Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Artista. Um artista do sentir. Assim queria ser eu, e sendo isso eu queria sentir-me bem. Um artista é dos melhores. Um artista tem um dom de fazer bem aquilo a que se dispõe fazer, aquilo que o atrai mais que nada na vida. Um artista quer produzir serviço, arte, melhorando dia a dia aquilo que faz. Ser um artista não é ser bom em tudo, mas sim nalguma coisa. Eu sou um artista do sentir. Eu proponho-me a ser e atingir aquilo que quero ser, mas eu ando em desequilíbrio. Talvez os artistas sejam desequilibrados, forçam seus sentidos à volta daquilo que mais os atrai, que mais gostam de fazer, eles são capazes de sacrificar o seu organismo em nome daquilo em que acreditam que tem sentido na vida deles. Eles, através da sua arte tentam comunicar com os outros, na esperança de ser ouvidos e ser correspondidos. Ninguém é ninguém sem o contacto com os outros. Quantos artistas passam por nós, e nem os vemos, simplesmente não ligamos, porque não os conhecemos. Quanto artista é desprezado ou simplesmente ignorado, porque a sua arte não é valorizada, ou não compreendida ou não conhecida. Um artista faz obra, mas para ter sucesso o seu trabalho ele tem que dar a cara pela sua obra. Mas um artista também pode ter medo de ser desprezado, mal entendido, e mandado para a forca por mal entendido da sua obra, e por isso prefere ser anónimo. Um artista sacrifica-se, e faz de tudo para que possa exercer a sua arte e para que tenha valor. Um artista produz algo, que tenta melhorar continuamente. Para um artista do sentir não existem palavras suficientes, longe disso, para descrever tudo o que vai na sua alma. Ele sente intensamente a vida, a sua vida, que é aquela com que sempre vai prosseguir. Um artista do sentir que seja solitário vê cada vez mais, sentindo cada vez mais, andando sempre em ebulição. Um artista do sentir solitário e fechado sobre si mesmo e sobre o que sente faz vibrar as ondas do Universo, tudo se torna vivo e intenso na vida dele. Um artista dos sentir nesses termos: solitário e fechado sobre si mesmo, sem poder transmitir o que sente porque não há palavras, porque simplesmente sente, porque é uma vibração do universo que o rodeia, faz vibrar muito mais ainda este mundo mesmo que isso não seja notório. Um artista vai deixar de ser criança para se centrar sobre o que gosta, um artista esquece tudo menos daquilo em que ele é profissional. Um artista do sentir é profissional em sentir. Um artista do sentir ultrapassou as limitações de não compreender e está num grau ascendente de compreensão enquanto o seu organismo suportar tudo aquilo que nele ocorre. Um artista do sentir produz uma nova arte quando, segundo uma maneira de sentir, segundo uma maneira como compreendeu o mundo ele o pinta de uma maneira que mais ninguém conseguiu. Ele acrescentou uma pintura, triste ou alegre ou indiferente a este trajecto finito do Universo. E ele vê o que mais ninguém vê, e ele é influente. Um artista não é o que é por acaso, ele é o que é segundo o que já existiu, segundo o que foi dito e feito. Um artista sabe como são as coisas que são do seu âmbito imediatamente, sem ter que pensar muito para as compreender, elas já lhes estão entranhadas no sangue. Um artista do sentir sofre porque vê as coisas do sentir sem ter de pensar muito, são do seu âmbito sentimental, aquilo para o qual sempre viveu. Mas, e as emoções? As emoções, para mim são, aquilo que se manifesta segundo o que sentimos. Um artista do sentir, fechado sobre si mesmo, tem dificuldade em gerir as emoções, em transmitir o que sente, o seu interior é uma amálgama jamais compreendida, no entanto ele é o mestre dos sentimentos. Mas ele está sempre pronto para voar, um artista do sentir voa sobre o seu interior, que é igual ao que é feito o Universo, ele extravasa-se em si mesmo, o seu interior é tudo.
Trago os lugares por onde passo nos meus olhos. Solitariamente imagino a vida de tanta gente que me envolve, imagino o que sou e em que posição estou em relação aqueles que vejo, e aquilo que consigo sentir deles. Imagino aquilo que sou e aquilo que provoco à minha volta, na minha presença. Imagino e nunca sei se é verdade ou não, e chego a perguntar-me se aquilo a que chamam realidade não será apenas a imaginação de algumas pessoas, ou muitas pessoas, ou mesmo imaginação da humanidade. Pergunto-me até que ponto somos iguais e até que ponto somos diferentes, o que nos une ou o que nos afasta, pergunto-me, em última análise, o que me une e o que me diferencia do resto dos seres humanos. Vejo tanta gente em movimento, gente que viaja, neste mundo que devora petróleo. Vejo gente que viaja mas que não sente a terra que os envolve. Ou será que sentem e eu é que não vejo isso? Conheço o toque, o cheiro da terra e a emoção do sentimento térreo, mas muitas vezes sinto que me escapa o sentimento humano, a emoção da ligação humana, como se fosse um extra-terrestre. Vejo gente que me parece viver em liberdade e despreocupação com a influência que tem no mundo e com o futuro, e mesmo gente que quer permanecer ignorante, como se fosse para não ter de assumir possíveis culpas sobre o que se irá passar. Por vezes parece que eu estou acima de tanto sentimento humano que me envolve, que consigo ver mais além. Por vezes parece que estou abaixo de todos, que toda a força e conhecimento e saber que possuo não significam nada, e assim, por vezes, penso: ‘De que me vale todo o conhecimento e o saber sem a perpetuação daquilo que somos?’. Por vezes apetece-me desistir das pessoas, mas por vezes sinto a falta da proximidade humana, e sei que se desisto delas estou a desistir de mim, e isso não posso permitir, por mim próprio. Talvez me reste compreender mesmo que nunca o consiga dizer. E eu compreendo ou pelo menos tento compreender as atitudes do comportamento humano e muitas vezes posso tolerá-las, mas muitas vezes não consigo porque estou envolvido nelas e, aí, age mais o instinto do que a consciência de compreensão que possuo, as regras da existência são outras e como que estão constantemente a mudar. Tenho medo de me magoar, de que me magoem, pois sou susceptível a muitas e determinadas atitudes, que se calhar sou eu que exagero no meu íntimo. Apesar de não ter crescido no meio das pessoas, pois nasci solitário, com uma inteligência e uma vida muito peculiar, não deixei nem deixo de viver e sentir tudo o que a vida – a vida de hoje em dia - tem para dar a uma pessoa. Do meu ponto de vista, desde o tempo e o espaço que são os meus, eu vi e vejo passar imensa gente defronte de meus olhos, gente que não se apercebeu o que era viver (e não quero dizer com isto que eu sou quem sabe o que é viver, mas gostaria com isto de dizer que estou no pedestal mais acima do que os outros, nunca sabendo se é verdade). Consegui compreender (atingi uma meta) e continuo a conseguir compreender, o passado, o meu passado, os comportamentos e as atitudes dos seres, e muita coisa mais que certamente não conseguiria transmitir por mais que vivesse. Se a complexidade reside em mim, ela não é mais do que reflexo da complexidade daquilo que me envolve e consigo sentir. Consigo ouvir vozes -não devia, mas consigo – em tons depreciativos que menosprezam a vida dos outros, decerto desprezam a deles também, digo eu. Consigo ouvir, mas na seara humana não consigo distinguir o trigo do joio a maior parte das vezes, só de olhar para ele. Mas consigo perceber o que o que são, trigo ou joio, se eles se manifestarem para mim. E dou comigo a não saber se hei-de agradecer por este mundo (magnífico, sem dúvida) que me envolve e do qual pude e posso ainda participar, ou se blasfeme contra toda a agitação e destruição - que nenhum homem pode conter por mais Universo que traga nos olhos - e comprometimento de um futuro, futuro incerto, que talvez não seja mais do que o antecipar a altíssima velocidade o fim do tempo do homem, com o desejo de sentir tudo numa só vida.
Pareço ser pessimista, e talvez seja isso. Bem queria libertar-me disso, mas aquilo que vejo não me permite. Contudo, sei que é-me permitido viver porque a vida já me manifestou isso, a vida deixa-me, e tenho que continuar a lutar contra tudo, tenho que marcar a minha presença, enquanto existir. E depois? Que sentido? Sempre aquelas questões. ‘I need a friend, I need a friend , not standing here on my own’ Black, ‘Wonderful Life’. O quanto precisamos de um amigo, de amor. O quanto procuramos. O quanto esta vida é mais feita de desencontros do que encontros. Para mim é, e para muitos mais também. O quanto é necessário a envolvência, mas o que é isso? Apesar de saber que existe, onde anda ela? Abomino a cultura, essa que me abomina, essa que me prende e me tolhe os meus movimentos, que me limitou. Não queria muito, só queria que me deixassem ser eu, aquele que eu queria tangivelmente ser, e que não me deixaram. E quem foi? Foram, quer dizer foi, quer dizer… essa indefinição das causas, essa falta de objectividade do que foi, tudo isso há-de passar. Quando te dizem que estás a errar, e te demonstram claramente o erro e tu persistes, tu tens um carácter que nunca mudarás, por isso tudo o que de bom tiveste e fizeste se torna azedo, toda a vida fingida é desperdiçada pela descoberta da careca, por se ter posto a nu os teus erros. A humildade é bonita e fica bem em qualquer lugar, a humanidade, o sentimento de proximidade com as pessoas, só isso pode perdoar e pôr as pessoas acima da terra que nos envolve, e só assim poderemos pôr o nosso bem-estar acima da terra, do ambiente que nos envolve.
Esta terra é minha. Esta Terra faz parte de mim. Eu lhe pertenço. Ela me há-de tornar infinito. Ela me há-de tornar na palavra mais bonita que alguma vez algum homem ouviu, o verbo que há-de mover e demover o mundo. Onde haverá lugar mais bonito senão aquele que podemos desfrutar, aquele que já conhecemos, aquele que nos é permitido conhecer com a sensação plena de serenidade do nosso ser. Serei o ar que respiramos, ninguém o vê, mas ele nos faz viver. Ah, se eu pudesse ser (!). Eu seria o clima, e o clima seria o que de mais belo há no nosso mundo, que é único. Apostaria quase tudo em como não haverá no Universo algo idêntico ao nosso [mundo], esta terra de sonho, esta terra é um sonho único. Eu cobriria alvarmente estes belos campos. Traria no meu seio a calma plena, de quem vem por bem. A minha terra está coberta de branco. Hoje é um dia especial. É um dia que é especial – como todos os são - neste sonho onde transito. Especial, porque diferente, especial porque reside em mim a esperança. Como podem ser bonitos os flocos de neve (!). Como podem eles traduzir a poesia mais profunda e intima que existe nos homens. Como nos podemos sentir especiais, em determinados momentos (!). O clima é tudo o que vai na alma dos homens. As tempestades e as bonanças, o sol dourado e a escuridão solitária. O clima é a manifestação dos sentimentos da nossa mãe Terra. Ela demonstra os seus sentimentos desta maneira, são as suas emoções. Ela nos acolhe e nos permitiu criar - nos e desenvolver – nos. Ela nos deixa progredir no tempo e nos concede tudo o que tem, até mais não poder, como um ser vivo que defende e que protege os seus seres, dando a vida por eles. Ela é um realmente um ser vivo. Não é infinita, mas não se pode negar a sua imensa beleza, e quando um dia sabemos que é única, então torna-se especial. Mas ainda há homens que pensam que se lhe pode pedir de tudo e que ela suporta tudo o que os homens lhes fazem, até mesmo um só homem – e isso causa-me admiração, como pode haver homens tão egoístas (?!), que põem os seus interesses à frente de tudo e de todos e que se acham no direito de usufruir sem limites, de conspurcar o seu próprio lar, pisando as flores deste jardim, ou, outros, tão simples, que são traços apagados à partida, (talvez) porque outros lhes querem tirar o lugar que merecem, o seu jardim, esses simples, os mal amados. Como me causa admiração que esta busca do homem pela perfeição e fuga à dor acabe por causar mais destruição e imperfeição e muita mais dor -. A alienação do homem será a sua destruição, pois, ele deixa de reconhecer a sua verdadeira natureza, e deixará – a cada vez mais, para se entregar à exaltação dos seus ritos e rituais [do homem], privilegiando a sua interacção esquecendo-se de quem é antes de ser homem e antes de ser um ser social. E o homem é matéria do Universo. Não me cabe a mim inferir se o que digo é pessimista. Eu até sou um homem feliz dentro da minha tristeza (!), eu até sei quem sou, e cada vez mais o sei (!). Não me cabe a mim ter pena do que me ultrapassa - talvez não possa mudar muita coisa, o suficiente para dizer que estamos no caminho certo – mas fico feliz em compreender, como qualquer homem busca compreender o porquê da sua acção, o seu motivo, o motivo do acto que o faz agir. E fico feliz por obter respostas e afinal ainda sentir que pertenço a este mundo e a esta sociedade e que posso ainda ter um lugar para mim, e isso é esperança. Mas a esperança não é eterna. A esperança, para resistir, requer investimento, logo, risco. Isso, admito que me falta, capacidade de investir e reagir, apesar de, pesar na minha vida tudo o que de bom posso fazer para o meu equilíbrio e de tentar prever os passos que serão errados. Mas sou um homem, antes de tudo, não sou um deus, e isso leva-me a errar, e o tempo que passa leva-me a que fraqueje. No entanto vou tentando redimir-me dos meus erros. Peço à sorte, quando a minha razão estiver ofuscada, que os passos em falso que der neste terreno de neve, onde por baixo do manto branco se pode encontrar terra firme ou simplesmente uma armadilha onde posso cair, não me levem aos limites da dor consciente e possa voltar a andar novamente - e aprender com a armadilha - ou então que não permita que a minha dignidade fique por mãos alheias. O branco da neve é como a luz que é pura. A luz vem da escuridão. O Universo tem muita escuridão, mas, dele se gera a luz. Temos que nos tornar pequenos para que possamos apreciar realmente a plenitude da beleza da luz. Se quisermos ver de um ponto de vista da altivez essa luz, ela nos parecerá pequena ao nosso olhar para que possamos notar e fascinarmos – nos no que ela tem para nos mostrar. Assim eu quero pertencer ao Universo, mas não quero deixar de ser pequeno, se possível como a mais pequena partícula que existe no Universo, como o Bosão de Higgs.
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