MEMÓRIAS QUE PERDURAM
Memórias que perduram. Imagens de momentos chave da nossa vida. Exemplos daquilo que de algum modo abre e ensina os rumos da nossa existência. Como é possível tudo isto? Onde reside a memória do Universo? Como é possível acontecerem, no espaço de uma vida, mudanças tão drásticas, mas ao mesmo tempo, tão maravilhosas (provavelmente assim o são a maioria delas, quando é possível entendê-las, nem que seja por um momento do tempo). Abre as portas do teu íntimo e diz-me a franqueza que tens na tua alma (?), alguém poderia dizer. Como é possível entendermos o mundo? De onde vem a interpretação de tudo o que a nossa alma toca e abrange? Com isto tudo pergunto mais, o porquê da nossas ações? O que nos faz mover? As interpretações que fazemos das coisas, dos factos e dos acontecimentos alteram e fazem evoluir todo o Planeta Vivo; de algum modo tudo esta em relação, ligados por laços misteriosos, que se tendem a revelar quando assim tem que ser. Vivemos sabendo que um dia tudo muda, definitivamente, não sabendo para onde vai todo esse manancial interpretativo de uma vida que nos foi facultado para uma Causa Maior; Irá, certamente, para algo que lhe podemos dar um Grande Nome. No espaço de uma vida a magia acontece: na relação do passado com o futuro, na memória do que fomos com o que seremos; e hoje em dia temos meios de memorizar o que vai acontecendo, basta uma fotografia, por exemplo, para dar o potencial interpretativo que um determinado espaço de tempo teve para nós. Talvez o móbil das nossas ações sejam a evolução, a busca pelo alcance de uma Verdade, mas, sempre, está acima de tudo o que existe, um Entendimento e uma Lei que dirá o curso final das coisas, acontecendo a todos, a tudo e a cada momento uma Infinidade de situações Milagrosas e talvez Justas, mesmo que os nossos olhos e o nosso espírito não possam entender, não possam interpretar, a relação e o porquê de essas situações acontecerem como acontecem.
Um néscio, incapaz, frágil – Visões interpretativas. Todo o ser é o que é em relação com todo o Mundo que o envolve. Somo seres dependentes, todos os seres são dependentes uns dos outros. Tudo o que existe é dependente, umas coisas de outras. Cada um nasce para o que nasce. Cada um é como é. Há coisas que não podemos mudar. Assim sendo, e a interpretação das coisas? Ela muda em muitos acontecimentos…; e a memória? Ela muda, por vezes ou muitas vezes. O caos. A entropia. O ter de agir mesmo que não faça sentido. O ter que produzir ação, mesmo que não faça sentido. O sentido está na interpretação. Queremos agir bem, mas a perfeição é finita, diria mesmo, ínfima, no entanto, a Terra é perfeita como é porque todas as ínfimas perfeições têm sido somadas ao longo do Tempo. A ação tem que se dar, tem que acontecer. A interpretação muda o mundo. Interpreto aqui, mas o mundo é diferente lá fora. Teorizo aqui, mas o mundo pode ser muito diferente lá fora. E com isto tudo erramos muito, mas o mundo é como é, há momentos em que parece que podemos mudá-lo, contudo há muitos momentos em que parece que nem a nós nos podemos demover.