Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Espirito inquieto, insatisfeito, inconstante, revoltado, confuso, que revolta o pensamento. Profundidade com ‘P’.
O sentir do teu íntimo, constantemente. Aperceberes- te do que se passa à tua volta, passivamente.
Pensar, com ‘P’, o quão fútil ele é. Aceitar-me como sou, integrar-me no mundo. Esquecer o meu mundo. Passar o tempo. Expor os meus ideais. Vencer. Lutar. E sobretudo ser livre. Sou livre. O fim é certo. A vida é banal. O nascer é especial. Propor-nos um fim. Sentir-se seguro.
Poderei eu ser um mártir? Defendo algo muito difícil de definir, defendo os meus ideais que julgo desde sempre serem puros, a favor do equilíbrio por exemplo, a favor do bom senso, da empatia, a favor da defesa da beleza deste mundo que é prejudicado por almas que não sei porquê mas nasceram com um espirito de destruição, de competição desenfreada, longe da harmonia e da paz de espirito, num mundo humano onde a teia dos ideais, das ideias, das palavras, dos conceitos estão entrópicos; admito que os números são excessivos, a população, admito que posso estar a mais, e, se me tivessem dado a escolher, não quereria ter nascido decerto, se bem que fico glorioso quando sinto um bem-estar que não nego, e que me pode suceder, pelo menos por enquanto. Quando falo em ideais puros não significa que eu sou puritano (por exemplo), no sentido de querer dizer que sou contra o sexo por prazer, que apenas deve servir para procriar, mas também não defendo o contrário; não defendo que o casamento deve ser para toda a vida mas também não defendo o contrário - a natureza, tudo o que tenho aprendido sobre ela me diz que não há leis absolutas, muito menos as dos homens o serão com suas culturas feitas como que para deleite de alguns e abominação de outros, e me parecem, muitas vezes, injustas (e não me cabe a mim destrinçar sobre quem são os injustos e os injustiçados, tenho as vistas muito curtas para perceber essas coisas); as leis do homem não estão acima das do mundo e do Universo -; por consequência, não significa que defendo a religião cristã, ou, muito menos, a igreja, mas, não quero dizer que sou contra ela também; substancialmente penso que tudo em si tem algo de bom que se aproveite em maior ou menor grau, em maior ou menor quantidade de bem, pena que o mal, por mais pequeno que seja manche todo o bem facilmente. As leis dos homens são regras que alguns conseguem respeitar e tê-las a seu favor contra outros cuja natureza ou o fato de serem néscios, aliados ao desconhecimento dessas regras os leva a viver em stress numa luta desigual, a meus olhos, que jamais poderei defender; ou então sou eu que estou enganado acerca das leis deste mundo, e então serei eu um mártir? Pessoalmente, sofro por estar fora ‘dessa’ cultura, sofro pela injustiça de não me deixarem ser livre, sofro e vivo por um ideal ou ideais que não querem ser aceites, sofro pela contrariedade a que fui submetido e sei lá que mais poderei exponencialmente dizer, poderei eu ser um mártir então? A questão não está se eu gostaria ou não de ser um, mas reside na forma como a minha vida foi encaminhada, parece-me que no caminho de um mártir, operador de grandes mudanças mesmo que a causa dessas mudanças não se vejam; a vida chamou-me desta maneira, parece que me pede para me reencontrar aqui, como estou fazendo agora, para fazer coisas e estar em sítios que na verdade não deveria estar, não queria estar [Talvez, decerto, eu prefira o isolamento ao sofrimento da minha vida social onde tudo parece querer cair-me em cima na maioria dos dias, como aquela canção de Rui Veloso – Não Há Estrelas no Céu]. A minha mente abriu-se ao mundo talvez desde que fui concebido - sei que é especulação, mas talvez tudo o que nós somos começa lá longe, no passado, sinto-o [note-se que o ‘talvez’ é uma palavra muito importante para mim assim como é o relativismo das coisas, estou longe das certezas deste mundo cientifico de causa-efeito, deste mundo de objetividade em que tudo se pode explicar, não querendo eu ser propriamente apologista do ceticismo; sinto-me como um mediador de todos os extremos isso o digo com toda a certeza, essa é a certeza que me rege, esse é o equilíbrio pelo qual eu sofro também] -. Admito que existe em mim esse sentimento de querer ser um expoente máximo e ao mesmo tempo ser humanamente impotente perante a imensidade do que nos/me envolve, perante aquilo que pensamos/penso controlar mas na verdade não controlamos/controlo. Não tenho dúvida que atrás desta ‘mente aberta ao mundo’, o motivo de eu ter seguido a vida desse modo, está algo ainda indefinível e subjetivo, algo ainda incompreensível para explicar o porquê eu ter nascido com estes sentimentos, por ter seguido este caminho que segui e não outro, por não ter convergido no meu ser, mas, pelo contrário, precisamente, ter divergido no meu caminhar, no meu pensar. Por vezes sinto-me capaz de tudo, sonho acordado que o futuro me há - de correr bem, que hei - de ter sorte… e dou por mim a ter a autodescoberta de que afinal tudo o que peço agora, já o peço, repetidamente, desde bem pequeno, talvez até antes, onde a minha memória sentimental não consegue alcançar (por enquanto pelo menos). Quero mais. Quero viver. Quero viver de acordo com o que acredito, e não consigo aceitar que não posso mudar o mundo a meu bel-prazer, eu não sou Deus para mudar o mundo e transformá-lo ao meu ideal, que penso ser o verdadeiro. Há quantos anos eu sonho com a liberdade do meu espirito, com a paz dele, liberdade e paz, paz e liberdade, será isso uma utopia ou serei decerto um mártir? Aqui estou eu no mesmo sítio de sempre, esta é minha vida, estes são os meus sonhos de sempre, mudarei eu? Mudarei ainda? Serei feliz, ainda que de outras maneiras? Satisfarei o desejo de mudança para melhor? Ainda não me cansei de fazer estas perguntas de modo que acho que ainda me projeto no futuro.
Já que estou aqui neste ponto, deste Post, e, mesmo, deste blog, ainda vou falar na minha fisiologia e fisionomia e na grande contribuição que têm para que tudo se passe como tem passado na minha vida, talvez na contribuição do caminhar de um mártir, poucas vezes abordo esses lados da minha vida e que na verdade sei que são a causa de tanto atrito nestes problemas que abordo. Mas devo dizer alguma coisa agora, mais alguma coisa, agora: Não, não diria que fui amaldiçoado, sendo eu um monstro, não, efetivamente fico feliz por não o ser, e não desprezo a figura mais feia que ande por esta terra, aceito que há feios e bonitos mas devo constatar a minha situação e ver em que ponto estou desses extremos; efetivamente, já fui mais jovem e sentia-me bonito, não me considero velho mas tenho que aceitar que já não tenho 20 anos e que o horizonte não está aberto à minha frente, ilusionantemente; Apesar de não querer ser imodesto, posso dizer que me sinto uma pessoa de aparência normal, ou melhor deveria sentir-me assim a maioria das vezes, mas, algo se passa que não me deixa sê-lo (e afinal tudo isto também esta relacionado, ou seja, o que somos psíquica e fisicamente está relacionado entre eles); tenho reparado em mim mais atentamente de há poucos anos a esta parte, e tenho reparado coisas fisiológicas e fisionómicas que me têm feito sentir de tal maneira que me levam a escrever muito do que escrevo neste blog, tenho reparado na mudança de maneiras de estar das pessoas que me envolvem onde quer que esteja, já para não falar quando estou com a mente alterada - bem, mas isso dá outro tema; Sempre tentei autoestimular-me, pelo menos até certo ponto da minha vida, tendo pensamentos do tipo ‘sou bonito’ (tal como o fazia em relação a autoestimular a minha força de viver ao pensar ‘sou capaz’, ‘sou [uma pessoa] normal’), ainda tenho recordações que vêm lá do fundo dos sentimentos antigos, onde eu sentia que estava a ser alvo de atração física, sinto que havia capacidade de impressionar com o meu jeito de ser, com o que eu era, afinal, era jovem. Mas, há medida que me vou redescobrindo e montando e entendendo o puzzle da minha vida, eu não era um jovem normal, e sei agora que todo um peso recaia sobre a força da minha juventude e que o levava penosamente, mas, sempre com fé, sempre confiante, de que havia de ser forte além de forçosamente tentar disfarçar e ignorar aquilo que sentia, que não estava bem [o quanto eu fui forte, vendo as coisas como eu as vejo agora, como o sentimento da vida me apelou a viver tão fortemente, e, apesar de tudo, o quanto a vida me foi generosa para que eu vivesse e o quanto algo me apelou para que me esforçasse a seguir de algum modo, porque não se pode voltar atrás, nunca]; O mundo de hoje tem muita pessoa bonita, o padrão de beleza elevou-se, não o posso negar, e acho que muita gente está de acordo comigo e isso é um verdadeiro atrito para quem não tem os padrões mínimos que esta sociedade ‘exige’, é um problema mesmo, tal como o é para mim de muitos modos - explicar em poucas palavras todo este tema que se passa é complicado, e diria mais: ‘impossível em poucas palavras’, por isso não me vou alongar nele, se bem que, admito, rodeio o assunto na tentativa de encontrar melhores ideias com que me possa exprimir; as pessoas estão mais bonitas, pelo menos no ‘mundo mais rico’, digamos assim, as pessoas nascem com menos atritos psíquicos, nascem num berço de ouro por assim dizer, têm a sorte de ser bonitas, de terem um psíquico normal, digamos assim também, e isto tende a tornar-se uma norma, quer a gente veja isso dessa maneira ou não, além disso, os trabalhos são-lhes menos penosos fisicamente o que preserva o físico, e mais, o mundo tende a consciencializar-se de cada individuo deve tratar-se bem, falando de um modo popular, e para mais ainda, o mundo televisivo influência tudo isto, a propaganda da beleza e do bem-estar, com o seu grande poder de encaminhar as atitudes das pessoas, um poder que ainda nunca lhe pude ver a verdadeira dimensão na minha alma, no meu entendimento; desafortunados dos que nascem feios ou fora da norma, como sempre, o atrito, para eles, é sempre maior, e eu serei um deles, fora da norma, marginalizado, quando não marginalizado diretamente, indiretamente, e vou tentar dizer porquê da melhor maneira que puder e com a maior brevidade que conseguir: as ansiedades tomaram conta da minha vida, de tal modo que a minha entrada na vida adulta não foi nada fácil, apesar da força enorme que tive para suportar e levar tudo adiante, como já disse neste post e neste blog [não posso cansar-me de dizer tais coisas, não podem ficar por serem ditas, mesmo que me repita, desculpem o inconveniente]; estou a falar de fisionomia e fisiologia não é? Da minha… tenho pele clara, e a partir de certa altura da minha vida toda essa ansiedade que se acumulou devido a motivos que falo neste blog culminou numa explosão de rubores – tento imaginar o porquê de tudo se passar deste modo comigo constantemente, naquela altura eu descontrolei completamente, pelos meus 18 anos aproximadamente – Digo também que devo ter uma fisiologia muito própria, porque será que o sangue aflora deste modo à flor da minha pele(?), pergunto-me constantemente; Não sei porquê, meu sangue deve estar alterado, imagino, nele deve correr muita informação química que faz transparecer todo o ser que eu sou [e o ser que eu sou é sensível, delicado, estes são dois conceitos fortes que o definem, e é magnificamente belo como tem suportado as adversidades], isto deve de ser de tal modo estranho para muita gente, ouvir falar disto, que lhes deve parecer tolo, eu sei, essa gente não sabe o que é isso, tudo o que está relacionado com isso; A verdade é que tal - não quero descrever isso que se passa, porque me dói, dará para compreender? -, é fator de discriminação em muitas áreas da vida onde eu não devia estar e me tenho encontrado com elas; consigo ver situações e situações onde o olhar das pessoas dizem o que pensam, ‘n’ situações, consigo sentir o senso comum (o sentir comum) de incompreensão, reprovação, a maldade com que tantos deixam fluir seus sentimentos, as palavras que não conseguem conter, o descontrolo que toma conta de uma coisa que não querem aceitar, de sentimentos que até podem ser de superioridade e de gozo para com a minha pessoa - não posso defender os que são como eu, porque não tenho poder, porque não sei onde eles estão... – Enfim, conseguiram fazer-me mal por eu ter algo que não controlo, que não me passa com o tempo como se fosse uma bebedeira que o tempo cura e me aflige frequentemente, demasiadamente frequentemente, e, tal é a superioridade deles perante mim, que me tornam num bode-expiatório, um mártir, restar-me-á fugir? Para onde? Esconder-me? Enfrentá-los na sua incontável maioria? Lembro-me de, primordialmente, não compreender tais situações como se eu fosse um estranho em mim mesmo; posso dizer que, como pequeno exemplo, mesmo hoje a minha cor foi alterada pelo sol que apanhei, que ao invés de me dar um ar bronzeado me queimou e avermelhou o pescoço [que será dos albinos?] e não jorrou a face e o resto do corpo porque tinha boné e as roupas a tapar; Penso para mim, ‘não tenho uma doença demarcada e ao mesmo tempo várias falências tendem a aproximar-se de mim, com as quais eu luto constantemente’ - Black legend – You See The Trouble With Me. Imagino que muitos perguntem como pode o rubor, e o descontrolo dele e da pessoa que o incorpora, alterar a vida dessa pessoa, de tal modo, que seja tão doloroso viver (?) Mais ainda, como pode a minha fisiologia, descontrolada, noutros aspetos também contribuir para o meu martírio, ainda para mais? Pergunto-me. Que complô de destino é este? Porque não me aceitam como sou, e não faço eu o que posso simplesmente fazer, sem ter que andar neste sofrimento que tende a prolongar-se? E se eu jogar no euro milhões (?) e puder ser sortudo e viver em paz como desejo, passar a ser um felizardo anónimo, porque não pode ser de outra maneira. Que um raio de sorte me caia sobre o meu ser. Continua sonhando, continua…
Sintetizando: O meu ser é uma relação entre um psíquico extremamente ativo, uma mente não satisfeita, uma ansiedade que teve um pico muito alto, que me levou a andar nesta corda bamba desde tal colapso, com uma fisiologia alterada (não me referindo com isto a que sou excessivamente gordo) em interação com o psíquico alterado, baseando-se no fato principal de eu ter pele clara, aflito com rubores incompreensíveis, tendo eu ‘atingido’ entretanto patamares de conhecimento que supostamente não era para ter atingido, e, adquirindo, assim, um autoconhecimento de que tais rubores e ansiedades me estavam a destruir, a compreensão de que estava e sou marginalizado por eles, e quiçá me irão destruir paulatinamente, corroer as minhas fundações que me seguraram até aqui, porque não se pode vencer o mundo, as regras do mundo [malditas regras diria], a regra da sociedade, ou eu tenha muita sorte e veja o caminho certo a seguir sem grandes problemas.
Este texto foi escrito ao som de:
1. Pet Shop Boys - It's A Sin (5:01)
2. Peter Murphy - Cuts You Up (5:28)
3. Roxette - Listen To Your Heart (5:14)
4. Roxy Music - Take A Chance With Me (4:43)
5. The B-52's - Roam (4:54)
6. Chicago - If You Leave Me Now (3:56)
7. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:59)
8. Bee Gees - Massachusetts (2:22)
9. Mike + The Mechanics - The Living Years (5:31)
10. Peter Cetera - Glory Of Love (4:20)
11. Prefab Sprout - When Love Breaks Down (4:06)
12. Queen & David Bowie - Under Pressure (4:05)
13. The Korgis - Everybody's Got To Learn Sometime (4:17)
14. Toni Childs - Zimbabwe (6:18)
15. Whitesnake - Here I Go Again 87 (4:33)
16. Whitesnake - Is This Love (4:42)
17. Will To Power - Baby, I Love Your Way / Freebird Medley (Free Baby) (4:07)
18. Yes - Owner Of A Lonely Heart (4:25)
19. Bee Gees - Tragedy (5:01)
20. Pink Floyd - Another Brick In The Wall, Part 1 (3:45)
21. The Eagles - New Kid In Town (5:05)
22. The Pretenders - Brass In Pocket (3:06)
23. Simon & Garfunkel - The Sound Of Silence (3:03)
24. Scott McKenzie - San Francisco (2:58)
25. ABBA - Chiquitita (5:26)
26. Los Bravos - Black Is Black (2:56)
27. Mungo Jerry - In The Summertime (3:29)
28. Ritchie Valens - La Bamba (2:07)
29. Roxy Music - Love Is The Drug (4:09)
1. Propaganda - Duel (4:46)
2. Roxy Music - More Than This (4:06)
3. Soul II Soul - Get A Life (3:43)
4. Stevie Nicks - Rooms On Fire (4:33)
5. Talk Talk - Life's What You Make It (4:28)
6. Talking Heads - And She Was (3:39)
7. Ziggy Marley And The Melody Makers - Look Who's Dancing (5:00)
1. Jim Diamond - I Should Have Known Better (3:38)
2. Marillion - Kayleigh (3:33)
3. Baby D - Let Me Be Your Fantasy (3:55)
4. R.E.M. - Mine Smell Like Honey (3:12)
5. Rui De Silva - Touch Me (3:28)
6. JX - Son of a Gun (3:13)
7. New Order - Touched By the Hand of God (3:43)
8. The Original - I Luv U Baby (3:28)
9. 11 I Love Your Smile - Shanice (4:22)
10. Roy Orbison - Blue Angel (2:47)
11. Robert Miles - Children (4:01)
12. Eros Ramazzotti - L'ombra Del Gigante (4:41)
13. Capella - Move It Up (3:59)
14. David Guetta - Titanium (feat. Sia) (4:05)
15. Fun Factory - Take Your Chance (3:56)
16. Industry - State Of The Nation (4:25)
17. Dilemma - In Spirit (3:37)
18. U2 - Walk On (Single Version) (4:11)
19. Lenny Kravitz - Stillness Of Heart (4:15)
20. Marillion - Lavender (3:40)
21. Lionel Richie - My Destiny (4:48)
22. Rick Astley - Together Forever (3:26)
23. Black Ledgend - You See The Trouble With Me (3:29)
24. Black Machine - How Gee (3:28)
25. Faithless - Insomnia (3:33)
26. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way (3:31)
27. Kaoma - Lambada (Single Version) (3:29)
28. Pete Heller - Big Love (Big Love Eat Me Edit) (2:40)
Deveria respirar melhor do que pensar, mas não, em mim é precisamente o contrário que acontece. Quando mergulho nos pensamentos, eles se apoderam de mim, e é com prazer que eu sinto isso quando nada ao meu redor me perturba. Absorvo-me de tal modo, muitas vezes em conversa, que tenho que fazer um esforço, grande, para acompanhar e compreender os pensamentos de quem me está a falar sobre qualquer coisa, quando me estão, precisamente, a dirigir a palavra e perco-me constantemente das ideias transmitidas, ouvindo palavras soltas que apanho apenas quando o meu pensamento me deixa, e muitas vezes (vezes de mais) meu ser entra em pânico quando não consegue compreender o que está a ser transmitido. É como que o meu tipo de pensar não acompanhasse o pensar de uma pessoa comum, de uma ideia que está a ser transmitida e é comum, e, pior ainda, quando são vários interlocutores, como se fosse para mim impossível ter os dois tipos de pensamento (consciente e inconsciente) ao mesmo tempo, como se o meu pensar íntimo e inconsciente tivesse sido tornado consciente e ocupasse o lugar do pensamento conscienteque rege os cinco sentidos e de sentimentos imediatos, e que também rege uma mente direccionada. É um pensamento evasivo, o meu, já o disse mais vezes, e até compreendo em mim o porquê de eu me ter tornado assim - meu pai tem grande cota parte nesse problema, por falar de mais, erradamente e controladoramente tendo eu evadido o meu pensamento também ao estar com pessoas que falam de mais como ele; e também, consequentemente, por não me deixar pensar por mim próprio, não me ajudou de nenhum modo a tornar-me livre no pensamento e livre e equilibrado emocionalmente, pelo contrário reprimiu-me ainda mais, além da minha pré-disposição para ser introvertido, tendo-me tornado eu um estranho neste mundo: na maneira de senti-lo e na minha (In) capacidade de exprimir-me normalmente -, decerto sou uma pessoa incomum, que tenta fazer dos handicaps (as minhas desvantagens, os meus obstáculos e incapacidades), a força de viver, melhor, sobreviver com o mínimo de qualidade e transformá-los em vantagens. Assim me tornei ‘eu’, assim sou eu, agora, a compreender, sobretudo ‘quando estou na minha’, os conceitos mais profundos da vida e de tudo quanto existe e a perder-me no que deveria ser mais óbvio e que é mais comum: as relações humanas. Quando estamos numa conversa não podemos ser evasivos do momento e do que se está a falar, se queremos sentir-nos em sintonia com os locutores da conversa e de acordo com o contexto. Mas em mim, o pensamento inconsciente torna-se consciente e ocupa o lugar da minha atenção, e o pânico acontece perante tal incompreensão verbal e/ou do contexto social do que se está a passar. É assim que eu tenho vivido, com todas as dificuldades de quem tenta saber mais e mais - tentando ultrapassar todos os limites até não mais poder, saber o porquê de tudo isto me acontecer -, não tendo eu, pelo menos aparentemente, arcaboiço para aguentar com tudo o que quero levar para a frente, o que quero empreender na minha vida, mas surpreendendo-me a mim e em surpresa com tudo o que a minha vida me revela, dia após dia.
Sei que quando falo de ódio, com espírito odioso, para com os seres humanos, eu não deveria generalizar. Não posso dar a parte pelo todo, se alguém ou alguns me magoaram e me fizeram mal na vida, não posso culpar toda a gente, nem posso considerar todos por igual, como maus e malfeitores, mas há momentos em que o meu espírito tem de tal modo a feridas tão vivas que me levam, a isso. Eu próprio estou de tal maneira magoado, e tenho a mente de tal modo toldada pela dor psicológica, que amiudadas vezes magoo sem querer, sem ter essa intenção as pessoas que se tentam aproximar de mim a bem (também por causa de não poder ter sacudido o mal daquelas que se aproximaram a mal). Eu estou de tal maneira, que só atraio para mim a confusão social, os males – entendidos. Estou a lembrar-me de outro dia uma pessoa amiga me ter considerado de mau - humor, quando na verdade (ela não sabia nem deve saber, porque é difícil de entender - eu sei-o -), por trás dessa aparência de mau – humor, eu tenho segredos bem mais profundos que me levam a aparentar de mau humor ou com má cara, a minha mente tende a não transmitir aquilo que sinto, e por isso sou mal entendido constantemente na minha vida, talvez por esse esgar nervoso, esse jeito fechado e fugidio (de quem quer fugir, literalmente), que tende a ser cada vez mais frequente e intenso e que sei que me pode facilmente destruir, ou na hipótese mais real, na verdade já está a fazê-lo (provavelmente já há muito tempo) restando-me saber quanto tempo mais eu vou aguentar isto, que afinal deve significar o sobreviver, não o viver. É obvio que nessas horas de espírito toldado eu ponho em causa tudo, mas não sou uma pessoa violenta, sou uma pessoas pacifica e com a capacidade de reacção muito baixa, no entanto com um espírito em ebulição. É claro que toda a minha escrita, a que transmito neste blog está muito centrada em mim e consequentemente assim será o meu pensamento e a maneira como funciona. Cresci a fugir constantemente, sempre com aquele sentimento de fuga no meu espírito que me foi dominando, gradualmente. Os meus gritos não ecoaram na vida. Talvez as pessoas já nem liguem ao som abafado do meu gritar. É obvio que as hormonas não funcionam mais correctamente. É obvio que eu sou um ser possuído pela tristeza. E torna-se tremendamente aterrador imaginar que, com o tempo, eu, em lugar de reformar o meu espírito, de me conciliar comigo mesmo e entrar numa velhice mais consciente de quem sou e de aceitação daquilo que se passa na vida, esse lugar dê lugar ao descontrolo, à desarmonização, à dessosiabilização, à melancolia constante, à falta de realização pessoal em duas palavras. É claro para mim, que deve ter havido um ponto da minha vida, não sei precisar, talvez depois do meu nascimento, ou logo no momento da minha concepção, que me fez seguir um destino do qual não pude fugir, e que foi solidificando a minha vida, a minha maneira de ser. Consigo rever o meu passado como um fio condutor para onde estou hoje, e já consegui perceber que o futuro se interconecta com o passado e o presente, dai o meu medo do que ainda me pode acontecer.
Tornei este blog pessoal, como se tratasse de um livro aberto em que falo segundo aquilo que sinto, de um modo geral na minha vida. Um blog pode ser uma amálgama de ideias, tal como as que nos percorrem a mente. A minha mente interpreta o que vê e o que lê, mas eu estou mesmo muito influenciado é pelo que lei -o. Eu tenho lido imenso em toda a minha vida, eu tenho transposto constantemente aquilo que sou, dia após dia de leitura, por isso não descuro que toda a confusão que vai na minha mente, seja de toda a má acomodação que dou a tanto que vou lendo, a tanto que encho o saco sem despejar como deve de ser. Tudo o que aprendi se torna em toxinas para o meu espírito em lugar de o desenvolver harmoniosamente, em lugar de me tornar forte. Todo esse conhecimento me torna fraco, mas uma coisa é certa, eu compreendo, nem que compreenda mal. Sei que transcendi os limites da minha pessoa, eu que não nasci limitado mas assim me quiseram tornar. Eu que acabei por ter medo dos meus sentimentos, eu que me magoei profundamente no decorrer da minha existência, e agora vivo angustiado, cheio de amargor por ter perdido tanto dos meus desejos normais de um homem, eu que fui desfalcado psicologicamente, que me desiludi quando a minha mente compreendeu que aquelas pessoas em quem se podia confiar, não eram as mesmas pessoas depois de ver o lado de lá delas, das suas ideias. Sou único na maneira de pensar e de sentir e de ser e estar no mundo, e se isso me fascinava faz tempo atrás, neste momento isso provoca-me um pânico tremendo, o facto de estar só com o que sinto, tudo desorganizado em mim, sem conseguir vislumbrar uma saída. Sinto-me só neste meu mundo, terrivelmente só, e tudo parte do mais fundo de nós, o psíquico, esse poder que fica bem escondido mas onde, em mim, o meu consciente navega sem parar, na busca do bem-estar que temo ser utópico, e jamais alcançável novamente. Na minha mente eu não mexo ideiazinhas, simples acontecimentos ou factos, não, eu mexo toda a minha vida em peso, por isso eu estou esmagado por ela, na busca do meu bem-estar interior, na busca de uma saída, fechado sem inovar nela. Tudo muda lá fora, eu doentiamente permaneço o mesmo, não vou ao sabor da corrente. Eu tenho ideias erradas que não me consigo desfazer delas, coisas em que acreditei quando era muito pequeno e que não me querem abandonar, para me tornar outro homem. Talvez o meu pensamento já funcionasse desta maneira na altura, apesar de haver menos conteúdo nesse tempo. Mas uma coisa é certa, o meu espírito procura a paz, sem findar nos seus esforços. Assim é, assim será.
Artista. Um artista do sentir. Assim queria ser eu, e sendo isso eu queria sentir-me bem. Um artista é dos melhores. Um artista tem um dom de fazer bem aquilo a que se dispõe fazer, aquilo que o atrai mais que nada na vida. Um artista quer produzir serviço, arte, melhorando dia a dia aquilo que faz. Ser um artista não é ser bom em tudo, mas sim nalguma coisa. Eu sou um artista do sentir. Eu proponho-me a ser e atingir aquilo que quero ser, mas eu ando em desequilíbrio. Talvez os artistas sejam desequilibrados, forçam seus sentidos à volta daquilo que mais os atrai, que mais gostam de fazer, eles são capazes de sacrificar o seu organismo em nome daquilo em que acreditam que tem sentido na vida deles. Eles, através da sua arte tentam comunicar com os outros, na esperança de ser ouvidos e ser correspondidos. Ninguém é ninguém sem o contacto com os outros. Quantos artistas passam por nós, e nem os vemos, simplesmente não ligamos, porque não os conhecemos. Quanto artista é desprezado ou simplesmente ignorado, porque a sua arte não é valorizada, ou não compreendida ou não conhecida. Um artista faz obra, mas para ter sucesso o seu trabalho ele tem que dar a cara pela sua obra. Mas um artista também pode ter medo de ser desprezado, mal entendido, e mandado para a forca por mal entendido da sua obra, e por isso prefere ser anónimo. Um artista sacrifica-se, e faz de tudo para que possa exercer a sua arte e para que tenha valor. Um artista produz algo, que tenta melhorar continuamente. Para um artista do sentir não existem palavras suficientes, longe disso, para descrever tudo o que vai na sua alma. Ele sente intensamente a vida, a sua vida, que é aquela com que sempre vai prosseguir. Um artista do sentir que seja solitário vê cada vez mais, sentindo cada vez mais, andando sempre em ebulição. Um artista do sentir solitário e fechado sobre si mesmo e sobre o que sente faz vibrar as ondas do Universo, tudo se torna vivo e intenso na vida dele. Um artista dos sentir nesses termos: solitário e fechado sobre si mesmo, sem poder transmitir o que sente porque não há palavras, porque simplesmente sente, porque é uma vibração do universo que o rodeia, faz vibrar muito mais ainda este mundo mesmo que isso não seja notório. Um artista vai deixar de ser criança para se centrar sobre o que gosta, um artista esquece tudo menos daquilo em que ele é profissional. Um artista do sentir é profissional em sentir. Um artista do sentir ultrapassou as limitações de não compreender e está num grau ascendente de compreensão enquanto o seu organismo suportar tudo aquilo que nele ocorre. Um artista do sentir produz uma nova arte quando, segundo uma maneira de sentir, segundo uma maneira como compreendeu o mundo ele o pinta de uma maneira que mais ninguém conseguiu. Ele acrescentou uma pintura, triste ou alegre ou indiferente a este trajecto finito do Universo. E ele vê o que mais ninguém vê, e ele é influente. Um artista não é o que é por acaso, ele é o que é segundo o que já existiu, segundo o que foi dito e feito. Um artista sabe como são as coisas que são do seu âmbito imediatamente, sem ter que pensar muito para as compreender, elas já lhes estão entranhadas no sangue. Um artista do sentir sofre porque vê as coisas do sentir sem ter de pensar muito, são do seu âmbito sentimental, aquilo para o qual sempre viveu. Mas, e as emoções? As emoções, para mim são, aquilo que se manifesta segundo o que sentimos. Um artista do sentir, fechado sobre si mesmo, tem dificuldade em gerir as emoções, em transmitir o que sente, o seu interior é uma amálgama jamais compreendida, no entanto ele é o mestre dos sentimentos. Mas ele está sempre pronto para voar, um artista do sentir voa sobre o seu interior, que é igual ao que é feito o Universo, ele extravasa-se em si mesmo, o seu interior é tudo.
Reservo um pouco do tempo que me resta para escrever. Neste momento que tento escrever não observo nem sinto, quase que nem penso como se tudo o que passa na minha se evadisse quando o tento transmitir. Sei que isto acontece vezes sem conta, e consigo algumas vezes chegar a onde quero chegar, mas sempre por caminhos alternativos e frequentemente bem mais complicados. Questiono-me constantemente por que o faço, e vou encontrando respostas na minha vida que por sua vez também não as consigo dizer, transmitir, facilmente, alem de que talvez elas só façam sentido para mim.
Estou a ouvir George Michael, um cantor célebre dos anos 80 e 90 para quem não sabe, e ainda teve músicas de sucesso neste milénio mas que se diluem com a existência de outros bons músicos. Estou a pensar, ‘realmente este homem tem uma voz e um dom especial para a música’, assim como por vezes observo noutros músicos, se bem que dizer isto possa ser relativo para muita gente [talvez me pareça tal a mim porque me habituei a ouvi-lo]. Mas este músico em particular, estava aqui a pensar, que primeiro diziam que era gay e, agora, julgo ser assumido, assim como há outros assumidos, como Elton John, músicos de grandes sucessos que têm grandes vozes e grandes músicas, mas que são gays. E, no entanto, não se lhe pode retirar o mérito que tem e o sucesso que tiveram e podem continuar a ter, apesar de terem optado pela vida que levam privadamente. A mim faz-me confusão o facto de os homens gostarem de homens e mulheres gostarem de mulheres, como que isso significa para mim ser ‘contra-natura’, e realmente vai contra a lei da existência animal, da continuidade das espécies. Só mesmo o homem para transformar tudo o que devia ser lei, e compreendo um pouco que possa acontecer certos casos, mas se não fosse a comunicação que existe hoje nunca teria imaginado que o mundo poderia ser tão diferente de como eu o sinto. Mas quero eu reafirmar que tendo ele, George Michael a vida privada que tem, tendo ele os gostos que tiver, ele tem boas músicas, assim como Elton John, e falo como amante da música e segundo aquilo que posso compreender, que se calhar é muito acima da média, modéstia à parte. Cresci com estes sons destes homens, e nem por isso me tornei gay, mas eles deram-me um sentido apurado para a música. É claro que eles foram alguns entre tantos, e talvez eles tenham sido dos mais marcantes daquelas épocas, eu estava a crescer, as músicas eram passadas nas rádios constantemente, eram o nascer de uma nova aurora, a aurora audiovisual, aquela dos anos 80 e 90, aqui no meu Portugal, num mundo que eu descobria paulatinamente, numa imensa vontade de viver. E aqueles sons que para muita gente não dizem nada, porque nunca se habituaram a ouvir tais músicas, ou agora, porque não são do seu tempo (de agora), ou ainda porque simplesmente não são fanáticos por música, para mim são os alicerces da minha vida. E no entanto eles são gays ou tornaram-se. Mas eu aprendi a sentir com o coração o mundo que me envolve, no caso da música eu sinto-a com o coração antes de tudo, depois o que o músico é ou como apresenta o seu vídeo musical ou ainda o que faz se vier a saber o que faz, não alterará o valor da música, porque a música, o sons musicais são analisados puramente. O bom sentir é um sentido que todos tem, mas que muitas vezes anda camuflado por outras coisas da vida, talvez outras maneiras de sentir e julgar, peremptoriamente a maior parte das vezes, o que se passa no mundo, ou porque não se quer aceitar aquilo que é melhor do que nós, aceitar o que é a realidade das coisas, o sentimento de beleza Universal. Isto é o mesmo que dizer numa metáfora: Há um bolo para apreciar e ao mesmo tempo há whisky para apreciar; eu apostaria que o ‘sentimento Universal’ diria que o bolo é bom e o whisky é mau, pelo sabor. Mas sei e compreendo que há culturas que se enraízam em certos homens e que lhes leva a dizer que whisky é que é bom e o bolo é uma grande porcaria, e preferem ingerir o whisky a comer mais bolo em detrimento do whisky. O que é bom é sempre bom, em qualquer lugar, porque o sentir dos homens tem um denominador comum, a raiz do sentimento humano é única, simplesmente o homem quer – ‘ou a natureza impele-o a’ - transgredir a sua natureza sentimental, cria culturas desastrosas que acabam por ter seguidores incautos ou desinformados que entram por uma vida que sem querer escolhem, não pelo supremo bom gosto Universal, mas por causa última de uma cultura que se cria em redor de certos hábitos. Mas o homem vive e sobrevive, incrivelmente. O organismo reitera constantemente a sua capacidade de auto-regeneração. Mas a vida é como é, não fui eu que a inventei, não fui eu que inventei ou invento regras, só me é permitido jogar, nem que as regras sejam as mais estranhas. Hoje em dia, a música está a tornar-se uma banalidade, qualquer dia todos nascem com uma veia musical e têm a hipótese de fazer grandes músicas, mas talvez já não tenham a ‘universalidade’ que tiveram estes e outros músicos dos míticos anos 80 que fizeram parte do imaginário de massas. Tem e terão mais hipótese de divulgação mas serão, como parece que estão já agora a ser, abafados pela imensa comunicação emergente que se a evolução continuar, apenas mais uns músicos de talentos.
Na minha vida tenho sentido letargia, por vezes. Na minha vida tenho sentido injustiça. Na minha vida eu tenho sentido, sentido que significa que tenho Sentimentos. Na minha vida eu os tenho exacerbado, por vezes controlado, muitas vezes contido, reflectindo sobre eles, os passados, os presentes, os que irei sentir e que tento deitar a adivinhar, como serão os futuros sentimentos. Vivo com o agrado de sentir, com agrado de ser diferente, com agrado de ser, quiçá, especial. Mas eles me levam a sufocar, eles me parecem levar ao desespero, eles querem – me dominar, eles, os sentimentos. Mas, na minha vida, eu também tenho sentido positivamente: eu sonho a ‘esperança’ e ela acontece. Caminho sozinho. Mas é bom descobrir, imaginar algo ou alguém como sendo especial, é bom dar um sentido especial às coisas ou às pessoas. Não sou mais que ninguém. Estou aqui, entre vós, partilhando o vosso sentir, partilhando o meu sentir, dando-me como sou, entregando-me, porque não pode ser de outra maneira. E nós vagueamos por este mundo, caminhamos com sentidos tão diversos, tão ao acaso, tão diferentes, que apenas muito ocasionalmente nos temos encontrado. E busco-te apressadamente, porque o tempo urge. Penso incomensuravelmente rápido na tentativa de ultrapassar a barreira do tempo - que já terei passado – e a barreira do espaço. Mas a probabilidade de nos encontrar - mos é tão escassa, tão ínfima! Tento usufruir a arte de pensar, na solidão, fazer vibrar os meus sentimentos mais alto, sentir o imenso potencial do sentir, com respeito por aquilo que não domino. Tento descobrir os significados do mapa que me levará ao tesouro, mas os inúmeros significados têm-me baralhado. No entanto, persisto. Vagueio nesta vida procurando os significados de ideais essenciais, como o ‘amor’. Tantas vezes me sinto dominado por desejos que um homem não pode ignorar, como se fosse (mos) escravo (s) da paixão. E no entanto, tanta filosofia na minha vida, tanto pensar, não me levará a desviar do (s) destino (s) da minha vida. Talvez tudo se resuma num conceito, o ‘destino’, em que no entretanto tudo só faz sentido enquanto houver um ‘eu’ e um ‘tu’. E há uma relação entre tudo, uma relação entre o passado e o futuro, o que fomos e o que haveremos de ser, e a mim resta-me compreender, porque assim algo quis que eu compreendesse, quando na verdade pareço um néscio, compreendo o obscuro, compreendo quando estou ‘na minha’ e não compreendo o óbvio ou quando na ‘dos outros’. Sei que estas divagações por onde o meu pensamento vagueia são herméticas e complicadas, e o mundo está muito descomplicado e deseja descomplicar, tudo se revela nestes tempos que correm. Soltaram-se as amarras do conhecimento, da repressão do conhecimento, tudo parece ser possível, e no entanto no meio dos sonhos e aparências, tanto erro e injustiça, tanta gente a cair na mão de sábios errantes. Mas não me compete a mim intrometer-me em tais destinos, há um que pesa em mim o quanto baste, o meu, precisamente. Não sou por isso egoísta, dói — me ver um ser em sofrimento e injustiçado, dói – me, e sei que um dia poderei ser eu a estar naquele lugar que eu não pedi para mim. Um dia, num momento de fraqueza ou necessidade poderá aparecer uma alma caridosa, ou pelo contrário, alguém cego, sem sentimentos, com uma espada sangrenta, com fome de destruição e vingança e acabe por fazer uma asneira, vingar-se no homem errado. Mas as forças da natureza são mais fortes, tudo tem uma explicação, no nosso interior, que vagueia por essas forças do Universo, ocultas mas que sempre estiveram lá, e nunca foram proibidas de conhecer, a não ser pela má fé humana que usa o conhecimento para dominar e fazer sofrer, muitas vezes.
E agora, lá fora está um dia ameno e agradável à minha espera. Penso que devo aproveitar a benesse da vida e prosseguir este momento de acalmia e introspecção, relaxar e deixar uma mensagem para o mundo, tudo há-de correr bem, signifique isso o que significar, nem que amanhã já não tenha o mesmo significado, mas teve-o por um dia que fosse. Que essa benesse seja abençoada, obrigado por me teres entre vós e por poder ter momentos de agradável desenvolvimento, vagueando por estes caminhos misteriosos.
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