Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Uma meta a atingir. Um desejo inconsciente de ir até um ponto indeterminado. A superação de cada um de nós, do nosso entendimento, da nossa inteligência, das nossas energias. Querer experimentar tudo… para perceber…o significado das coisas, o significado do correto, para ser-se melhor, para fazer melhor, para ter a mais ampla visão das coisas. Cruzar conhecimento. A memória por detrás de tudo, essa fascinação do saber, a possibilidade alcançada na partida das nossas vidas. A sorte e o azar. O equilíbrio. Como é possível sê-lo? Não é possível, no sentido de continuidade, mas, por momentos mais ou menos longos ou mais ou menos curtos, existe. O desejo mais profundo, que nasce na alma de alguém, que não é possível demonstrar. A existência do bem, mas afinal o que é isso? Esse ‘bem’ fala muito e expressa-se corretamente? É ai que o reconhecemos? Esse ‘bem’ é solidário e empático? É ele saudável e energético? E então, o tempo passa, cruza-se o conhecimento, encontram-se relações onde o homem que não questiona, não ousa buscar, não encontra nada, e tudo é ao sabor das variáveis que empurram esses, eles não fazem atrito no mundo. Esse atrito tem um preço (talvez, por isso, não é qualquer um que arrisca com receio das consequências), assim como tudo o que fazemos para nos levar à perfeição tem um preço, ou melhor, tem uma cobrança, uma cobrança que me extravasa e me leva a pensar que é tudo errado, todas as ideias que pensava ter por boas parecem cair por terra quando a realidade fala mais alto, quando o frente a frente eleva os seres e o espírito, quando as coisas não são para compreender de imediato mas sim para agir de imediato. O futuro não existe, mas o passado sim, o passado e o agir, a obrigatoriedade do movimento que nos leva rumo ao desconhecido mas, com conhecimento suficiente, esse desconhecido futuro torna-se expectável, e ao mesmo tempo espectável também, nem que seja pela sua magnitude. Receio o sofrimento, assim como receio o futuro deste pequeno lar, a terra, como somente meu fosse. Possivelmente temo o que não devia temer, devia ser como a maioria, indiferente, nas mãos do desconhecido, e na mão de outros. Indiferente não sou, mas vejo-me atado, sem fazer o que quer que seja, sem perceber o que é correto ou incorreto, a recear o inevitável caminho que teve um principio e terá um fim, que terá que se aceitar quer se queira quer não, mas primeiro, muito antes da perfeição, do meu fim fujo, sem nunca fugir.
Poderei eu ser um mártir? Defendo algo muito difícil de definir, defendo os meus ideais que julgo desde sempre serem puros, a favor do equilíbrio por exemplo, a favor do bom senso, da empatia, a favor da defesa da beleza deste mundo que é prejudicado por almas que não sei porquê mas nasceram com um espirito de destruição, de competição desenfreada, longe da harmonia e da paz de espirito, num mundo humano onde a teia dos ideais, das ideias, das palavras, dos conceitos estão entrópicos; admito que os números são excessivos, a população, admito que posso estar a mais, e, se me tivessem dado a escolher, não quereria ter nascido decerto, se bem que fico glorioso quando sinto um bem-estar que não nego, e que me pode suceder, pelo menos por enquanto. Quando falo em ideais puros não significa que eu sou puritano (por exemplo), no sentido de querer dizer que sou contra o sexo por prazer, que apenas deve servir para procriar, mas também não defendo o contrário; não defendo que o casamento deve ser para toda a vida mas também não defendo o contrário - a natureza, tudo o que tenho aprendido sobre ela me diz que não há leis absolutas, muito menos as dos homens o serão com suas culturas feitas como que para deleite de alguns e abominação de outros, e me parecem, muitas vezes, injustas (e não me cabe a mim destrinçar sobre quem são os injustos e os injustiçados, tenho as vistas muito curtas para perceber essas coisas); as leis do homem não estão acima das do mundo e do Universo -; por consequência, não significa que defendo a religião cristã, ou, muito menos, a igreja, mas, não quero dizer que sou contra ela também; substancialmente penso que tudo em si tem algo de bom que se aproveite em maior ou menor grau, em maior ou menor quantidade de bem, pena que o mal, por mais pequeno que seja manche todo o bem facilmente. As leis dos homens são regras que alguns conseguem respeitar e tê-las a seu favor contra outros cuja natureza ou o fato de serem néscios, aliados ao desconhecimento dessas regras os leva a viver em stress numa luta desigual, a meus olhos, que jamais poderei defender; ou então sou eu que estou enganado acerca das leis deste mundo, e então serei eu um mártir? Pessoalmente, sofro por estar fora ‘dessa’ cultura, sofro pela injustiça de não me deixarem ser livre, sofro e vivo por um ideal ou ideais que não querem ser aceites, sofro pela contrariedade a que fui submetido e sei lá que mais poderei exponencialmente dizer, poderei eu ser um mártir então? A questão não está se eu gostaria ou não de ser um, mas reside na forma como a minha vida foi encaminhada, parece-me que no caminho de um mártir, operador de grandes mudanças mesmo que a causa dessas mudanças não se vejam; a vida chamou-me desta maneira, parece que me pede para me reencontrar aqui, como estou fazendo agora, para fazer coisas e estar em sítios que na verdade não deveria estar, não queria estar [Talvez, decerto, eu prefira o isolamento ao sofrimento da minha vida social onde tudo parece querer cair-me em cima na maioria dos dias, como aquela canção de Rui Veloso – Não Há Estrelas no Céu]. A minha mente abriu-se ao mundo talvez desde que fui concebido - sei que é especulação, mas talvez tudo o que nós somos começa lá longe, no passado, sinto-o [note-se que o ‘talvez’ é uma palavra muito importante para mim assim como é o relativismo das coisas, estou longe das certezas deste mundo cientifico de causa-efeito, deste mundo de objetividade em que tudo se pode explicar, não querendo eu ser propriamente apologista do ceticismo; sinto-me como um mediador de todos os extremos isso o digo com toda a certeza, essa é a certeza que me rege, esse é o equilíbrio pelo qual eu sofro também] -. Admito que existe em mim esse sentimento de querer ser um expoente máximo e ao mesmo tempo ser humanamente impotente perante a imensidade do que nos/me envolve, perante aquilo que pensamos/penso controlar mas na verdade não controlamos/controlo. Não tenho dúvida que atrás desta ‘mente aberta ao mundo’, o motivo de eu ter seguido a vida desse modo, está algo ainda indefinível e subjetivo, algo ainda incompreensível para explicar o porquê eu ter nascido com estes sentimentos, por ter seguido este caminho que segui e não outro, por não ter convergido no meu ser, mas, pelo contrário, precisamente, ter divergido no meu caminhar, no meu pensar. Por vezes sinto-me capaz de tudo, sonho acordado que o futuro me há - de correr bem, que hei - de ter sorte… e dou por mim a ter a autodescoberta de que afinal tudo o que peço agora, já o peço, repetidamente, desde bem pequeno, talvez até antes, onde a minha memória sentimental não consegue alcançar (por enquanto pelo menos). Quero mais. Quero viver. Quero viver de acordo com o que acredito, e não consigo aceitar que não posso mudar o mundo a meu bel-prazer, eu não sou Deus para mudar o mundo e transformá-lo ao meu ideal, que penso ser o verdadeiro. Há quantos anos eu sonho com a liberdade do meu espirito, com a paz dele, liberdade e paz, paz e liberdade, será isso uma utopia ou serei decerto um mártir? Aqui estou eu no mesmo sítio de sempre, esta é minha vida, estes são os meus sonhos de sempre, mudarei eu? Mudarei ainda? Serei feliz, ainda que de outras maneiras? Satisfarei o desejo de mudança para melhor? Ainda não me cansei de fazer estas perguntas de modo que acho que ainda me projeto no futuro.
Já que estou aqui neste ponto, deste Post, e, mesmo, deste blog, ainda vou falar na minha fisiologia e fisionomia e na grande contribuição que têm para que tudo se passe como tem passado na minha vida, talvez na contribuição do caminhar de um mártir, poucas vezes abordo esses lados da minha vida e que na verdade sei que são a causa de tanto atrito nestes problemas que abordo. Mas devo dizer alguma coisa agora, mais alguma coisa, agora: Não, não diria que fui amaldiçoado, sendo eu um monstro, não, efetivamente fico feliz por não o ser, e não desprezo a figura mais feia que ande por esta terra, aceito que há feios e bonitos mas devo constatar a minha situação e ver em que ponto estou desses extremos; efetivamente, já fui mais jovem e sentia-me bonito, não me considero velho mas tenho que aceitar que já não tenho 20 anos e que o horizonte não está aberto à minha frente, ilusionantemente; Apesar de não querer ser imodesto, posso dizer que me sinto uma pessoa de aparência normal, ou melhor deveria sentir-me assim a maioria das vezes, mas, algo se passa que não me deixa sê-lo (e afinal tudo isto também esta relacionado, ou seja, o que somos psíquica e fisicamente está relacionado entre eles); tenho reparado em mim mais atentamente de há poucos anos a esta parte, e tenho reparado coisas fisiológicas e fisionómicas que me têm feito sentir de tal maneira que me levam a escrever muito do que escrevo neste blog, tenho reparado na mudança de maneiras de estar das pessoas que me envolvem onde quer que esteja, já para não falar quando estou com a mente alterada - bem, mas isso dá outro tema; Sempre tentei autoestimular-me, pelo menos até certo ponto da minha vida, tendo pensamentos do tipo ‘sou bonito’ (tal como o fazia em relação a autoestimular a minha força de viver ao pensar ‘sou capaz’, ‘sou [uma pessoa] normal’), ainda tenho recordações que vêm lá do fundo dos sentimentos antigos, onde eu sentia que estava a ser alvo de atração física, sinto que havia capacidade de impressionar com o meu jeito de ser, com o que eu era, afinal, era jovem. Mas, há medida que me vou redescobrindo e montando e entendendo o puzzle da minha vida, eu não era um jovem normal, e sei agora que todo um peso recaia sobre a força da minha juventude e que o levava penosamente, mas, sempre com fé, sempre confiante, de que havia de ser forte além de forçosamente tentar disfarçar e ignorar aquilo que sentia, que não estava bem [o quanto eu fui forte, vendo as coisas como eu as vejo agora, como o sentimento da vida me apelou a viver tão fortemente, e, apesar de tudo, o quanto a vida me foi generosa para que eu vivesse e o quanto algo me apelou para que me esforçasse a seguir de algum modo, porque não se pode voltar atrás, nunca]; O mundo de hoje tem muita pessoa bonita, o padrão de beleza elevou-se, não o posso negar, e acho que muita gente está de acordo comigo e isso é um verdadeiro atrito para quem não tem os padrões mínimos que esta sociedade ‘exige’, é um problema mesmo, tal como o é para mim de muitos modos - explicar em poucas palavras todo este tema que se passa é complicado, e diria mais: ‘impossível em poucas palavras’, por isso não me vou alongar nele, se bem que, admito, rodeio o assunto na tentativa de encontrar melhores ideias com que me possa exprimir; as pessoas estão mais bonitas, pelo menos no ‘mundo mais rico’, digamos assim, as pessoas nascem com menos atritos psíquicos, nascem num berço de ouro por assim dizer, têm a sorte de ser bonitas, de terem um psíquico normal, digamos assim também, e isto tende a tornar-se uma norma, quer a gente veja isso dessa maneira ou não, além disso, os trabalhos são-lhes menos penosos fisicamente o que preserva o físico, e mais, o mundo tende a consciencializar-se de cada individuo deve tratar-se bem, falando de um modo popular, e para mais ainda, o mundo televisivo influência tudo isto, a propaganda da beleza e do bem-estar, com o seu grande poder de encaminhar as atitudes das pessoas, um poder que ainda nunca lhe pude ver a verdadeira dimensão na minha alma, no meu entendimento; desafortunados dos que nascem feios ou fora da norma, como sempre, o atrito, para eles, é sempre maior, e eu serei um deles, fora da norma, marginalizado, quando não marginalizado diretamente, indiretamente, e vou tentar dizer porquê da melhor maneira que puder e com a maior brevidade que conseguir: as ansiedades tomaram conta da minha vida, de tal modo que a minha entrada na vida adulta não foi nada fácil, apesar da força enorme que tive para suportar e levar tudo adiante, como já disse neste post e neste blog [não posso cansar-me de dizer tais coisas, não podem ficar por serem ditas, mesmo que me repita, desculpem o inconveniente]; estou a falar de fisionomia e fisiologia não é? Da minha… tenho pele clara, e a partir de certa altura da minha vida toda essa ansiedade que se acumulou devido a motivos que falo neste blog culminou numa explosão de rubores – tento imaginar o porquê de tudo se passar deste modo comigo constantemente, naquela altura eu descontrolei completamente, pelos meus 18 anos aproximadamente – Digo também que devo ter uma fisiologia muito própria, porque será que o sangue aflora deste modo à flor da minha pele(?), pergunto-me constantemente; Não sei porquê, meu sangue deve estar alterado, imagino, nele deve correr muita informação química que faz transparecer todo o ser que eu sou [e o ser que eu sou é sensível, delicado, estes são dois conceitos fortes que o definem, e é magnificamente belo como tem suportado as adversidades], isto deve de ser de tal modo estranho para muita gente, ouvir falar disto, que lhes deve parecer tolo, eu sei, essa gente não sabe o que é isso, tudo o que está relacionado com isso; A verdade é que tal - não quero descrever isso que se passa, porque me dói, dará para compreender? -, é fator de discriminação em muitas áreas da vida onde eu não devia estar e me tenho encontrado com elas; consigo ver situações e situações onde o olhar das pessoas dizem o que pensam, ‘n’ situações, consigo sentir o senso comum (o sentir comum) de incompreensão, reprovação, a maldade com que tantos deixam fluir seus sentimentos, as palavras que não conseguem conter, o descontrolo que toma conta de uma coisa que não querem aceitar, de sentimentos que até podem ser de superioridade e de gozo para com a minha pessoa - não posso defender os que são como eu, porque não tenho poder, porque não sei onde eles estão... – Enfim, conseguiram fazer-me mal por eu ter algo que não controlo, que não me passa com o tempo como se fosse uma bebedeira que o tempo cura e me aflige frequentemente, demasiadamente frequentemente, e, tal é a superioridade deles perante mim, que me tornam num bode-expiatório, um mártir, restar-me-á fugir? Para onde? Esconder-me? Enfrentá-los na sua incontável maioria? Lembro-me de, primordialmente, não compreender tais situações como se eu fosse um estranho em mim mesmo; posso dizer que, como pequeno exemplo, mesmo hoje a minha cor foi alterada pelo sol que apanhei, que ao invés de me dar um ar bronzeado me queimou e avermelhou o pescoço [que será dos albinos?] e não jorrou a face e o resto do corpo porque tinha boné e as roupas a tapar; Penso para mim, ‘não tenho uma doença demarcada e ao mesmo tempo várias falências tendem a aproximar-se de mim, com as quais eu luto constantemente’ - Black legend – You See The Trouble With Me. Imagino que muitos perguntem como pode o rubor, e o descontrolo dele e da pessoa que o incorpora, alterar a vida dessa pessoa, de tal modo, que seja tão doloroso viver (?) Mais ainda, como pode a minha fisiologia, descontrolada, noutros aspetos também contribuir para o meu martírio, ainda para mais? Pergunto-me. Que complô de destino é este? Porque não me aceitam como sou, e não faço eu o que posso simplesmente fazer, sem ter que andar neste sofrimento que tende a prolongar-se? E se eu jogar no euro milhões (?) e puder ser sortudo e viver em paz como desejo, passar a ser um felizardo anónimo, porque não pode ser de outra maneira. Que um raio de sorte me caia sobre o meu ser. Continua sonhando, continua…
Sintetizando: O meu ser é uma relação entre um psíquico extremamente ativo, uma mente não satisfeita, uma ansiedade que teve um pico muito alto, que me levou a andar nesta corda bamba desde tal colapso, com uma fisiologia alterada (não me referindo com isto a que sou excessivamente gordo) em interação com o psíquico alterado, baseando-se no fato principal de eu ter pele clara, aflito com rubores incompreensíveis, tendo eu ‘atingido’ entretanto patamares de conhecimento que supostamente não era para ter atingido, e, adquirindo, assim, um autoconhecimento de que tais rubores e ansiedades me estavam a destruir, a compreensão de que estava e sou marginalizado por eles, e quiçá me irão destruir paulatinamente, corroer as minhas fundações que me seguraram até aqui, porque não se pode vencer o mundo, as regras do mundo [malditas regras diria], a regra da sociedade, ou eu tenha muita sorte e veja o caminho certo a seguir sem grandes problemas.
Este texto foi escrito ao som de:
1. Pet Shop Boys - It's A Sin (5:01)
2. Peter Murphy - Cuts You Up (5:28)
3. Roxette - Listen To Your Heart (5:14)
4. Roxy Music - Take A Chance With Me (4:43)
5. The B-52's - Roam (4:54)
6. Chicago - If You Leave Me Now (3:56)
7. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:59)
8. Bee Gees - Massachusetts (2:22)
9. Mike + The Mechanics - The Living Years (5:31)
10. Peter Cetera - Glory Of Love (4:20)
11. Prefab Sprout - When Love Breaks Down (4:06)
12. Queen & David Bowie - Under Pressure (4:05)
13. The Korgis - Everybody's Got To Learn Sometime (4:17)
14. Toni Childs - Zimbabwe (6:18)
15. Whitesnake - Here I Go Again 87 (4:33)
16. Whitesnake - Is This Love (4:42)
17. Will To Power - Baby, I Love Your Way / Freebird Medley (Free Baby) (4:07)
18. Yes - Owner Of A Lonely Heart (4:25)
19. Bee Gees - Tragedy (5:01)
20. Pink Floyd - Another Brick In The Wall, Part 1 (3:45)
21. The Eagles - New Kid In Town (5:05)
22. The Pretenders - Brass In Pocket (3:06)
23. Simon & Garfunkel - The Sound Of Silence (3:03)
24. Scott McKenzie - San Francisco (2:58)
25. ABBA - Chiquitita (5:26)
26. Los Bravos - Black Is Black (2:56)
27. Mungo Jerry - In The Summertime (3:29)
28. Ritchie Valens - La Bamba (2:07)
29. Roxy Music - Love Is The Drug (4:09)
1. Propaganda - Duel (4:46)
2. Roxy Music - More Than This (4:06)
3. Soul II Soul - Get A Life (3:43)
4. Stevie Nicks - Rooms On Fire (4:33)
5. Talk Talk - Life's What You Make It (4:28)
6. Talking Heads - And She Was (3:39)
7. Ziggy Marley And The Melody Makers - Look Who's Dancing (5:00)
1. Jim Diamond - I Should Have Known Better (3:38)
2. Marillion - Kayleigh (3:33)
3. Baby D - Let Me Be Your Fantasy (3:55)
4. R.E.M. - Mine Smell Like Honey (3:12)
5. Rui De Silva - Touch Me (3:28)
6. JX - Son of a Gun (3:13)
7. New Order - Touched By the Hand of God (3:43)
8. The Original - I Luv U Baby (3:28)
9. 11 I Love Your Smile - Shanice (4:22)
10. Roy Orbison - Blue Angel (2:47)
11. Robert Miles - Children (4:01)
12. Eros Ramazzotti - L'ombra Del Gigante (4:41)
13. Capella - Move It Up (3:59)
14. David Guetta - Titanium (feat. Sia) (4:05)
15. Fun Factory - Take Your Chance (3:56)
16. Industry - State Of The Nation (4:25)
17. Dilemma - In Spirit (3:37)
18. U2 - Walk On (Single Version) (4:11)
19. Lenny Kravitz - Stillness Of Heart (4:15)
20. Marillion - Lavender (3:40)
21. Lionel Richie - My Destiny (4:48)
22. Rick Astley - Together Forever (3:26)
23. Black Ledgend - You See The Trouble With Me (3:29)
24. Black Machine - How Gee (3:28)
25. Faithless - Insomnia (3:33)
26. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way (3:31)
27. Kaoma - Lambada (Single Version) (3:29)
28. Pete Heller - Big Love (Big Love Eat Me Edit) (2:40)
Que sente um homem que vive aprisionado? Haverá a existência e separação do ‘bem’ e do ‘mal’? Como é a ‘relatividade de tudo’ para uma pessoa e para a humanidade em geral, e, de que forma estão as emoções relacionadas com essa relatividade e também com o conhecimento e sabedoria? Como um homem pode ser especial se vive aprisionado e não é conhecido? Será possível a todo e qualquer homem atingir muito conhecimento e sabedoria? Serei eu um fanfarrão que se auto -intitula conhecedor e sabedor? [Mas podem ter a certeza que sou apologista do saber e do conhecer]. Estarei eu mesmo aprisionado ou tudo será fruto da minha mente? Serei eu um marginal neste mundo? Se o for, será esse o motivo que me torna especial? De onde me vem esse desejo de ser especial? Porque não posso ser ao mesmo tempo especial, livre e feliz comigo mesmo e com os outros? Porque a maldade da destruição me quer atingir? Porque há uma força que me quer levar ao abismo e outra me quer levantar quando me prostro ou o mal me atinge? Perguntas e mais perguntas. Sim, já me disseram numa ‘expressão ortodoxa’ que eu era ‘ótimo’, devo ficar feliz por isso, e não, não foi, nunca, da boca de meu pai (efetivamente da minha mãe já ouvi elogios). Ele, a causa de eu estar aqui e agora, neste contexto, com esta forma e feitio, tenho quase a certeza que foi isso. Terei algum complexo de édipo? Na! Não me parece, invenções e mais invenções de teorias que querem explicar objetivamente aquilo que não é explicável, a psique humana, o comportamento humano, que me querem julgar erradamente. Como explicar a emoção humana? A ligação emocional entre os seres? Não quero acreditar que tenha de me queixar de quem me devia amar, sinceramente, nem queria absolutizar todo esse mal (é forte a palavra ‘mal’, admito), pelo menos não queria absolutizar toda essa real indiferença da parte dele (‘indiferença’, essa é a palavra mais suave e que se engloba melhor no contexto de que estou a falar). Vejo quem chora a ausência física de um pai que foi perdido. Vejo tristezas por não se ter nem mãe nem pai. Vejo tristezas por se ter sido abandonado. Não fui nem tive tais coisas. Mas, vejo-me, a mim, aqui, magoado, por ser quem sou, por, apesar de ter um pai e uma mãe, no entanto, um pai sem sentimentos, cheio de falsidade, enganador, realmente sinto - me enganado e usado, e só eu sei o porquê. Meu pai projetou-se no futuro com sua maldade mais intrínseca, incapaz de pôr o interesse do seu filho, futuro do seu futuro, na devida importância. Ainda vejo o momento fulcral de seus olhos chispantes a rogar-me um mau futuro, indiretamente, essa tal ‘indiferença’ que o carateriza contra uma criança que se pode resumir a esse primordial momento que compreendi o meu futuro, em que eu me projetei ate estes momentos que tenho passado agora. A História deve estar plena de casos como os meus; sei que a bíblia, por exemplo, aborda a eternidade de toda a história do homem que se repete vezes e vezes sem fim, exemplos e mais exemplos de lutas de pais contra filhos, ou ainda de um ‘bem’ contra ‘um mal’, quer isso se dê a nível familiar ou extra – familiar. Penso que também relata a eterna luta animalesca do mais forte que derrota o fraco na realidade que é este mundo. -Gostaria, do fundo do coração e da minha vida, que se rompesse toda a coerência da história do mundo, uma vez a minha existência ter irrompido nos paradoxos do mundo, eu que nasci fraco e revoltado, seria uma obra existencial que talvez nunca tenha acontecido se os fracos (inteligentes, conhecedores e sabedores) do lado do bem e da razão irrompessem do vazio da existência e derrotassem os fortes do lado do mal !!! Talvez ai o mundo se tornasse melhor - Enfim, uma utopia, que leva a considerarem-me louco, certamente, ao ir contra os desígnios da existência deste mundo, desta terra. Assim, no entanto, esta foi a minha possível vida, este terá sido o passado menos mau que pude ter e só tenho de aceitar. Será que faço de meu pai o bode expiatório da minha situação? Não creio, e é tão difícil explicar, exprimir o porquê de ser assim, mas eu sei-o (o ‘porquê’) e mais ninguém, eu sinto-o desta maneira, e custa-me imenso se tiver que morrer com este sentimento, no vazio, atingindo o nirvana sem o gosto da verdade justa. Terá que ser assim?! Anos e anos a ‘falar tristeza’, a redescobrir o meu passado, a entender que afinal tudo tem sido mais forte do que eu, querendo mudar o mundo, a expectar a mudança do mundo para comigo, porque eu me tenho sentido impotente para mudar. Talvez num desperdício de tempo, nos olhos de muitos, sempre assim, faz anos, cansado, agora, pelo tempo, pensando que esse ‘tempo’ estava do meu lado, será que não está? Pensando também que meu pai estava do meu lado, uma ilusão, enfim que tive que ter para crescer, neste mundo de promiscuidade e falsa retidão nas ações, enganado pela própria existência – generalizando, falsa retidão dele assim como daqueles que são egoístas, egocêntricos e que absolutizam o seu seres, seus corpos e as suas vidas, não aceitando o fim de tudo, fazendo crescer o mal neste mundo superlotado. O fim aproxima-se dele, se bem que pode aproximar-se de mim primeiro, contudo sempre o disse e senti: ‘Não tenho medo da morte, mas sim, do sofrimento’, e apesar disso, sinto-me a sofrer constantemente, senão, certamente, não estaria aqui, neste blog, transmitindo o que transmito, sempre com a esvanecente esperança de que ainda hei - de ser feliz. E agora digo mais, tenho imenso receio da injustiça perante a minha vida, por isso, agora, também procuro a justiça – E, procuro aperfeiçoar o entendimento desse conceito, a ‘justiça’.
Que aos bons chegue o bem, e que eu saiba quem me envolve por bem, se me for permitido.
Escrevi isto ao som de:
1. Paul Young - 02 - Everytime You Go Away (4:25)
2. Johnny Hates Jazz - Turn Back The Clock (4:32)
3. 15 - Bonfire - You Make In Feel (4:44)
4. Simon Climie - Dream With Me (4:50)
5. Sydney Youngblood - I'd Rather Go Blind (4:17)
6. 01 - Jennifer Rush - Power Of Love (6:02)
7. Cock Robin - When Your Heart Is Weak (4:40)
8. Marc Cohn - Walking In Memphis (4:17)
9. Climie Fischer - Love Like A River (4:24)
10. Jon Secada - Do You Believe In Us (4:00)
11. Jennifer Rush - A Broken Heart (4:09)
12. Talk Talk - 15 - Such A Shame (5:43)
13. Mike & The Mechanics - 13 - A Time And Place (4:51)
14. Maggie Reilly - 02 - Everytime We Touch (4:04)
15. Richard Marx - Angelina (4:07)
16. Phil Collins - 10 - Long Long Way To Go (4:21)
17. Phil Collins - I Wish It Would Rain Down (5:29)
18. F.R. David - Words (3:35)
19. Celine Dion - 07 - Where Does My Heart Beat (4:30)
20. Marillon - No One Can (4:37)
21. Richard Marx - Right Here Waiting (4:26)
22. A - Ha - The Sun Always Shines On Tv (5:08)
23. Phil Collins - 01 - Do You Remember (4:38)
24. Frankie Goes To Hollywood - The Power Of Love (5:30)
25. Richard Marx - 13 - Chains Around My Heart (3:46)
26. Chris Rea - Texas (5:09)
27. Toto - Rosanna (5:31)
28. Roxette - Fading Like A Flower (3:51)
29. 11 - Peter Cetera - Glory Of Love (4:23)
30. Nik Kershaw - The Riddle (3:53)
31. Roxette - It Must Have Been Love (4:19)
32. Curtis Stigers - 01 - I Wonder Why (4:28)
33. George McCrae - Rock Your Baby (3:53)
34. Christopher Cross - Words Of Windsom (5:49)
35. Vaya Con Dios - What's A Woman (3:54)
36. Paul Young - Don't Dream It's Over (4:24)
37. Roxette - Spending My Time (4:37)
38. Spandau Ballet - How Many Lies (5:24)
39. Beverley Craven - 05 - Holding On (3:52)
40. M.C. Hammer - Have You Seen Her (3:55)
41. Fleetwood Mac - Dreams (4:18)
42. Mike & The Machanics - You Are The One (3:38)
43. Fleetwood Mac - Sara (4:38)
44. Eurythmics - Miracle Of Love (4:37)
45. Paula Abdul - 06 - Rush Rush (4:21)
46. New Kids On The Block - 16 - I'll Be Loving You (4:24)
47. Sonny & Cher - I Got You Babe (3:13)
48. Peabo Bryson & Roberta Flack - Tonight, I Celebrate My Love (3:32)
49. Huey Lewis And The News - World To Me (5:09)
50. Cock Robin - 05 - Thought You Were On My Si (4:19)
51. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:12)
52. Mirjam's Dream - 13 - Take A Look At Me Now (3:56)
53. Vanessa Williams - 15 - Save The Best For Last (3:39)
54. Sandra - Maria Magdalena (3:39)
55. Lisa Stansfield - 07 - Change (5:39)
56. Richard Marx - Children Of The Night (4:45)
57. Fairground Attraction - Perfect (3:39)
58. Bad English - 03 - When I See You Smile (4:19)
Olhai para mim e vede: Eu não era para ter existido, e, no entanto, vivo (!), tudo à minha volta atentou, senão mesmo ainda atenta a minha existência e no entanto eu continuo trilhando o caminho da luz, que me foi vedada, até no meu leito (…). Vede, it´s allright, eu podia nascer num país de opressão como a Coreia do Norte, na asia, ou outro sitio parecido; podia ter nascido na china, podia ter sido maltratado a ponto de ser um ser comum que não lhe é permitido indagar a sua existência, e, em ultima instância, a da humanidade. Podia ter nascido oprimido de modo a ter uma vã existência, mas observai bem e vede quem eu sou, eu fui oprimido mas não a ponto de deixar de pensar por mim, a minha íntima Liberdade me faz prosperar, não fiquei no ponto de acreditar no que tenho que acreditar, mas a maldade me quer cegar para não ver isso: Oh! Mas eu já vi muito, agora só me resta a vida, aquela que há-de transbordar pelos tempos. A vida é um sonho em si mesmo. E eu nasci na PAZ e a paz está comigo; peço para que esteja para sempre. Aqui estou eu a contar a minha história, a eterna história de alguém que um dia existiu e fará para sempre parte do Universo, a dizer as coisas mais complicadas sempre com a mesmas palavras, aborrecidas, para quem não entende nem quer entender; pois desses eu também não quero saber, seu futuro não me pertence. Sou alguém que questiona, impõe, grita, mas sobretudo implora pela verdade e pelo bem-estar, eu nasci, o mundo demoveu-se. Eu sou o filho certo do tempo oportuno, em que tudo faz sentido, por momentos, na imensidão do espaço-tempo. Eu continuo a subir a montanha para ver mais além. Eu sinto-me um ser perseguido, digam o que disserem, e não me calarei, e me expressarei pelo meios que tiver porque o que sinto é puro e verdadeiro, e o futuro do que sinto está ai, ele é o agora a acontecer. As pessoas nascem sem o pedirem, seguem um rumo sem o escolherem, morrem sem o entender (O rumo), mas influenciam, e, com isso fazem o bem ou o mal. Um dia, uns partem com a simples ilusão da satisfação terrena e existencial, de terem cumprido e realizado suas vidas, por outro lado, outros partem com o despeito eterno de ter vivido uma vida vã, eternamente questionável, com um fim profundamente inalcançável, com uma ilusão desfeita… cedo de mais. E os homens lutam ou deviam lutar pelo equilíbrio, mas a semente da destruição vem dentro deles, de muitos, demasiados. Eu quero acabar com o meu mal, quero-lhe cortar a raiz para não se perpetuar, eu tenho fé que ainda hei-de ser feliz, e penso, eu na verdade sou feliz, um felizardo, não vivo na coreia do norte ;) ; mas como todos somos um só coração, como dizem as músicas (‘One Heart’), enquanto uns sofrerem outros sofrerão, enquanto houver opressão e maldade que afecte um ser justo, todos estão a ser injustiçados, e não precisamos de chegar ao ponto e ser lamechas, mas tolerantes, reconhecedores dos erros, verdadeiros, não aumentar a ganância e a indiferença, a falta de empatia, ou pior, a empatia falsa que grassa no mundo. Um mundo verdadeiramente empático, sabedor, que quer compreender e aceitar é um mundo pelo qual devemos lutar. Mas muitos são conhecedores, e de saber têm muito pouco. Talvez não haja algo Supremo por que lutar, pelo menos algo que seja compreensível em nós, simples seres, mas que há magnificência naquilo que os nossos olhos conseguem vislumbrar e compreender se os soubermos abrir e observar, isso há; e não há que ser orgulhoso, apenas feliz por ser dada essa oportunidade de vislumbramento. Assim, olhai para tudo o que há à vossa volta e vede: tudo é para ter existido, tudo é para existir. E, eu, exagero toda a minha existência e de tudo o que me envolve como uma grande bomba atómica, ou simplesmente, pelo contrário, vivo em paz, na existência.
Formalidades e informalidades fazem parte deste mundo humano, dito civilizado. O que é certo de se fazer? Sei e não sei, sei e não consigo explicar, mas na verdade eu tenho a presunção de que sinto como ninguém sentiu nem ninguém jamais poderá sentir… e, no entanto não passo de um ser, a envelhecer, na luta pela sobrevivência, pela busca de valores justos, com uma força que parece partir de mim quando na verdade não compreendo de onde vem e como funciona. Sou um expectador atento da minha vida, ambicionava mais, muito mais, não escondo esse forte sentimento pelo qual me demovi, mas pensei que podia ser grande segundo o senso do mundo social, e no entanto tornei-me um grande desconhecido na busca de terreno firme por onde eu possa seguir os dias que me restam. Às vezes penso em aventuras, ainda sonho como se fosse uma criança, mas já sem o verdadeiro sentido de força pela busca desse sonho, ainda sinto e vejo na minha mente como sonhava e o que queria alcançar, e sem dúvida tenho ou alcancei muito mais do que alcançaria se tal não acontecesse, embora isso ainda não me complete, e apelo assim à sorte para que me assista. Não sou bonito, mas pensei que o era, e tenho a certeza que já o fui, eu o sentia realmente, o que era ser jovem, bonito e com vigor. Mas eu ainda sou bonito, tenho um ‘Auto orgulho’ que qualquer ser tem (ou deveria ter) que será o último a morrer. Hei-de fazer Tudo, mas mesmo tudo ao meu alcance para viver, para procurar o amor que me ame, uma alma que que me faça companhia, porque ninguém quer ser um ser solitário, no entanto no fundo sou um ser exigente, quando na verdade me parece tudo aceitável. Eu fiz tudo certo no que compete à minha atitude interior numa perspectiva filosófica de vida e de acordo com uma entidade chamada Deus, e no entanto eu sou constantemente chamado a continuar essas atitudes de superioridade esquizofrénica que me ridicularizaria se eu não as conseguisse controlar, dentro das minhas posses. A minha existência é muito exigente comigo, e se essa exigência vem de um Deus, que eu o respeito como ele me respeita, eu também sou exigente com ele, eu sou um cliente desta existência magnifica que é o Universo tal como o conhecemos, e quero ter direitos e quero ser ajudado se eu cumprir aquilo de bom a que me propus no meu pensamento e me guiou vida afora, realmente, eu sinceramente quis encontrar e seguir o caminho da saúde e bem-estar interior e exterior, acabando por fazer o mais difícil, sofrendo com isso e compreendendo que não posso agradar a ideias opostas quando essas ideias não procuram se são correctas ou não, não querem um ponto de mediação. Tenho medo que tudo seja em vão, mas não tenho mais nada que fazer e desperdiço aqui palavras e palavras num monólogo desenfreado, na tentativa de me fazer implodir ou explodir e fazer as horas passar na enganosa tentativa de me compreender e compreender tudo e matar o tempo. Sou um entre sete mil milhões, sou mais 1, mas prefiro ver-me como ‘um’ primeiro, não como um numero qualquer, mas o 1º a contar de mim. Ainda não sou velho, mas realmente o que sinto é que estou desencontrado com a norma, sinto que toda a minha vida foi uma vida paralela, ou, paralela algumas vezes, outras, transversal, de atrito, no seio de uma cultura (entre as inúmeras que há e que não me convencem) que não aceito e que me revolta (m), porque conheci muito mais do que aquilo que a minha cultura me permitia perceber acerca do que eram a ‘liberdade’, o ‘bem’ e o ‘mal’, quiçá também já tenha visto o que é a ‘verdade’. Estou condicionado e não irei jamais atingir aquilo que eu queria ser. O amor tende a fugir na minha vida, desde quando eu vislumbro na minha vida o amor, mas sempre virtual, como se eu estivesse atrás de uma redoma com uma doença que não me deixa aproximar das pessoas que realmente imagino que gostam de mim, ou então como se uma força maléfica não me queira deixar sentir bem e feliz. Por mais que algo, que muitas vezes digo que é ‘a vida’, me queira levar à insignificância eu tento sempre deixar as minhas marcas neste mundo, embora saiba que as marcas que deixamos são muito relativas de prevalecerem ou não. Não sei porque as coisas são como são e porque acontecem na minha vida como acontecem, mas imagino, e sei que virá uma hora em que será demasiado tarde para ‘imaginar’ e ‘fazer’, em que a última palavra, como a primeira, do fato da minha existência, como possivelmente a de qualquer um, será a da eternidade. Mas os tempos das nossas vidas ta ai, dia a dia em que acordamos para prosseguir e apreciar a beleza do mundo hoje ao alcance da sociedade do conhecimento, da minha perdição, da minha marginalidade amorosa. Serei eu assim tão horrendo para não ser amado? Porque não me liberto, porque não serei libertado? E se o que eu vejo estiver certo? Mais ainda, e se maravilhosamente e antiteticamente nada do que eu sinto como certo é o certo e eu seja um erro, ou apenas um sacrifício medíocre a mais (simplesmente mais um) do propósito máximo da existência ou quiçá da ilusão da existência? Tanta gente que já pensou sobre estas coisas, escreveu romances, inventaram palavras e palavras sem fim, idealizações e idealizações inimagináveis para um ser só, mas utopicamente sonhadas por alguém que se tenta transcender, tenta acreditar que não, isto não pode ser um acaso. Toda esta luta da vida é eterna e o fraco tem supremacia sobre o fraco, mas acredito que nem por isso terá sempre, senão poucas vezes, a primazia da grandeza primordial da existência, gostava de estar cá para ver se algo disso faz sentido. O que interessa é que estou ca, nada mais, neste momento do tempo da minha vida, para peguntar:‘Diz-me porquê?’.
Tenho por quase totalmente certo que tenho uma ‘consciência global’ e penso que posso dizer que sempre tive um ‘sentir global’ (que me levou à tal consciência), e mais, parece-me que preencho cada vez mais essa globalidade com factos que chegam até mim de todos os quadrantes além do aumento de experiências pessoais que tenho vivenciado e de todas as inferições que faço com esses dados que obtenho de algum modo. Com isto tudo, todo o saber e conhecimento que tenho, estou seriamente tentado a seguir em busca de um ‘santo graal’ que me permita perceber a lei do espaço-tempo, em mim, das variações que se irão suceder no mundo, de que modo e em que comprimento de tempo se vão dar [sem saber se o irei conseguir alcançar e se ele existe, mas tenho fé]. Gostaria de utilizar esse saber, se o achar, em primeiro lugar para eu melhor poder vivenciar a minha vida, de seguida quereria dizer que o queria utilizar para o bem do mundo, mas, já há tanta gente a tentar ‘fazer um mundo melhor’, e, apesar de tudo, a visão global do mundo que tenho é que ele não está melhor; para mim é claro que o mundo social viveu na ilusão que estaria melhor, em anos passados, devido ao petróleo que era abundante e a bom preço. Tenho para mim neste momento que se todo o conhecimento produzido não for bem aproveitado pelas mentes futuras, se o Universo assim o quiser, para produzir revoluções tecnológicas para o bem-estar de todos os homens, se o ‘bem’ que é imenso não conseguir ofuscar o ‘mal’ que é muito inferior, então julgo que se entrará num período de enorme sofrimento, que, no fundo, sempre existiu de algum modo em algum lugar, mas em menor quantidade. Vejo que toda a gente ‘fala’, toda a gente dá ideias para melhorar, mas aquelas que vingam e que são as corretas são ínfimas; eu mesmo me vejo nessa situação, tenho consciência disso, tanto neste momento em que escrevo, em que analiso e proponho, como na minha vida no geral, em que consigo sentir os rumos do espaço e do tempo e nada me parece poder fazer para os levar a bom porto. Penso que não serei o único à procura desse santo graal e desse entendimento das variações que se irão dar no mundo e no Universo, pelo contrário, penso que muita gente anda à procura disso, grandes instituições que avançam com dados sobre situações que hão-de suceder, projecções, bruxaria, mentes particulares que perscrutam em privado e muito mais. Decerto, provavelmente serei dos últimos a ter sentido em mim esse passar do tempo segundo as variáveis que se sucedem, quando por vezes queria acreditar que fui o primeiro. Sinto que as minhas preocupações natas acerca deste mundo e do Universo [toda a destruição a que o mundo está a ser sujeito, muito resumidamente - quer fisicamente (o mundo físico) quer socialmente, ou seja, moralmente e mentalmente] foram largamente difundidas e amplamente projeccionadas. Foram receios que eu entre outros (talvez muitos) sentimos e que marcam uma geração (a minha geração), e que expandem um sentimento vivo, vindo, talvez, de uma alma remota e inidentificável, de angústia pela possível perda de algo profundamente belo e irrecuperável se tal suceder: a perda do equilíbrio natural do mundo, a poluição desenfreada assim como o uso dos recursos naturais sem medida; a destruição do conhecimento verdadeiro, o facto de não vencer a força da sabedoria em cada individuo, a queda da moral quando não assistida pelo verdadeiro sentido do mundo social quotidiano, ‘o conhecimento com sabedoria’ – O mundo social está a esquecer completamente a base em que ele está sustentado! Que é a terra, a ‘mãe terra’, para usar uma expressão totalmente enraizada e globalizada-.
Pergunto-me o que me levou(a) a ter mais em consideração o estado global do mundo, uma maior preocupação pelo estado do mundo, em detrimento da minha própria condição humana (?), e o porquê de isso acontecer (?). Porque ponho (pus) eu à frente de tudo, como prioridade, o geral antes do particular, o bem-estar geral à frente do bem-estar particular (?). Mas olho para a minha vida e tudo o que consigo sentir nela e dela, e vejo que tudo me trouxe a este momento de grande extravasamento mental. Consigo entender coisas tão globais e aparentemente complicadas e não consigo entender o comum dos mortais, não consigo entender porque eles não entendem. No fim disto tudo, sou eu quem sai a perder e sem valor neste mundo de aparência. Gosto da tecnologia, gostava de viver altamente tecnológico se isso fosse sustentável, mas eu não serei feliz se viver de uma outra maneira? Porque eu, e muitos outros, não podem ser felizes?
No momento em que escrevo não me sinto bem, nem sei que hei-de dizer ao certo. Na verdade, sinto que algo quer que eu me cale para sempre [ou que, simplesmente, não diga e viva silenciado], algo como seja uma multiplicidade de variáveis, coisas que eu não consigo definir ou talvez não deva definir. O meu ser orgânico não está em paz, minhas hormonas não devem andar bem, minha mente está perturbada. A minha expressão não é manifestada como deve de ser, minha interacção com o mundo social tende a ser incoerente, talvez mesmo entrópica, sinto-me a decair sem a satisfação normal de ter vivido. Acho que compreendo as coisas, mas talvez seja só compreensão à minha maneira, sem conseguir explicar o que sinto, vejo e como compreendo. Sei que a minha consciência está num grau incomum, em que consigo sentir de uma maneira diferente da ‘normalidade’ dos outros, talvez. Tudo à minha volta tende a querer encaminhar-me por um caminho que eu tento evitar em que eu não consigo perceber o porquê disso. No fundo continuo fechado em mim próprio, com uma consciência da vida muito particular, muito própria, a não conseguir interagir com o mundo que me envolve de uma maneira normal, e o pior é que me sinto mal; sei que deve ser por esse ‘algo’ que não me sinto bem, essa causa que eu não consigo combater, esse aprisionamento do qual eu não consigo sair. Gostava que o mundo fosse à minha maneira, como uma criança que se acha a coisa mais importante e que o mundo todo gira à sua volta. Feliz ou infelizmente não passo, como talvez ninguém e cada um de nós passa, de uma pequena parte de um todo muito complexo e infindável, e, sendo assim, é tão bom quando encaixamos bem nesse todo, quando tudo corre de vento em popa, e é tão difícil quando estamos desajustados com esse sincronismo, quando o atrito é imenso e, aparentemente pelo menos, é incontornável ou não evitável. A minha mente tem-se expandido com a experiência, meu conhecimento tem aumentado enormemente, mas meu ser não consegue lidar com tamanha informação que provem de todos os lados, entra em desequilíbrio, facilmente. Não consigo entender porque as coisas são como são e se dão como se dão. Vejo o que me é mostrado sobre a guerra mundial, a 1ª ou a 2ª, e não entendo de onde vem a raiz do mal, mas também, mesmo, não consigo entender de onde vem a raiz do bem, em verdade não consigo entender porque tem de existir o paradoxo do bem e do mal em simultâneo. Tanto ser vivo, tanto ser humano morto em guerras sem uma causa que se perceba, e no entanto sentimos que temos que viver e morrer; Nós, homens, somos predadores e presas ao mesmo tempo. Porque tem de tudo ser assim? Parece que tudo se dá ao acaso, e isso não está de acordo com o que aprendi, de que havia um Deus, uma justiça, que dirigia o futuro deste mundo e do Universo, e não consigo livrar-me e aceitar que tudo é uma acaso, que o Universo joga-nos a seu bel-prazer, com uma insignificância atroz, e sem justiça, no sentido de que muitos de nós que agimos na tentativa de ser correctos e equilibrados neste mundo somos os que mais sofremos por causas que nos ultrapassam e que parece impossível de, algum dia, entender. Quero justiça na minha vida, peço-a ao desconhecido, a ‘algo’ que não percebo, ainda... Eu sinto que compreendo, mas este paradoxo de que ao mesmo tempo não compreendo, acompanha-me. Eu vivo, mas esta incerteza de vida, esta vida de sociedade em que o mal brota de onde menos se espera e que quer trazer a morte até nós, que nos quer ter cativos dele [do Mal], deita-nos abaixo até pensarmos que seremos injustiçados neste mundo e tudo foi em vão, alem de que põe em causa tudo o que existe e que faz parte do meu conhecimento, sendo que Deus nunca deveria ter sido um dado adquirido, mas um dado a tentar descobrir. A verdade é que tenho medo, a minha vida é cheia de medos e incertezas.
Todos devemos ter possibilidade de acesso ao conhecimento, o que não acontece com muita frequência; Mesmo, hoje em dia, a internet não está ao alcance de qualquer um; por vezes ponho-me a imaginar a quantidade de pessoas que no mundo não sabem mexer num computador, um pouco que seja, quantas não o viram, ainda, e muitas outras que têm computador e acesso a internet pouco mais sabem do que utilizar o computador como passatempo, uns joguinhos, talvez andar pelo facebook, que está na moda, enfim muito pouco, e acontece, sobretudo em países mais pobres, a ignorância total. Eu não sei muito, também, é verdade, e o meu conhecimento é generalizado, sei um pouco de tudo, mas nada de muito saber em coisas que são específicas e/ou concretas; já o disse mais vezes, o meu pensamento é divergente e leva-me à análise e absorção generalizada das coisas e a minha motivação é a de saber o essencial de cada coisa/assunto/matéria segundo as minhas necessidades, e depois, com isso, [tenho o prazer de associar] /associo constantemente umas coisas com as outras. O conhecimento e o saber é, para mim, essencial para a paz, quer da realidade externa, quer da paz interior. Não é só a internet que traz o saber e o conhecimento, é certo, mas ela é uma fonte enorme de conhecimento, ninguém o poderá negar. A pessoa que não compreende o mundo e a si mesma, aquilo que se passa exteriormente a ela e interiormente a ela, poderá torna-se agressiva/agir erradamente/cair em auto- marginalização quando o azar lhe bate à porta ou por inconsciência, poderá disparatar facilmente, não sabendo defender-se e/ou desviar-se daquilo que lhe pode fazer mal; Com conhecimento e saber, com uma visão de águia, tudo se torna mais fácil para o conhecimento de tudo o que o envolve, as pessoas, o mundo, o Universo – assim, o amor-próprio cresce, a vontade de viver tem um novo sentido, surgindo novas motivações constantemente. É claro que as pessoas têm as suas culturas, todos nós nascemos englobados numa cultura próxima de nós, a partir da qual nos desenvolvemos e que aceitamos, normalmente e habitualmente, quando nos conseguimos adaptar a ela. Mas, e quando não nos conseguimos adaptar a ela e/ou ela é nefasta para nós? Então, surgem as marginalizações, os abusos de poder sobre esses [nós/eu] que ficam afastados dessa cultura, que deviam ter absorvido e comungado; quantos há por ai assim, que são excluídos porque não são compreendidos, excluídos por essas pessoas que entram na cultura que os envolvia, mas que de ‘saber’ e ‘conhecimento’ têm pouco, e por isso, essas pessoas sem escrúpulos, fazem mal a quem está débil/na ignorância/marginalizado já de sua própria condição.
Tenho um sentimento, que me surge frequentemente, e que me diz que tudo o que falamos é relativo, assim, o que digo é relativo segundo o que sei, segundo o que sinto, segundo as emoções do momento em que o digo, de acordo com o que sei do assunto, de acordo com a maneira como a minha mente pensa, de acordo com os meus ideais e a minha conduta de uma maneira geral – acontece que estou a falar e a certa altura não acredito muito bem no que digo, como se fosse um paradoxo. Falamos para evoluir, também, é certo, sei-o. É errando que se evolui, é errando, e muito (!), que se aperfeiçoam os seres e as coisas e os ideais, com o devido desgaste de outros sistemas. E assim, tento, com as minhas palavras, fazer a apologia de quem eu sou e de tudo o que se passa comigo e à minha volta, onde os meus sentidos (saber e conhecimento) abrangem [fazendo jus ao lema do meu blog que está no topo da minha página inicial de apresentação]; Sinto, ainda, como se fosse uma criança (magoada) sensível, questionadora, fascinada, … : magoada com aqueles que me deviam amar mais; sensível, ainda, porque, precisamente, me magoo facilmente; questionadora porque me pergunto constantemente ‘o porquê’ de tudo ser como é e acontecer como acontece; fascinada com as respostas que encontro, com tudo o que de maravilhoso vejo, dentro do equilíbrio que consigo ter ou que a vida me dá, com o meu suposto esforço. A criança que há em mim continua em busca da perfeição, e custa-me que as pessoas se relacionem pelos motivos errados; a criança que há em mim compreende as atrocidades que se têm cometido em toda a parte do mundo, ao acaso com que as coisas acontecem, devido ao desconhecimento, à falta de saber e devido ao florescer de culturas erradas, destruidoras, malignas; a criança, pessimista [ou será realista?] que há em mim continua a ver um futuro [humano] incerto e de destruição – a maioria das pessoas continua seguindo como se nada fosse com elas, comodistas, como se houvesse e tivessem todos os direitos os homens, cada um, como se a culpa do que acontece fosse do governante ou dos outros [sem querer defender partidarismos ou politica], alimentando uma complexa cadeia de destruição que será adiada enquanto a mãe terra conseguir colmatar todos os nossos erros [e penso com isto em destruição da natureza sem necessidade, destruição de ecossistemas, de espécies de animais, destruição do homem pelo homem]. E pergunto-me e ponho esta questão a todos: será que ainda há tempo para a vida?Sei que sou um homem com fé e com a mania das grandezas espirituais, mas desesperançado quando a minha mente abrange a compreensão do confim do Universo e a subtileza do equilíbrio desta terra. Já disse isto mais vezes, porque será que nasci com esta consciência? Esta consciência de sofrer por coisas que não me deviam dizer respeito… É claro que este é ou deve ser o preço daqueles que foram destinados ao saber e ao conhecimento: o sofrer, a solidão, a entropia dos sentimentos e o destemperamento das emoções [contudo não é sempre, pois quando a maré é ‘a de se sentir bem’, esse ‘sentir bem’ é imenso e incomensurável, eleva-nos ao pico das emoções, mesmo que não manifestadas, algo que a pessoa comum não deve alcançar, suponho] – assim digo, com isto, que nem o conhecimento me tem livrado e nos pode livrar de sentimentos e emoções obscuras, do mal-estar que acontece a quem compreende mas é pequeno de mais para mudar o mundo que é exterior a mim/nós; eu sinto-me frustrado por não conseguir jamais mudar o que quer que seja neste mundo, de não levar a água ao meu moinho e nem querer entrar na dança que me convida constantemente esta vida, uma dança que tenho medo de dançar, a dança de um conhecimento e saber desconhecido.
A minha vida é estranha. Se alguém seguisse o que escrevo decerto já não acharia novidade no que eu digo e a maneira como o digo. Faça o que fizer não me consigo libertar de quem sou e de forças estranhas que me cercam. Hoje acordei a pensar que me poderei tornar num mártir; ou quiçá, nas pior das hipóteses, serei deletado ingloriamente desta vida. E tenho medo do que penso e digo além do que faço, faz já muito tempo, pois, isso influência a minha vida, sei-o, mas não consigo sair deste rumo, afinal, eu sou assim desde já lá bem no princípio. Só tenho um certo controlo sobre ela, a minha vida, quando estou só e sossegado, calado, pelo menos um controlo aparente. Em sociedade, tudo o que faço dá errado, porque ando atado, preso, por algo que ainda me transcende, por causa de alguém que eu abomino e que não significa nada, para ele, essa abominação, porque afinal a justiça não é o que se diz ser, talvez seja, até, uma utopia, algo que nunca pode existir. É tudo estranho, muito estranho, para mim, como se algo quisesse brincar com a minha vida. Como se duas forças estranhas lutassem em mim e/ou por mim, como sejam o bem e o mal, ou seja, aquela(s) força(s) que quer me destruir e injustiçar contra aquela que me quer manter vivo e que me quer fazer justiça. Mas ainda não é claro para mim como essas forças se distinguem – E digo <<ainda>> porque anseio por as separar e entender claramente, no futuro-. Tenho noção de que são as pessoas, se não só mas também, que nos fazem sentir mal, e bem. Tenho grandes evidências, segundo o que se passa na minha vida, de que estamos ligados aos outros, como se fizéssemos parte de uma psique colectiva, e assim influenciamos e somos influenciados, através dessa(s) ligação(ões) misteriosa(s). Cada vez sou mais limitado, em todos os aspectos, estou envelhecendo, é óbvio. No entanto, pelo menos por enquanto ainda tenho reminiscências da magia do que fui e senti na minha juventude, quando cresci rapidamente. Foi belo e mágico ter sentido certos sentimentos que tive, positivos, no entanto, também me apercebo da génese de certos sentimentos negativos que em algum tempo se transformaram em algo grande e assolaram tenebrosamente a minha vida – oxalá que não voltem, mas eles podem voltar… eu sei-o, e é muito provável que voltem. Procuro constantemente o significado de todos esses sentimentos mágicos, quer positivos quer negativos, a ilusão da vida, os momentos marcantes que agora fazem sentido, um grande sentido. Tento libertar-me, dia após dia - do orgulho, do domínio, do escárnio, da infâmia, da falsidade (das acções), da dissimulação dos sentimentos, da animalidade levada ao um ponto mais complexo, a humanidade, sem no entanto deixar de ser o que sempre se foi – daquilo que me querem fazer, segundo as velhas regras da humanidade, ou melhor, as verdadeiras leis da vida, e a verdade é que não consegui, embora tenha esperança de que é possível. As minhas emoções tendem a esfumar-se, a engrenagem delas está seriamente danificada. E custa-me a pensar que estarei todos os dias que me restam a lamentar-me de tudo aquilo que me leva a prosseguir um caminho que não é o da liberdade, um caminho onde não me sinto livre. Meus pais, minha família, todos, todas as pessoas, são dissimulados. Afinal, na minha vida, só recebi alegria quando eu a tinha para dar. E eu pergunto-me, porque nasci ingénuo, simples, iludido, sem o dom de lutar (?).
A noite profunda cerca cada vez mais todo o ambiente que me rodeia: desde o lado escuro da lua (que sei que está lá fora), passando pela face oculta da terra em relação ao sol, parte essa em que me encontro, até à minha terra, ao meu lugar e à casa onde me encontro; e, eu penetro adentro nela, ainda acordado. Esta noite é de acalmia, quando em segura liberdade me encontro, num ambiente climático ameno que me enche de bem-estar - assim o é sempre que desta maneira nos encontramos; e até pode ser um momento passageiro, mas eu captei-o num instantâneo dentro de mim, como uma foto ‘congelada’ e única de um sentimento passageiro e irrepetível mas que é possível alcançar sempre que o conseguir evocar. Penso para mim (e agora para vós): eu sou este, que me digo nestes momentos, eu digo-me desta forma que escrevo. Tudo o que eu sinto flui enormemente em mim sem erupção, a agitação interior é enorme, contudo, isso pode significar muita coisa como pode não significar nada: talvez eu seja uma bomba atómica, uma coisa insignificante de se ver, mas com um poder dentro que ninguém acredita enquanto não se ver o efeito. Mas também posso ser um objecto que imita a bomba atómica, a ilusão do poder quando a insignificância do que se é se demonstra pela inutilidade do objecto. Assim sou eu e a minha definição do que sou: algo que pode ser tudo ou pode ser simplesmente nada. Tenho como certo que o que sinto e vejo é válido para mim. Mas, pergunto-me, infindavelmente, o porquê desta contrariedade (?), penso: como posso ser tão vasto e ao mesmo tempo tão insignificante? – qualquer um pode pensar nisto e pode sentir isto. Pergunto-me, mais abrangentemente, o porquê de o ‘bem’ ser acometido pelo ‘mal’ (?), porque uma pessoa boa diverge para o mal? Quase que diria que não podemos confiar em nós próprios, eu tenho esse sentimento. Por exemplo, vejo casos de pessoas que cometem actos (de errados momentos) que não encontram resposta ao porquê de os ter cometido. O que eu quero dizer é que me parece que o paradoxo faz parte da essência do universo (o ‘tudo’ e o ‘nada’ a coexistir é um paradoxo filosófico que a mente humana terá que ultrapassar se não for possível separar tais conceitos) quer se queira quer não se queira, e também julgo que ‘nem tudo o que parece ser o é como parece’. Assim, muitas vezes, os que aparentam ser estúpidos são espertos, e os espertos são burros. Mas ninguém é Deus, a grandiosidade do que sentimos não pode sobrepujar Tal Grandeza. E eu, tentando ter consciência disso, agradeço a infinidade do que sinto, mesmo que tal não me seja pedido ou sentido claramente, sempre com o devido respeito em relação àquilo que me ultrapassa, àquilo que não compreendo. E, mais, vejo e sinto o mundo como poucos sentem, talvez, e por isso sou desprezado e subjugado por muitos, mas tenho a firme esperança de que tudo isto ainda vai mudar muito enquanto eu viver.
Meus sentidos estão sensíveis, sempre alerta. Meu pensamento surpreende-me, e surpreende-me a sua capacidade também. Sei, porque tenho uma certa consciência, que repito muitas coisas que já disse, mas com certeza que enquanto não mudar de paradigma, se isso me for possível, e eu tenho fé que é possível, eu repetirei muitas palavras e ideias, e, o que senti, faz parte de mim, e, quem sabe, muito mais além de mim – porque na repetição está, com a consciência humana e nos actos gerais da vida, a eliminação do erro e a evolução dos actos assim como dos seres e da sabedoria entre outras coisas. Trago comigo toda a minha vida, que mais ninguém sabe, trago o passado comigo, todas as sensações sentidas, momentos marcantes que a qualquer hora me dizem quem sou e o que fui e me fazem pensar sobre o meu destino, o destino do mundo, e me fazem essencialmente questionar e associar cada vez mais e mais as ideias e os sentimentos para uma visão cada vez mais abrangente do mundo e do Universo externo e interior. Podia passar constantemente a lamentar-me da minha vida se simplesmente desse atenção a tudo o que de negativo nela se passa (ou o que eu penso ser negativo), lamento-o muitas vezes, e este blog talvez transmita esse facto – até porque ele foi mesmo, originalmente, concebido para isso, e ele é decerto uma tentativa de fuga a essa negatividade, uma tentativa de expressividade que tanto me falta e de que tantas vezes falo -, mas não, não faço isso na vida geral, não me lamento constantemente, mesmo tendo a forte sensação de que sou uma vítima ‘do destino’ - tenho fortes ideias comprovativas, mais que pensadas e associadas, para dizer isso -, e assim, trago comigo a sensação de que sou um privilegiado por ter vivido estes anos todos, já o disse de outras vezes, porque quando penso na quantidade de caminhos errados, isto é, muito maus, que podia ter seguido e não segui, mesmo não sabendo porquê de tudo isto acontecer, eu tenho sorte em ter conseguido seguir este, precisamente o que trilho agora, que não é mau. Mas ainda temo o futuro, eu temo o incerto e luto para que não caia em trevas outra vez, eu luto com todas as minhas forças e ideias, se é que não há um destino que dite o contrário. Sabendo as maravilhas e as tristezas que o mundo tem, não consigo vislumbrar uma resposta, uma luz que me diga o porquê de tudo o que somos se esvair no nirvana do espaço do Universo, traduzindo para latim comum, será que tudo isto que somos e toda esta filosofia que temos, falo por mim, se vai toda em merda? Qual o sentido da minha vida então? O sentido é que não há sentido? O sentido assim como tudo o resto no homem é uma invenção do homem e nada mais do que isso? Já sei que enquanto há vida há conexões entre o que fomos no passado e que nos tornamos nos futuro, conexões invisíveis que temos e também conexões que nos ligam aos outros seres deste mundo e ao que nele acontece no geral. Mas depois da morte, um vivo, como eu, não enxerga nada (!), a continuidade da ‘nossa vontade é incerta’, não me consigo projectar além desse momento.
Deste modo, e como conclusão, vejo um ‘tudo’ que significa: a vida que tenho; a vida que existe à minha volta, a vida que se sente; o senso comum, o conhecimento consciente obtido pelos homens durante gerações e gerações; os sentimentos e as emoções de todos os seres; o sentimento de cada um, ‘o sentimento de si’ ; etc. etc.; e vejo um ‘nada’, ou melhor, não vejo, um vazio de sentido que significa: a não-existência; a incompreensão da não continuidade de tudo; da escuridão de respostas que não existem para além da existência; a falta de projecção de nós e do Universo para além da consciência que algum dia existiu. E a verdade que me parece existir é que o paradoxo do ‘tudo’ e do ‘nada’ coexistem. Espero revelações futuras.
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