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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Evolução

         Mais de um mês se passou. O tempo passa de maneira diferente, à medida que o tempo vai passando. A força da juventude para o ultrapassar decai à medida que o nosso tempo passa, até ao ponto em que ficamos cada vez mais para trás na caminhada. A minha jornada já está em atraso em relação à atualidade, tenho a certeza, já faz algum tempo, e sei que o retrocesso irá continuar. Mas, julgo que da perspetiva do universo, o tempo está mesmo a abrandar, os sistemas do Universo estão abrandando. A terra cada vez gira mais devagar, para quem não ouviu ou pensou nisso a terra girava mais rápida há milhões e milhões de anos, já consegui absorver esse entendimento. O tempo urge, a intensidade com que o mundo humano se move é demasiada para o equilíbrio do planeta. A mudança está mais acelerada, isso é certo; o que vai acontecer, não sabemos ao certo, mas podemos ter a expectativa de que uma mudança tão repentina não é boa a médio ou longo prazo, falando a respeito do equilíbrio natural do mundo; muitos seres irão sofrer, em muitos casos para outros estarem (relativamente) bem. Deve ser previsível que a partir de determinado e incerto ponto no futuro mais ou menos próximo tudo começará a descambar em algo nunca visto, neste ‘big brother’, ao vivo. O meu desejo para o mundo foi o melhor, na minha simplicidade, com que nasci. Desejei o melhor para o mundo e para mim, como é evidente. Fui na procura, e continuo buscando, das forças que me fazem mover e fazem mover o mundo, tentar percebê-las. E é certo que vou entendendo a maneira geral como as coisas se relacionam. A deceção com o que me vou deparando é enorme. As pessoas são uma massa confusa. Agem de maneira errática, sem um propósito de futuro. E eu vejo o mal que elas encerram; sinto o mal delas à minha volta, eu próprio sinto despertar o que de pior há nessas pessoas que me envolvem, em vez de gerar o que de melhor há nelas; As massas não se controlam, assim como eu não tenho controlo sobre mim nessa força imensa com que o bem e o mal se digladiam. As pessoas são indiferentes, não têm tempo nem sabedoria para apreciar e saber agir segundo a paz, para viverem com inteligência. Este é um sentimento que tenho, não confio nas pessoas na vida real (porque na virtual ainda vou entendendo o altruísmo e a tolerância e o sentido de partilha, de informação que existe); oxalá eu ainda sinta que as pessoas não são todas iguais. É provável que o problema parta de mim e só me afete a mim e quem me envolve. Tenho um pouco de conhecimento de psicologia e comportamentos para perceber a ação e atitude das pessoas, compreendendo o que vai dentro delas, muitas vezes, ou só reparo no que devia ignorar, no que é mau nelas. Percebo agora que não as posso mudar. Muito pouco posso mudar. Como podem essas pessoas viverem a pensar que tudo o que se passa é um acaso, que esta terra se formou por sucessivos e imensos acasos favoráveis à evolução; como podem dissociar a ciência da Fé? Como podem ser indiferentes? Porque o mal age quando o bem se quer instalar?

            Não represento ninguém, contudo, a minha língua é a portuguesa e a minha terra mãe é Portugal; Sou um ser que procura ser feliz, mas que paradoxalmente quanto mais procura a felicidade mais o oposto força a que não seja feliz ou pelo menos impede que fique satisfeito com a vida, fazendo parte daqueles que se sentem do mesmo modo. Não queria influenciar negativamente o meu mundo e o dos outros e no entanto tenho esse efeito em quem não devia e que não sei como combater; Em quem devia ter o efeito de tocar não toco, ou talvez toque: os imbecis, os indiferentes, os malévolos, os assassinos, os guerrilheiros, os que lutam em nome de Deus, quando Deus não pede para lutar, burros, filhos do Diabo, que não agem para se defender, agem por pura maldade; terrorismo, guerras sem sentido, gente demasiada no mundo, falta de um senso de sabedoria, sei lá! A ilusão: do mal virtual, da errónea interpretação da vida; o simples mundanismo social a que o homem se entrega, formando ideais e culturas excessivas que jamais poderei compreender ou muito menos absorver; a maldade encoberta pela paz...; Talvez seja eu, a culpa em mim mesmo, que tive azar de não fazer parte da evolução, no sentido da melhor parte, de eu ser assim, como sou, insatisfeito, incapaz de viver normalmente, sem me questionar também, de não ser sensível a tudo, não aceitar o acaso. E no entanto, o mal tem de ser combatido, a paz tem de reinar, a sabedoria tem de conquistar os seres, a evolução é para o bem, por isso dizemos: <<evolução>>; somente.

Assuntos hodiernos

     Hoje sinto-me internamente, subjetivamente, não manifestamente, eufórico no sentido que me apetece dizer algo. Imagens passam diante meus olhos manifestando-se apenas na minha mente de que algo de grande se pode verbalizar. O mundo está numa mudança acelerada, as nossas mentes andam aceleradas, embora nem todos tenham capacidade para gerir tais mudanças, eu, certamente, sou um dos que não tenho, mas, por breves momentos no tempo, quando me sinto especial novamente, até parece que realmente tenho capacidade e sou realmente especial; o que para mim é evidente, pois não posso escolher outra vida que não a minha, nem outro ser quem não o meu, nem outro tempo que não o que me é permitido viver. As mentes estão de algum modo conectadas, sinto-o, embora não consiga perceber de que modo o estão. Sinto algo fantástico que me é difícil dizer, algo que é sinónimo de compreensão mas que não consigo verbalizar - pensar coerentemente, segundo o senso comum não é comigo, é minha dificuldade original, logo é para mim evidente que o efeito de tal causa seja não conseguir verbalizar facilmente, o que lhe poderá parecer paradoxal ao estar a escrever este texto para si. Compreendo que neste mundo há perspetivas sem fim. Percebo que a minha vida é feita de dificuldades que jamais poderão interessar a alguém. Sei que há coisas que nunca deviam ser questionadas para se viver em conformidade com o ‘espírito da época’, vou chamar assim á usualidade psíquica dos tempos que correm em determinados momentos no tempo; Eu penso que questionamos sem saber o porquê disso, comigo foi assim, tudo começou e não mais parou - talvez a sobrevivência esteja em causa, e por isso o homem pensante pensa, para resolver a dificuldade vital; no meu caso, acomodando-me no certo e conhecido evitando o incerto e desconhecido, tentando ter o meu mundo sobre controlo. Imagino que tenho um deficit emocional, ou melhor, talvez uma perturbação emocional. Constato que o que se diz não sempre é o que se escreve, nem é sempre conversa útil, assim como, a verdade se tende a ocultar para apenas ser revelada aqueles a quem tiver de ser, e por consequência há quem diga e há quem faça, e fazendo mais um ‘mea culpa’: eu digo, não faço, eu vejo mas eu não tenho tato para fazer, nem coordenação psico-motora para executar determinadas tarefas, sobretudo em grupo. Sinto que a minha maneira de ser foge aos tramites da normalidade imposta, e que apesar de me trazer muitos prazeres particulares também me trás dificuldades próprias, não inteligíveis para outras/os pessoas/conhecidos, mesmo os mais próximos – ah! Como eu sinto o egoísmo que grassa pelo mundo! – Sei que sou diferente, sempre o disse que o sou, sei que todos nós somos diferentes, mas unidos por qualquer coisa, por aspetos físicos ou psíquicos, ou por uma mente universal que nos rege a todos em última instância, o topo da pirâmide, o lugar máximo da escala da vida -. Mas porque eu acho que entendo? Será que, realmente entendo muita coisa? Ou sou eu a imaginar que entendo? Se entendo os outros, porque os outros não me entendem a mim? Se não entendo, porque sou tratado como entendendo das coisas? Se entendo porque não tenho eu sucesso na vida? Sou diferente, mas até que ponto? Sou sensível, meu corpo é belo quando sigo em normal segurança pela vida – quando, por exemplo, não tenho stress em demasia, não tenho de apanhar sol a partir de uma tolerância muito baixa, quando não tenho de beber álcool, vinho ou cerveja, em algum encontro festivo em que se põe à prova as capacidades das pessoas, marginalizando (marginalizando-me eu próprio, duplamente), quando consigo alimentar-me normalmente – e, no entanto, não tão belo quanto digo, tornando-se mesmo uma chaga viva quando certas coisas que, para os outros mais fortes não causa sofrimento, a mim causa um sofrimento enorme; e no entanto sobrevivo; o psíquico torna-se mais estranho à medida que o tempo passa, porque, e é um paradoxo, mas parece-me que os males da psique não são considerados manifestamente males, mas feitios, ideias, atitudes que não se devem manifestar na cultura segundo a qual estamos a perspetivar esse ‘mal’ (atenção: não falo em ‘males da mente’ que é diferente, ‘mal da mente’ = problemas fisiológico/neurológico); já os males físicos (exteriores) são evidentes e aceites, relativamente aos interiores já pode não ser bem assim, o que não se vê põe-se em causa a sua veracidade, não é assim? Assim é com o psíquico, não se vê logo não se é para compreender, por quem não necessita de compreender porque, eu estou bem logo não sei o que o outro tem nem quer saber – para uma pessoa comum essa atitude é entendível, já para um médico que supostamente é para compreender e não compreende, isso dá que pensar; será que só interessa ganhar o dinheiro ao fim do mês? Deixo a questão, e digo que falo pelo que sinto em relação a duas médicas onde tenho ido; e vejo mais queixas por ai de gente que não é compreendida nos males que se tem, sobretudo psíquicos em que os médicos não são capazes de dar resposta adequada, longe disso, aos problemas que as pessoas, desesperadamente têm; e ainda, posso contar algo de concreto (embora não me referindo ao psíquico neste caso) - até já fiz um post sobre isso há uns posts atrás, em dezembro de 2013, http://johnybigodes.blogs.sapo.pt/65796.html -, em que eu fiquei a saber por mim próprio que era intolerante à lactose quando já me tinha queixado à médica por varias vezes que tinha mal-estar intestinal, e ela nunca foi capaz de se lembrar, digo assim, de me dizer isso: para evitar o leite. Agora já se fala muito nisso, e já se vai encontrando leite sem lactose. É lamentável acontecer isto, tenho sofrido muito mais do que sofreria na vida por tomar o leite e andar mal dos intestinos, se tivesse sabido há pelo menos 10 anos atrás… simplesmente não percebia o que se passava até que se fez luz. Realmente, as pessoas são irracionais em grandes aspetos da vida, neste mundo, deixem-me generalizar agora um pouco este aspeto (de irracionalidade) porque se recusam a compreender quando estão bem, nada é com elas: o mundo está a caminhar para pior, mas como ‘eu estou bem’ então nada mais interessa saber; é pena que isso aconteça….Se bem que por outro lado há aqueles que tanto poderiam fazer e simplesmente estão, sei lá, economicamente bem, não precisam de se preocupar. E isso leva-me a pensar afinal é verdade que pagam os mais fracos com a injustiça, os mais doentes, que ainda tem de trabalhar mais do que outros saudáveis, muitas vezes. Quem mais precisa é quem é explorado, e a pensar nisto penso também naquilo que me questiono frequentemente, porque acreditei em Deus? Porque não consigo, no entanto, não o negar (?), apesar de haver muitos mais indicativos de que o que ocorre nesta vida é um acaso do que uma ‘vontade maior’, em lugar de haver um Deus bom, que me querem fazer acreditar; vida, esta, num mundo magnífico onde os fracos tem a vida perdida à partida em lugar de ter um lugar reservado por Deus para uma eternidade nunca comprovada, num paraíso além-vida que será infinitamente incerto, vida, esta, onde a vontade do homem é negada à partida segundo uma saúde e uma série de vicissitudes que lhe ditarão o que vai ser, como se fosse um jogo em que quem não consegue jogar já perdeu mesmo sem nunca querer jogar. Podia falar ainda mais na falta de amor, de gente perdida, pessoas em número exorbitante, que falam ser protegidas quando nunca mais terão proteção, porque são elas mesmo fruto da desproteção e do desamor, da irracionalidade, ou tão-somente do acaso, de uma experiência da evolução, por exemplo. Continuarei a questionar-me sobre isto, possivelmente sem nunca encontrar resposta a estas questões, sofrendo sem perceber porquê, e no entanto agradecido a algo desconhecido, se assim for, porque sei que não sou o que sofro mais além de que me posso rever noutros sofrimentos que me dizem que não estou só, pelo menos não sou o único, porque aí qualquer um que esteja só com a sua maleita seria desprezível.

     Acabei por não dizer nada do que queria =| …talvez diga o que quero depois de amanhã.


Desafio das mudanças

      Há desafios em cada momento das nossas vidas, porque a mudança é uma constante, em maior ou menor grau. E porque a mudança é constante e apenas o melhor tende a perdurar chamamos, a isso, evolução. Acontece que o ‘melhor’ (que a evolução seleciona) é selecionado ou evolui à custa do ‘menos bom’ e ‘pior’, não tendo, assim, menos importância o ‘menos bom’ e ‘pior’ do qual depende o ‘melhor’, apenas o ‘menos bom’ e ‘pior’ dura menos em termos de evolução. Fica aqui mais uma apologia dos mais fracos, porque quando o Sol nasce é para todos. Além disso o melhor também deixará de existir; E mais: se é melhor agora não quer dizer que será melhor amanhã. Além disso, ‘o melhor’, o ‘menos bom’ e o ‘pior’ existirão em maior ou menor grau em todos os seres ao mesmo tempo, apenas sendo mais utilizado, a longo prazo, ‘o melhor’ de cada ser, de cada coisa (generalizando), ao longo da vida de cada um, ao longo da existência do Universo, do ínfimo e do máximo.

            O desafio das mudanças leva-nos a tentar adaptar de qualquer modo; hoje tenho tempo para divagar sobre o ‘desfio das mudanças’ porque a minha direção de adaptação me levou a isso; para muitos, este modo de estar na vida não faz sentido, este observar a vida, divagando, por exemplo, pelo dito tema, isto porque o sentido de adaptação é outro, porque tudo se lhes conjugou de outra forma, de outras formas. Tenho que ser feliz com o que tenho, não com os sonhos desmesurados que não terão lugar na minha vida, e no entanto, sonho, e é esse sonho que me conjugou como eu sou e me conjugará como serei; sou feliz por isso, por ter existido e compreendido; mais, algo me diz que devo lutar contra esses desafios, porque tudo tem que mudar, porque não podem simplesmente apagar o que é bom, ‘o melhor’, é a lei, mesmo que seja provisória, ‘Dura lex, sed lex’ é a lei da vida, quiçá de Deus.

A força da natureza, ou será do sobrenatural?

 

            Os dias têm passado. O Outono, cada vez mais frio, tende a instalar-se, rumo ao Inverno, que já não e como outrora, porque tudo muda, porque tudo tem de mudar. O clima altera-se; sempre tive noção da mudança, de que nada estava parado; mas não tinha consciência de que, cada vez mais, teria menos forças e capacidades para enfrentar mudanças, menos forças para ultrapassar as dificuldades; Na verdade, pensei que apesar da mudança, não iria chegar tão longe [com relevância no que diz respeito ao conhecimento, compreendendo em simultâneo que - e tendo dificuldade em aceitar que - sei tão pouco] e ao mesmo tempo ficar tão perto de onde nasci, pois, não sou aventureiro, o espirito do medo entranhou-se em mim, de algum modo que eu tento perceber, tentando ultrapassá-lo sempre mas, cada vez mais, com mais dificuldade. O Frio vai na minha alma a maior parte destes dias, nesta minha escrita irónica do que sinto realmente, porque aos extremos de sentir na pele essa ironia não quero chegar, tentando antecipar as jogadas que se seguem, como quem disse: << fingindo tão completamente, que chega a fingir a dor que deveras sente>>, Fernando Pessoa; Mas tenho medo de lá chegar, ao descambamento, neste mundo imprevisível onde me parece que tudo pode acontecer, onde a estabilidade é uma visão efémera do eterno tempo, onde eu sinto que não domino o meu destino, onde eu sou o que sou segundo o que sinto e onde estou, não podendo ambicionar, assim, ter controlo justo sobre a minha vida, sentir-me bem, talvez porque não consigo controlar o que sinto, porque deixei de ser fluente no que sinto faz muito tempo, arrastando o meu passado comigo, passado esse, que por um lado me enche de conhecimento para lutar contra algo, esse algo que me aprisiona, mas, por outro me está a fazer cada vez mais atrito, cada vez menos me deixa prosseguir; sinto que haverá um ponto de rutura algures no meu futuro, e tenho a esperança de que esse futuro seja positivo para mim como sempre o esperancei. Cheguei a pensar, em determinada altura da minha vida (naquela altura que deveria ter sido um trampolim para a vida que me restava, e não o foi) que não sentiria mais o calor da vida. Tenho visto tanto mal-entendido nela, tanta mudez, querer expressar-me e não conseguir… e, no entanto, sei que ainda ando aos tombos num vazio que não aceito e não consigo ultrapassar. Vejo coisas que de algum modo sei que nunca quis ver nem sentir em plenitude naqueles tempos, pois seria a minha derrota antes de ter sequer começado, a derrota antes de ter tentado ir mais além, como o fiz para estar aqui agora; e nessa época cerrei os olhos e lancei-me às feras lutando com a força que parecia que iria ter para sempre, a força de aguentar pesos que se acumulavam nas minhas costas, de tentar aguentar como uma rocha, que na verdade não sou nem nenhum homem o é. Assim, fui à luta e enfrentei os meus medos, desajustadamente, sei-o agora, mas na altura eu não o poderia saber nem poderia ter sido de outra maneira, eu, simplesmente, tinha que andar, tinha que continuar, para não cair na indiferença de mim sobre mim próprio, no desânimo de não ter esperança, quando a esperança deve ser a última a morrer, sempre. Eu deveria ser um ser normalmente satisfeito mas algo não o deixou ser, será que ainda é essa a mesma ‘tal’ causa que não me deixa ser, ou estou a delirar? Vejo coisas, sinto coisas, não no sentido da inventada ‘esquizofrenia’ [eu o afirmo veementemente!!! ] mas no sentido de que vejo e sinto associações de coisas que não são objetivas no dia a dia comum, no sentir de quem apenas age sem saber que age ou, pelo menos, no sentir de quem age sem se preocupar com o que é passado, com os sentimentos, quando na verdade há tanto subjacente àquilo que se vê, aquilo que é fachada e que eu tenho que descobrir… tanto, mas tanto, que eu me sinto um ignorante que caminha vulnerável na vida; com isso quero dizer que existem espécie de complôs que nos perseguem, azares, há ideias obscuras escondidas – passe a redundância- que nos querem afundar, sobrepujar indevidamente, injustamente, a mim parece sê-lo como acabei de o dizer. Pensava que lutando cegamente iria ter mais força, mas não se pode lutar contra as leis da natureza, e mesmo, direi, contra a natureza das coisas paranormais ou que não compreendemos. Um dos meus erros, que me fez aumentar todos os meus nervos, e que só há pouco, e, gradualmente decidi combater, porque só agora percebi que era verdade, era que eu bebia leite e o leite fazia-me mal, tão simples quanto isso, fazendo-me mal-estar intestinal e aumentando a minha ilusão ‘que me puseram na cabeça’ de que o mal era outro, era da minha cabeça, aumentando os meus nervos ao longo destes anos impiedosos de luta constante contra a natureza do leite que não me era favorável; simplesmente, dizem que o leite contem a chamada lactose, e, eu verifiquei ultimamente que bebendo leite sem lactose me sinto melhor dos intestinos, pelo que concluo que tenho grande intolerância á lactose, e foi isso que, se não foi a causa, pelo menos foi o coadjuvante de seguir o sentido de mal-estar que senti estes anos todos, porque burros como a médica de família, entre outros familiares não foram capazes de dizer que poderia ser isso e ajudar-me a ultrapassar esse desconforto que aposto, mais uma vez, influenciou todos estes anos fortemente [eu nunca quis deixar de beber leite porque sei que é fonte de cálcio e de muitas vitaminas das quais não queria abdicar, além de que ignorava que havia leite sem lactose]. As pessoas matam as pessoas, a cultura mata, mata quem não se insere na cultura, afirmo-o enraivecidamente. No seguimento do que digo, também o meu organismo não tolera bem o álcool, - a cultura vigente por estas terras de Deus, que eu tanto amo, mas que por certas pessoas me parecem terras do diabo - por isso evito beber, além de que nem deveria ser copinho de leite… hehe Sim, mais calmo… Só que agora o grande mal já está feito, o meu medo de andar mal do intestino alastrou-se no meu sistema nervoso, e pergunto-me que se mantiver a minha terapêutica, chamemos-lhe assim, de não beber leite com lactose (o que me esvazia os bolsos de um desempregado com problemas de achar emprego por causa de efeitos bola de neve), irei eu melhorar nos restantes sintomas e recuperar um bem-estar normal (?) Tenho esperança, quero acreditar que sim. Acabei de renascer, penso. Vou testar a teoria.

O conhecimento anda por ai, e também na net há muito, muito mais. Mas o poder do paranormal e daquilo que não se pode explicar, que está para lá do natural, continua no mundo das pessoas. O metafísico é algo que tanto pode ser agradável e belo, como pode ser um horror (tirem-me deste filme…!). De que modo o natural, o mundo físico, interage com o sobrenatural, o mundo metafísico? Que interagem é para mim - e em mim - claro, não provado e assente ainda, mas evidente. Como pode um problema intestinal virar numa bola de neve e levar a problemas do comportamento, e dai a ser diagnosticado, com o passar dos tempos, como tendo problemas psíquicos, que de fato se tem, exponenciados também pelo leite além da maneira como se tratam as pessoas? Esta é a minha questão que responderei (nem que seja a mim próprio) nos próximos tempos, da minha vida tão descambada. Sou louco porque lutei contra o que não se pode lutar, sim, segundo essa definição eu sou louco, mas quem não é louco em algum momento da vida pelo menos? Nasci fraco, abaixo da normalidade é certo; Se por um lado é bom que se seja ‘puxado’ como sendo uma pessoa normal, como pode a intolerância dar lugar á tortura de um ser que constantemente é levado a dar mais do que pode? De onde vêm as forças que nos mantêm vivos e que ninguém se pergunta normalmente quando se está bem, e se nasceu bem constituído metabolicamente? Como pode o medo da diarreia levar à loucura? Coisas tão simples que soam a complicadas, talvez porque não isoladas, coisas simples, males simples que se tornam complexos, tal é o efeito exponencial. Talvez não seja só desse mal que tudo levou a onde levou, mas é um princípio dos princípios. E estou a atacar um princípio, por isso estou no caminho certo, penso. Assim destrinço ou começo a destrinçar a relação entre o que acontece na dimensão da realidade, tornando-se fato, e aquilo que se interpreta no mundo do psiquismo. Se não estamos bem fisicamente, como poderemos está-lo psicologicamente? Vislumbro inter-relações entre o natural e o psiquismo, entre o que ocorre na vida e vemos com os nossos olhos e o que ocorre a nível das ideias, e digo, tenho medo do mundo das ideias, quando não as dominamos e elas se querem virar contra nós, contra mim, de tal modo que nos querem aniquilar; é verdade que cada um tem a vida que pode ter, é óbvio que um ser saudável e motivado ultrapassa os limites anteriormente vencidos, vai mais além, domina o seu ser, até ao ponto em que ele não domina mais, é certo, porque algo está sempre para além dele, os acontecimentos que ainda não foram explicados. E então fala-se em segredos, ‘o segredo’, o segredo do sucesso etc e tal. Mas as coisas não são tão lineares assim; todos os que jogam no euromilhões desejam fortemente ganhar mas só um, normalmente o ganha isolado, o resto é uma imensidade de ilusões, de que hão de ser especiais, tal como eu um dia o desejei ser erradamente... Ou talvez não, ou talvez nunca o saiba, ou talvez nunca saiba que o fui, porque o desejo de ser especial está tão enraizado em mim, ainda… porque o gostava de o ser sem o ser deste modo, gostava de acreditar, tenho esperança que ainda vou acreditar novamente na especialidade, mesmo que não me saia o euromilhões  ;) Com isto, digo que o natural está tão intricadamente ligado com o sobrenatural, aquilo que os nossos olhos veem está ligado com o sentir, que mesmo que não o vejamos não o podemos negar, e resta-nos tentar explicar, a maioria das vezes erradamente até que chegamos a um ponto ‘milagroso’ em que podemos finalmente explica-lo, simplesmente.

Promiscuidade

            Não dá para contar. Não há por onde começar. Não há acabar. Não há ponta por onde se lhe pegue. É assim simplesmente. Ninguém a pode mudar. Talvez o tempo… mas o tempo não é gente.

            A inspiração é um dos componentes quer nos faz mover. Mas há muito mais. É o que me falta agora. Há momentos em que um simples grão de praia faz-nos pensar em imensas coisas, tal como a terra que, no Universo, é um grão pequenino e que afinal tem tanto que se lhe diga. Há momentos em que a mente fica em claro, tal como esta folha estava originalmente. Não há inspiração, não há algo que nos leve a refletir, deduzir, examinar através do pensamento. Tudo foge da mente, tal como o tempo foge e, sem ser palpável, nós sentimo-lo. Quiçá o pensamento seja da mesma onda ou frequência do tempo, daí nós sentirmo-lo. Não há nada, mas mesmo nada em absoluto, no sentido mais radical e essencial do termo, que esteja imóvel, mesmo que a nossos olhos assim o pareça. Assim o diz a ciência, através da explicação de que a matéria é constituída por átomos e neles existem outros ‘componentes’ tal como eletrões em constante movimento. Daí que na perspetiva de nossos olhos está imóvel, mas na perspetiva microscópica isso não acontece. Tudo define o tempo então. O melhor, penso, seria talvez andar-se à caça de inspiração, isto é, em lugar de estar aqui à espera que ela me possua seria eu que de papel e caneta em punho iria andando e certamente na hora que menos esperasse, ai estava ele, e, esse seria o momento para o aproveitar. Estes olhos […] são fonte de inspiração e desejam ver e ver. Estes ouvidos querem ouvir e ouvir. O nariz cheirar e cheirar. Enfim, sentir sentindo, através dos sentidos, cinco dizem. Afinal são eles fonte de inspiração. Mas este são os sentidos físicos. E quanto à existência de ouros sentidos, paranormais, digamos assim, já que está na moda, aquilo que vai para além do que denominamos normal? Bem deve ser uma questão de perspetiva. É bom que se tenha boas perspetivas, faça-se por elas, em.

            Olhemos agora para a realidade. Quem és tu afinal? Alguém encurralado dentro dessa máscara eterna que por mais que mude, hás - de ser sempre, sempre, tu. É essa máscara o segredo do teu sucesso? Ou é ela a causa da tua infelicidade? É ela que te faz mover ou é ela que te aprisiona? Quantas dimensões tem o homem? Por acaso estou a ouvir uma música que diz: ‘’ The beautiful people’’. Que máscara é essa? O belo como é? Como podemos ser livres? Tirando a máscara? Sendo nós mesmos? Mas onde?

            Liberdade, aqui estamos nós e aqui estás tu. Justiça, aqui estamos nós e onde estás tu? Amor, andas no ar…, mas, afinal, como te apanhamos? Solidão, de onde vens? Foi a liberdade que te chamou? OK. Mas a realidade o que é afinal? É a maneira como tu vês ou sentes ou será a maneira como eu vejo ou sinto? Mas… mas que mas. De onde vens tu ‘mas’? Foi a inteligência que te criou?

            Que foi isto?! Sim, promiscuidade. Também dela se tira qualquer coisa, afinal. Alguma inspiração, talvez… Se até a vida veio do nada, da promiscuidade sempre virá qualquer coisa também.

            Afinal ‘Promiscuidade’ não é o mesmo que diversidade, pois não? Diversidade faz parte da vida natural, promiscuidade faz parte da vida humana.

 

 

OBS:  Este texto foi originalmente escrito nos anos 90.

Grita comigo

         Recolhido neste antro, oiço subitamente, o relógio tocar. Toca o peso das horas imponderáveis. É imenso o peso que recai sobre esta esferográfica, onde cada palavra é escrita sobre imenso esforço. Meço cada frase, que é olvidada quando se procura uma mais sobranceira. E tal como o som que o sino emitiu, que veio do vazio – para lá voltar-, assim sinto cada oração escrita, vazia de sentido. Como encontrar uma mais proeminente? Como superar-me a mim mesmo? A busca da perfeição não tem sentido, somos limitados por natureza.

            O mundo desabou sobre mim. Esta cogitação deixou de ter pés e cabeça, o pensamento não é linear. Sinto em mim o grito cavo e próximo da noite, tentando aliviar o âmago em letargia. Sim, já não sou eu que grito, porque mais não consigo. Mas há algo que grita por mim. Tenho medo de cada palavra que profiro, que ela me seja pungente, melhor, tenho medo de mim mesmo. […] Tenho medo dos meus próprios pensamentos. Sou uma máquina infernal que se consome lentamente. Todo eu sou efusão de sentimentos recalcados, tudo a manifestar-se ao mesmo tempo. E nada consola este coração despedaçado, abandonado como gota de água no deserto. É nesta fugacidade que tento reencontrar o equilíbrio.

            No silêncio das horas procuro uma luz que ilumine o meu caminho, transeunte que sou, nesta vida sem destino. Proclamo a lua e o sol como renovadores de esperança, que os seus raios de luz desçam em abundância. Procuro com avidez pormenores despercebidos com os cinco sentidos. Quero espaço, quero ar, quero mar, quero chuva, quero descansar, acordar, ver estrelas a brilhar, preenchendo o vazio sideral.

 

 

 

OBS:  Este texto foi originalmente escrito nos anos 90.

Meia-noite

            Dlim, dlom! Meia-noite. Caminhando ao luar, pensando frescamente numa noite quente de Verão. Boa disposição não faltava. Ao longe via-se incomensuráveis luzes. Estava no ponto mais alto. No ponto onde jamais alguém tinha estado. Dali via o tudo, não ao pormenor, mas via o principal. Via o passado, e o presente quanto baste. Mas estava insatisfeito, queria ver mais, queria ver o futuro. Queria ver os erros para os poder evitar. Queria ver o infinito. Queria, pelo menos senti-lo nos meus sonhos. Queria tocar na utopia. Satisfazer o meu gosto de viver.

            Viver. Somos nós. Queremos demarcar-nos, tomar posição. Mas há uma sociedade, há regras, que nem todos conseguem aceitar [conseguem cumprir]. Há injustiças… nem que sejam só nos nossos olhos. Há palavras sem nexo. Há a vontade de conversar, conversar de tudo, do mais intimo, não só de amor perverso como se pode pensar logo há partida por algumas mentes ufanas, mas do além e ao mesmo tempo da realidade. Mas a realidade é aquilo que um homem quer que seja. A mente pode ultrapassar a realidade e criar outras que parecendo falsas para quem as não criou, são verdadeiras para quem as criou. De maneira que os verdadeiros valores da vida são substituídos por valores mesquinhos, que só podem sair da imaginação mais rasca. E passam-se tempos a criticar os outros como sendo os culpados. A toda esta ordem contrapor-se - á a desordem. Excessos, extremos, extremistas, loucos Ah! Ah! Ah! De tudo corre nas veias do tempo do Universo… até a vida coube. 

Uma só Palavra

            Pudera eu exprimir-me todo numa só palavra! Uma palavra com que descrevesse tudo aquilo que somos, quer física quer psicologicamente. Ah! Se eu pudesse… seria perfeito! E aí, descreveria o Universo, estrelas que se movem com um ritmo regular e sem fim, em que se engloba a célebre frase: ‘Nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma’. O movimento perpétuo, o sentido intangível pelo homem, o tempo que é espaço sem fim nem princípio.  

 

 

 

 

OBS:  Este texto foi escrito nos anos 90.

The passenger

            Vejo a vida passar defronte de meus olhos, como um passageiro que observa a (sua) paisagem. Sinto que não tenho tempo, sinto tristemente que já não tenho tempo. Sinto que estou a perder todos os sonhos, vagarosamente. Sinto que estou embrenhado numa teia. Sinto-me só. Sinto-me gozado, como se rissem de mim em verdadeira galhofa, meu progenitor, primeiro culpado de todos, de todos aqueles que ficam impunes neste mundo. Sinto - me desencontrado. Eu tenho realmente que identificar as causas de tudo isto: as pessoas culpadas e os motivos biológicos de eu ser quem sou, estar como estou, de me sentir como sinto. O vazio social é grande, tudo deu errado, e eu, continuo à procura dos culpados, ou dos motivos porque tudo isto me acontece assim, deste modo. Sinto que não sei fazer nada, e é verdade, que sei fazer eu? Um inútil condutor de uma vida que não se sabe qual será o destino, um ser desvalorizado à nascença. Que é uma pessoa sem outras pessoas? Mas, se é assim, porque nos sentimos perdidos (me sinto perdido) neste mundo de 7 mil milhões de pessoas, onde, afinal, apesar da imensidade de coisas e estados existirem nunca estou satisfeito com o que tenho – como acontecerá a muita gente. Sinto-me perdido e desalinhado neste trajeto sem significado, quando um dia, penso, eu tive a grande esperança, por mim, que mais ninguém pode ter por ninguém neste mundo. Sinto-me realmente só. Sou um passageiro que conduz o seu móbil, sozinho, sem tempo de parar e apreciar a paisagem. Antes de ter a carta para conduzir, onde eu tinha a certeza de que iria fazer uma grande viagem e estava ansioso por isso. Talvez eu nunca tenha iniciado essa viagem tão ambicionada. Quantos caminhos errados tomei... Mas este caminho não tem regresso. Nunca tive o prazer de dar boleia a alguém com quem se pudesse conversar, aquele conversar com amizade, com sentido de ligação das emoções, porque, na verdade, em mim as emoções estão seladas. Pronto! Sou eu o culpado de tudo o que se passa na minha vida! Mas que vou fazer??? Sei lá, adiante. Nunca levei a água, na verdade, ao meu moinho, moleiro que eu deveria ser. Penso que seja a ‘minha condição humana’ que não me deixa ser mais do que sou: sinto-me vergado na constante defesa da minha dignidade que tem sido posta à prova, a minha dignidade psíquica, mental, psicológica, sobretudo estas até ao momento, a dignidade física mantem-se intata, não sei até quando - lá ta o próprio medo, aquele de chegar a um ponto onde a filosofia e todo o conhecimento do mundo não me pode ajudar, onde a mente cairá em decadência como já alguma vez o senti faz 11 anos. Assim, encontrei este refúgio, neste blog, o blog das minhas lamentações, onde mais uma vez me desencontro com o mundo social (onde nem um comentário recebo - o porquê só Deus sabe, que eu não compreendo nada, mas imagino o complô de uma anti - vida que me quer derrotar e que temo que isso possa acontecer -, onde o vazio se estende pelo tempo desta viagem, cada vez mais escasso, onde não dialogo, nesta escrita vã e monocórdica, onde me afundo cada vez mais, nesta piscina funda onde alguém a enche de água para, precisamente, me afogar, pois eu não sei nadar. - Julgo ainda vir a bater o record do Guiness do blog com mais lamentações pessoais de todos os tempos -. Questões e mais questões surgem, infindavelmente, a ponto de colocar um homem louco, no mínimo, confuso; e então quando aquela (s) resposta (s) encontrada (s) como sendo a verdade o deixa (m) de o ser?! Aí é o descalabro completo, descalabro do impensável paradoxo da existência que nos deixa completamente atordoados, que deixa a própria ciência boquiaberta. Porque não posso ser eu íntegro? Se me perguntar a mim esta questão anterior, eu tento responder: Não sou íntegro porque não sou eu que comando a minha vida, assim como não comando a vida do mundo, e, do mundo que me envolve, em particular; apesar desta evidência ainda não ser tragável para mim, como se fosse uma criança que acredita que todo o mundo gira à sua volta e de que eu posso mudar o meu mundo. No entanto, sei que todos estamos ligados de algum modo; acredito no ‘efeito borboleta’, assim como acredito no fascínio das coincidências: por exemplo, como passageiro, de encontrar um lugar para estacionar o meu veículo no momento certo, em que eu chego, no local ideal. Têm acontecido tantas coincidências na minha vida que, orgulhosamente, poderia continuar pensando que sou um ser especial como sempre o quis ser, como sempre quis que a vida me tratasse, como tal. Vou contar somente uma coincidência: um dia eu saio do meu trabalho, e, ao pôr o meu veículo a funcionar, eu tinha ligado para começar o radio a funcionar e não o cd, eis que começa dar uma música dos Pink Floyd na rádio RFM, ‘Another brick in the wall’, acho que a parte 2 das 3 partes de another brick in the Wall para quem conhece, aquela musica ‘we don’t need no education…’; não é que acontece a fantástica coincidência, entre as tantas e tantas coincidências que tanto se tem passado nos últimos tempos e em tantas áreas da minha vida, acontece que ao ligar o cd sem eu o saber, a música que começa a rodar, quase em preciso simultâneo, questão de 1 segundo de diferença aproximadamente, no momento em que se transmitia a música da RFM, era essa música, a dar, repito, quase em simultâneo com a do cd; eu não fazia ideia que tinha essa música para começar no cd, foi uma coincidência fantástica, melhor só sair o euro milhões (e eu jogaria se não fosse tão pessimista e me sentisse tão azarado ao jogo como na vida). Situações como esta têm-se repetido constantemente na minha vida, pelo menos de um modo que eu me aperceba de há poucos anos pra cá. Eu olho para o relógio e são as 23horas23minutos, numa outra altura são 11horas11minutos e estão la fora do meu carro 11ºcelsius de temperatura, porque eu observei esses momentos e não reparei noutros sem nexo? E pergunto-me em última análise se tudo, em absoluto, neste mundo acelerado, não terá uma explicação que só ‘os privilegiados conseguem entender’, ou aqueles que conseguem associar as coisas, conseguem ter capacidade de análise (acelerada talvez)? E quando passam músicas que se adaptam ao momento ocasional e que funcionam como explicação e móbil daquilo que se está a fazer? Não sei que significam todas estas coincidências na minha vida, e o que se têm passado, em especial, nos últimos anos em que eu me apercebi que havia um tempo para tudo, por exemplo, em que acho que atingi uma nova fase da minha vida. Procuro significados da minha vida, mas pergunto: haverá significados definitivos? A minha condição humana, é, afinal, como a que deve ser a de todos os seres: de incerteza perante um futuro desconhecido, imponderabilidade perante o futuro incerto onde na curta existência de vida se vive próspero, remediado, necessitado ou miserável, com isto tudo a acontecer lado a lado por seres que se exploram uns aos outros numa indiferença que aflige, fazendo apoio a alguns que necessitam como remedeio depois do assalto a casa trancas à porta: tanta mentalidade, tanta ideia e idealizações do mundo, quanta falsidade no meio disto tudo, quanta ignorância do tipo ‘Ah! Isso não é comigo’, ou então é o safa-te como puderes. Pergunto, que merda é esta de ‘economia’? Foi algum profeta que a inventou? Eu quero ter conhecimento e fazer coisas que me satisfaçam por as fazer, tal como me satisfaço a fazer sexo quando isso me dá prazer, quando posso, quando surge a situação propícia. Eu quero usar a sabedoria com liberdade - não quero fazer sexo naqueles dias porque tem que ser assim, porque manda o regime vermelho, porque a merda da cultura da economia do homem arrasa um ser como eu que não tem meios para se defender, porque em última análise aquilo que tínhamos por certo afinal é incerto, e um ser humano que se acha superior domina tudo até muito mais longe do que a vista alcança, de um modo que só os céus compreendem o porquê de tudo isto ser assim, o porquê do ‘é’ e do ‘não é’ - por isso apelo ao Universo que me trás tantas coincidências, essas, e que elas sejam presságios de um bom futuro, de que tudo se está a organizar para o bem, no bom caminho. Eu penso, eu preciso é da força do fazer, o dinheiro é um mero simbolismo para que se produza o que é preciso, para que se efetue a troca do bem que eu não tenho e preciso para efetuar com conhecimento a minha tarefa, que eu conheço pela ciência e a pratico como sabedor – penso que a mentalidade do homem atual, que vive nas zonas mais ricas do mundo ou a partir de um certo nível de vida, pensa que tem todos os direitos, que esse ‘imponderável’ para ele não existe, que nunca faltará o essencial, como se o mundo fosse (espetávelmente) previsível, dominável além de fonte inesgotável de recursos, onde ‘O segredo’ é imaginar com toda a força e desejo possível tudo o que de bom existe (egoisticamente) para cada um de nós e tudo isso nos acontecerá (pergunto-me porque eu sonho assim faz tantos anos e tanto do que é negativo vem ter comigo) -. E, assim eu vivo, no imponderável dia de amanhã, como na verdade sempre vivi, com medo de não subsistir, já manifestei isso mais vezes. Estou desempregado, como tantos outros. O futuro é incerto, na verdade não sei fazer nada, repito, apenas conduzir um móbil, bem ou mal, e lamentar-me, aqui, perdendo tempo precioso da minha vida, porque não sei utiliza-lo de outro modo. Talvez o fim seja o de saturar as lamentações que têm que ter um sentido, que têm que ter um meio de explicação e superação, para mim, que estupidamente há já tantos anos procuro. Mas há quanto tempo eu digo isto?! Há quanto tempo… desde sempre, neste quarto aborrecido onde eu cresci e vivo com desejo de conduzir mais um dia, como passageiro, esse móbil, e, mais que não seja, apreciar a paisagem, como ‘The Passenger’.

 

 

 

 

 

 

Em paz, na existência

       Olhai para mim e vede: Eu não era para ter existido, e, no entanto, vivo (!), tudo à minha volta atentou, senão mesmo ainda atenta a minha existência e no entanto eu continuo trilhando o caminho da luz, que me foi vedada, até no meu leito (…). Vede, it´s allright, eu podia nascer num país de opressão como a Coreia do Norte, na asia, ou outro sitio parecido; podia ter nascido na china, podia ter sido maltratado a ponto de ser um ser comum que não lhe é permitido indagar a sua existência, e, em ultima instância, a da humanidade. Podia ter nascido oprimido de modo a ter uma vã existência, mas observai bem e vede quem eu sou, eu fui oprimido mas não a ponto de deixar de pensar por mim, a minha íntima Liberdade me faz prosperar, não fiquei no ponto de acreditar no que tenho que acreditar, mas a maldade me quer cegar para não ver isso: Oh! Mas eu já vi muito, agora só me resta a vida, aquela que há-de transbordar pelos tempos. A vida é um sonho em si mesmo. E eu nasci na PAZ e a paz está comigo; peço para que esteja para sempre. Aqui estou eu a contar a minha história, a eterna história de alguém que um dia existiu e fará para sempre parte do Universo, a dizer as coisas mais complicadas sempre com a mesmas palavras, aborrecidas, para quem não entende nem quer entender; pois desses eu também não quero saber, seu futuro não me pertence. Sou alguém que questiona, impõe, grita, mas sobretudo implora pela verdade e pelo bem-estar, eu nasci, o mundo demoveu-se. Eu sou o filho certo do tempo oportuno, em que tudo faz sentido, por momentos, na imensidão do espaço-tempo. Eu continuo a subir a montanha para ver mais além. Eu sinto-me um ser perseguido, digam o que disserem, e não me calarei, e me expressarei pelo meios que tiver porque o que sinto é puro e verdadeiro, e o futuro do que sinto está ai, ele é o agora a acontecer. As pessoas nascem sem o pedirem, seguem um rumo sem o escolherem, morrem sem o entender (O rumo), mas influenciam, e, com isso fazem o bem ou o mal. Um dia, uns partem com a simples ilusão da satisfação terrena e existencial, de terem cumprido e realizado suas vidas, por outro lado, outros partem com o despeito eterno de ter vivido uma vida vã, eternamente questionável, com um fim profundamente inalcançável, com uma ilusão desfeita… cedo de mais. E os homens lutam ou deviam lutar pelo equilíbrio, mas a semente da destruição vem dentro deles, de muitos, demasiados. Eu quero acabar com o meu mal, quero-lhe cortar a raiz para não se perpetuar, eu tenho fé que ainda hei-de ser feliz, e penso, eu na verdade sou feliz, um felizardo, não vivo na coreia do norte ;) ; mas como todos somos um só coração, como dizem as músicas (‘One Heart’), enquanto uns sofrerem outros sofrerão, enquanto houver opressão e maldade que afecte um ser justo, todos estão a ser injustiçados, e não precisamos de chegar ao ponto e ser lamechas, mas tolerantes, reconhecedores dos erros, verdadeiros, não aumentar a ganância e a indiferença, a falta de empatia, ou pior, a empatia falsa que grassa no mundo. Um mundo verdadeiramente empático, sabedor, que quer compreender e aceitar é um mundo pelo qual devemos lutar. Mas muitos são conhecedores, e de saber têm muito pouco. Talvez não haja algo Supremo por que lutar, pelo menos algo que seja compreensível em nós, simples seres, mas que há magnificência naquilo que os nossos olhos conseguem vislumbrar e compreender se os soubermos abrir e observar, isso há; e não há que ser orgulhoso, apenas feliz por ser dada essa oportunidade de vislumbramento. Assim, olhai para tudo o que há à vossa volta e vede: tudo é para ter existido, tudo é para existir. E, eu, exagero toda a minha existência e de tudo o que me envolve como uma grande bomba atómica, ou simplesmente, pelo contrário, vivo em paz, na existência.

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