meus olhos, do meus ouvidos, da minha mente, enfim, de todo o meu ser; muito do que vem até mim me fascina assim como me fascina o porquê de eu ter nascido com esta conduta de vida, com esta maneira de ser e de sentir que me apreendeu e me trouxe até hoje. A minha vida não tem seguido consistentemente e dentro de um limite como um rio que segue dentro daquelas suas margens, quero dizer, com o gosto por uma única coisa, por uma única profissão, por um conhecimento particular esquecendo, digamos, ‘que tudo o resto existe’ ou que não é comigo tudo o que de resto se passa à minha volta. Assim, tenho adquirido ao longo da minha vida um conhecimento muito generalizado de tudo o que consigo abranger dentro do tempo que vou tendo e com a motivação que me vai surgindo ao longo desse tempo. A minha cabeça não tem parado de trabalhar ao longo de todos estes anos, segundo após segundo, tentando compreender aquilo que deveria ser para não compreender ou esquecer, que tudo é um acaso, que não interessa analisar, a minha vida, o porquê de tudo isto que sou eu e do que se passa (?), comigo em particular; Pensando fortemente eu aprendo, além de tudo o que sinto e comparo e associo, tudo, dentro desta caixa mágica que está bem em cima do que eu sou. É óbvio que poderão dizer que isto, que este modo de estar na vida, não me dá o pão de cada dia, e é verdade (!) que não me tem dado o ganho monetário para viver [vi-me algures no tempo perdido e a querer desaparecer sem saber o que fazer para ganhar tostão na vida, até que encontrei um emprego para ter algum metal ou papel mais estúpido que alguém inventou como tendo valor em si]; mas quem sabe se (este modo de estar na vida) não tem facilitado a minha existência que de outro modo seria pior, muito pior, por tudo o que tenho dito neste blog, como se fosse uma chance de ultrapassar a minha vã existência tornando-a em algo especial – mas tenho a dizer que tem sido uma maneira de viver oculta, dentro de mim, e vivida nos tempo livres, aqueles de quando quero fugir ao destino fútil que me quer envolver -. Eu sou generalista, e eu me tento relacionar entre toda esta generalidade da qual faço parte, com o Universo, e tento perceber o ‘como’ e o ‘porque’ o Universo fala assim à minha alma e ao meu ser, porque não sou eu mais nem menos do que qualquer outro ser existente neste planeta, apesar de sentir como sinto e de pensar que sou especial. Eu tento estar, como sempre ‘optei’ [ou talvez não tenha sido opção] por estar no centro de tudo, perto da média, perto do equilíbrio, o ponto ou a zona mais difícil de estar neste mundo, por ela ser tão breve em qualquer medida de tempo a que nos refiramos. É aí, no equilíbrio, no centro ou na média, entre os extremos, que reside a virtude da vida, e é ai que eu tento pôr a minha virtude. Ainda sobre o Professor Marcus du Sautoy e os documentários que fez sobre ‘o código’, ele refere a existência do caos na vida, da complexidade que algo toma à medida que o tempo passa e à medida que as variáveis aumentam, referindo-se ao mesmo tempo da existência de padrões que se tendem a descobrir. Ele se refere à existência perene e ocasional de padrões perfeitos (geométricos em particular entre outros), coincidindo com o que eu já disse outrora aqui sobre a existência escassa e difícil de atingir, as perfeições; extrapolando, as acções dos seres vivos perfeitas que tenderemos a compreender com o tempo, à medida que ele urge e o espaço equilibrado e vital para nós se tende a deteriorar.

            Tento estar no equilíbrio, no centro, na média, na perfeição, na virtude, mas a verdade é que isso é complicado a maioria das vezes, porque parece ser quase impossível, se é que o não é ser ou estar de tal modo. As forças que nos envolvem, as pessoas que me envolvem não pensam como eu, não têm a mesma conduta - e nem todos somos bonitos e com sorte -, nem todos ambicionamos o equilíbrio porque o homem ousa tentar pôr à prova o equilíbrio, desequilibrando-o, sem necessidade, blasfemando a sua breve existência, semeando a má semente entre a boa semente, parafraseando a literatura bíblica, quando ele tem a capacidade de separar o trigo do joio. Talvez a minha perfeição seja um estado de espirito meu, que eu ambiciono, e que se torna tão difícil de alcançar. Terei pena se um dia a minha vida descambar para o incerto desequilíbrio, como já senti alguma vez na vida, duvidarei de tudo outra vez, e terei medo de me esquecer o que sou e o que fui, de esquecer a relação de forças (parentais, em particular, entre outras) que me moldaram. Acho que sou capaz de me reparar, de tornar o mau passado em bom futuro. Muito de mau vem ao meu encontro até ao momento presente, não encontro em quem confiar e parece-me que as pessoas estão sempre a lixar-me, não sei porque se passa isso, mas ambiciono que tudo isto mude, e a forças da confiança me ilumine e me faça prosperar no que é certo e viva feliz o resto do tempo que ainda tenho. Assim, o iceberg degela e emerge cada vez mais pequeno.

 

E o que disse tá dito [extracto 22-03-04 actualizado]

 

E o que disse tá dito. Assim são alguns que não eu. Sinto-me esgotado, a força da vida não me acompanha. Recordações, memórias surgem na minha mente como se já tivesse vivido o que tinha para viver, como se fosse velho, mas continuo a viver. Senti o que muitos outros sentiram, sinto o que muitos outros sentem, sinto de mais, sinto por muitos, claro que não por todos. Possa eu por em prática a minha maneira de ser e eu seria o homem mais poderoso do planeta. Forte e livre! A minha liberdade acima da dos outros! Mas não tenho fôlego sequer. Não perca eu a razão, a fé, a esperança que ainda me resta! A esperança de que um dia ainda serei realmente livre, e vejo que quando olhar para trás eu verei que fui realmente livre, fui grande em pensamentos. O caminho de Deus versus o caminho do homem, qual? Meu Deus como sou tão fraco, porque aparento ser forte? Porque me rotulam? Porque não expresso os meus sentimentos? Porque não me é permitido falar? Porque eu não me permito falar? Estou away, estou fora, estou desligado, estou queimado. Quero renascer, quero ser grande e forte, saber o que estou a dizer, saber o que estou a fazer. Não posso mudar o mundo, acho que nem a mim posso mudar quanto mais. Dá ao slide, foge, desvia-te. O homem, o homem, condenado à perdição, à destruição, eu condenado com os meus pensamentos que desfazem as ilusões.

Vamos mudar o discurso. Tudo é tão bonito lá fora, lá fora assim como dentro de nós. O homem é um ser condenado a ser feliz, assim porque eles são todos iguais, feitos de carne e osso. No meu pensamento só ocorrem coisas bonitas, tudo corre sem stress e sinto-me um ser perfeito. Porque falam tão bem de mim? Sinto-me tão vivaz que aposto que vou viver duzentos anos (200). Porque tenho que eu falar sempre de coisas boas, não havendo um problema que me atormente? Porque tenho eu tantos amigos, tantos que eu não sei com quem hei – de estar em cada dia da minha vida. Tudo vai de vento em popa, não há nada com que me preocupar. Compreendo todos os homens do mundo porque “quem vê o seu povo vê o mundo todo”. Só consigo imaginar em como as pessoas são alegres e divertidas, como todos são tão inteligentes e vão construir um mundo melhor, e essa é que é a realidade. Custa tanto dizer as boas verdades da vida, que até desejava que houvesse coisas más. Na verdade quero ir para onde as ruas não têm nome. Na verdade tudo o que eu digo é condicionado por variáveis incontáveis que me ultrapassam longemente. Na verdade e somente na verdade eu me baseio, e a verdade é que há verdades que me satisfazem. A verdade que encontro a cada dia que passa. Sou feliz com a mudança. Não me quero ver de fora, quero ver-me de dentro para fora. Cada vez sou menos condicionado, e isso dá-me ânimo.

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