Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
São imensas as cadeias que prendem meu coração, mas já foram mais. Ouvindo Richard Marx, ‘Chains around my heart’… e, como sempre, momento após momento, eu vibro com as recordações e com a sensação de estar vivo e ter vivido, vibro, surpreendido, com o chamamento da vida nas ocasiões que penso que tudo vai desabar outra vez. Surpreendo-me e ao mesmo tempo tento aceitar aquilo que me ultrapassa, que não consigo mudar. Realmente tudo o que vivi tem um significado, e é maravilhoso ver as coisas encaixar e tomarem sentido. Todas as minhas vivências a encaixar, e, no entanto, sempre na defensiva perante o desconhecido do futuro. Eu queria reagir, e não consegui, não me foi permitido, fiquei passivo, absorvendo tudo à minha volta, tentando compreender infinitamente o mundo que me cercava, como tento compreender mais e mais a cada dia que passa ainda hoje, isso é-me permitido. Mas eu penso que tenho pouca capacidade de reacção, ainda. De bode expiatório a um ser especialmente querido, a minha metamorfose continua, nem que tudo seja ilusório. No entanto, tudo é incerto, só tenho a certeza de ter vivido, dos azares e das sortes que tive, qualquer previsão do futuro pode estar completamente errada, porque um número inimaginável de infinito futuros me podem acontecer. Sinto que a minha vida vai ter mais uma mudança no futuro que se aproxima, e queria acreditar que a vida me vai dar uma nova chance de melhorar quem eu sou e de poder gozar mais um tempo de vida de intensidade agradável. Pensei que não arrancaria mais com a minha vida, pensei que seria mais um caso perdido, de pessoas esquecidas neste mundo, mais um esquecido neste mundo, e que iria esquecer quem eu tinha sido um dia, pois só via tenebrosidade, melancolia e escuridão na minha frente, além de sentir uma profunda incompreensão do que se me estava a passar, e sentia uma imensa impotência de lutar contra forças tão estranhas e que me puxavam para o abismo. Agora, aqui estou eu, sentindo o cheiro de uma nova primavera, tentando invadir o meu espirito com sorte e positividade, neste preciso momento. O quanto desejo que todas as frustrações se vão embora da minha vida, que o equilíbrio venha ter comigo, que tenha forças para que pessoas maldosas não me consigam ferir. Quem me dera que isto que sinto fosse o cálice da vida, a compreensão geral de tudo, ou pelo menos da minha vida em que eu sou o centro do meu Universo. Eu tive a oportunidade de VER este mundo com uns olhos especiais, dados a um ser especial, e do qual só eu posso falar. Eu fui amado desde toda a eternidade, porque estive previsto desde sempre, eu nasci e cresci contra todas a probabilidades, porque me foram dados os caminhos certos para atingir estes momentos. Não sei se poderei falar do mundo agora, mas parece-me que estou apto a falar do que eu conheço, de mim próprio, e talvez com isso eu possa contar também a história do mundo. Talvez eu não possa salvar o mundo nem as pessoas que sofrem, mas posso tentar salvar-me a mim para que outros se salvem. Reafirmo a possibilidade do conhecimento e a existência da sabedoria, os quais eu respeito desde toda a minha existência, e talvez por isso eles me dão momentos tão bons na minha vida e me são tão queridas. Queria acreditar que Deus existe, mas talvez me baste saber que eu existo por meio de algo que tende a mostrar-se à medida que o tempo passa, não interessa o que lhe chamemos, e que a perfeição está nesta amálgama que por vezes parece o caos e por outro lado parece magnificamente perfeito. Sinto-me vivo ainda, e tudo o que senti faz sentido e teve uma razão de ser. Eu tive uma hipótese na vida como poucos terão possivelmente, ou pelo contrário, todos tem essa hipótese, mas nem todos a conseguem aproveitar por motivos que ainda compreenderei um dia. É o sobe e desce da vida, os momentos agradáveis e amenos e até mesmo de vigoroso esplendor versus a queda, a dor e o atrito que nos tomam sem compreendermos o porquê de ser assim. É assim até mais não podermos. Eu vejo desde aqui o que me envolve, sem no entanto ver como os outros. Eu vi: claramente a ironia do mundo; o fingimento; a minha tamanha imperfeição na tentativa de ser perfeito, assim como os erros das outras pessoas e os meus também; a relatividade de tudo, como já me parecia existir desde os meus primordiais pensamentos; a oportunidade de respirar, novamente, por um pouco que fosse, para poder mergulhar mais fundo nesta minha azarada vida. No entanto, não sei se me é permitido esta sensação de plenitude, como a conseguirei manter? Será que consigo?
No outro dia tive uma sensação de pertença. Senti que me encontrava integrado de alguma maneira numa sociedade, tinha amigos e as pessoas aceitavam-me como eu sou. Imaginei logo que pertencia a uma irmandade. Senti que estava naturalmente em sintonia com o mundo, pois dali, naquela irmandade, via e sentia o conhecimento que me rodeava, além de que os meus amigos vinham ter comigo. Então, imagino, com base na minha realidade, uma ‘Irmandade da noite’, pessoas que vivem mais pela noite ou a qualquer hora do dia, neste mundo confuso em que só alguns têm o direito de viver a vida, a dos seus sonhos, calmamente desfrutando do tempo e do espaço que constitui este mundo; os outros estão condenados a ser carne para canhão, porque não aprenderam ou a vida não lhes permite viver a vida em prazer, a usufruir uma humanidade equilibrada e agradável; porque neste mundo de dinheiro tem que haver o pobre para sustentar, com o seu trabalho, o rico, o pobre é o que produz, porque necessita; porque no mundo há e tem de haver a ambivalência e os opostos, logo, se há rico tem que haver pobre, se há a sorte é porque existe, também, o azar; além disso são 80 por cento a trabalhar para sustentar esses 20 por cento de luxo e bem-estar máximo; e não é que eu quisesse ser como um deles, no fundo, mas também quero ser feliz; preocupo-me pela injustiça, pelo desequilíbrio, pela ambição destruidora de muita gente sem escrúpulos, tal como tantos outros se preocupam. [Nem sei eu porque defendo quem não conheço, talvez porque tenha medo de ser um deles, dos pobres, ou porque eu estou do lado daqueles que têm dificuldades]. Alguns não dormem para que o mundo, efectivamente não pare, o mundo económico que irá destruir esta terra se a terra não destruir este mundo económico, de ganância, de ignorância e alheamento. Quer-me parecer que as pessoas da vida de sonho já não sabem de onde vêm as coisas (o certo é que elas vêm), nem o que são a natureza ou os animais, e vivem num mundo virtualmente intenso e intensamente humanizado; além disso, elas têm todos os direitos do mundo; ajudam quem mais necessita, porque elas nunca sequer se questionaram acerca da possibilidade de elas serem as pessoas necessitadas ou virem a ser um dia, os outros é que são e serão sempre os necessitados. [Mas duvido constantemente de mim mesmo e do que digo, se terá sentido aquilo que sinto e digo, pois não posso ser enganado pelos meus sentimentos - que podem ser falsos e inverosímeis e incoerentes por motivos exteriores a mim -, mas, como já disse muita vez, há o bem e o mal, acredito nisso, e eu procuro que a minha mente seja clarividente a ver isso.] Agora, senti que digo isto como se eu fosse alguém isento nisto que digo, quando na verdade faço parte da globalidade deste mundo humano, portanto, estou nalguma parte desse mundo, não num mundo à parte a ver isto, mas estou ao vivo neste mundo, no meio da acção; ao mesmo tempo vejo com olhos de falcão, isto é, apesar de estar em terra é como se eu tivesse a visão de falcão, a visão daquele que anda lá bem no alto. Constantemente eu me imaginava e imagino, na minha juventude, a concretizar os meus sonhos, a viver a vida de acordo com o que eu sentia e sinto, mas claro que isso foi, é e será (muito provavelmente) uma utopia, quando na verdade existem os outros, dos quais eu não estou em sintonia, que não me permitem exercer a minha liberdade. Não estou em sintonia nem mesmo com a minha família, da qual já estive inteiramente integrado, nesse clã que as forças de um mundo infinitamente complexo e em mutação fazem mudar e alterar (e que aceito que assim seja, no fundo), forças que fazem mudar a relação entre as pessoas, mesmo entre as conhecidas e entre as que um dia foram fortemente íntimas connosco.
Assim, prossigo o meu pensamento tentando compreender porque estou só neste meu ser e ninguém pode compreender a totalidade do meu ser a não ser eu, ou, talvez, nem eu consiga entender a totalidade do meu ser (…), daquele que sou e que vou descobrindo a cada dia que passa; as alegrias e tristezas por que passei pertencem-me e a mais ninguém, e é no meu passado que encontro as respostas ao porque de todas elas. A cada dia que passa enterro-me mais no que sou: penso que sou uma pessoa boa e com grandes ideais e boas intenções, mas que não encontro a minha paz neste mundo, o meu bem-estar, a irmandade verdadeira, a comunhão com os seres que me são semelhantes, como se eu fosse um ser marginal ou um desencontrado crónico enquanto humano e apenas me reste a ebulição do ser, a metamorfose da alma, o hino de uma vida que vale tanto como tantas outras e que passará muito provavelmente despercebida, ou então, que só um destino, quiçá pós-morte, eleve a alma desta minha existência aos confins do infinito, do Universo, e talvez encontre a ‘Irmandade universal’ dos seres que já algum dia passaram por esta terra e já encontraram a sua paz e o equilíbrio eterno entre eles e a sua passada existência.
A noite deve ser estranha para a grande maioria das pessoas, pelo menos as que vivem de dia e não ousam ultrapassar a sua rotina e/ou ir à procura de novas descobertas e sensações. A noite entranha um conceito de libertação das pessoas que vivem na normalidade do dia-a-dia, de dia. O homem conquistou, com a electricidade, a noite e o mundo nunca mais dormiu. Mas nem por falta de luz os antigos deixavam de circular na noite, como homens que percorriam com instinto a noite a fim de alcançar outros lugares. O mundo diurno pode ser um verdadeiro pesadelo para certas pessoas, como contem um ritmo normal, estimulativo e inquestionável para muitas outras. Não tenho dúvida, pelo que sei que a noite altera as pessoas. Há que ultrapassar os limites, há que procurar novas sensações, e o homem é o ser da descoberta e da interpretação do que existe, a noite tinha que ser conquistada e interpretada, e não quero defender com isto o homem e a sua atitude. Mas para alguns surge como uma conquista inevitável, a fim de resguardarem as suas vidas. Resguardarem as suas vidas da palhaçada que ela (a vida) pode ser, que brinca connosco a seu bel-prazer, com indiferença. Pois é, alguns entram na noite para a palhaçada, outros entram nela para tentarem sair dela, pelo menos compreender a palhaçada que é esta vida. Dizem que defendem o ambiente, e o ambiente degrada-se mais a cada dia que passa, com mais ou menos entraves, com mais ou menos adiamento dessa destruição; dizem que ajudam os pobres, mas quem se ajudam são as elites entre elas, o poder pelo poder; dizem que regulam a direcção da nações e tentam levá-las a bom porto, mas os estragos são enormes, em nome das elites e do progresso - que não se compreende (o que progresso é) -, criam-se necessidades que poucos podem usufruir, abarcam-se e destroem-se culturas e seres, humanos ou não, exploram-se seres e a terra, e o acaso dá-se nas incomensuráveis variáveis que agem no mundo com enorme conjunto de seres que se auto-atropelam e caminham em busca de um bem-estar utópico. E com o que disse abarquei o caso da política também. E eu?! Qual a minha situação no meio disto tudo? Eu não sou mais que uma pessoa, um entre tantos, e eu não posso fazer mais que pouca coisa senão viver a minha vida, dizer o que acho, deitar achas para a fogueira da vida, participar nesse cozinhar utilizando esta caldeira efervescente, utilizar o meios que tenho, usar o conhecimento e a minha capacidade física (as minhas pernas, os meus braços, os meus olhos, etcetera) e caminhar, olhando, ouvindo, dizendo (mostrando) quem sou eu, vivendo neste tempo, até não mais poder. Talvez todos os tempos tenham sido de excessos e complexidade que só uma entidade superiora regula, e parece-me que sem uma vontade particular e própria. Mas eu quero viver feliz e de acordo com o que sinto, ou então eu estou a sentir tudo errado, mas seja como for eu sinto e tenho direito a sentir e a viver, porque também respeito o que os outros sentem e respeito o seu espaço. Fugir ao dia quando se sente encurralado, embrenhar-se na noite, nem sempre dá certo, ao não ser, talvez, que o destino assim o queira. Na noite quebram-se as regras do dia, e eu agradeço a existência da noite porque as regras e normas do dia seriam extremamente difíceis de suportar, para mim, sem poder reflectir na noite sobre elas, reencontrar-me com o ser que sou, um ser desrespeitado – regras e normas, essas, que seguem, muita gente, cegamente, e que para mim são difíceis de seguir, porque não me foi permitido, além de que eu amo o sentido supremo da vida e não cultura abjectas (abjectas porque não contêm esse sentido supremo) que se imiscuiem com esse ‘sentido supremo’, tentando reinar a cultura do caos e da opressão dolorosa e injusta -. Não gostaria de incitar à revolta pela revolta, não, apenas queria que as pessoas compreendessem no seu íntimo, sendo analfabetas ou letradas, vivendo em Portugal ou noutra parte do mundo, nas mais diversas culturas, compreendessem, repito, esse sentido supremo da vida como eu senti e sinto [acredito piamente que era possível isso, se cada um dos seres fosse bafejado por esse sentido à nascença como eu fui], sentido supremo esse que aborda a cordialidade e a existência de uma inteligência superior dos homens, uma sintonia com a vida e os restantes seres, um conhecimento que transcende e respeita os seres e o ambiente, um luta de braços dados pelo bem-estar e o equilíbrio e não uma luta de uns contra outros, alimentando a discórdia, a desconfiança que haverá enquanto houver seres a nascer sem amor e sem conhecimento, a perpetuar a incompreensão natural que o conhecimento devia colmatar nas pessoas, porque nada é com elas, quando tudo é com cada um. Na noite tenho visto tudo isto e isso que digo e sinto, através da minha vida. Talvez eu pertença a uma Irmandade da noite na busca pelo dia em que eu possa caminhar em paz, no dia, momento esse que nunca mais chega mas que está cada vez mais presente.
É muito boa a sensação de bem-estar, esta, depois de um repasto que assenta bem, seja ele do que for, frugal ou exótico, bem ou mal temperado, a esta hora, na acalmia do anoitecer. É muito boa esta sensação de plenitude, que ao mesmo tempo é acompanhada por um vazio mental, onde reina um nirvana, onde não há lugar para alegria ou tristeza, preocupação ou indiferença, onde há apenas o que é, o simples facto de estar aqui e existir, sentindo o eterno agradecimento de ter o meu ser, ser quem sou, mais nada do que isso. Chamaria a esta experiência e este estado uma experiência mística. Escrevo o que escrevo, preenchendo a minha vida interior, com o intuito de pôr na net umas palavras que possivelmente se perderão no tempo – mas com a esperança de que eu não tenha existido em vão -, num monólogo introvertido e eterno comigo mesmo, onde o senso comum não tem significado, onde existe apenas o meu ‘eu’, e a consciência de que esse ‘eu’ existe. Aqui há acalmia, neste estado de espírito que se apoderou de mim, hoje, neste momento, dure o tempo que durar. No entanto, sei que há uma revolta silenciosa que permanece em standby neste momento. Este momento em que a música ambiente me rodeia e me acolhe sem exaltações, ao contrário do que tem acontecido na maioria da vezes na minha vida. Até parece que estou apaixonado por mim mesmo, que quem me ‘visse’ o que eu sinto me acharia narcísico, mas não sou, e digo a frase feita: -se eu não gostar de mim quem vai gostar? - É obvio que em inúmeros momentos e situações só isso não basta para viver, gostamos, e, mais do que isso, sobretudo necessitamos, de ser apreciados, de que gostem de nós. Contudo, na minha vida, sei o quanto isso de ‘gostarem de nós’ é relativo, e, por isso, é importante que o amor-próprio prevaleça nesses momentos em que não somos apreciados e/ou em que os factores externos a nós não nos são favoráveis. Isto porque temos direito à vida e não podemos nem devemos abdicar dele, temos de lutar contra a incompreensão dos outros perante o nosso ser, lutar harmoniosamente para que os nossos ideais tenham seguimento. Muitos, ao ler isto, rir – se - hão do que digo, mas pouco me importa, não sei quem sois e estais entregues ao vosso destino como eu estou entregue ao meu. E esse simples facto, o vosso destino, já vos é suficiente para que essa risada escarniosa que fazeis vos traga o feedback futuro do que sentires sem respeito pelo que os outros sentem. Ao passares os olhos por uma das minhas palavras já estareis contaminados pela influência do que eu sou se é que já não estáveis, mesmo antes de vos encontrares com estas palavras. E não há que ter medo, e mesmo que se tenha, isso é normal. Não sou eu que mato com as minhas palavras, mas são os significados que elas têm para vós que influenciarão o vosso futuro, talvez o encontro com uma verdade que não querias assumir e que te acendeu uma luz na mente. Comigo passou-se tão vivamente isso, que ainda agora tremo, tal a intensidade de medo pelo desconhecido que senti. E a revolução silenciosa continua a dar-se.
Não podemos obrigar as pessoas a gostarem de nós. Não podemos agradar a todos. Acho que se a verdade tivesse cara não seria bela, e por isso não gostariam dela. A verdade será a última instância de tudo o que existe. O mundo dos seres é um mundo fingido e artificial, uma realidade efémera dada por sentidos virtuais. Como última instância de tudo o que existe, a verdade é o suporte básico de tudo o que existe, talvez tenha sido o princípio e será o fim. A verdade é o vazio da existência ou a não existência. E nós estamos num momento intercalar – a existência - dessa não – existência. Talvez os seres fujam dela (a verdade) quando por vezes dizem procurá-la, porque não cabe na nossa mente que haja uma não existência, um vazio depois de termos vivido e termos um ser coerente, sermos algo funcional e especial, queremos acreditar que há continuidade nas coisas. A verdade dói, mas não quer dizer que não possamos viver sabendo que ela existe. E é verdade que quanto mais interpretamos mais vazia, contraditória e confusa se torna a existência, parece que compreendemos mais, mas nada sabemos que já não tenhamos sabido desde sempre, um saber nato que faz parte do nosso ser logo que nascemos. Toda a filosofia se encontra em estado latente ao nascer, o que se passa é que nos vamos redescobrindo à medida que o tempo passa. Aperfeiçoamos técnicas, descobrimos novas maneiras de explorar a terra, mas a filosofia, essa, já existia e continuará a existir, o conjunto de equações do pensamento que nos leva a um resultado simples. Termino hoje esta revolução silenciosa e mental que me envolve, na ideia que tenho sempre: que por mais que pense e abarque o mundo com o meu conhecimento jamais encontrarei a resposta para o que procuro, se bem que por vezes ache que estou no caminho certo. Não quero cair no vazio demasiado cedo, sabendo que ele existe, quando ainda há caminho pela frente.
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