Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Permite-me estas palavras. Tu és o Maior. Por isso tenho estado aqui. Suponho que Sabes quem sou e isso nem interessa. Tudo é passageiro mas pleno de sentimentos e emoções. Não me Tens abandonado, mesmo quando tudo parece desabar, o destino está escrito. O Universo se move para me dar lugar, algo grandioso de se sentir e observar. Não tenho podido ser mais, mas também nunca fui menos. A gratidão tem que tomar conta de mim, porque me Deixas ser quem sou; até agora sempre fui o mesmo, o mesmo homem que sente o que tem de ser sentido, simplesmente um ser, simplesmente um animal. Devo medir as palavras. Devo controlar-me; sei que tem de ser assim, não pode ser de outra maneira. Devo tentar sentir mais ainda, tentando perceber mais para chegar até Ti, na esperança de que sou poupado, de que não farei mal, para que, contudo, a força esteja comigo para me defender. Somos quem somos, resta-nos entender porque somos e porque viemos a este mundo, conhecendo-nos melhor a nós próprios a cada segundo que passa, admirando as coisas como são e como acontecem. Pertence-nos uma história, a qual temos de agradecer por a podermos refletir, obrigado por isso. Vejo o amor dado e o amor recebido e, por isso, estou aqui, porque me foi dado este lugar e este espaço no tempo, nessa comunhão de conceitos que tomam interpretações múltiplas, mas, das quais, temos que entender (retirar) a sua essência. As repostas não são claras, como causa - efeito; as respostas sentem-se, e Tu me deixas sentir assim. Livra-me dos maus entendimentos, das más interpretações, Livra-me das más-línguas. Dá-me um bom fim; cada vez mais vejo e sei o que Me tens feito, mas, não sei quem És, mas, ainda assim, És. Não quero falar em vão, devo temer as palavras e as ações admirando a maneira e o motivo do meu agir passado que me vai sendo dado a conhecer, certamente o bem é o que tem de perdurar, o bem resta sempre em nome da Arte da evolução.
Talvez se seja mais feliz sendo louco. Talvez valha mais a certeza do incerto do que a incerteza do que é certo. As minhas memórias da loucura estão escondidas através do dia-a-dia. Talvez tenha que mudar de método, talvez tenha que mudar o meu discurso, talvez tenha que mudar o meu pensamento. Talvez eu consiga ser outro sendo quem sou. Tenho que me agradar a mim próprio para andar bem. Talvez eu deva desistir de pensar que tenho de fazer qualquer coisa. Talvez eu tenha que dar o braço a torcer. Talvez este mundo não me pertença. Tenho que sair das sombras, estou farto desta escuridão. Tenho um longo caminho a percorrer até ao sítio onde eu me vou encontrar bem, não posso parar. Eles vão ganhar, vão levar a deles avante. Terei que me vencer a mim próprio. EU SOU NORMAL. Não ando pelas regras dos outros, eu próprio criei as minhas regras. Eu quero ser independente. Eu parei no tempo em muitos aspetos. Eu sou finito. Todo o homem é finito. Eu não poderei mudar o mundo. Mas porque a imagem pode? Porque pode a palavra? Porque o muda o som? Porque o muda a técnica? Porque eu não possuo um desses meios de mudar o mundo? É só sentir, só absorver, é só esconder, como um bicho do mato. Como se o mundo parasse de rodar quando eu desfalecesse, como se eu fosse ponto fulcral, se é que o já não fui. Tudo o que fui a apagar-se, o tempo a passar, e eu perco a partida. Como dar a volta, eis a questão? A minha imagem não é a imagem de aparência. Ela é o retrato de quem eu gostava de ser. A minha imagem traduzia-se pela perfeição. Mas como eu posso ser perfeito se eu sou simplesmente um humano? "Heaven is a place on earth". Talvez isso seja verdade, talvez o paraíso seja um lugar na terra. Não, não sou feliz, não sou bem-humorado, sou sério, a minha imagem não é o `faz ver'. Será que o homem só pode estar ao pé do outro estando bem-disposto, com uma boa imagem? Porque teima o homem em andar no mundo da ilusão? Já não é o suor que une os homens, mas sim a boa aparência, a falsidade das palavras. E a cada momento que passa ponho em hipótese se as minhas palavras transmitem algo com sentido. Até parece que o Outono deixou de ser Outono. Até parece que o Inverno se transformou em Verão e vice-versa. Mas isso já não me preocupa. Talvez o que mais me preocupa neste momento seja a minha sobrevivência. As flores desabrocham, o sol nasce, a lua aclara a noite. A noite mantinha o ritmo, a noite quebrou o ritmo. O mundo tem perspetivas e perspetivas, as variáveis são imensas, as palavras já serão poucas para descrever tudo. O mundo nunca será mais o mesmo. A vida nunca mais será a mesma. Eu preciso de sobreviver, mas já não sei como me aproximar dos homens, porque será que assim acontece? O meu mundo desabou e não tem mais sentido como era. Mas novos mundos podem surgir. Talvez eu já tenha perdido tudo o que tinha a perder.
Uma meta a atingir. Um desejo inconsciente de ir até um ponto indeterminado. A superação de cada um de nós, do nosso entendimento, da nossa inteligência, das nossas energias. Querer experimentar tudo… para perceber…o significado das coisas, o significado do correto, para ser-se melhor, para fazer melhor, para ter a mais ampla visão das coisas. Cruzar conhecimento. A memória por detrás de tudo, essa fascinação do saber, a possibilidade alcançada na partida das nossas vidas. A sorte e o azar. O equilíbrio. Como é possível sê-lo? Não é possível, no sentido de continuidade, mas, por momentos mais ou menos longos ou mais ou menos curtos, existe. O desejo mais profundo, que nasce na alma de alguém, que não é possível demonstrar. A existência do bem, mas afinal o que é isso? Esse ‘bem’ fala muito e expressa-se corretamente? É ai que o reconhecemos? Esse ‘bem’ é solidário e empático? É ele saudável e energético? E então, o tempo passa, cruza-se o conhecimento, encontram-se relações onde o homem que não questiona, não ousa buscar, não encontra nada, e tudo é ao sabor das variáveis que empurram esses, eles não fazem atrito no mundo. Esse atrito tem um preço (talvez, por isso, não é qualquer um que arrisca com receio das consequências), assim como tudo o que fazemos para nos levar à perfeição tem um preço, ou melhor, tem uma cobrança, uma cobrança que me extravasa e me leva a pensar que é tudo errado, todas as ideias que pensava ter por boas parecem cair por terra quando a realidade fala mais alto, quando o frente a frente eleva os seres e o espírito, quando as coisas não são para compreender de imediato mas sim para agir de imediato. O futuro não existe, mas o passado sim, o passado e o agir, a obrigatoriedade do movimento que nos leva rumo ao desconhecido mas, com conhecimento suficiente, esse desconhecido futuro torna-se expectável, e ao mesmo tempo espectável também, nem que seja pela sua magnitude. Receio o sofrimento, assim como receio o futuro deste pequeno lar, a terra, como somente meu fosse. Possivelmente temo o que não devia temer, devia ser como a maioria, indiferente, nas mãos do desconhecido, e na mão de outros. Indiferente não sou, mas vejo-me atado, sem fazer o que quer que seja, sem perceber o que é correto ou incorreto, a recear o inevitável caminho que teve um principio e terá um fim, que terá que se aceitar quer se queira quer não, mas primeiro, muito antes da perfeição, do meu fim fujo, sem nunca fugir.
Dlim, dlom! Meia-noite. Caminhando ao luar, pensando frescamente numa noite quente de Verão. Boa disposição não faltava. Ao longe via-se incomensuráveis luzes. Estava no ponto mais alto. No ponto onde jamais alguém tinha estado. Dali via o tudo, não ao pormenor, mas via o principal. Via o passado, e o presente quanto baste. Mas estava insatisfeito, queria ver mais, queria ver o futuro. Queria ver os erros para os poder evitar. Queria ver o infinito. Queria, pelo menos senti-lo nos meus sonhos. Queria tocar na utopia. Satisfazer o meu gosto de viver.
Viver. Somos nós. Queremos demarcar-nos, tomar posição. Mas há uma sociedade, há regras, que nem todos conseguem aceitar [conseguem cumprir]. Há injustiças… nem que sejam só nos nossos olhos. Há palavras sem nexo. Há a vontade de conversar, conversar de tudo, do mais intimo, não só de amor perverso como se pode pensar logo há partida por algumas mentes ufanas, mas do além e ao mesmo tempo da realidade. Mas a realidade é aquilo que um homem quer que seja. A mente pode ultrapassar a realidade e criar outras que parecendo falsas para quem as não criou, são verdadeiras para quem as criou. De maneira que os verdadeiros valores da vida são substituídos por valores mesquinhos, que só podem sair da imaginação mais rasca. E passam-se tempos a criticar os outros como sendo os culpados. A toda esta ordem contrapor-se - á a desordem. Excessos, extremos, extremistas, loucos Ah! Ah! Ah! De tudo corre nas veias do tempo do Universo… até a vida coube.
Poderei eu ser um mártir? Defendo algo muito difícil de definir, defendo os meus ideais que julgo desde sempre serem puros, a favor do equilíbrio por exemplo, a favor do bom senso, da empatia, a favor da defesa da beleza deste mundo que é prejudicado por almas que não sei porquê mas nasceram com um espirito de destruição, de competição desenfreada, longe da harmonia e da paz de espirito, num mundo humano onde a teia dos ideais, das ideias, das palavras, dos conceitos estão entrópicos; admito que os números são excessivos, a população, admito que posso estar a mais, e, se me tivessem dado a escolher, não quereria ter nascido decerto, se bem que fico glorioso quando sinto um bem-estar que não nego, e que me pode suceder, pelo menos por enquanto. Quando falo em ideais puros não significa que eu sou puritano (por exemplo), no sentido de querer dizer que sou contra o sexo por prazer, que apenas deve servir para procriar, mas também não defendo o contrário; não defendo que o casamento deve ser para toda a vida mas também não defendo o contrário - a natureza, tudo o que tenho aprendido sobre ela me diz que não há leis absolutas, muito menos as dos homens o serão com suas culturas feitas como que para deleite de alguns e abominação de outros, e me parecem, muitas vezes, injustas (e não me cabe a mim destrinçar sobre quem são os injustos e os injustiçados, tenho as vistas muito curtas para perceber essas coisas); as leis do homem não estão acima das do mundo e do Universo -; por consequência, não significa que defendo a religião cristã, ou, muito menos, a igreja, mas, não quero dizer que sou contra ela também; substancialmente penso que tudo em si tem algo de bom que se aproveite em maior ou menor grau, em maior ou menor quantidade de bem, pena que o mal, por mais pequeno que seja manche todo o bem facilmente. As leis dos homens são regras que alguns conseguem respeitar e tê-las a seu favor contra outros cuja natureza ou o fato de serem néscios, aliados ao desconhecimento dessas regras os leva a viver em stress numa luta desigual, a meus olhos, que jamais poderei defender; ou então sou eu que estou enganado acerca das leis deste mundo, e então serei eu um mártir? Pessoalmente, sofro por estar fora ‘dessa’ cultura, sofro pela injustiça de não me deixarem ser livre, sofro e vivo por um ideal ou ideais que não querem ser aceites, sofro pela contrariedade a que fui submetido e sei lá que mais poderei exponencialmente dizer, poderei eu ser um mártir então? A questão não está se eu gostaria ou não de ser um, mas reside na forma como a minha vida foi encaminhada, parece-me que no caminho de um mártir, operador de grandes mudanças mesmo que a causa dessas mudanças não se vejam; a vida chamou-me desta maneira, parece que me pede para me reencontrar aqui, como estou fazendo agora, para fazer coisas e estar em sítios que na verdade não deveria estar, não queria estar [Talvez, decerto, eu prefira o isolamento ao sofrimento da minha vida social onde tudo parece querer cair-me em cima na maioria dos dias, como aquela canção de Rui Veloso – Não Há Estrelas no Céu]. A minha mente abriu-se ao mundo talvez desde que fui concebido - sei que é especulação, mas talvez tudo o que nós somos começa lá longe, no passado, sinto-o [note-se que o ‘talvez’ é uma palavra muito importante para mim assim como é o relativismo das coisas, estou longe das certezas deste mundo cientifico de causa-efeito, deste mundo de objetividade em que tudo se pode explicar, não querendo eu ser propriamente apologista do ceticismo; sinto-me como um mediador de todos os extremos isso o digo com toda a certeza, essa é a certeza que me rege, esse é o equilíbrio pelo qual eu sofro também] -. Admito que existe em mim esse sentimento de querer ser um expoente máximo e ao mesmo tempo ser humanamente impotente perante a imensidade do que nos/me envolve, perante aquilo que pensamos/penso controlar mas na verdade não controlamos/controlo. Não tenho dúvida que atrás desta ‘mente aberta ao mundo’, o motivo de eu ter seguido a vida desse modo, está algo ainda indefinível e subjetivo, algo ainda incompreensível para explicar o porquê eu ter nascido com estes sentimentos, por ter seguido este caminho que segui e não outro, por não ter convergido no meu ser, mas, pelo contrário, precisamente, ter divergido no meu caminhar, no meu pensar. Por vezes sinto-me capaz de tudo, sonho acordado que o futuro me há - de correr bem, que hei - de ter sorte… e dou por mim a ter a autodescoberta de que afinal tudo o que peço agora, já o peço, repetidamente, desde bem pequeno, talvez até antes, onde a minha memória sentimental não consegue alcançar (por enquanto pelo menos). Quero mais. Quero viver. Quero viver de acordo com o que acredito, e não consigo aceitar que não posso mudar o mundo a meu bel-prazer, eu não sou Deus para mudar o mundo e transformá-lo ao meu ideal, que penso ser o verdadeiro. Há quantos anos eu sonho com a liberdade do meu espirito, com a paz dele, liberdade e paz, paz e liberdade, será isso uma utopia ou serei decerto um mártir? Aqui estou eu no mesmo sítio de sempre, esta é minha vida, estes são os meus sonhos de sempre, mudarei eu? Mudarei ainda? Serei feliz, ainda que de outras maneiras? Satisfarei o desejo de mudança para melhor? Ainda não me cansei de fazer estas perguntas de modo que acho que ainda me projeto no futuro.
Já que estou aqui neste ponto, deste Post, e, mesmo, deste blog, ainda vou falar na minha fisiologia e fisionomia e na grande contribuição que têm para que tudo se passe como tem passado na minha vida, talvez na contribuição do caminhar de um mártir, poucas vezes abordo esses lados da minha vida e que na verdade sei que são a causa de tanto atrito nestes problemas que abordo. Mas devo dizer alguma coisa agora, mais alguma coisa, agora: Não, não diria que fui amaldiçoado, sendo eu um monstro, não, efetivamente fico feliz por não o ser, e não desprezo a figura mais feia que ande por esta terra, aceito que há feios e bonitos mas devo constatar a minha situação e ver em que ponto estou desses extremos; efetivamente, já fui mais jovem e sentia-me bonito, não me considero velho mas tenho que aceitar que já não tenho 20 anos e que o horizonte não está aberto à minha frente, ilusionantemente; Apesar de não querer ser imodesto, posso dizer que me sinto uma pessoa de aparência normal, ou melhor deveria sentir-me assim a maioria das vezes, mas, algo se passa que não me deixa sê-lo (e afinal tudo isto também esta relacionado, ou seja, o que somos psíquica e fisicamente está relacionado entre eles); tenho reparado em mim mais atentamente de há poucos anos a esta parte, e tenho reparado coisas fisiológicas e fisionómicas que me têm feito sentir de tal maneira que me levam a escrever muito do que escrevo neste blog, tenho reparado na mudança de maneiras de estar das pessoas que me envolvem onde quer que esteja, já para não falar quando estou com a mente alterada - bem, mas isso dá outro tema; Sempre tentei autoestimular-me, pelo menos até certo ponto da minha vida, tendo pensamentos do tipo ‘sou bonito’ (tal como o fazia em relação a autoestimular a minha força de viver ao pensar ‘sou capaz’, ‘sou [uma pessoa] normal’), ainda tenho recordações que vêm lá do fundo dos sentimentos antigos, onde eu sentia que estava a ser alvo de atração física, sinto que havia capacidade de impressionar com o meu jeito de ser, com o que eu era, afinal, era jovem. Mas, há medida que me vou redescobrindo e montando e entendendo o puzzle da minha vida, eu não era um jovem normal, e sei agora que todo um peso recaia sobre a força da minha juventude e que o levava penosamente, mas, sempre com fé, sempre confiante, de que havia de ser forte além de forçosamente tentar disfarçar e ignorar aquilo que sentia, que não estava bem [o quanto eu fui forte, vendo as coisas como eu as vejo agora, como o sentimento da vida me apelou a viver tão fortemente, e, apesar de tudo, o quanto a vida me foi generosa para que eu vivesse e o quanto algo me apelou para que me esforçasse a seguir de algum modo, porque não se pode voltar atrás, nunca]; O mundo de hoje tem muita pessoa bonita, o padrão de beleza elevou-se, não o posso negar, e acho que muita gente está de acordo comigo e isso é um verdadeiro atrito para quem não tem os padrões mínimos que esta sociedade ‘exige’, é um problema mesmo, tal como o é para mim de muitos modos - explicar em poucas palavras todo este tema que se passa é complicado, e diria mais: ‘impossível em poucas palavras’, por isso não me vou alongar nele, se bem que, admito, rodeio o assunto na tentativa de encontrar melhores ideias com que me possa exprimir; as pessoas estão mais bonitas, pelo menos no ‘mundo mais rico’, digamos assim, as pessoas nascem com menos atritos psíquicos, nascem num berço de ouro por assim dizer, têm a sorte de ser bonitas, de terem um psíquico normal, digamos assim também, e isto tende a tornar-se uma norma, quer a gente veja isso dessa maneira ou não, além disso, os trabalhos são-lhes menos penosos fisicamente o que preserva o físico, e mais, o mundo tende a consciencializar-se de cada individuo deve tratar-se bem, falando de um modo popular, e para mais ainda, o mundo televisivo influência tudo isto, a propaganda da beleza e do bem-estar, com o seu grande poder de encaminhar as atitudes das pessoas, um poder que ainda nunca lhe pude ver a verdadeira dimensão na minha alma, no meu entendimento; desafortunados dos que nascem feios ou fora da norma, como sempre, o atrito, para eles, é sempre maior, e eu serei um deles, fora da norma, marginalizado, quando não marginalizado diretamente, indiretamente, e vou tentar dizer porquê da melhor maneira que puder e com a maior brevidade que conseguir: as ansiedades tomaram conta da minha vida, de tal modo que a minha entrada na vida adulta não foi nada fácil, apesar da força enorme que tive para suportar e levar tudo adiante, como já disse neste post e neste blog [não posso cansar-me de dizer tais coisas, não podem ficar por serem ditas, mesmo que me repita, desculpem o inconveniente]; estou a falar de fisionomia e fisiologia não é? Da minha… tenho pele clara, e a partir de certa altura da minha vida toda essa ansiedade que se acumulou devido a motivos que falo neste blog culminou numa explosão de rubores – tento imaginar o porquê de tudo se passar deste modo comigo constantemente, naquela altura eu descontrolei completamente, pelos meus 18 anos aproximadamente – Digo também que devo ter uma fisiologia muito própria, porque será que o sangue aflora deste modo à flor da minha pele(?), pergunto-me constantemente; Não sei porquê, meu sangue deve estar alterado, imagino, nele deve correr muita informação química que faz transparecer todo o ser que eu sou [e o ser que eu sou é sensível, delicado, estes são dois conceitos fortes que o definem, e é magnificamente belo como tem suportado as adversidades], isto deve de ser de tal modo estranho para muita gente, ouvir falar disto, que lhes deve parecer tolo, eu sei, essa gente não sabe o que é isso, tudo o que está relacionado com isso; A verdade é que tal - não quero descrever isso que se passa, porque me dói, dará para compreender? -, é fator de discriminação em muitas áreas da vida onde eu não devia estar e me tenho encontrado com elas; consigo ver situações e situações onde o olhar das pessoas dizem o que pensam, ‘n’ situações, consigo sentir o senso comum (o sentir comum) de incompreensão, reprovação, a maldade com que tantos deixam fluir seus sentimentos, as palavras que não conseguem conter, o descontrolo que toma conta de uma coisa que não querem aceitar, de sentimentos que até podem ser de superioridade e de gozo para com a minha pessoa - não posso defender os que são como eu, porque não tenho poder, porque não sei onde eles estão... – Enfim, conseguiram fazer-me mal por eu ter algo que não controlo, que não me passa com o tempo como se fosse uma bebedeira que o tempo cura e me aflige frequentemente, demasiadamente frequentemente, e, tal é a superioridade deles perante mim, que me tornam num bode-expiatório, um mártir, restar-me-á fugir? Para onde? Esconder-me? Enfrentá-los na sua incontável maioria? Lembro-me de, primordialmente, não compreender tais situações como se eu fosse um estranho em mim mesmo; posso dizer que, como pequeno exemplo, mesmo hoje a minha cor foi alterada pelo sol que apanhei, que ao invés de me dar um ar bronzeado me queimou e avermelhou o pescoço [que será dos albinos?] e não jorrou a face e o resto do corpo porque tinha boné e as roupas a tapar; Penso para mim, ‘não tenho uma doença demarcada e ao mesmo tempo várias falências tendem a aproximar-se de mim, com as quais eu luto constantemente’ - Black legend – You See The Trouble With Me. Imagino que muitos perguntem como pode o rubor, e o descontrolo dele e da pessoa que o incorpora, alterar a vida dessa pessoa, de tal modo, que seja tão doloroso viver (?) Mais ainda, como pode a minha fisiologia, descontrolada, noutros aspetos também contribuir para o meu martírio, ainda para mais? Pergunto-me. Que complô de destino é este? Porque não me aceitam como sou, e não faço eu o que posso simplesmente fazer, sem ter que andar neste sofrimento que tende a prolongar-se? E se eu jogar no euro milhões (?) e puder ser sortudo e viver em paz como desejo, passar a ser um felizardo anónimo, porque não pode ser de outra maneira. Que um raio de sorte me caia sobre o meu ser. Continua sonhando, continua…
Sintetizando: O meu ser é uma relação entre um psíquico extremamente ativo, uma mente não satisfeita, uma ansiedade que teve um pico muito alto, que me levou a andar nesta corda bamba desde tal colapso, com uma fisiologia alterada (não me referindo com isto a que sou excessivamente gordo) em interação com o psíquico alterado, baseando-se no fato principal de eu ter pele clara, aflito com rubores incompreensíveis, tendo eu ‘atingido’ entretanto patamares de conhecimento que supostamente não era para ter atingido, e, adquirindo, assim, um autoconhecimento de que tais rubores e ansiedades me estavam a destruir, a compreensão de que estava e sou marginalizado por eles, e quiçá me irão destruir paulatinamente, corroer as minhas fundações que me seguraram até aqui, porque não se pode vencer o mundo, as regras do mundo [malditas regras diria], a regra da sociedade, ou eu tenha muita sorte e veja o caminho certo a seguir sem grandes problemas.
Este texto foi escrito ao som de:
1. Pet Shop Boys - It's A Sin (5:01)
2. Peter Murphy - Cuts You Up (5:28)
3. Roxette - Listen To Your Heart (5:14)
4. Roxy Music - Take A Chance With Me (4:43)
5. The B-52's - Roam (4:54)
6. Chicago - If You Leave Me Now (3:56)
7. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:59)
8. Bee Gees - Massachusetts (2:22)
9. Mike + The Mechanics - The Living Years (5:31)
10. Peter Cetera - Glory Of Love (4:20)
11. Prefab Sprout - When Love Breaks Down (4:06)
12. Queen & David Bowie - Under Pressure (4:05)
13. The Korgis - Everybody's Got To Learn Sometime (4:17)
14. Toni Childs - Zimbabwe (6:18)
15. Whitesnake - Here I Go Again 87 (4:33)
16. Whitesnake - Is This Love (4:42)
17. Will To Power - Baby, I Love Your Way / Freebird Medley (Free Baby) (4:07)
18. Yes - Owner Of A Lonely Heart (4:25)
19. Bee Gees - Tragedy (5:01)
20. Pink Floyd - Another Brick In The Wall, Part 1 (3:45)
21. The Eagles - New Kid In Town (5:05)
22. The Pretenders - Brass In Pocket (3:06)
23. Simon & Garfunkel - The Sound Of Silence (3:03)
24. Scott McKenzie - San Francisco (2:58)
25. ABBA - Chiquitita (5:26)
26. Los Bravos - Black Is Black (2:56)
27. Mungo Jerry - In The Summertime (3:29)
28. Ritchie Valens - La Bamba (2:07)
29. Roxy Music - Love Is The Drug (4:09)
1. Propaganda - Duel (4:46)
2. Roxy Music - More Than This (4:06)
3. Soul II Soul - Get A Life (3:43)
4. Stevie Nicks - Rooms On Fire (4:33)
5. Talk Talk - Life's What You Make It (4:28)
6. Talking Heads - And She Was (3:39)
7. Ziggy Marley And The Melody Makers - Look Who's Dancing (5:00)
1. Jim Diamond - I Should Have Known Better (3:38)
2. Marillion - Kayleigh (3:33)
3. Baby D - Let Me Be Your Fantasy (3:55)
4. R.E.M. - Mine Smell Like Honey (3:12)
5. Rui De Silva - Touch Me (3:28)
6. JX - Son of a Gun (3:13)
7. New Order - Touched By the Hand of God (3:43)
8. The Original - I Luv U Baby (3:28)
9. 11 I Love Your Smile - Shanice (4:22)
10. Roy Orbison - Blue Angel (2:47)
11. Robert Miles - Children (4:01)
12. Eros Ramazzotti - L'ombra Del Gigante (4:41)
13. Capella - Move It Up (3:59)
14. David Guetta - Titanium (feat. Sia) (4:05)
15. Fun Factory - Take Your Chance (3:56)
16. Industry - State Of The Nation (4:25)
17. Dilemma - In Spirit (3:37)
18. U2 - Walk On (Single Version) (4:11)
19. Lenny Kravitz - Stillness Of Heart (4:15)
20. Marillion - Lavender (3:40)
21. Lionel Richie - My Destiny (4:48)
22. Rick Astley - Together Forever (3:26)
23. Black Ledgend - You See The Trouble With Me (3:29)
24. Black Machine - How Gee (3:28)
25. Faithless - Insomnia (3:33)
26. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way (3:31)
27. Kaoma - Lambada (Single Version) (3:29)
28. Pete Heller - Big Love (Big Love Eat Me Edit) (2:40)
PARABENS! De mim para mim, há seis anos, exactos, a blogar o sentimento de mim: este é o meu hino à introspecção, ao [meu] passado, à vida - a minha, que tem significado e sentido, mesmo que muitas vezes eu não o veja, mesmo que os outros não o vejam muitas vezes -, a um Universo que existe quer seja fora quer seja dentro de mim. Este pode ser um grito meu para o mundo, de entre gritos de silêncio (a maior parte do tempo), mas que creio que fazem mudar o Universo externo a mim, tudo o que me envolve, de uma maneira fantástica e eternamente misteriosa mas intriguista para quem é curioso – e eu sou -, encontrando algumas, por vezes bastantes, respostas, contudo. Aqui se manifesta um ‘eu’ oculto, talvez estranho e difícil de acessar por parte dos outros, ou também, talvez, desinteressante, ou ainda, não compreendido ou não descoberto, ou ainda ‘mais uma insignificância’ nesta infinidade de variáveis do mundo ou na incomensurabilidade do Universo. Mas eu tenho um propósito que não compreendo, mas que anseio compreender cada vez mais, e me foi ou é atribuído pelo Universo que me envolve. Aqui manifesto essa busca, pela compreensão de mim e desse Universo ou nesse Universo externo a mim. Aqui manifesto, nesta minha escrita, um pouco daquilo que eu gostava de ultrapassar e no qual acabo mais envolvido ainda sem compreender o porquê de isto acontecer, mas deitando-me a adivinhar esse porquê. Jamais conseguirei transmitir uma pequena fracção do que o meu espirito rebusca, vê e compreende, pois teria que ter uma energia muito grande para isso, e eu sou um ser muito passivo… acabando por lamentar mais do que activamente poderia executar se actividade e margem emocional e física tivesse para me manifestar. Que a vida seja generosa comigo, pois acredito que sigo convicções do que é a atitude suprema da vida, respeitando-a desde sempre, respeitando o desconhecido, errando também porque sou um ser errante nesta vida. Que encontre as pessoas certas na minha vida com quem conviver porque os seres são difíceis de compreender individualmente, e que as minhas emoções assentem e normalizem. Cumprimentos a todos os que vêm por bem.
O tempo continua na demanda do infinito. Sem conseguir parar eu sigo no trilho que tenho seguido, talvez não possa escolher outro. Sinto o tempo que passei como uma brisa de ar, seria maravilhoso se eu pudesse sentir como senti o mundo e as pessoas, crescer com aquele poder infinito de ter um Universo pela frente, uma incomensurável possibilidade de ser quem queria ser. É um sentimento, ou melhor, são sentimentos tão extremos e complexos como complexo é o nosso mundo e a nossa vida e o Universo, que eu gostaria de transmitir. É maravilhoso interagir com o Universo exterior a mim, mas ainda não compreendo este sentimento de vazio e necessidade de constante procura de algo novo ou o redescobrir do que já foi descoberto. Já experimentei muita coisa, e no entanto pareço o ser humano mais ingénuo que jamais existiu à face da terra; melhor, afinal nem sei quem sou realmente. Nestas minhas andanças já partilhei e partilharam muitos sentimentos e emoções comigo, e tenho a clara noção de que fui impotente para que fizesse brilhar aquilo que sentia e que me faria transcender nesses momentos, fui fraco e era mais fraco do que a minha mente me dizia constantemente, [agora vejo o que podia e que não podia fazer e ser, mas se nesse ‘antigo tempo’ eu visse ‘o que não podia fazer’ eu não teria lutado e então eu nesta altura não seria quem sou, para não dizer ‘ninguém’, mas estaria muito aquém do que sou, seria um derrotado logo na partida, o que não aconteceu]; errei, não fui fluente nas minhas emoções com os amigos supostos, não fui agregador de sentimentos de coerência, senti medo e incapacidade e afugentei em lugar de me aproximar de pessoas, o medo estava comigo, e sei que isso ainda acontece hoje, por isso vivo nesta solidão, que não é tão grave quanto possa soar, pelo menos por agora. Vivo num mundo à parte, a querer voltar a ser adolescente e corrigir todo o mal feito, a querer viver segundo o meu desejo de viver, segundo aquilo em que acredito; no entanto dou por mim já a não corresponder às expectativas, a querer fazer coisas que não são as certas para este meu tempo, e tenho medo de me perder nas malhas de um tempo não recuperável e de uma mente confusa que me possa tomar de assalto (se é que não estou já nela), de perder mais e ser injustiçado, quando eu só quero viver em paz, com o necessário e ao contrário das forças que me têm puxado toda a minha vida para a mudez da minha boca [quero falar], para o medo e os mal-entendidos, para o aproximamento de coisas (pessoas, acontecimentos, conhecimentos) que não desejo na verdade. Sempre me fechei, e emudeci, na tentativa de me controlar, de entender o que se passa à minha volta. Com tudo o que passei psiquicamente sei que estou seriamente danificado, psíquica e psicologicamente, meus sentimentos e emoções não são normais, por mais que eu tente ser normal. Apetecia-me libertar, libertar e sentir uma força revigorante para mandar à merda a tudo o que não me dá o direito da liberdade de ser quem sou. Houve uma noite, entre tantas outras, faz tempo, estaria eu num dos momentos mais confusos da minha vida, então peguei no carro e fui dar uma volta, até um lugar perto e apreciar a noite para desanuviar, olhando as estrelas, além de que levei uma guitarra mesmo sem eu saber tocar guitarra. E eu toquei ao luar para as estrelas que me ouviam, decerto não havia ninguém por ali, num sítio que tão bem conheço, por isso a chacota deve ter passado ao lado; toquei magnificamente, pelo menos tentei fazer música, afugentar a dor de não compreender o porquê de eu não poder eu ser livre de me expressar. Além disso apeteceu-me gritar, e eu gritei bem alto, para tentar desentranhar tudo o que sentia preso dentro de mim. Mas não, não resolveu o problema fulcral da minha vida que ainda venho tentando compreender [talvez o de ser mal-amado; talvez o mundo não tenha compreensão para o meu amor]. Talvez algumas vezes tenha agido como um louco e me tenha sentido como tal, mesmo depois de ter feito o que fiz, mas vejo loucuras muito mais sérias a acontecer neste mundo, e eu se pudesse faria justiça a elas com toda a certeza. Mas não, tenho que viver escondido e calado, ninguém pode saber quem sou, porque isso seria o descalabro e eu não aguentaria ser quem sou. Como seria maravilhoso acordar um dia e ser livre para sempre, com o bem-estar dentro de mim e gozar e curtir esta vida como deve de ser, com uma memória renovada, com um desejo eterno de viver sem magoar e sem ser magoado mesmo nas situações em que se pode perder a cabeça. Já desejei o mais mal que se possa imaginar a este mundo [assim como já desejei de tudo que de melhor possa haver] e no entanto quem sou eu para ser atendido ao meu desejo e para que se faça a minha justiça (?). Será que tudo o que desejei irá alterar o mundo ou só me alterou a mim, e ainda por cima se ficam a rir de mim por ter desejado tais coisas, que eu pensava que eram boas.
O certo é que a noite tem sido minha companheira, companheira de solidão e ela me ajuda a compreender as coisas, quaisquer que elas sejam, mas eu não mudo, e sou um inadaptado do mundo social, sem ‘social skills’, a noite jamais me deu e jamais me dará aquilo que não posso ter de algum modo, enquanto algo não se resolver, a fonte do meu insucesso social. Falo como se houvesse uma harmonia social que eu tanto desejaria integrar. Mas a verdade é que a harmonia social que existe e que passa também não me convence, o mundo deteriora-se pela cegueira e egoísmo da riqueza que todos os seres humanos demandam, como se o dinheiro fosse um deus; isto é como as pessoas andarem a mexer em fogo junto da pólvora sem saber o que isso provocará, será o fim, as pessoas que não nascem com o sentido de amor pela vida, mal-amados poderão ser potenciais destruidores daquilo que não compreendem, além de que esses são guiados pelo desamor que é o que os faz mover; o falso conhecimento também está por toda a parte; E é do que acontece hoje em dia, ah! nada é com ninguém, todos têm os direitos ao bem-estar e mesmo quem está bem só tem é que usufruir e ser mais e mais consumidor do bem que existe, só a sua liberdade acima das dos outros e do bem comum, e usufruir da beleza comum que é o mundo e a sua também quando se aplica. Parece que já não acredito, como ainda tentam fazer passar, que ‘juntos podemos fazer muito bem’, que ‘juntos conseguiremos fazer um mundo melhor’; eu acho é que podemos fazer muito mal; ou então o melhor é fazer uma orgia global (!!!) que é o que se está ou se quer realmente fazer, e fornicar tudo, pronto, tá resolvido. Pergunto-me: Será mesmo este o caminho para o fim? Cada vez menos a minha vida demanda o futuro, mas ainda a demanda, o que me diz que ainda terei um certo tempo de vida se os meus sentimentos estiverem correctos. Mas mais uma vez me pergunto a questão do porquê de tudo ser assim: vivemos e atingimos o esplendor, e ainda assim sempre seguimos insatisfeitos, pelo menos alguns como eu, que fui desancado do meu equilíbrio emocional, e tento descobrir as origens de como algo em mim me despoletou para ser quem sou e seguir o caminho que tenho seguido. Porque tudo tem de acabar? Porque não poderei acabar eu com o sentimento de ter vivido e feito obra? Como eu desejo acabar bem apesar de não me ter encaminhado bem (!).
A noite profunda cerca cada vez mais todo o ambiente que me rodeia: desde o lado escuro da lua (que sei que está lá fora), passando pela face oculta da terra em relação ao sol, parte essa em que me encontro, até à minha terra, ao meu lugar e à casa onde me encontro; e, eu penetro adentro nela, ainda acordado. Esta noite é de acalmia, quando em segura liberdade me encontro, num ambiente climático ameno que me enche de bem-estar - assim o é sempre que desta maneira nos encontramos; e até pode ser um momento passageiro, mas eu captei-o num instantâneo dentro de mim, como uma foto ‘congelada’ e única de um sentimento passageiro e irrepetível mas que é possível alcançar sempre que o conseguir evocar. Penso para mim (e agora para vós): eu sou este, que me digo nestes momentos, eu digo-me desta forma que escrevo. Tudo o que eu sinto flui enormemente em mim sem erupção, a agitação interior é enorme, contudo, isso pode significar muita coisa como pode não significar nada: talvez eu seja uma bomba atómica, uma coisa insignificante de se ver, mas com um poder dentro que ninguém acredita enquanto não se ver o efeito. Mas também posso ser um objecto que imita a bomba atómica, a ilusão do poder quando a insignificância do que se é se demonstra pela inutilidade do objecto. Assim sou eu e a minha definição do que sou: algo que pode ser tudo ou pode ser simplesmente nada. Tenho como certo que o que sinto e vejo é válido para mim. Mas, pergunto-me, infindavelmente, o porquê desta contrariedade (?), penso: como posso ser tão vasto e ao mesmo tempo tão insignificante? – qualquer um pode pensar nisto e pode sentir isto. Pergunto-me, mais abrangentemente, o porquê de o ‘bem’ ser acometido pelo ‘mal’ (?), porque uma pessoa boa diverge para o mal? Quase que diria que não podemos confiar em nós próprios, eu tenho esse sentimento. Por exemplo, vejo casos de pessoas que cometem actos (de errados momentos) que não encontram resposta ao porquê de os ter cometido. O que eu quero dizer é que me parece que o paradoxo faz parte da essência do universo (o ‘tudo’ e o ‘nada’ a coexistir é um paradoxo filosófico que a mente humana terá que ultrapassar se não for possível separar tais conceitos) quer se queira quer não se queira, e também julgo que ‘nem tudo o que parece ser o é como parece’. Assim, muitas vezes, os que aparentam ser estúpidos são espertos, e os espertos são burros. Mas ninguém é Deus, a grandiosidade do que sentimos não pode sobrepujar Tal Grandeza. E eu, tentando ter consciência disso, agradeço a infinidade do que sinto, mesmo que tal não me seja pedido ou sentido claramente, sempre com o devido respeito em relação àquilo que me ultrapassa, àquilo que não compreendo. E, mais, vejo e sinto o mundo como poucos sentem, talvez, e por isso sou desprezado e subjugado por muitos, mas tenho a firme esperança de que tudo isto ainda vai mudar muito enquanto eu viver.
Meus sentidos estão sensíveis, sempre alerta. Meu pensamento surpreende-me, e surpreende-me a sua capacidade também. Sei, porque tenho uma certa consciência, que repito muitas coisas que já disse, mas com certeza que enquanto não mudar de paradigma, se isso me for possível, e eu tenho fé que é possível, eu repetirei muitas palavras e ideias, e, o que senti, faz parte de mim, e, quem sabe, muito mais além de mim – porque na repetição está, com a consciência humana e nos actos gerais da vida, a eliminação do erro e a evolução dos actos assim como dos seres e da sabedoria entre outras coisas. Trago comigo toda a minha vida, que mais ninguém sabe, trago o passado comigo, todas as sensações sentidas, momentos marcantes que a qualquer hora me dizem quem sou e o que fui e me fazem pensar sobre o meu destino, o destino do mundo, e me fazem essencialmente questionar e associar cada vez mais e mais as ideias e os sentimentos para uma visão cada vez mais abrangente do mundo e do Universo externo e interior. Podia passar constantemente a lamentar-me da minha vida se simplesmente desse atenção a tudo o que de negativo nela se passa (ou o que eu penso ser negativo), lamento-o muitas vezes, e este blog talvez transmita esse facto – até porque ele foi mesmo, originalmente, concebido para isso, e ele é decerto uma tentativa de fuga a essa negatividade, uma tentativa de expressividade que tanto me falta e de que tantas vezes falo -, mas não, não faço isso na vida geral, não me lamento constantemente, mesmo tendo a forte sensação de que sou uma vítima ‘do destino’ - tenho fortes ideias comprovativas, mais que pensadas e associadas, para dizer isso -, e assim, trago comigo a sensação de que sou um privilegiado por ter vivido estes anos todos, já o disse de outras vezes, porque quando penso na quantidade de caminhos errados, isto é, muito maus, que podia ter seguido e não segui, mesmo não sabendo porquê de tudo isto acontecer, eu tenho sorte em ter conseguido seguir este, precisamente o que trilho agora, que não é mau. Mas ainda temo o futuro, eu temo o incerto e luto para que não caia em trevas outra vez, eu luto com todas as minhas forças e ideias, se é que não há um destino que dite o contrário. Sabendo as maravilhas e as tristezas que o mundo tem, não consigo vislumbrar uma resposta, uma luz que me diga o porquê de tudo o que somos se esvair no nirvana do espaço do Universo, traduzindo para latim comum, será que tudo isto que somos e toda esta filosofia que temos, falo por mim, se vai toda em merda? Qual o sentido da minha vida então? O sentido é que não há sentido? O sentido assim como tudo o resto no homem é uma invenção do homem e nada mais do que isso? Já sei que enquanto há vida há conexões entre o que fomos no passado e que nos tornamos nos futuro, conexões invisíveis que temos e também conexões que nos ligam aos outros seres deste mundo e ao que nele acontece no geral. Mas depois da morte, um vivo, como eu, não enxerga nada (!), a continuidade da ‘nossa vontade é incerta’, não me consigo projectar além desse momento.
Deste modo, e como conclusão, vejo um ‘tudo’ que significa: a vida que tenho; a vida que existe à minha volta, a vida que se sente; o senso comum, o conhecimento consciente obtido pelos homens durante gerações e gerações; os sentimentos e as emoções de todos os seres; o sentimento de cada um, ‘o sentimento de si’ ; etc. etc.; e vejo um ‘nada’, ou melhor, não vejo, um vazio de sentido que significa: a não-existência; a incompreensão da não continuidade de tudo; da escuridão de respostas que não existem para além da existência; a falta de projecção de nós e do Universo para além da consciência que algum dia existiu. E a verdade que me parece existir é que o paradoxo do ‘tudo’ e do ‘nada’ coexistem. Espero revelações futuras.
A mente não me corresponde de uma forma linear, não sei se só me acontece a mim ou a outra gente, nem consigo efectuar várias operações mentais ao mesmo tempo, normalmente. Parece-me que quando era mais jovem, até perto do fim da minha adolescência a minha mente funcionava de modo mais linear, mas com a idade adulta foi-se tornando o pensamento mais disperso, com maior dificuldade de concentração e sequenciação de tarefas, o que não sei se se prende também devido à utilização do computador, em que faço multitarefas.
Há muita maneira de escrever, segundo os ritmos que se consegue transpor para a escrita através da pontuação e da transmissão da ideia que presume maior ou menor rapidez/lentidão acerca do assunto que se está a falar. E pergunto-me: será que na verdade eu queria transmitir algo em concreto, neste momento, ou simplesmente divagar? Talvez divagar seja a resposta.
Gostaria de falar de emoções, amizade, amor, sexo e sexualidade. Gostaria falar do transcendente e do não palpável que são por exemplo esses temas. Psicologia, psíquico, mente também se englobam nesses temas. Gostaria de falar a verdade, ou daquilo que me parece ser a verdade, sem ter contrapartidas negativas, nem positivas, sem contrapartidas simplesmente. Gostaria de desenvolver e de que tivesse sentido esse desenvolvimento dos temas. Queria pôr tudo o que existe numa frase não muito comprida, apenas de algumas linhas, revelando com isto o meu lado mais prosaico, a minha narrativa não factual da vida, a vida dos sentimentos narradas com objectos, seres e/ou palavras que fazem parte do nosso mundo, e que o descrevem, para descrever o nosso mundo interior, como muitos homens que me antecederam já o fizeram. Ou ainda juntar o científico [os factos e as explicações da ciência que descreve o universo com precisão, que descobre as leis da física e da química] ao nível do psíquico e da imponderabilidade, da incerteza da conjugação imensa das coisas mais elementares do Universo e que o homem não conseguirá alcançar por mais tempo que consiga viver. Queria, desejava, que brotasse de mim a imensidão da inspiração e da motivação para isso, aquela que tinha na juventude sem no entanto ter a visão alargada que cada vez mais tenho, para meu bem ou meu mal. Como o simples pode ser complicado… Somos uma parte ínfima do universo, e no entanto ganhámos uma consciência da grandeza da vida: de que existimos e de que conseguimos ver causas que provocam efeitos, que existem explicações, quer seja a nível cientifico, quer a nível psíquico, como eu tenho revelado a mim próprio, na continuação da minha vida. Somos pilotos de uma máquina que nos ultrapassa ,a nossa compreensão -e que tendemos a revelar, alguns, mais ou menos, não sei -. Divagando, semeamos o nosso pensamento no abstracto da psique que se encontra ligada por laços ainda estranhos e eternamente invisíveis – ‘eternamente’, porque eu ainda não consigo vislumbrar o fim -. Associo assim o que é contínuo ao que é descontínuo, a lógica de uma ideia com a lógica de outra como se isso fosse possível no mundo real, mas não é, (!) associo ideias que não têm sequência, e estão de tal modo ligadas que afinal não são visíveis por qualquer um, como se estivessem encriptadas apenas para nós, ou para alguns entre muitos [em ultima instância: para mim]. A emoção está lá, nesta escrita que eu digo, o jogo do pensamento é enorme, e quiçá se movam montanhas com ele. Todo o passado se projecta no futuro, tudo o que foi nos trouxe [me trouxe] até aqui. Mas só aqui, na escrita virtual este mundo é verdade para alguns. Só num mundo virtual é possível uma transfiguração para algo que não sabemos o que vai ser [não sei no que me vou tornar]. Eu sou espectador de mim mesmo, vejo-me através do meu tempo vivido. Persigo a ambição do El Dourado do bem-estar espiritual, e a verdade é que por enquanto, se existe, ainda não o alcancei, demasiadas pessoas mo proíbem, leis que estão e atentam contra a minha existência. Procuro gente de bem, procuro-a no mais fundo do meu ser, ele [o meu ser] perscruta o interior dos outros, e, ainda não descobri pessoas a quem pudesse dizer, ‘sim, aqui estão aqueles que me espelham’. Talvez ande desencontrado, porque perdido não queria estar. Queria fazer-me em sociedade, não sozinho. Aceito a vida tal como ela é, mas não consigo deixar de me questionar e lutar contra aquilo que me quer destruir e não compreendo porquê, quero que me deixe de perseguir a vida ou algo que nela existe, o azar que vá para bem longe e que eu me reencontre dia após dia.
‘Mundo’ e ‘Universo’, duas de algumas das palavras que tanto utilizo, repetindo-as vezes sem conta, na escrita e mais ainda na minha mente, querendo desatar-me, querendo voar livre. Repetimos na nossa mente palavras para as fixarmos. A mente desde que nascemos vai tornando-se mais complexa, através da repetição das palavras, dos conceitos e das experiências mentais que fazemos, com o fim de automatizar as respostas do nosso ser ao ambiente que nos rodeia. Eu, em mim, na minha mente, repito as experiências que tive, repito, em particular, certas experiências marcantes, boas ou más, da minha vida. Repito as experiências que tive no meu pensamento de modo a tentar compreende-las, para apaziguar a dor das más ou para retirar prazer das boas. Repito os sons, oiço as músicas da minha vida, vezes e vezes até lhes perder o conto para que lhes possa retirar o suco da compreensão dos sentimentos, sentimentos que algum dia tive. Eu quero perceber porque o mundo me quer dominar e porque eu não quero ser dominado. A música que gosto domina-me e dominou-me no passado, mas eu repito-a, oiço-a vezes e vezes sem conta para compreender o meu passado, para compreender como sinto. Acho que o que sinto, esta ambição de compreender é a ambição que move todo o homem de uma maneira geral, que quer ultrapassar a sua ignorância de qualquer modo, quer compreender o mundo e descobri-lo. Mas eu, mais que virado para o exterior e para a mobilidade e descoberta física e externa a mim própria e ao meu ser, virei-me para o meu interior que se estava a dissolver neste mundo sem eu compreender um pouco o porquê disso. E, então, fiz vibrar o meu ser, e continuo a fazê-lo, incomensuravelmente, fazendo-o repetir aquilo que só se dá uma vez na vida, que talvez aconteça a, precisamente, tudo o que se passa. O que acontece, acontece somente uma vez, todas as outras vezes que acontece algo nunca é igual ao que já foi, apenas idêntico, se tanto. Se por um lado é bom que algo não se repita continuamente no tempo, que as coisas mudem de modo a que, por exemplo, as dores que nos perseguem possam ser desvanecidas, é-nos incompreensível e inaceitável que as coisas boas, prazenteiras e perfeitas não perdurem por mais tempo. Mas aí entra a fantástica, bela, mas também por vezes temerosa, capacidade da nossa mente de captar a essência dos momentos e ser capaz de reproduzi-los novamente, cá em cima de nós mesmos, no nosso cérebro. Digo ‘temerosa’, porque o poder da mente é tal que quando lhe perdemos o controlo nos podemos magoar facilmente e acabamos a viver incongruentemente com a estabilidade da vida. A bela capacidade da recordação, de relembrar aquela boa recordação, aqueles cheiros, aqueles toques, com todos os nossos sentidos fisiológicos activos e a captar o mundo externo a nós próprios e o nosso cérebro a registá-los. Mas, mais ainda, surge mais tarde, na nossa vida, algo que nunca pensávamos sentir, a memória a trabalhar e cruzar os dados que registámos, a encontrar-mos o que nos parecia perdido no tempo, aquilo que a nossa mente registou, a música que ouvimos e nos marcou o sentimento, que pensávamos esquecido e que afinal estava apenas adormecido e à espera de ser ressuscitado, o sonho de que um dia fomos jovens com um mundo enorme e escancarado, para nós, pela frente. E eu, afinal, quando vejo isso a acontecer, a recordação a dar-se, e a sentir dessa maneira, sinto-me um privilegiado, porque tive muito mais do que algum dia pensava ter, porque tive muito mais do que muitos tiveram, porque realmente é um privilégio chegar a este ponto e recordar. Se recordar (e pensar) é viver, então eu vivo, por demais.
A repetição das palavras, assim como a repetição das acções vão solidificando e vão tomando lugar na cultura dos homens, só assim conseguem subsistir, na repetição. A repetição do pensamento, na nossa mente vai criando vibrações que se tornam cada vez mais intensas. Os pensamentos, os acontecimentos da nossa vida, tornam-se cada vez mais distantes da nossa memória evocativa se não os continuarmos a fazer vibrar na nossa mente. Por isso, quanto mais evocarmos certos acontecimentos e estados de alma, mais esses pensamentos nos acompanharão e se reflectirão nas nossas acções futuras. Na minha vida poderia ter acontecido muita coisa, são inúmeros os caminhos que podemos enveredar, que eu poderia ter enveredado. Analiso o meu passado, no meu presente, e vejo que trilhava um caminho que não desejava. Vejo os imensos caminhos que poderia ter seguido, mas que nenhum seria mais correcto que o que tomei, até porque é somente este que conheço, os outros ficam na imaginação do que poderiam ter sido. Vejo e sinto o que a minha vida estava a ser à luz do caminho que segui, e até me sinto um sortudo por ter sido este o caminho que segui. O meu caminho era de perdição e desnorteamento, tão cheio de azares e mal-entendidos que me ultrapassavam e que agora consigo, senão mais, mas pelo menos, vislumbrar e compreender, apesar de ainda não os ter ultrapassado. Eu já pensava que nunca mais me encontraria, o pesadelo de não dominar a minha vida era enorme, e tudo o que me aconteceu marcou-me indelevelmente, e logo o meu pensamento, que por sua vez privilegiou a dor que me possuía, sem conseguir ver uma saída para a normalidade. Depositava esperança em sonhos, em algo que não sabia o que era, fiz uso de todo o manancial de conhecimento e experiência que possuía - que me parecia tão pouco -para tentar sair do lodo. E o mundo à minha volta demoveu-se e arranjou um espacinho para mim, com todo o meu esforço, agora sinto-me recompensado, e rico de experiência mental, e física q.b (quanto baste). O tempo esvaísse muito rapidamente, foge, e eu queria aproveitá-lo da melhor maneira. Queria aproveitá-lo em conhecimento, e em produzir algo com significado. E não é que por vezes dou comigo a pensar: ‘afinal é verdade o que dizem, a vida faz-se caminhando, a vida vive-se ao viver a cada minuto e, para mim, é a meta a que nos propomos que dá sentido a tudo isso, a vontade de lá chegar, mas mesmo que não se chegue lá, o caminho percorrido foi pleno de sentido, tenha sido ele como foi.’ A repetição das ideias e dos acontecimentos tornam-nos inolvidáveis. A imagem que temos do nosso passado, as fotografias e a TV, os sons - a música que nos marcou -, a escrita, fazem-nos reviver e ver com outros olhos o que se passou, e ao vermos com outros olhos então conseguimos perceber o certo e o errado, possivelmente, e melhorar o nosso caminho e quiçá compreender o quão incerto são os nossos passos, que podem tanto ser cheios de significado como de nenhum, dependendo da vibração que damos às coisas, enquanto vivermos. Temos um ser finito que se desintegrará um dia, tudo faz sentido para nós enquanto existimos, para os outros ainda poderá continuar a fazê-lo depois. Mas numa escala maior, a terra é finita, e numa escala imensamente maior o universo é finito, nada é inamovível, e tudo tem um princípio e um fim, e graça a nós que sendo tão pequenos nesta imensidão que nos envolve conseguimos atingir o cosmos mais profundo, através da união dos nossos sentidos humanos, da união que produz a vibração que dá sentido à vida. Quando os seres acreditam e se unem, quando o que acreditam é nobre, genuíno, perfeito, então, mesmo que o caminho desses seres seja o do fim, eles atingirão o nirvana e não o vazio, o nirvana do prazer, de fazer vibrar o belo e dar sentido ao vazio que poderia haver. Daí a minha busca constante pelo ‘grande vibrar’, pelo vibrar, que eu penso ser, genuíno, que me leve ao sentido da vida. E visto eu ser tão pequeno, e fazer parte de uma imensidão, eu só posso tentar ser grande em mim mesmo, no meu interior. Demovo-me, desde já, da primazia do outro sobre mim, eu não posso ajudar alguém quando não me posso ajudar a mim próprio, e sei do que estou a falar. E eu preciso de ajuda mais do que ninguém, preciso do meu equilíbrio, neste vibrar humano. Preciso de me unir ao vibrar em que acredito, e não sou um salvador do mundo nem das pessoas, de ninguém, sou um ser que quer viver, só isso. Não sofro por ninguém que não mereça, e faço da minha alegria a alegria dos outros e vice-versa. Necessito do vibrar da sorte em mim, porque vi mais do que ninguém o que é o azar mental e psicológico, do que as pessoas não são capazes de fazer por alguém que suplica vida, falando com isso na morte, falando lugubremente, tentado dizer o positivo de tudo que se diz de negativo.
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