Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Sou como sou, serei parecido a alguém em muitos aspectos, mas no fundo, a essência que faz parte de mim e que faz ser quem eu sou é única; o que eu sou é uma combinação de factores que se juntaram de uma maneira que possivelmente não se repetirá de igual modo em nenhum outro momento da história da vida em toda a sua globalidade, quer temporal quer física, este meu sistema é único e com suas subtilezas próprias, mas temo que tudo isto que sou e vivo venha a ser em vão. Pergunto-me o sentido de todo este caminho percorrido (?), o que será de mim no fim de isto tudo ter passado (?), e o porquê de, para mim, ser tão importante a busca da existência de uma justiça, de uma liberdade (?), o porquê de haver a (minha) ânsia de um equilíbrio e do fim da própria ânsia, quando na verdade pareço estar mais longe daquilo que ambiciono atingir. No fim de tudo, custa-me que, um dia, não seja nada mais que nada, e nem quero acreditar que depois do ‘agora’ voltarei ao ‘antes’, do nada ao nada, do nirvana ao nirvana, e que tudo isto seja uma passagem cheia de emoções, de bons e maus momentos, e que na minha vida permaneçam os negativos, a insatisfação, a frustração, a raiva, a angústia, o ódio - tudo isso de um modo latente que me tende para a inércia. Custa-me pelo sentimento de injustiça, pelo sentimento de inverdade e incoerência com o que sinto, pela falta de amor que tive e pela dignidade emocional que me foi negada por alguém, quem eu ainda procuro descobrir. Procuro o porquê de toda esta insanidade que me faz perder meu tempo, aqui, perdendo horas na busca dos porquês e na busca da inspiração, na tentativa de ser artista sem ter a capacidade natural para tal, que desilusão (!) realmente, artista do infortúnio eu sou, perdido em monólogos sem fim. Porque não poderei eu subjugar o mundo que me envolve a meu bel-prazer no sentido de poder viver de acordo com os meus valores de tolerância e humanismo, num grau, o mais alto grau de humanidade (?); porquê procurando eu o equilíbrio e a perfeição me torno cada vez no mais imperfeito dos seres que tal tentam (?); porquê, fazendo eu pela sorte, o azar me vem bater à parte constantemente (?). Porque não consigo libertar-me e ser feliz? Mas eu sei porque tal acontece, o porquê de eu não atingir meus objectivos, e é porque quero mudar aquilo que não posso mudar, sei que deveria ser eu a mudar-me e não tentar mudar tudo, mas sinto que o mundo já não chega para mim, e nem sei se mesmo o Universo chegaria, não há lugar para me esconder, não há lugar onde o meu ser esteja seguro. Sei que deveria ser eu a mudar-me, mas não tendo onde me esconder não adianta fugir, não posso fugir derrotado, mas assim, fugindo, não estaria lutando, e quem sabe estaria dando o certo pelo incerto, deitando tudo a perder, quiçá. A minha raiva é profunda, mas, o que eu sinto é um misto de empatia humana virtual com profundo ódio real (quando na realidade, ‘face to face’, que sinto ao vivo na proximidade das pessoas com que falo que se cruzam comigo na vida e das quais sinto desprezo e intolerância) - quando vejo as pessoas do outro lado dum monitor, todas me parecem tão belas que tenho horror a quem lhes faz mal como quem mata de forma cruel como por exemplo Hitler, e não entendo como tal pode acontecer, mas, ao mesmo tempo, quando me transponho para a realidade junto às pessoas parecidas de certo modo em maior ou menor grau com essas que eu senti e vi no ecrã tudo é diferente, e então elas não são humildes, não são tolerantes, são ‘Burras’ para usar um termo de calão ou são ignorantes para ser mais soft, não fazem bom uso da faculdade humana, e querem-me fazer sentir que eu estou errado naquilo que digo e faço, e eu sinto uma vontade enorme que algo de mal lhes aconteça (a essas pessoas injustas); mas talvez na verdade eu esteja enganado em relação a isso tudo, no entanto o que eu sinto é real, muito real em mim, é a minha realidade num dado momento do tempo e do espaço, e não a posso negar (essa realidade), senão o que seria eu? Seria uma negação de mim mesmo (?) provavelmente. Quero justiça! Quero justiça na minha vida! E mostrem-me o contrário, ou calem-se acerca deste post e consintam que são as pessoas que eu digo. Isto pode ser um desafio…
Orgia de sentimentos. Significação das palavras. Abstracção. Emoções. Fascínio. Confusão. Para mim é errado que emoções provocam sentimentos, mas pelo contrário, tudo o que sentimos é o que manifestamos, e sim, sentimentos provocam emoções, tendo definição de ‘emoção’ a manifestação de algo, do sentimento, a expressão do sentimento. Define a wikipédia: << Emoção, é uma experiência subjectiva, associada ao temperamento, personalidade e motivação. A palavra em inglês 'emotion' deriva do francês ‘émouvoir’. Que é baseada do latim emovere, onde o 'e- (variante de ex-) significa 'fora' e movere significa 'movimento'. O termo relacionado motivação é assim derivado de movere .>>. Torna-se óbvio que a palavra e o conceito de emoção significa algo dinâmico e ‘virado’ para fora’, portanto a ‘expressão do sentimento’ é dinâmica, é a emoção, que lhe dá vida, que a exprime. O que eu sinto faz parte daquele que eu sou e rege os meus passos em direcção a um objectivo, tornando tudo à volta diferente pela acção que nós provocamos à nossa volta pelo que sentimos, manifestado em emoções, e pelo que provoca em nós o exterior. A nossa própria acção é uma manifestação daquilo que sentimos, mesmo quando o resultado dessa acção seja um simples movimento, simples acção ou uma simples obra, e não propriamente artística ou algo complexo. O que sentimos faz parte de nós, temos sentimentos que vêm de mesmo antes de termos nascido. Quando choramos, quando isso não é fingido – e quando somos crianças temos menos capacidade em fingir - isso é uma manifestação de um sentimento, a dor, que pode ser física ou psicológica. Os sentimentos vão- se tornado complexos à medida que o tempo passa, e a nossa capacidade de expressão desses sentimentos, as emoções, diminuem, tendo assim mais autocontrolo sobre nós mesmos, cada vez mais, mas também somos cada vez mais incapazes de nos exprimirmos com naturalidade e vigor físico. Mas o mais importante para mim é viver ainda o que tenho para viver, atirar com tudo o que de negativo se passa na minha vida e viver mais um pouco, desfrutar do breve despertar, do amanhecer e do entardecer, das transições do tempo, de tudo, com prazer. Quero usufruir um pouco mais deste meu viver, sentir e compreender, estudar e saber, mais, desinteressadamente, e com isso continuar contra a corrente que por vezes quer ser avassaladora que me quer destruir. Medo, talvez não tenha de morrer, apenas da injustiça, que no entanto não mudará o mundo como eu desejava, porque nenhum homem manda no todo, e tenho muito medo de não ser amado ou mal-amado, o que ainda pode ser pior. Para que querem viver as pessoas se não ligam aos sentimentos genuínos da sabedoria?! Da interessante possibilidade do conhecimento?! Querem ser salvas… e no entanto não pedem à sua vida, não dão pequenos passos para que essa vida mude, para melhor, simplesmente não fazem por isso. Pessoalmente, procurei a minha felicidade no outro, na outra pessoa, e não a encontro por tantas razões que eu sei e que sinto mas que não consigo traduzir em emoções. Não tendo encontrado essa felicidade devo desistir e ficar apático e triste para todo o sempre por isso? Não, não quero. Mas sei que não controlo tudo, talvez uma ínfima parte da minha vida apenas, e que o imprevisível pode vir ao meu encontro. Sei que outros me podem fazer sentir mal e sem vontade de continuar como já fizeram, sei que a vida pode virar-se contra nós quando menos esperamos, retirando-nos quase totalmente o ar, pondo-nos como zumbis.
É óbvio que sinto um certo rancor invejoso por aqueles que nasceram equilibrados, com felicidade neles, com sorte e com dinheiro suficiente, com poder conhecer as coisas sem que isso os perturbe a tal modo que tenham medo de trilhar seu caminho, equilibradamente bonitos, equilibrados nas suas acções, amados da maneira que são, que seguem um caminho calmo. É que eu nem consigo deixar aproximar ninguém de mim. Sinto isso, uma inveja de não ter seguido o mesmo tipo de caminho… de ser tão frágil e me quererem forte e que me manifeste como forte, quase que caindo no abismo, quase que sendo devorado pelos leões. Sinto inveja de não ter uma família muito mais inteligente ainda, mais tolerante, e no entanto a amo porque necessito dela, porque posso precisar de ajuda, porque podem precisar de mim, enfim, para que me possa compreender cada vez mais e quem sabe achar saídas. Acho mesmo, muito seriamente, que o meu nascimento foi um paradoxo, o qual eu gostaria de resolver se possível, mas pelo menos compreendê-lo ao máximo. Porque vem até mim o que é negativo e não sou eu timoneiro do barco do meu destino? Porque se riem de mim quando aprecio o nascer e o pôr-do-sol, quando transmito um sentimento a alguém ou por alguém? Sou mesmo sem jeito (…), um inábil emocionalmente. Eu só queria falar, para alguém que me entendesse, que fizesse o meu tipo, mas o meu tipo é tão estranho, compreendo, sei disso. Não nascemos para viver para todo o sempre como seres físicos, mas quem sabe se viverá o nosso espírito. Quero ser capaz de… me sentir bem, eu mereço sentir-me bem, e só posso falar por mim…não posso defender o desconhecido, não posso confiar no incerto, mas mesmo quando estou só e perdido, e a vida me dá uma demonstração que mereço continuar, isso é belo. Mas sou homem, e terei um fim mesmo assim. Mas enquanto eu me recordar de quem eu fui, eu ainda serei eu. Não sei ainda porque não me querem, porque sigo eu este caminho, neste mundo comum. Mas não quero ir, quero ter muito mais caminho a trilhar, e ver cair quem me queria ver cair, injustamente, isso seria justiça in loco.
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