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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Procurando acreditar na existência [de ( 2) palavras]

          Continuo procurando a razão da minha existência. Continuo na procura da resposta dos ‘porquês’ do que se passa na minha vida. Continuo na busca da paz interior e com a fé de que existe uma inteligência superior que é possível alcançar, e que a posso ter em todo o seu esplendor a rodear a minha vida. Continuo na busca de palavras que venham a ter significado na minha vida, que venham a ter a plenitude do seu significado em mim, no meu interior. Palavras essas que definem conceitos que são importantes para mim. Mas quero querer cada vez mais, também, que isso me parece uma utopia. Não conseguirei atingir os meus objectivos devido aos seres que me rodeiam que me negam o alcance dos meus objectivos, devido ao facto de eu não ter ‘social skills’, habilidades sociais, reacção social para viver em sociedade. Nasci e cresci tímido, mas isso não é, em si, a causa do meu insucesso, a causa do meu mal - estar interior, a causa da minha constante insatisfação na minha vida, do vazio da minha existência nesta vida real, a causa está exterior a mim, só pode estar (!), por mais que mo neguem. Em consequência disso tenho visto e sentido o melhor e o pior do homem, das pessoas, neste mundo em que vivo. Perdi a confiança das pessoas, sinto-me traído por quem me deu a vida e é mais próximo de mim. Como posso eu voltar a sentir que posso confiar em certas e determinadas pessoas (pelo menos) (?), como posso ganhar a confiança nas pessoas (se é que algum dia a tive)? Meu pai, esse traidor [e digo isto com uma mágoa enorme], um falso, que acredito ter condicionado a minha vida para sempre; esse homem que me fez duvidar da bondade natural e humana, me fez desconfiar daqueles que poderão (iam) ser meus amigos. Devido a todas as circunstâncias em que nasci, elas me perseguem e me querem destruir, desde sempre, e agora sei-o realmente, consigo ver isso, e mais do que nunca, que isso (as circunstâncias em que nasci me querem destruir) é verdade. Enquanto eu tinha para dar também ia recebendo, agora, que não tenho para dar, que necessitava mais do que nunca, de quem mais foi importante para mim, se já não o é, [dessas (2)palavras] agora que precisava de receber e sentir que realmente eu estava em sintonia, eu não recebo nem sinto. Meu pai magoou a minha maneira de sentir. Estou como que nu e não se dignam de me oferecer umas roupas para me cobrir, e estou envergonhado e sem dignidade. Sempre fui vulnerável na minha inteligência, nos meus sentimentos e sentidos [no geral, em todo o meu ser, mas com a certeza de que poderia ser forte como quem é forte se não estivesse traído em mim próprio] : eles que me maravilham com a demonstração de todo o dom que me foi concedido, são eles também que destroem o meu ser, por tal sensibilidade e vulnerabilidade não caberem (não ser aceite) no mundo em que nasci, o mundo que me envolvia e envolve, por circunstâncias únicas de falta de amor e egoísmo humano [meu pai é a causa prima da minha vida e do meu sofrimento]. E eu pergunto, porque tenho o direito de perguntar e indignar-me (!), haverá justiça neste mundo? Porque sai impune o injusto, o malévolo, o destruidor (?) Porque sai a rir, a gozar, ou ainda sabendo que errou e continuando a errar? O meu deus, onde eu me tentei refugiar, não existe, e a crença ( na existência de uma justiça ou de um deus) é apenas um paliativo nesta vida, como o foi até ao momento nesta minha vida, para que não soframos tanto, sendo essa crença (na existência de justiça ou de deus) a causa dos maiores sofrimentos e atrocidades que os homens causam uns aos outros, aos seres vivos, à terra]. Tenho tristeza por este clã em particular, e, mais profundamente por mim: não queria magoar e tento não magoar, e, no entanto, magoo e estou mais magoado do que ninguém no meio disto tudo. Realmente serei um louco (?). Porque me tomaram por tolo? Vocês tem de saber como me sinto - porque enquanto estou vivo é-me permitido queixar. Tudo de errado acontece na minha vida, em consequência do que sou e do que sinto: os outros são intolerantes comigo e fazem interpretações erradas acerca do que eu sou, tudo o que é negativo vem ter comigo, como se alguém tivesse embruxado a minha vida, como se tivessem deitado um mau feitiço sobre ela. [Pensei que não era supersticioso até a certo ponto da minha idade adulta para agora ter de admitir a mim próprio que sou mais supersticioso do que ninguém, porque vejo, acontecem-me e sinto coisas que são muito estranhas na minha vida e não sei como as hei-de acomodar na minha vida e viver com elas, já que sei que não me posso desfazer delas.] Meu pai desprezou-me (e despreza-me), não mostra sentimentos e emoções, e todas as consequências de tal (ais) atitude (s), provavelmente entre outras, que se dá desde o meu nascimento poderiam ser catastróficas para mim, não fosse eu um ser abençoado pela vida e, afinal, com direito a viver e a ter a minha prosperidade que meu pai desde sempre, assim como muitas outras pessoas, talvez por consequência, não conseguem ver e aceitar em mim, nem tem o altruísmo de a dar, como seja gente próxima que se coíbe de demonstrar o verdadeiro sentido da existência de tais palavras que procuro, de as entranhar em mim [Será que preciso de ficar doente para sentir novamente a amizade das pessoas (?), para sentir o melhor e o pior que elas tem para demonstrar - talvez a indiferença e a critica - (?) ] . É certo que os meus dias já estão em desconto, caminho já pelo incerto; o incerto de poder viver 1 ano ou 1 dia, com a fé de que terei sorte, e se a tiver ainda viverei ainda muitos anos mais e terei tempo suficiente para trilhar este meu caminho e ainda usufrui-lo com satisfação; ou então, ainda há sempre o lado negro da coisa: tudo se tornar pior e todo o mal que vem de trás entrar em pleno na minha vida e destruir-ma completamente. Tudo, na minha vida tomou dimensões desproporcionadas. Vivo constantemente na corda bamba, na queda, a qualquer momento, imprevista a curto prazo mas possível, na imponderabilidade do vazio, na injustiça da minha vida. Para muitos que lerão isto, dirão, tal como meu pai o fez, que sou um louco (com a mania da perseguição, ainda para mais), ou ainda ‘um queixinhas que tenta atrair as atenções para ele’. A verdade é que escrevo para verbalizar o que vai em mim, que não consigo expressar-me de outra maneira nem tenho para quem por causa de todos os motivos já ditos. Escrevo para tentar por em ordem o que sinto. Escrevo com a imparcialidade de quem não está precisamente e concretamente a pedir ajuda, como um desabafo, mas que no fundo a ajuda seria bem-vinda se o meu coração a sentisse como genuína. Bem, muita coisa mais será pensada do que dita, uns compreenderão outros criticarão negativamente [ou positivamente (mas, sinceramente, duvido que sejam criticas positivas], e eu digo: Não tenho estômago para vos aguentar, assim como vós não tereis para toda esta minha verborreia. Estou saturado.

            No romantismo, encontramos o amor, a agitação mais alta dos sentimentos, a alegria da sintonia de duas almas, ou de múltiplas almas, que vivem em exaltação dos sentimentos (que se desejam positivos), onde se encontram as motivações para se viver, o verdadeiro sentido da dualidade ou da multiplicidade do encontro das almas que se unem, mas, que, no romantismo, levavam (noutros tempos, mais propriamente) ao desespero, e/ou à tristeza da necessidade de proximidade do amor ausente e a tenebrosidade que causava na alma essa ausência, de algo que se necessita tanto, hoje colmatada pela facilidade de comunicação que alterou a relação entre as pessoas e a relação de amor que temos. O ‘amor’, esse conceito difícil de definir  concretamente. Apesar de ter o ‘sentido do amor’ magoado na minha alma, consigo conceber o amor tal como ele é vendo-o [interpretando o conceito de amor] de uma perspectiva exterior a ele. Sei que existe o amor nas mais diversas dimensões sociais: na família - pode existir o amor paternal, dos irmãos, só por alguém em particular, ou, generalizado e abrangente nesse clã; na dimensão da amizade; na dimensão sexual; na dimensão do emprego; etc. O amor toma, assim, diferentes formas dependendo dos contextos e quem ama pode não amar só numa dimensão ou contexto, pode amar por uma característica em particular ou por um todo, pode amar um ou mais, por mais que certas culturas o tentem negar. Agora a questão que coloco é: porque todo o meu amor degenera em ódios, desprezo/indiferença, mal entendidos? Sei que me falta o sentimento, ou ainda o que me define melhor os sentimentos, a falta de sintonia. O meu amor está toldado pela mágoa, pela descrença, pela distância sentimental das pessoas, como um astronauta que perdeu a comunicação com a nave, vejo-a mas não a sinto.

            Assim procuro acreditar na existência de 2 palavras (na minha vida): Amor Gratuito.

            As outras, palavras, procurarei depois…

A perfeição e o equilíbrio [em ebulição]

 

Engoli o meu orgulho e a minha vaidade. Engoli mais do que podia suportar normalmente. Engoli, mas ainda não rebentei. Engoli e, decerto, inchei. Vi e engoli. Ainda hoje vejo, de muitas formas e de vários ângulos, e continuo a engolir. Até quando vou engolir sem vomitar? Engoli e reprimi. Engoli em seco. Com os lábios, a boca, as golas e quiçá mesmo o tubo digestivo estivesse ressequido por não puder suportar, com descontracção, aquilo que muitos suportam normalmente, aquilo que a maioria das pessoas normais suporta. Cheguei à conclusão que engoli em seco demais, e por qualquer motivo diferente daquele que me faz mover e me faz ter sorte e saber apreciar a sorte que tenho, porque afinal a sorte não é só sair o euromilhões, a sorte é estar melhor do que a pior vez que estivemos alguma vez e saber reconhecer os pequenos passos que damos em relação à melhoria. Tanto engulo que não consigo acomodar como deve de ser o que engulo. E, não podendo acomodar, tenho que extravasar, assim, sem eles darem conta, estou a defecar para aqueles que me fazem calar -porque ainda consigo digerir, embora pior do que há uns tempos atrás, aquilo que forçosamente me fazem engolir, muitas vezes sem mastigar ou mastigar convenientemente -. Que é feito do meu sonho? Que é feito do meu desejo de ser feliz? Como poderei ser feliz, se nem só nem acompanhado. ‘Vou ser assertivo’, ‘vou ser moderado’, ‘vou respeitar as distâncias, respeitar o que eu sinto e o que as pessoas sentem’: assim penso, e proponho, para mim, inúmeras vezes; ‘vais ver, vais melhorar e ser capaz do que te propões’; Imagino-me nas situações a ser, precisamente, assertivo, agradável, moderado, no fundo a buscar o ideal da perfeição, do equilíbrio, não querendo com isso dizer que não me zangue, mas sim, imagino-me também a zangar, e se for o caso, mas com razão de tal, a zangar-me no momento certo e no tom de voz ideal, a serenar quando é caso de tal, no fundo, a reagir às situações do modo correcto, de acordo com o que as situações pedem que se reaja. Mas não, tudo dá errado: imagino-me perfeito e no entanto erro clamorosamente, porque, sei que muito mais do que eu imagino, me foge do controlo. Por tal acontecer eu crio um Deus, alguém que vê muito além, mais do que eu posso imaginar, e que me pode conduzir nesta vida com o mais perfeito equilíbrio e com a menor dor possível, um Deus que me foi dito mas não demonstrado e Do qual não me consigo livrar, de tal modo, que até ao escrever O respeito, pondo Seu Nome em letra maiúscula. Respeitando, isto é, borrando-me de medo por uma coisa que nem sei se existe - e não interessa o que sou o que fui ou o que serei; o que acredito, o que acreditei ou o que vou acreditar -. O caminho do equilíbrio é um caminho longo, a long way home. As pessoas aprendem o sentimento ‘medo’, aprendem a ter medo. Diria mais, outras certas pessoas nascem com dons de infundirem o medo, porque conhecem a fraqueza dos outros, porque dominam coisas (saberes, conhecimento, forças físicas) que esses ‘outros’ não dominam – e, talvez surja daí, a hierarquia dos seres, humanos neste caso em particular -. Cresci a respeitar, a adorar, a amar, e outras coisas (conceitos) mais e parecidas, sem saber o que isso significava, ou melhor, pensando que isso teria um significado verdadeiro, isso era o dom verdadeiro da vida. Nasci sem rebelião e cresci fechado, engolindo em seco, na esperança que um Deus (esse) fosse o meu amigo transcendentemente verdadeiro, mesmo sem o ver, que premiava aqueles que se esforçavam por seguirem o caminho da perfeição, o equilíbrio das suas vidas, que regavam a sua existência com sofrimento, na esperança de mais tarde serem premiados. Desafiei, no entanto, a existência desse Deus que eu respeito, chamando-o deus, simplesmente, atentando contra o respeito e medo que me queriam fazer ter Dele. Eu não estava nem estou satisfeito (eternamente serei um insatisfeito em muitos e muitos aspectos), com o desconhecido que me querem impor, ou quiseram. Sinto-me feliz por tal causa, a existência desse Deus, unir os homens que nele acreditam, Ele ser motivo de união. Mas sinto-me profundamente triste, por me terem transmitido que esse Deus era prisão - submissão e tristeza sem fim -. A união através das religiões pode ser bela, ou a mais amargosa faceta da vida por causa daqueles que não sabem interpretar ‘a palavra’, que dizem, que esse Deus ‘diz’. Eu ainda não a sei interpretar, mas tento, verdadeiramente. Agora, por vezes, chamo-o simplesmente deus, e ele não é melhor nem pior para mim do que era, se ele existir – mas ele existe segundo a maneira como eu o sinto -. E eu quero amar essa transcendência que fala comigo, que me responde misteriosamente, e que me faz relutar de alegria quando eu consigo decifrar o que me é transmitido, e, que isso [que me é transmitido e que eu decifro (quando tenho feedback)] é positivo para a minha vida. Pois, também eu digo que era solidário: fui um ser simples e aberto para com os outros, buscando na força da simplicidade -como numa força inspirada pelo nascer e pôr-do-sol, assim como em tudo o que é simples -, força de alegria para quem me envolvia, fonte de união e busca pela amizade – no entanto, tudo em vão, tal é a ira da incompreensão humana -. Agora digo, sou um ser simples ainda, mas, e (talvez) por isso, não posso fazer ver que posso fazer por alguém mais do que esse ‘alguém’ pode fazer por si: -será que por isso sou um egoísta? - Não posso negar os meus ideais: não sendo eu portador de falsas esperanças, porque iria contra o meu móbil, porque terei eu que demover o mundo se o mundo demove-se indiferentemente por quem eu sou? - Tive medo de ser bom no sentido de ser o melhor no que quer que fosse e desejasse ser, porque me infundiram o medo logo à partida, porque me incumbiram um espírito de fraqueza. Tive medo do meu Amigo que eu agora trato, simplesmente, por, amigo. Disseram-me que ele Era xyz, pois eu agora vejo que ele talvez seja xyz mas também é 0 a 9, e sei, intuitivamente, que muito mais há para descobrir, constatando que continuo a não o conseguir negar, ainda agora e, quiçá, para sempre. Cada vez me dedico mais a ele, cada vez com menos medo, espero e desejo, com a plena inteligência que este universo me deu. Espero subir de ânimo, get high, e ter a força da ilusão comigo, a esquizofrenia que existe, sem no entanto vacilar e errar. Isso é o que eu desejo, que eu imagino - em vão muitas vezes.

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