Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Olhar manso, por vezes, sério e penetrante, muitas vezes, em pânico noutras, tentando controlar aquilo que deverá ter uma razão de ser, indago. E, controlo, muitas vezes. Incapazes de ir ao fundo do meu ser, assim, sou eu, segundo uma ideia que tenho de mim, de como me vêem. Se bem que muita gente pensa que me conhece, que me consegue tirar a minha conduta de um só relance, ou da leitura de um blog ou de um facebook, por exemplo, não querendo afirmar, com isto, que sou uma pessoa boa ou sou mau, superior ou inferior, isso é relativo a complexas interpretações, que, por vezes, parecem simples e de rápida dedução. Com qualquer internauta provavelmente será assim. Neste mundo em que tudo tem explicação, e em que se consegue saber mais de um individuo do que o próprio individuo, será que tenho que me acometer a um rótulo, quando não posso enquadrar-me numa explicação própria do que se passa comigo, e na minha relação com a sociedade? Quero acreditar que quem faz cara feia também tem valor neste mundo, e poderá ter muito mais valor do que algum ser jamais poderá imaginar ou idealizar. Eu não estou certo, eu próprio o digo e me tento corrigir e me dirigir, pelo menos em ideal, em pensamento, para a meta do que é a Verdade e do que é correcto, se conseguir. Mas, o mundo humano anda, certamente, num delírio (que se manifesta claramente na internet), em que quem não entra em determinados trâmites é ignorado e menosprezado. Que conceitos tóxicos são esses (?), em que muitos embarcam facilmente, segregando outros seres, só porque eles se acham mais belos (e, aparentemente, certamente o são), mais inteligentes (e, aparentemente, certamente o serão), com mais poder (e, se têm muito dinheiro, certamente se acharão), etc. E o tóxico sou eu? Passando para um outro reflexo do que é o mundo humano, para mim, a humanidade do mundo virtual anda presumida, na ilusão de que a tecnologia resolverá tudo e a ciência resolve todos os problemas (eu mesmo, neste blog, pus a esperança de que a internet iria resolver muitos problemas de muita gente. Constato que resolveu ou apaziguou muitos, mas há outros a aparecer), mas, pressinto que isto que aparenta ser a solução, se vai tornar em grandes problemas, como o é, já, a poluição e o aquecimento global, por exemplo, derivado do uso inconsciente, mas necessário para a evolução do mundo humano, dos combustíveis fósseis, ilusão essa, em que se continua a abafar aquilo que deveria ser uma mentalização séria e global (mesmo a propósito da globalização que provoca a internet), em nome de algo grande (talvez o poder económico vigente e aceite por todo mundo) mas que não é de fiar e se está a tornar numa norma e bitola descontrolada. A tecnologia e a virtualização da informação, primeiro através da televisão e recentemente, em particular nas duas últimas décadas, da internet, faz-nos caminhar para um mundo tecnológico de marginalização em massa (aquilo a que eu mais presto atenção, porque me sinto parte desse contexto) em variadas vertentes – Laborais, económica, intelectual etc. e em que por vezes, me parece que nem uma revolução, no sentido clássico de guerra, faz sentido (a não ser que se queira destruir a terra e a nós próprios, como deveria ser óbvio para todos), uma vez que ela não irá resolver o imbróglio massivo em que a nossa espécie se meteu, em que o nosso sucesso (em amplo sentido do conceito sucesso: no sentido de reprodução, da capacidade de conhecimento e eficaz exploração da Terra, e da magnifica técnica e tecnologia criada, fruto duma capacidade imparável, em que a ambição de cada ser não tem limites definidos) poderá ser o caminho para a própria destruição. Mas, ainda assim, será que é Deus que assim quer, pergunto-me, baseado na minha Fé? Os dados e a informação estão aí, portanto, como resolver isto sem causar danos maiores e muita destruição humana como foi a das grandes guerras mundiais por exemplo? Grandes Guerras, em que, quase, destruíam o mundo, e, talvez, se tivesse sido assim, seria felizmente para mim, pois, eu não estaria aqui para sofrer na pele as alegrias e as tristezas de viver humanamente. A tecnologia está aí, o poder diluído, ou talvez não. Talvez Ele (o Poder) esteja na mão de quem controla essa tecnologia. Tudo o que disse em cima e faz parte da realidade ‘’clássica’’ acontece na estrada da Vida, como ela se apresenta pela visão Darwinista da evolução. Fazendo uso desta metáfora (como poderia ser outra qualquer): quem vai de automóvel vai mais rápido e vai com mais controlo e segurança do que aquele que tem que ir a pé, na mesma via, e que vai mais lento e sujeito ao atropelamento de uma viatura, por parte de outros que conduzem precisamente com mais controlo e segurança porque estão blindados pelo poder tecnológico; a vida é mais difícil ou mesmo impossível para quem vai a pé, pelo menos, a partir de certo ponto, assim será. Particularmente, o Google tende a remeter-me para a recôndita condição da nulidade, assim é, se eu não agir, na internet. Os Algoritmos subestimam-me, não me passando do zero, se eu não fizer algo para sobressair, e tem de ser de acordo com os algoritmos, que, dizem, já conseguem saber mais de nós mesmos do que nós sabemos de nós próprios em toda a nossa vida. Será que o queremos dizer não tem valor? Só teremos valor enquanto vivemos? Será Deus que assim quer? Porque o sentido da contrariedade? Certamente a internet, o Virtual, é um reflexo da Realidade, da nossa realidade. Neste puzzle da Vida, eu gosto de divagar e pensar, porque realmente é fantástico, e as peças vão encaixando à medida que o tempo passa. Mais uma vez digo, vivo num tempo fantástico, impressionante, inimaginável, mas muito incerto, e digo, mais uma vez, também, sinto-me frágil e perene, embora o meu cérebro me queira dizer, quando estou bem e protegido pela tecnologia, que sou imensamente forte e me esqueça da finitude das nossas vidas, isto porque, talvez, eu me imerso na Fonte da Eterna Sabedoria e beba da água da grande mente humana, um só como um todo. No entanto, não sei que pensar acerca do silêncio que me envolve, não sei porque se calam essas vozes, se são contrárias, se por respeito, se por não fazer sentido aquilo que digo ou se, afinal, aquilo com que caracterizam os outros, determinadas pessoas, é aquilo que, de facto, elas são. Assim serei eu também. E no entanto, peço perdão por não ter dito as palavras certas em muitas ocasiões, demasiadas ocasiões; peço perdão, quando não digo as palavras certas; assim, também eu fui alvo do que não é correcto dizer e fazer, e nunca serei perfeito, nunca o homem será perfeito nesta vida, ninguém, mas isso não pode ser motivo de impunidade para ninguém, tudo tende para o equilíbrio, os elementos da nossa Física, e que pertencem à ciência, também tende para a estabilidade. Nunca estivemos tão perto do conceito do Divino, de poder explicá-lo. Sei que para evoluir tem de se errar, é difícil de acertar nas palavras certas assim como agirmos bem logo à primeira, faz parte do processo de evolução vista do ponto de vista Darwinista e da representação clássica da realidade (numa alusão baseada na Física clássica e nos conceitos Filosóficos dos nossos ancestrais, mas, conceitos mais profundos tendem a emergir actualmente). Realidade clássica, essa, observada do ponto de vista concreto, a que se apresenta a nossos olhos, num sentido óbvio. Mas, falando a um nível muito mais profundo, tenho um conceito em mim, que se amplia a cada momento que passa da minha vida, de que a gente não deve errar, porque errar, no sentido de um Real preceito de Viver, nesse novo nível de Universo, que reside em nós, significa ser alvo de um escrutínio muito justo que se realiza a cada momento que passa, essa é a minha revelação, essa pode ser a revelação dum mundo a advir e que eu já não farei parte, possivelmente. ‘’O futuro a Deus pertence’’. Neste momento, pelo menos, apresenta-se plausível essa ideia, que é, como que, mais uma fórmula para a minha vida, e quiçá, se for como acho, a de muitos homens e mulheres que querem acreditar que há algo mais do que ciência e tecnologia, se é que me entendem. Esta tecnologia que eleva as mentes extrovertidas, digo assim, que são chamadas a raciocinar em público, são um ideal válido em grande dimensão dos ideais conceptuais em que a tecnologia da imagem e do som, quando entra em acordo com a beleza física, nos leva a um patamar de entendimento da inteligência como sendo um padrão a seguir. Mas, tenho para mim que as mentes com grandes dificuldades em se exprimir em público, com fisiologias frágeis ou incapazes de se adaptar, ainda assim, poderão ser preponderantes na direcção que o mundo pode tomar, e, devem ter lugar nesta realidade e ser contraponto de equilíbrio de todo um ideal de imagem e beleza e de um mundo televisivo onde tudo funciona correctamente, condensando a norma tecnológica vigente, que cria um mundo de perfeição ideal, que deve ser o ponto de referência que nos guia idealmente, é certo, mas que se revela, demasiadas vezes, não verdadeiro na realidade pura e dura; Os motores de busca têm as suas idiossincrasias, e com isso podem elevar-nos mais alto ou rebaixar-nos à insignificância de uma busca eterna. Hoje, novamente, estou aqui.
O ritmo do Universo, esse ritmo superior incomensurável com uma potência inimaginável que move tudo no seu seio, e que ao mesmo tempo é tão benévolo e sensível que permite a existência de seres delicados nesta terra, que permitiu, antes de tudo, a existência da própria terra como a conhecemos, tão perfeita e em harmonia, em equilíbrio, com tanta coisa que poderá não haver em mais nenhum lado do Universo, pelo menos naqueles sítios que estão ao nosso alcance visual e de entendimento; alcance visual que, afinal, deve ser tão curto, mas quanto ao entendimento, esse, tem sido crescente, além de que fazemos da tecnologia os nossos olhos, sendo a imaginação a ponte entre os olhos (o que conseguimos observar) e o entendimento (o conhecimento), e assim deduzimos o geral através das particularidades, mesmo as mais ínfimas existentes, e que a nossa mente colectiva humana se vai dando conta e, assim, se vai abrindo e evoluindo para compreender. Podem dizer que ando a ver muita BBC e National Geographic, é verdade; e digo mais, além de muita leitura, muita introspecção e reflexão entre muitas outras grandiosas coisas, assim como também há o meu gosto por viver e ter a forte ambição de que o verdadeiro saber venha ter comigo (e já agora que venha a riqueza do equilíbrio e eu possa lutar para satisfazer as minhas necessidades): tudo isso tem preenchido o meu interior. É fantástico o conhecimento, assim, com ele, conseguimos neste último século ultrapassar as limitações que o próprio tempo nos impunha dada a sua extensão. É fantástico como tudo se conjugou, desde há milhares de milhões de anos para a existência de algo tão perfeito como é a terra e a existência do ser humano que tem a capacidade do autoconhecimento num estado avançado, como nunca tinha existido [Agora é melhor não falar daquele ser humano, que na maioria, pode ser uma grande porcaria de ser; pronto, tinha que ser, não queria dizer mas já disse…sabem, é que as pessoas me parecem melhores vistas pela televisão ou imaginando aqueles que amam a paz e o conhecimento, mas quando saímos à rua, e acontecem roubos, mortes, atrocidades de todo o tipo, eu me pergunto, mas de que humanidade e evolução falamos nós?]. É maravilhoso como tudo se conjuga rumo ao futuro, que para nós agora é presente, e como se continua a conjugar para novos rumos, incertos. Ninguém pensava que isto iria estar como está no presente [Até começou a haver, se ainda não há, por parte de muitos, um optimismo desenfreado na capacidade humana, mas a verdade é que o mundo anda a várias velocidades]. É magnífico tudo aquilo que aconteceu e trouxe a este mundo a minha existência física além de que me trouxe até este momento de êxtase que tem sido a minha vida. A cada dia que passa fico silenciado pela noite, ansioso para que mais um dia venha ao meu encontro e que eu o possa vivenciar com a razoabilidade da inteligência, da saúde e que a sorte me dirija rumo ao sítios certos nos momentos apropriados. O tempo é de tal modo que: 1) podemos passar a vida, simplesmente agir, e dizer no fim que ‘foi rápido’, além de não reparar nos detalhes nem nunca se importar com a simples pergunta, porque estou eu aqui e porque me está a acontecer tudo isto?; ou como me tem acontecido a mim, 2) Constantemente temos na mente o passado, os sentimentos sentidos, as emoções não manifestadas, perguntando-nos constantemente a pergunta feita na alínea 1, perguntando ainda mais, ‘o que será de mim?’, ‘Que mais vou eu conhecer neste mundo e até quando me vai ser permitido isso?’, ‘Que significa tudo isto que sinto?’, ‘Porque sou eu um ser insatisfeito desde que me conheço?’, constantemente me maravilho e me surpreendo por tudo quanto acontece e existe até ao momento que percebo e constato que há uma ordem entre aquilo tudo que vejo e sinto. E tudo o que consigo fazer, ao tentar transmitir tudo aquilo que vivencio no interior do meu ser, são simples retratos da imensidão do que sinto. Vejo conjugações de situações na minha vida, constantemente, que me levam a seguir em determinado rumo físico ou com o meu pensamento num determinado caminho mental; dei comigo, há pouco mais de uma ano, a dar valor, ou a dar um valor diferente, a sinais que a vida me transmite e que sempre me transmitiu, não sei porquê, ainda, e é muito mais forte do que eu; eu sou levado por uma corrente que não queria seguir, talvez rumo à morte, que por qualquer motivo para mim significaria a vida eterna; mas eu tenho muito medo disso, ainda tenho que fazer justiça nesta vida, tenho ainda que ‘levar a água ao meu moinho’, quero sentir a minha liberdade, mas o medo da perdição também me acompanha; tenho a visão, nasci visionário, mas numa prisão, e, no entanto, cada vez que olho para trás, que reflicto sobre a minha vida, segundo aquilo que sei e como me compreendo neste momento, parece-me que segui o caminho certo. Ainda, algo me falta para me sentir realizado humanamente, talvez o meu sentido emocional perdido por esta pobreza mental que me cerca; onde está o meu sentido de empatia humana que se desvaneceu gradualmente? Como atingir o meu bem-estar, a auto-satisfação, o autocontrolo?
Sou um ser único, com um ritmo próprio, e com um ‘sentir do tempo’ subjectivo. A minha autoconsciência tende a aumentar e cada vez mais estou desfasado do mundo social de contacto directo. O que me envolve fala comigo, mas tenho medo de que fale comigo de mais e eu não consiga compreender. Cresci a acreditar em coisas que fazem sentido numa outra maneira de estar na vida que não a vida que me envolve e não me permite estar ou permitirá estar, segundo o que eu próprio aprendi e que me levou a acreditar noutras coisas que entram em conflito com o que eu acreditava. E eu blasfemo, por vezes, porque aquilo em que eu acredito não me deixa satisfeito como deixava, não me traz a paz espiritual, uma vivência livre de pobreza mental e social. Poverty sucks , como diria um inglês.
Passo muito do meu tempo aqui, agarrado à tecnologia, que me fascina, me ocupa, me desenvolve (o conhecimento sobretudo) e me ajuda a passar o tempo. Por vezes temo não ter tempo para ela, e cada vez me surge mais frequentemente esse sentimento, porque o meu tempo urge. Temo perder o fascínio pela tecnologia e pela vida, mas tenho esperança de que tudo o que me envolve espaço – temporalmente, - o universo (de que eu tanto falo) e o meu tempo (passado, presente e futuro) me traga uma vida realizada, livre de mágoas, ressentimentos e frustrações, à medida que os meus anos de vida passam, além de que desejo que o meu sistema (o meu organismo) me dê uma vida justa , metabolicamente falando, livre de complicações de maior. Todas as variáveis que me envolvem são enormes e eu não consigo controlá-las, mas consigo observar de uma maneira especial a maneira como elas funcionam, de uma maneira mais superior, por causa de / graças a , toda a dificuldade que tem aparecido na minha vida, graças aquilo que sou desde sempre e que procuro a resposta para o porque de eu ser quem sou. É verdade que gosto de tecnologia, é verdade que gosto de ser livre, mas a ideia de que tudo tem um custo no tempo e no espaço prende-me (acorrenta-me), porque eu não queria destruir cegamente (como muitos e muitos) aquilo que deve ser para usufruto de quem merece – ou seja, de todo o ser nascido, que devia ser livre até ao ponto em que o outro é livre e que tem direito a ter um mundo que o acolha e do qual possa desfrutar de acordo com aquilo que sente e que é, e para que tudo isto fosse perfeito, que tivesse uma mentalidade elevada para poder respeitar todos os seres e que pudesse receber esse feedback de respeito [mas tudo isto é um sonho da perfeição, do ser imperfeito que eu sou, angustiosamente, e do qual me quero livrar] - tendo um ambiente sustentável no tempo futuro, livre de excessos, injustiças e desigualdades. Mas sei, cada vez mais, que não me cabe a mim mudar o rumo que o mundo com tais imensas variáveis toma, e no entanto ainda não me conformo, não estou satisfeito se não conseguir sentir-me bem comigo próprio e com o mundo que me envolve. Não é o facto de eu abdicar e mudar umas poucas de mentes, ou devido à minha fraca presença que o mundo vai mudar para melhor, além de que nada me garante que o meu ideal esteja certo como já alguma vez acreditei piamente. Questiono-me, constantemente, o porquê do mundo me ser algo tão estranhamente belo (?), em certas horas, para ser um verdadeiro pesadelo noutras. Pergunto-me o porquê de haver tanta gente que joga (?), em primeiro lugar o jogo da economia, do dinheiro e do valor monetário, que somos obrigados a jogar desde sabe-se lá quando começou a fazer parte da cultura, tão abrangente hoje em dia, do homem. Acho que o jogo faz parte do homem, e jogos que uns gostam de jogar podem não gostar outros. Sei que há muita gente que não imagina o que está por detrás destas palavras que eu digo, nem mesmo eu (!) imagino o alcance que elas têm… Não ligam e desprezam ou ignoram, simplesmente, mas o facto de as ter encontrado já ditaram um novo rumo nas suas vidas, nem que seja da forma mais elementar, mais simples. Influenciamos e somos influenciados, e eu só tenho de aceitar isso, por mais que me custe. Eu não estou no centro do mundo, e isso tem que me entrar bem dentro da minha cabeça, eu sou apenas algo que existe, para não mais existir, um dia, por mais que isso me faça sentir inconformado, me intrigue também a minha existência, muitas vezes injustiçada neste mundo. Vivo um isolamento espiritual imenso, atingindo visões que não percebo o porque de elas virem até mim, compreensões de coisas das quais não encontro quem, mais alguém, as sinta do mesmo modo, ou idêntico, e que as queira comentar. Vivo um jogo singular que não serve neste mundo económico - e mesmo que não falando na economia falamos nas emoções, das quais as minhas não são idênticas as dos outros seres. Tudo à minha volta é estranho, muitas vezes, ou então sou eu que provoco essa estranheza: ambas as situações acontecem, sei-o claramente; Vejo situações das quais o ambiente me pede intervenção, não podendo-lhe dar essa intervenção criando um bloqueio em que tudo à minha volta começa a ser muito estranho e anormal; vejo situações em que o ambiente me diz que estou como observador e sei que há algo de anormal a passar mesmo que eu não consiga entender o quê, e que não está a acontecer por minha culpa. Mas uma coisa é certa, dependentemente ou independentemente de mim: 'assim acontece'.
Há mais meios para processar informação hoje em dia que informação para ser processada, ou melhor, do que informação que realmente mereça ser processada, já que informação existe muita. É fantástico este mundo novo da comunicação, não posso deixar de o dizer. O telefone, o rádio, a televisão, a internet mais recentemente, e talvez o que impulsionou isto tudo, o automóvel, são os principais meios de comunicação que existem. Parece-me que o facto de aparecer um novo meio de comunicação faz surgir mais informação. O jornal já existiria há mais tempo. Rezam os historiadores que o telefone surgiu nos finais do século XIX (19). Uma verdadeira revolução na comunicação. É claro que a sua massificação deu -se progressivamente. Como sempre, uns beneficiam mais instantaneamente dessa invenção do que outros, muitos outros. Tento imaginar as consequências culturais que isso implicaram, as resistências que existiriam perante tal coisa, porque também as deveria haver, a incompreensão de tanta e tanta gente que não conseguia conceber na sua imaginação algo de tão fantástico que é o poder falar através de um fio a grandes distâncias. Sinto, pensando desta maneira, a diferença que existe entre os homens, não só a diferença que existe em termos de riqueza económica, que também é muita, mas a diferença cultural que cada vez é maior, cada vez os sistemas estão mais complexos e afastados uns dos outros, e por sua vez também os humanos. Daí que os homens caminhem para uma individualização, indo daí o tal afastamento. Para muitos o aparecimento do telefone deve ter sido como o aparecimento do jornal para os analfabetos, como poderiam eles compreender tal objecto se ele não fazia parte da sua cultura (não sabiam ler)? Só as gerações que se seguem conseguem realmente utilizar com naturalidade aquilo que surge em determinadas épocas: Eu por exemplo sei utilizar a internet, coisa que os meus pais não conseguem e sei que os que virão depois de mim terão outra capacidade superior e natural para a utilizar, quando nascidas no meio onde existe esse objecto criado. Mas morra quem morrer, os sistemas não páram, o mundo tem que continuar em movimento e a evolução tem que se dar, logo a humanidade tem de seguir em frente. E novas invenções surgiram, a rádio. O mesmo pensamento que apliquei ao telefone também se pode aplicar ao rádio e televisão: houve resistências e aceitação. Uns viam-nos como meios favoráveis do qual poderiam tirar partido, mas com certeza haveria outros cujo aparecimento de tal meio ia contra algo de si, talvez contra a sua cultura que defendiam (inconscientemente que fosse) acerrimamente (digo isto a pensar nos meus pais também que defendem acerrimamente a cultura que lhes foi incutida e em que eles acreditam). E estes são também aqueles que não sabem lidar com tais meios, que lhes causam medo, possivelmente – a mim causam. Os meios de comunicação são um poder enorme. Aquele que os sabe utilizar tanto pode fazer muito bem como fazer muito mal. A influência que têm nas pessoas é enorme. É claro que os analfabetos são hoje em dia, porque ainda os há (ano 2004), como que pessoas de outro mundo, neste incompreensível mundo da informação. E assim, hoje em dia há um vasto leque de opções à escolha de meios de comunicação para as pessoas se expressarem, além de haver muitas formas de se expressarem. E agora surge-me a pergunta: será que ‘meio de comunicação’ e ‘forma de expressão’ serão conceitos idênticos? E o que acho é que estes dois conceitos se interpenetram mas não significam precisamente o mesmo. ‘Forma’ tem a ver com formato, exemplos: forma escrita, que é o que estou a utilizar neste momento; forma de discurso oral; forma musical; forma corporal como é exemplo a patinagem artística. Todos nós temos infinitas formas de nos expressar (inconscientemente que seja) e que o homem tenta desvendar a cada dia que passa, conscientemente O ‘meio’ tem a ver com o objecto ou circunstância que se utiliza para que aquelas formas de expressão cheguem a outro ouvinte ou interlocutor, imediata ou posteriormente. Sem os meios de comunicação que agora temos, antigamente, as notícias corriam de boca em boca, algo que se passava, só se passava em determinada e circunscrita circunstância. Hoje por exemplo com a televisão e rádio, o mais simples dos acontecimentos que se estejam a passar em determinado lugar podem ser visto em directo, quando não em diferido, para muitas partes do mundo, se as câmaras de televisão estiverem lá ou o rádio. Há meios que normalmente são de expressão unilateral, como o rádio e a televisão, a interactividade entre quem vê e quem é visto é mínima, a massa interactiva entre quem participa ao vivo no acontecimento e aqueles que vêem é mínima, dos que vêem apenas alguns participam através do telefone quando lhes é permitido em programas em directo. Assim também para o jornal que é completamente unilateral. O telefone é um meio de comunicação bilateral, a comunicação entre os intervenientes do acontecimento é instantânea e dá-se nos dois sentidos obrigatoriamente. A internet é talvez interactiva, por isso talvez seja bilateral: vemos informação, podemos pôr informação, podemos conversar em tempo real, e é um meio ainda em franca evolução. Mas deixemo-nos de constatações, como se quiséssemos criar padrões de entendimento deste assunto. A verdade é que o facto de se ser um meio de comunicação unilateral pode significar muita diferença para o bilateral e interactivo. Os meios de comunicação unilateral podem-nos deixar como que hipnotizados perante aquilo que vemos sem podermos ter o nosso ponto de vista, quando entregues totalmente a eles. Podem deixar-nos mais ou menos condicionados perante a informação que recebemos como se ela fosse algo de absoluto. E em relação a isso acho que a internet vai ser uma válvula de escape no futuro para tanta e tanta gente que vai poder libertar-se das amarras da televisão principalmente, na medida em que cada pessoa poderá ter voto na matéria que é a vida do mundo, neste mundo de informação, as pessoas vão poder falar outra vez, para o outro, como no inicio com o telefone que aproximava os familiares longínquos, e desta vez poder-se-á falar com qualquer outro que estará do lado de lá do mundo e que tem um fado parecido ao nosso para compartilhar sem que ninguém o entenda. Talvez as pessoas encontrem mais facilmente alguém com quem desabafar outra vez, e talvez se aproximem de novo as pessoas afastadas pelo poder da televisão, o poder que se transformou na falta de diálogo e compreensão.
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