Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
O meu ser. A mim me parece estar. E, agora, estamos todos. Mas, seguimos com fé e esperança. Queremos sair mais fortes disto tudo. Sempre o quis também. A fé salva e a esperança é a última a morrer. No entanto, ignorado. Prossigo enquanto Me for permitido. Peço, sempre, mais um dia. E esse dia me tem sido dado. Grato por tudo, tento ser. Apesar de tudo, o caminho é dificultado, talvez para aprender, sempre, até morrer. Bode expiatório não quero ser. Lições a saber, todos os dias. O objetivo, o fim, a finalidade, a Vontade Suprema, será que está a ser demonstrada?! E salvo a todo o momento certo. Ninguém liga, mas eu ligo. Ninguém quer saber, que estranho. Tenho que aceitar se a Lei faz isso. Tenho que A conhecer, tento perceber. Não sei se é pedir muito quando peço sol na eira e chuva no nabal. Sei que Milagres acontecem a todos os segundos, até, somente na nossa vida. E sou salvo na hora certa. E quero compreender melhor, o que está por trás desta Grande ciência, porque sei que há algo mais. E se não fosse pedir muito só queria ser feliz. Será que ao pedir já o sou?! Hipóteses… teorias e interpretações que fazem sentido, ou vivemos na esperança de que um dia o farão. Fui mais uma vez resgatado da ignorância humana, da ironia, do destino implacável, da escuridão que se quer abater sobre mim e sobre o que me envolve. E tento ser mais grato ainda. Será que é suficiente? É necessário dizer obrigado? Ou fazemos ver uns aos outros? Porquê o meu destino? Porque as coisas são como são. E no entanto tento ser, ainda mais, grato. E quando tudo acontece a alma se eleva, no passado que se torna formidável. Porque puro é o futuro que se aspira. Elevo-me em seres que andam ou andaram por aí, e, contudo somos todos diferentes. Estranhos humanos. Más atitudes. Quem sou eu para pôr em causa a Vontade Infinita? Mas se sou um humano que nasceu no tempo certo, então tudo tem que ser assim, eu tenho que questionar como todos fazemos. Eu tenho que por à prova. Se a vida me permite admirar eu admirarei, simplesmente, porque posso. Mas porque surge a dúvida no meu ato de agir se sei que estou e sou de boa-fé? Porque todos somos diferentes, porque os momentos são infinitos e se calhar todos únicos. O confronto surge só com a banal presença dos seres, a diferença, a interpretação das coisas. Mas, há o Certo e o errado, certamente. Temos que aproveitar as oportunidades de escolher o que está correto, porque um dia poderá ser tarde, e, caímos nas mãos erradas sem ter-mos refletido um pouco quando nos era permitido. Simples, com tudo a ficar poluído, espero que ainda não seja tarde. Que o caso não seja perdido.
Admiro a arte do concreto. A arte do que é objetivo. Mas o meu caminho não foi esse. Subjetividade é o que me faz mover. Sinto, definitivamente. Sou sentimento com pouca emoção. E sou como qualquer pessoa, a não ser no que sou diferente, que pode ser tão pouco ou tanto quanto para o que fui talhado. Talvez não seja tão diferente e viva certamente no meu tempo, que por isso é especial, apesar de confinado, e, cada vez mais, todos no mesmo barco. Não se esqueçam.
Pergunto-me, quando comecei a sentir-me ridículo, inadaptado, marginalizado; Exigente comigo. Meu querido bem-mais-próximo foi quem intensificou essa característica que vinha comigo inatamente, certamente, mas não só, penso. Estranho Mundo, estranha vida. Quando, na verdade, me fechei ao mundo? Esse introvertimento foi galopante. Esse suster da respiração prolongada que me elevava aos céus e me torna inapto nesta terra, a abeirar os limites desta realidade, a aumentar as conexões com outras virtualidades que influenciam uma realidade que se torna única, este trilho da vida, este mundo repleto de visões e vontades que entram em fluência ou choque nas suas extremadas posições para gerar o equilíbrio que ainda existe e que permite que continuemos aqui, eu e vós. Apesar disso, o meu estado é indefinido, indefinição traduz o que sinto. Vazio. Bloqueado num estado paranoico e perdido no tempo, mas, ainda assim, vendo verdades que não poderão ser compreendidas senão no devido tempo, sendo observado e julgado em praça pública, desta maneira. Quando comecei a falar deste modo? Porque tudo me leva a falar desta maneira? Porque não estou satisfeito onde estou? Em vez de convergir eu divirjo, bis, bisa. Em vez de assentar naturalmente e consolidar o meu ser e a minha ação eu estou a desfazer-me em pedaços, vislumbrando fronteiras do conhecimento, tentando alcançar um estado de compreensão holístico do que existe, numa vida, a minha, que sendo ínfima, se extrapola como algo que nunca aconteceu, como não poderia deixar de ser para mim, sendo apenas uma transcendência rumo ao Nirvana, ao nada absoluto, que gera tudo, e, enlouquece quem pensa ser algo; Entretanto, o sonho ilusório acontece, dentro e fora de mim. Acontece quando se cria o que quer que seja, o ato criador, de algo, tanto de um ideal como de algo concreto, que ganha alma e asas para mudar o que tem de ser mudado. Nascemos sem fronteiras, contudo, é-nos obrigado a criarmos fronteiras à medida que o tempo passa e crescemos. Na verdade, sinto-me a ultrapassar fronteiras desde bem cedo, sendo que mais mentais do que físicas, mas também, mesmo, físicas, quando em paradoxo tudo me diz que estou mais aprisionado, quando esse ‘tudo’ é gente gerida por misteriosas condutas, ‘misteriosas’ para mim, pessoas toxicas para mim, nas próprias palavras deles contra os outros, nós, os que estão em minoria.
E se eu dissesse, agora, que tudo o que digo pode ser uma ironia, uma metáfora, uma hipérbole, ou uma desconsideração pessoal para aquele mundo sem regras e entrópico que está a acontecer, a minha maneira de estar, mascarado, lançando achas para a fogueira, já que o Inferno tem que acontecer na terra, parece-me. Descubram os verdadeiros culpados por este estado de coisas, não culpem os que estão em desvantagem das mais variadas maneiras. Encontrem e culpem; sendo assim, então, olhem bem para dentro de cada um de vós (superioridades) que se recusam a aceitar um Bem Maior, a culpa não pode morrer solteira, o suco da verdadeira essência tem de ser extraído da humanidade; este é o momento em que está para acontecer, tudo o indica, aconteça o que acontecer; achareis ou não aquilo que é melhor para vós; como se a humanidade tivesse todos os direitos, mas mais uma vez biso, digo, bis, uns (têm) mais (direitos) que outros. A estratificação social acontece desde sempre, tem de acontecer, mas qual a nossa melhor posição em que não refilamos por estar nela? Será a de topo? Mas que topo é esse quando significa concomitantemente destruição, geral? Ou não…a última fronteira, que não se revela nem por nada.
O meu estado de vida é passageiro, assim como o será o de qualquer pessoa, qualquer ser. Somos passageiros nesta vida, em que, na maioria das vezes, tudo foge ao nosso controlo. Tenho passado a maior parte do tempo da minha vida aprendendo, observando, como se fosse num carro de condução automática, olhando a paisagem, sentindo tudo o que chega aos meus sentidos, e, raramente, tenho parado para me mover pedestremente, para construir obra. Sinto que me perco na imensidão do que vejo e do que sinto, de tal modo que quero dizer coisas óbvias, quero expressar algo diretamente e o que consigo fazer é divagar. Os meus pensamentos abrangem a vida que vivi, o modo como senti, como se sempre fosse um ser fechado, em que cresce compreendendo (ou tentado) o modo como o meu interior evoluiu e evolui. A verdade que tanto procuro, a explicação final de tanto que busco ou buscava, cada vez se torna mais fugidia e complexa, na verdade tudo é o que parece e nada é o que parece. Aqui se englobam a ironia da situação e a ironia infinita. Direi popularmente que existe muita ironia do destino.
O desejo de atingir objetivos, que se revelam estar muito mais longe do que aparentemente pareciam estar, é uma constante na minha vida, como, imagino, o seja a de tantas outras pessoas. Por vezes guiei esses objetivos com base na ideia de que ‘se aquela pessoa é capaz eu também o vou ser’. Sei agora que todos somos diferentes, logo por ‘aquele’ estar apto a atingir determinado objetivo e singrar até ele com obstáculos que ele pode e/ou consegue transpor não quer dizer que eu possa fazer o mesmo. Sei que podes, à partida, estar a pensar, acerca de mim, que estou a ser, talvez, pessimista, ou então, que estou a desvalorizar as minhas capacidades, ao eu pensar assim. Digo-te que não estou. Talvez eu tenha outras capacidades de ultrapassar outro tipo de obstáculos, é certo, mas não somos todos iguais, ironicamente, somo tão parecidos e ao mesmo tempo somos tão diferentes e com capacidades diferentes de lidar com as situações, mais aptos numas do que em outras, se elas acontecerem. Uma de entre outras descobertas que fiz na minha vida foi a de que a vida, pelo menos para mim, é imensamente irónica. Digo isto porque incomensuráveis vezes a vida dá dicas, digamos assim, de que tudo está a correr bem e de repente tudo corre mal, ou então, pelo contrário, tudo está a correr mal, há dicas e sinais de que tudo está dificilíssimo e de repente, a partir de certo ponto, percebemos que tudo vai correr bem. É como se a vida nos dissesse, por vezes, ‘vai, agora vai correr bem, tens tudo o que é preciso para isso, olha, eu [a vida] to demonstro’, mas ironicamente, tudo acaba por correr mal, e sinto que ela me enganou completamente. Por vezes acontece o oposto, diz-nos ‘não tens hipótese, desiste, nunca irás conseguir porque és um incapaz’, quando ironicamente nos quer dizer o oposto e tudo de bom acontece numa bonança inesperada. É como se a vida jogasse connosco a seu bel-prazer, fosse irónica connosco, comigo. É como que, há muitas situações, por mais que eu queira fazer isto ou aquilo, tudo acontece pelo contrário, noutras situações em que tudo parece impossível, ele se torna possível ironicamente, para bem ou para mal.
Penso ‘por vezes eu sou irónico na escrita que faço, na maneira que sinto e na maneira como me expresso’. A ironia está presente na minha ação [maneira de agir]. É verdade que estou mal muita vez, mas exagero muitas dessas vezes a maneira como me sinto, em que até estou bem mas querendo chamar a atenção, assim como muitas vezes suavizo aquilo que sinto quando, na verdade, estou num desespero e/ou numa agonia psicológica imensa. Dizer o contrário do que se sente é uma ironia. De uma maneira geral, sei que transmito ironia na minha vida social, confundo as mentes que me observam e que estão habituadas a padrões previsíveis, mas com isso, que faço sem o querer, sai-o sobrecarregado e/ou magoado muitas vezes, talvez pelo mal-entendido gerado. Neste blog tenho um título que foi uma ironia propositada: http://johnybigodes.blogs.sapo.pt/45554.html – ‘Agradecimento a aqueles que me ajudam a morrer’ – é óbvio que eu não agradeço a aqueles que me ajudam a morrer, eu os detesto e lhes desejo o pior dos males, eu os abomino, esta é uma grande ironia escrita aqui, neste blog. A ironia acaba aqui.
São imensas as cadeias que prendem meu coração, mas já foram mais. Ouvindo Richard Marx, ‘Chains around my heart’… e, como sempre, momento após momento, eu vibro com as recordações e com a sensação de estar vivo e ter vivido, vibro, surpreendido, com o chamamento da vida nas ocasiões que penso que tudo vai desabar outra vez. Surpreendo-me e ao mesmo tempo tento aceitar aquilo que me ultrapassa, que não consigo mudar. Realmente tudo o que vivi tem um significado, e é maravilhoso ver as coisas encaixar e tomarem sentido. Todas as minhas vivências a encaixar, e, no entanto, sempre na defensiva perante o desconhecido do futuro. Eu queria reagir, e não consegui, não me foi permitido, fiquei passivo, absorvendo tudo à minha volta, tentando compreender infinitamente o mundo que me cercava, como tento compreender mais e mais a cada dia que passa ainda hoje, isso é-me permitido. Mas eu penso que tenho pouca capacidade de reacção, ainda. De bode expiatório a um ser especialmente querido, a minha metamorfose continua, nem que tudo seja ilusório. No entanto, tudo é incerto, só tenho a certeza de ter vivido, dos azares e das sortes que tive, qualquer previsão do futuro pode estar completamente errada, porque um número inimaginável de infinito futuros me podem acontecer. Sinto que a minha vida vai ter mais uma mudança no futuro que se aproxima, e queria acreditar que a vida me vai dar uma nova chance de melhorar quem eu sou e de poder gozar mais um tempo de vida de intensidade agradável. Pensei que não arrancaria mais com a minha vida, pensei que seria mais um caso perdido, de pessoas esquecidas neste mundo, mais um esquecido neste mundo, e que iria esquecer quem eu tinha sido um dia, pois só via tenebrosidade, melancolia e escuridão na minha frente, além de sentir uma profunda incompreensão do que se me estava a passar, e sentia uma imensa impotência de lutar contra forças tão estranhas e que me puxavam para o abismo. Agora, aqui estou eu, sentindo o cheiro de uma nova primavera, tentando invadir o meu espirito com sorte e positividade, neste preciso momento. O quanto desejo que todas as frustrações se vão embora da minha vida, que o equilíbrio venha ter comigo, que tenha forças para que pessoas maldosas não me consigam ferir. Quem me dera que isto que sinto fosse o cálice da vida, a compreensão geral de tudo, ou pelo menos da minha vida em que eu sou o centro do meu Universo. Eu tive a oportunidade de VER este mundo com uns olhos especiais, dados a um ser especial, e do qual só eu posso falar. Eu fui amado desde toda a eternidade, porque estive previsto desde sempre, eu nasci e cresci contra todas a probabilidades, porque me foram dados os caminhos certos para atingir estes momentos. Não sei se poderei falar do mundo agora, mas parece-me que estou apto a falar do que eu conheço, de mim próprio, e talvez com isso eu possa contar também a história do mundo. Talvez eu não possa salvar o mundo nem as pessoas que sofrem, mas posso tentar salvar-me a mim para que outros se salvem. Reafirmo a possibilidade do conhecimento e a existência da sabedoria, os quais eu respeito desde toda a minha existência, e talvez por isso eles me dão momentos tão bons na minha vida e me são tão queridas. Queria acreditar que Deus existe, mas talvez me baste saber que eu existo por meio de algo que tende a mostrar-se à medida que o tempo passa, não interessa o que lhe chamemos, e que a perfeição está nesta amálgama que por vezes parece o caos e por outro lado parece magnificamente perfeito. Sinto-me vivo ainda, e tudo o que senti faz sentido e teve uma razão de ser. Eu tive uma hipótese na vida como poucos terão possivelmente, ou pelo contrário, todos tem essa hipótese, mas nem todos a conseguem aproveitar por motivos que ainda compreenderei um dia. É o sobe e desce da vida, os momentos agradáveis e amenos e até mesmo de vigoroso esplendor versus a queda, a dor e o atrito que nos tomam sem compreendermos o porquê de ser assim. É assim até mais não podermos. Eu vejo desde aqui o que me envolve, sem no entanto ver como os outros. Eu vi: claramente a ironia do mundo; o fingimento; a minha tamanha imperfeição na tentativa de ser perfeito, assim como os erros das outras pessoas e os meus também; a relatividade de tudo, como já me parecia existir desde os meus primordiais pensamentos; a oportunidade de respirar, novamente, por um pouco que fosse, para poder mergulhar mais fundo nesta minha azarada vida. No entanto, não sei se me é permitido esta sensação de plenitude, como a conseguirei manter? Será que consigo?
De repente senti uma enorme vontade de agradecer aqueles que tão generosa ajuda me dão na minha vida para morrer, me mostram o caminho da morte. Nesta ironia que é a minha vida, agradeceria, primeiramente, a quem me deu a vida, não sei precisar se de ambas as partes, que acabou por não ma dar na sua plenitude, coagindo-me e sacrificando-me, abafando meus gritos, fazendo ouvidos surdos, tentado fazer o bem (dizendo que era para meu bem), supostamente ‘o bem’, pondo-me no imponderável da vida, numa corda bamba, no limite do abismo, fazendo-me enxergar o negrume da vida, a insustentabilidade do meu ser, e sobretudo colocando-me numa situação de falta imensa de auto-confiança e auto-suficiência, numa situação de dúvida acerca de mim próprio e da minha capacidade de subsistência nesta vida. Afinal, quem nos dá a vida também nos encaminha para a morte, em vida [penso]. Supostamente, necessitei de ajuda em certos momentos chave da minha vida, e mais uma vez o complô de um destino que gira à minha volta e me encaminha para a minha morte actuou novamente e em força transpondo-me para uma nova fase de aproximação ao meu destino – aquilo que querem que seja o meu destino, o destino que uma natureza quer para mim -, entregando o meu ser e o meu destino na mão de alguém que, supostamente é ensinado para ajudar os outros, e que mais uma vez me ajuda neste caminho difícil para o fim dos meus dias, a reles atitude de quem promete o que não pode fazer, a promessa de uma cura que é impossível e que, no fundo sabem disso, mas que são superiores a tudo e agem a favor do desempenho da sua função, dizendo que é para curar que é para ajudar. Agradeço assim de seguida a todos os que se aproximam para me ajudar com base na falsidade das boas intenções, fruto de todo o erro original cometido pelos influentes seres primordiais da minha vida. O meu coração contorce-se a cada dia que passa, grito por ajuda, e vejo sempre a vã vontade humana de ajudar mascarada de sabedoria, contentes no fundo do seu âmago por não se encontrarem em tal situação. Penso nos tempos em que não tinha nada a perder, em que ainda podia confiar em alguém, até porque tinha de confiar em alguém porque sabia que o que me davam era genuíno e que não tinham a ideia de uma contrapartida, já que eu nada tinha, e logo não haveria falsidade nessa ajuda que prestavam. Agora digo correctamente, para que entendas: de repente senti uma enorme vontade de mandar à merda aqueles que ajudam a encaminhar-me para uma morte sofrida, quando podia ter uma morte com sabor a quem viveu, uma vida normal e apropriada a quem eu sou e de acordo com as minhas capacidades; De repente senti uma vontade de dar a volta a toda esta situação complicada que me envolve [uma vontade cega de vingança subtil, digo], de pessoas que não me querem deixar viver, que me empurram para o sofrimento, que se acham superiores e que agem perante mim como tal, com superioridade. Quando olho nos olhos de quem eu tão cegamente confiei um dia, hoje, consigo ver a falsidade que vai nos seus corações, e sinto-me completamente enganado, e penso, como poderá alguém tão próximo de mim ser assim? Como posso eu confiar em alguém depois disto [de ver (e sentir) isto]? E se eu não confiar, que será de mim? [penso]. Como enxergar o bem e o mal? Como saber o que é bom para mim se eu perdi o meu discernimento, estou falcatruado nos meus sentimentos, desfalcado do bom senso, alucinado pelo sofrimento que tenho de não poder ter a minha vida ao meu ritmo, devido, precisamente, ao medo de que não subsista economicamente na minha vida, quero com isto dizer, para que se entenda, ando a trabalhar doente porque se desistir não sei o que será de mim, economicamente, por isso quero morrer a trabalhar, doa o que doer. Como posso eu melhorar se não tenho capacidade de reacção que me foi retirada e anulada? E, então, eu penso naqueles que me querem ajudar, que dizem que me querem ajudar, penso, concretamente na minha médica, que diz que me quer ajudar quando eu sinto e vejo em seus olhos o desdém para quem eu sou (que pouca importância tenho para ela), assim como vejo o desdém de quem me deu a vida e de quem eu cegamente confiei. Penso também em todas as pessoas de boa vontade, que a maior parte das vezes não têm boa vontade nenhuma, porque eu sei que no fundo agem movidos por uma força interior de por os seus reais interesses (subjacentes na sua conduta inconsciente) à frente da boa vontade que manifestam. Penso na boa vontade que se manifesta em mudar uma pessoa que não pode ser mudada. Penso nas atrocidades que as pessoas cometem em nome da boa vontade e de ajudar, nas atrocidades que sempre existiram no mundo e que me querem bater à porta, a mim em particular, de uma maneira subtil. As pessoas a querer curar uma pessoa são capazes de a matar. Desgraçado daqueles que um dia necessitam de ajuda e caiem nas mãos erradas – que o mais certo é cair nas mãos erradas… na mãos dos pseudo- sabedores -. Como eu posso confiar numa medicação que um médico me dá? Como sei que não é pior a ‘emenda que o soneto’, que ao tomar aquele remédio não me fará mais mal do que o que estava? E mais ainda, estaria eu mesmo mal? Porque querem calar quem quer falar? Mas agradeço a outra hipótese que me dão de me curar, agradeço a pílula da lucidez, a pílula que me leva a morrer em vida em nome da evidência da ciência. <<Tu obténs o que dás>>, dizem. Como eu posso então obter se não tenho para dar, se me esvaziei (de energia, por exemplo). Eu deixo um repto à natureza que me envolve, que me demonstre que eu estou errado e até que ponto estou errado, que ninguém é igual a ninguém, e que posso confiar em alguém novamente. Eu peço um milagre, que me seja devolvida a auto-confiança perdida, o gosto de viver leve e livre, o poder pensar como quero pensar sem pensar que é errado, mas seja simplesmente o meu pensar, e poder agir sem atrito de morte. Porque agradeço eu a quem me ajuda a morrer? Porque querendo eu matar-me tudo se torna mais fácil com esta gente que dá uma mão, dando-me umas drogas para que eu morra lentamente, dão-me desprezo. Agradeço esse estranho tipo de amor que me dão. Esse amor que me cura. Mas vou tentar que não se fiquem a rir, indiferentes esses que me querem ajudar falsamente. Mostrem-me que as pessoas não são todas iguais, que se pode confiar, mostrem – me quem tem bom senso.
Passou entre eles, e não o reconheceram. Falou com eles e não o entenderam. Juntou-se a eles e não o aceitaram. Suicidou-se e não morreu. Quiseram matá-lo e não tiveram coragem. Quiseram odiá-lo mas não tiveram motivos, amá-lo seria uma estupidez, rebaixar-se a algo tão desprezível. Mas eles viam -o e desviavam o olhar, ele fitava-os e eles só viam a expressão vazia de sentido, como quem espera um sinal, quem não sabe perscrutar o silêncio das ideias, o silêncio de quem está mais para lá do que para cá. E então, lobos ferozes o circundavam, quando ele se desnudava do seu ser, como que a querer atacar, mas sem poder, porque forças maiores os repeliam, o perigo sentiam, a Guarda estava alerta. Brincava entre amigos, saudava estranhos, acolhia a humanidade, se é que humanidade alguma vez lhe restou. Estranho em si mesmo, como que a querer aprender a viver, viveu. Apenas lhe restava reviver. O tempo urgia, tanto havia para aprender e dizer, e ele via, de todas as perspectivas possíveis e imaginárias, tanto quanto o seu tempo lhe permitia, mas nada resolvia, a verdade é que não existia. E essa verdade, que é como ele, incógnita, existia, mas na verdade, sem a haver. E ele ultrapassou o limite do tempo, nesse ideal não havia barreira. Mas ansiava, também, extravasar o limite do espaço, um ponto tal em que a solidão dos homens não fizesse sentido, esse sentimento que alguém descobriu, porque tudo é descoberto, mas, o incerto permanece. E ele era eu, e eles eram eles, e eles eram os culpados, como poderia ser ele? Ele não olhava, era cego, mas via límpida e distintamente o que os movia, mas o que o movia? Eles eram como ele, mas ele não era como eles. Afogou-se em águas salgadas! Fechou-se que nem um caracol na sua carapaça! Foi tragado por uma onda! Caiu num precipício! Jogou com o fogo! Era como a pólvora prestes a rebentar à mínima chama! Um disse: mata! ; outro disse: esfola! E aí fica o resultado, de que tudo é só um, o facto de que, simplesmente, não se pára aquilo que não se vê, como um fantasma que assombra os dias e as noites, como um super -homem que não o é. E o medo era imenso, o terror era real, como real foi o passado que já não existe. E há que avaliar, aquilo que foi, aquilo que ainda há-de vir. E gostava de saber quem se dará a esse trabalho, se tal não for pago? Mas a recompensa é enorme… És o que és, estejas onde estiveres, com alguém te identificarás, esse sentimento compartilharás, o sentido estará ai. Duas almas vibram em conjunto, mas o espaço é breve, o tempo é eterno. Quero tempo! Quero tempo! Quero o certo pelo incerto! Quero! Quero! Quero! Mas nada se pode. E eu não grito, calo e prossigo enquanto me for possível. E tudo se sonha e deseja. E tudo parece alcançável. Dependendo dos meios que se utilizam, poderão dizer: fiquei lá perto! Mas ele alcançou. Mas que alcançou? De que se fala? Que objectivo será esse? Que se passa na mente dele? Pois, aqui estou eu; Aqui, estou eu; Aqui estou, eu; Aqui estou, eu! ; Aqui estou eu! ; Aqui! Estou eu; Aqui estou! Eu; Aqui estou! Eu! ; Alô, Aqui! Estou! Eu! Toma, vai buscar… qui, Lindo menino. Como o desconcerto pode ser grande. Como se pode magoar quem é frágil. Como se pode confundir quem é ignorante. Como se pode lutar contra quem é Poderoso? Clama pela justiça que jamais alcançarás, homem forte ou Barrabás. Barrabás! Barrabás! Então não viste? Mas devias. Einstein foi um grande homem. Mas quem foi ele? Foi… Bruce springsteen é um grande cantor. Mas quem é ele? Há, já sei, um inventor de músicas. Mas que fez ele? Há, Descobriu a música a que chamou relatividade. E assim surgiu um novo tipo de rock, o rock relativo, que durou, relativamente, um certo espaço de tempo, dependendo se o músico estava na lua amiudadas vezes ou se só andou na lua uma vez e depois foi para Plutão, há, mas esse já não existe, pronto, afinal, sempre era o pó que ao pó voltou, nem era preciso ter inventado a música, bastava ter ficado pelos rituais pagãos ou pelas danças tribais. Tu encontras a alegria a cada dia, a tristeza da tua alegria corrói-me. E pronto, ta tudo feito, não sei para que se faz, mas tem que se fazer, não sei para que se inventa, mas têm que inventar, constrói-se e destrói-se, utiliza-se e desfaz-se, e o que subsiste fica, a essência que deixará de o ser. A antinomia da vida, o que é por oposição ao que não é, o que és e acreditas, acima de tudo, só o é, enquanto acreditares, a constante presença da contrariedade. Não te canses, ninguém há – de saber que És.
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