Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Neste momento, decidi tomar a bebedeira da suposta lucidez, em lugar de tomar o comprimido que me reprime ainda mais; não tomei, e agora estou mais desperto e a ludibriar aquilo que me tem em suspenso, me tem cativo, me tem aprisionado os sentimentos. Temo que amanhã não possa dizer o mesmo. Consigo compreender que para mim como para muitos a lucidez e a normalidade pode ser uma anormalidade e (por isso mesmo) vivermos em constante aperto. O excesso de normalidade pode ser mau como os excessos de álcool ou outro tipo de excesso dito ‘nocivo para a saúde’. Agora estou bem, porque mudei a constância do discurso e da minha vida, é mínimo, mas mudei. A mudança custa-me, a adaptação a novas situações e a determinados momentos é difícil para mim. Assim como o excesso de álcool produz maus efeitos, o excesso de sobriedade me parecem ser igualmente nefastos. Tudo advém da energia, com muita energia podemos ir longe, com energia positiva ainda mais, grandes sentimentos, grande passado e um futuro promissor pode ser conquistado; a repressão por parte de quem não tem valor para que essa mesma pessoa ou pessoas tenham valor é ignóbil, compreendo claramente isso. O equilíbrio existe porque grandes desequilíbrios existem para que o equilíbrio fundamental exista. O sentimento de verdadeira liberdade é o da diversidade de acções, e da mudança de condições quer mentais quer físicas quer fisiológicas. Uma pessoa parada, com os mesmos estímulos, constantes, não consegue evoluir e vai retroceder em relação rumo à melancolia; uma pessoa no escuro e sem possibilidade de sair e ter o brilho do sol como o brilho da maravilha de compreender, e, ter o exterior que lhe pertence, perde a maravilha da vida, assim eu já perdi muita; e devo dizer que estar em casa fechado sem a possibilidade de sair à rua e ver o dia e ir mesmo passear de vez em quando me stressa e me faz sentir como um incapacitado. Precisamos de mudança: do sol e da tempestade; não a constância que por vezes pode também ser bela, mas dentro dos seus limites: tal como não queremos grandes e prolongadas tempestades que destruirão tudo também o sol e a constância dele não trará a eterna felicidade e o contínuo prazer. Porque a energia não é eterna, porque somos uns insatisfeitos, e por isso mesmo, porque somos uns insatisfeitos, porque o prazer a maior parte das vezes é um momento fugaz o único caminho é evoluir e saber mais e fazer mais até não mais poder. Sei que hoje vou dormir um sono diferente, que nem um pedrado, que deixa a sua sobriedade, só que eu ao contrário disso. Sei que gostaria de deitar fogo sobre a chuva de tristeza, e secar todas as lágrimas não vazadas mas pensadas e sentidas. Gostaria de me libertar por muito tempo sem no entanto não perder, mas ganhar. Não, a ordem do mundo não está boa (!), está a rebentar pelas costuras o ‘equilíbrio’, e muitos andam para ai a gozar com tudo num faz ver que está tudo no bom caminho, o mundo está a melhorar, dizem e fazem ver. Porque me hei-de preocupar? Pelo menos por hoje não me vou preocupar, porque estou com uma ‘pedrada’, mas ao contrário, não sei se estão a ver o que isso é, pois com a verdadeira pedrada [como um drogado] me sinto eu todos os dias, a pedrada de ter que fingir normalidade, que também sou uma pessoa como as usuais; devia ter a liberdade de agir segundo o que sou mas para mim o mundo não é perfeito. Amanhã vou estar numa merda, ou talvez não, até um dia a seguir ainda vou estar bem; ah! Mas hoje vou curtir esta cena de estar ao contrário do que é habitual, vou curtir novamente a música, como se ainda estivesse a crescer. Perguntei-me agora: ‘porque olho sempre para trás sempre que faço algo? Porque estou olhando se errei?’ ; E olhando estou errando mais, vou errando e olhando para o contínuo de erros que faço estando cada vez mais errado; Ah! Mas hoje sei que não vou errar, estou numa boa, vou sonhar com anjinhas, que sou aquele que imaginei que seria e quem nunca fui; ainda não sei qual vou ser, mas um diferente certamente. Hoje vou estar no topo, no topo da glória, mesmo que não chegue lá, mesmo que nem vislumbre o que isso é, mas eu vou estar, eu vou sentir-me super bem. Hoje o mundo será justo, porque hei-de sobreviver para contar o que de belo se passou e esquecer o que de mau aconteceu. A força da liberdade de ser quem sou, de usar o que sei para sobreviver há-de ser usada a meu favor e há-de ter utilidade. Hoje hei-de vingar os meus ideais, hei-de ainda provar que sou bom naquilo a que me proponho, nem que seja de uma maneira generalista. Hoje hei-de delirar, ter um novo delírio que me empurrará para uma nova visão e possibilidade de ser e fazer as coisas. Hoje hei-de brincar e abusar da loucura que me assiste para amanhã saber estar sério e controlado. Amanhã serei contundente, hoje não, hoje vou esquecer o que isso é. Amanhã entrarei na compreensão comum das coisas, entrarei na vida comum, casarei, terei sexo, trabalharei, a vida será de satisfação, mas, hoje não, hoje será de insatisfação, procura do necessário, entrarei na luta de ideais e assim continuarei por ai adiante. Amanhã tudo fará sentido, mas hoje estou de descanso, estou com a carola cheia de pensamentos de que realmente vence quem não entra por aí, pelo caminho da sabedoria e do conhecimento, e eu estou nessa meu! Eu já não sei o que isso é, isso de continuidade do pensamento, de acções, de que sou inteligente e por ai a fora. E pronto, as dificuldades?! Já eram! ADEUS!... Até à vista, ok.
Será que controlamos alguma coisa da nossa vida? Vemos o Universo por um prisma que nos foi legado. Tudo à nossa volta acontece segundo o que somos, segundo como agimos e pensamos. E somos profundamente incompreendidos, pelo sentir comum. As emoções à minha volta falam sempre mais alto. E mesmo que compreendam, isso não [me] serve de nada. Para muitos são os outros que estão sempre no lugar errado, para mim, eu não tenho lugar junto dos outros, eu estou sempre a mais, eu sinto-o e já não me podem negar isso, como alguma vez me fizeram querer. Eu vejo agora como nunca vi. Talvez seja uma lucidez passageira, não sei quanto tempo pode durar nem quanto mais posso aguentar assim, não sei o que será de mim. Muitos dirão, não estás a ver bem. Mas estou, por demais (!). E ninguém me pode tirar aquilo que sinto e vejo na minha mente. Quem luta comigo com sentimentos acaba-se por magoar [pelo menos tenho essa falsa ideia na minha mente]. Quando os sentimentos que me abordam são hostis, eu sinto-os em todo o meu ser, e a avalanche de sentimentos sucedem-se em catadupa, cegando-me. Mas em vez de reagir, lutando, fecho-me nas profundezas do meu interior, na esperança de que essa força oculta me proteja, acreditando que o silêncio é mais forte que a ira de quem me aborda. Tenho seguido a minha vida tentando ter esperança, de que tudo mude para melhor. Tomo a pílula da felicidade, receitada pela Dr. Sílvia Albuquerque e Castro, todos os dias da minha vida na esperança de que ela alguma vez me restitua aquilo que alguma vez foi genuíno [pelo menos penso que tive algo de genuíno, algum dia passado, na minha vida]. Tomo-a dia após dia, na esperança de que tudo seja menos doloroso, como se eu tivesse uma dor. E sei que não posso desistir, mas também sei que vou vacilar como um bêbedo quando tiver que ir à luta verdadeira, quando a protecção da sorte se desvanecer, quando eu não tiver um lugar onde me possa encontrar, quando me pressionarem ao ponto que já me fizeram de uma outra vez, a querer que eu ande, quando os músculos se me tolhem, a querer eu pense, quando tal não me é permitido, a querer que eu aja, quando estou asfixiado pelos sentidos, a atropelarem-me em lugar de me dar a mão, com compaixão [e eu não a aceito, porque tenho o meu orgulho de ser humano, o que me resta pelo menos]. Eu sou o veículo das emoções mais altas, daquelas emoções que fazem os homens alterarem-se não se conseguindo dominar, porque não foram treinados, nem foram talhados para isso, o prisma deles é outro, e nunca se questionaram sobre aquilo que os move, como se ainda fossem seres primitivos. E são eles quem destroem, mas na realidade sou eu quem me sinto o destruidor, destruo todas as pessoas que me abordam, e ‘eles’ ficam sempre impunes, a consciência moral não lhes pertence. O meu sentir não se dá em comunidade, o meu sentir é solitário. Sou como um ser selvagem que receia o homem, porque atrás da máscara de actor [tenho a convicção de que o homem é um actor neste palco do mundo social] que ele tem [eu penso que não a tenho] imagino aquilo que ele é na verdade, porque sei quem sou. Mas simplesmente imagino, e não posso sentir porque não me é permitido ter sentimentos de actor. E então é melhor esconder. Mas a mim não me é permitido esconder, como que sou um livro aberto ao mundo. Não me é permitida a coerência, porque mora o paradoxo dentro de mim, a contrariedade e o contraditório. E então a pílula da normalidade foi-me prescrita para poder interagir com o mundo social, porque o homem tem que ser um ser social, tem que ser como quem é, naturalmente, um ser social. E de certo modo com razão, não podemos excluir as relações sociais. Mas porque raio tenho eu de aturar quem não gosto? Porque raio se oferece um ‘passou - bem’ de amizade e alguns tentam levar logo o braço todo, e aproveitam para criar azedume, tratando-me mal? Que raio de lei da vida é esta que deixa impune quem faz mal a quem não merece? Qual a causa do meu mal - estar? Eu era feliz, mas quem será o culpado de me querer ver triste e ter contribuído para o meu mal - estar? Porque não é chamado à razão quem fez tal? E não me digam que não houve um ou vários culpados, que me antecederam e são a raiz da minha infelicidade (!) Pois… e agora aqui ando eu a contagiar a doença, a infelicidade que sinto, pelo tecido social que me envolve, quase toda a gente sem culpa directa no que sinto. Eu sou um clima de mau estar. Eu sou um furacão de mal - estar, e quem me pode evitar, evita, mas quando não podem fugir, ficam à mercê dos elementos destrutivos do furacão. E no fim, tudo o que eu faço recai sobre mim: se faço é porque o fiz, se não faço, é porque não o fiz. E fico só. Quantas vezes me pergunto: devo desistir? Quantos futuros eu não engendro (!) [quantas memórias eu não invoco para isso (!)] no meu pensamento de modo a que tente minorar os estragos, a ver se me reside a esperança nalgum caminho que eu ainda não tenha vislumbrado, algum caminho que seja transitável e viável para mim. Sinto-me impotente perante esta vida que não nos pertence, pelo menos na maioria das horas, perante algo que não domino mesmo que me pareça que compreendo. E resta-me ainda vida pela frente. Não sei quanto tempo mais. Sei que não interessa. Somos apenas números. Somos biliões na terra. ‘Foi mais um’. ‘Foi morte natural’. Simplesmente morreu. O interesse e a vontade de um não se pode sobrepor ao interesse do geral. Não me conformo de maneira nenhuma. E nem por isso eu sou um ser destruidor por tudo o que me fazem, fazem sentir. E se calhar destruo mais ainda, silenciosamente. Eu não posso ser o bode – expiatório de quem quer que seja, deste mundo (!). Alguns acham que eu considero-me excessivamente uma vítima sem o ser. Eu sei que transmito isso. Mas, na verdade, eu sinto - me uma vítima desta vida humana. Sei que nunca perdi um membro físico, nunca experimentei tal sensação, tenho os cinco sentidos, ainda, nunca tive miséria e fui normalmente assistido quando necessitei, e sei que devia ser uma pessoa normal. Pergunto-me porque não me sinto tal? O desprezo pelo que eu sinto, é o desprezo que irá circular pelo mundo, pelo meu mundo, e me destruirá paulatinamente como tem sido até agora. Deixem-me parar (!). Quem direcciona o mundo? Deixem-me respirar (!). Deixem-me ser quem sou (!), que eu não sou mais nem sou menos do que qualquer outra pessoa, fisicamente, simplesmente não nasci para funções que digam respeito ao âmbito social. Deixem-me viver como sou (!). Serei mais alto no pensamento e nas emoções, que não me foram permitidas manifestar, e aqui estou eu, agora. Terei presunção, para muitos ao dizer isso. ‘Se és mais alto porque não o provas?’ ‘Porque não és um homem de sucesso, se sabes assim tanto, se vez mais além da barreira do tempo?’ Eu não engano pessoas para estar no alto na vida, eu não atropelo, eu não desprezo, eu não destruo o mundo nem as pessoas, tento ser razoável [não me podem culpar pelos sentimentos negativos que provoco]. Muitos daqueles que dão uma imagem soberba, com discursos tão fúteis como o meu agora, na tentativa de conquistar poder e pessoas incautas, que, no fundo, são seres tão comuns como eu, apenas com o privilégio da massificação da sua imagem e capacidade de retórica, movem multidões e são tratados como deuses, como se fossem capazes de gerir os destinos do mundo. Pois, eu digo, a minha imagem não existe. Eu torno tudo complexo, onde tudo parece ser simples. E assim vivo mais um dia, quando na verdade eu morri mais um dia. É uma questão de perspectiva [Curioso, eu tenho as duas ditas anteriormente]. Sempre moram em mim infinitas perspectivas, e eu associo e volto a associar, visões e mais visões, elos, ligações, e tendo a formar histórias, novas perspectivas, tudo sem fim, não há volta a dar. Quem me trata é responsável pelo que me acontece, quer de bom [tanto melhor] quer de mau, quer de mau. Tal como eu não posso ignorar a minha mente [tudo o que penso e o que faz que eu seja quem sou] quem me cuida não pode ignorar o poder que tem, e tem que saber usá-lo. A minha vida não é simplesmente uma vida, não sou um boneco nas mãos de uma pessoa humana, se bem que, justamente, o sou na mão do infinito Universo, em ultima instância de Deus. E não me digam que não há culpados, como se tudo pudesse passar impunemente. E já que estamos a falar de Deus, diz-se que Ele ‘escreve direito por linhas tortas’, aí reside a minha esperança. Quem não fez, nem disse, nem agiu, nem esteve directamente relacionado com determinado acontecimento não pode ser culpado, mas quem agiu directamente, viu o que fez e fez mal, tem que redimir o seu erro, como eu penso que redimo os meus. Tenho trilhado este caminho, este que me tem ficado para trás. Podia ter sido um outro caminho, indefinidamente ao acaso. Mas quem se interpôs na minha senda de felicidade e me destrui-o o meu bom sentido, tem de ser notificado, e tem de justificar perante a sua consciência, mais do que a qualquer outro homem, o que fez. Tenho pena de quem o fez. Quantas rasteiras me pregaram (!) Tenho mais pena deles do que de mim, porque eles não merecem um palmo de terra neste mundo, quando eu já tenho direito ao Universo partilhado pelos seres que se redimem do que são. Se perdoo? Não, não tenho esse poder. Se sou presumido ao achar-me um dos mais altivos dos homens, talvez seja, mas pelo menos não sou arrogante.
Mais um dia fantástico. Mais barreiras ultrapassadas. As palavras cada vez são mais escassas para descrever a enorme quantidade sentimentos e emoções que se sentem, enfim, para descrever aquilo que se passa na vida. E as minhas palavras deixam ser formadas só por letras, elas são formadas pela música, pelos sons da natureza que fala por mim, pelo correr das águas mansas ou rápidas, pelos sons das aves do céu. São formadas pela chuva e pelo sol, tudo fala em meu nome, todo Universo diz aquilo que eu não consigo dizer. A sensibilidade vai-se perdendo, vou parando de crescer, diria que estou quase formado, e há - de chegar uma altura em que o crescimento há – de ser mínimo, mas antes há – de haver um momento em que a desfrutação há – de ser máxima. O mundo é para se utilizar, é para usar e deitar fora. E há – de haver um momento em que a dor há – de ser mínima. Tão mínima que a hora há – de chegar. E então tudo se compreenderá.
Houve uma altura em que eu fazia questões. Há alturas em que eu encontro respostas nessas mesmas perguntas, como se elas respondessem por si, como perguntas de retórica. Houve alturas em que aquilo que eu pensava que estava mal afinal não estava mal, eu é que estava mal, atribuía aos outros as culpas, mas depois resolvi atribuí-las a mim e em lugar de querer mudar o mundo decidi que devia mudar-me a mim, era muito mais fácil, além de que mudando-me a mim eu mudarei o mundo. Eu sou um presumido, não tenho a ideia real daquilo que passo para o mundo, questiono-me constantemente se serei eu realmente normal aos olhos dos outros. Apesar de tudo a dúvida subsiste. Mas, quem não é presumido, todos temos orgulho de nós próprios, todos achamos que somos melhores do que os outros, todos desejamos ser melhor do que os outros. Todos somos livres de ser melhor do que os outros e é com os outros que evoluímos. Quer dizer, somos livres e não somos. Somos livres até ao limite da liberdade dos outros. Somos livres quando os outros ou alguém, não nos limita a nossa liberdade. Cada um por si tem que conquistar a sua liberdade e isso é uma tarefa que cada um deve fazer ao longo da vida. E ainda, pode acontecer que os nossos limites não nos deixem alcançar a liberdade desejada, e então temos tendência para nunca estarmos satisfeitos e vivermos em constante ansiedade, tentando ultrapassar esses limites. Nascemos ilimitados, esta vida é que nos limita.
O poder. O poder faz mal aos homens. Quem está no poder influêncía. Mas um Homem não pode mudar o mundo. Mas necessita de poder. Poder de sedução, poder de produzir coisas agradáveis aos olhos dos outros. Poder é ser – se capaz de ser –se melhor do que os outros, pelo menos deve ser assim. Poder é saber ouvir, poder é sorrir, poder é saber amar. Poder é ter a sabedoria das coisas sem presunção, ter a abertura de querer saber mais sempre, ter desejo de ultrapassar constantemente os próprios limites. Poder significa também sofrer. Quanto mais alto se sobe melhor se vê, mas tanto se vê o bem como o mal, não se vê só o bem como se poderia pensar. Ter poder é saber seleccionar entre o bem e o mal, entre aquilo que é melhor para nós e para o mundo e o que é pior para esse equilíbrio entre nós e o mundo. Há o poder do olhar, o poder da mente, poder de sedução, poder físico, poder do toque, poder da inteligência que produz a sabedoria. Será que a inteligência produz sabedoria? Definições: Sabedoria - “grande abundância de conhecimentos; ciência; prudência; rectidão; razão.” Inteligência - “Faculdade de pensar conceber e compreender; compreensão; entendimento; intelecto; Pessoas de grandes dotes intelectuais; juízo; raciocínio.” Dadas as definições decerto deduzo que sim, efectivamente a inteligência é o meio de alcançar a sabedoria. Chegamos a uma altura da vida em que a inteligência se interpenetra com a sabedoria. A inteligência tem o maior potencial no princípio da vida diminuindo à medida que o tempo passa. A sabedoria, pelo contrário, vai crescendo ao longo da vida atingindo o seu auge já no final da vida enquanto somos lúcidos.
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