Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Continuo procurando a razão da minha existência. Continuo na procura da resposta dos ‘porquês’ do que se passa na minha vida. Continuo na busca da paz interior e com a fé de que existe uma inteligência superior que é possível alcançar, e que a posso ter em todo o seu esplendor a rodear a minha vida. Continuo na busca de palavras que venham a ter significado na minha vida, que venham a ter a plenitude do seu significado em mim, no meu interior. Palavras essas que definem conceitos que são importantes para mim. Mas quero querer cada vez mais, também, que isso me parece uma utopia. Não conseguirei atingir os meus objectivos devido aos seres que me rodeiam que me negam o alcance dos meus objectivos, devido ao facto de eu não ter ‘social skills’, habilidades sociais, reacção social para viver em sociedade. Nasci e cresci tímido, mas isso não é, em si, a causa do meu insucesso, a causa do meu mal - estar interior, a causa da minha constante insatisfação na minha vida, do vazio da minha existência nesta vida real, a causa está exterior a mim, só pode estar (!), por mais que mo neguem. Em consequência disso tenho visto e sentido o melhor e o pior do homem, das pessoas, neste mundo em que vivo. Perdi a confiança das pessoas, sinto-me traído por quem me deu a vida e é mais próximo de mim. Como posso eu voltar a sentir que posso confiar em certas e determinadas pessoas (pelo menos) (?), como posso ganhar a confiança nas pessoas (se é que algum dia a tive)? Meu pai, esse traidor [e digo isto com uma mágoa enorme], um falso, que acredito ter condicionado a minha vida para sempre; esse homem que me fez duvidar da bondade natural e humana, me fez desconfiar daqueles que poderão (iam) ser meus amigos. Devido a todas as circunstâncias em que nasci, elas me perseguem e me querem destruir, desde sempre, e agora sei-o realmente, consigo ver isso, e mais do que nunca, que isso (as circunstâncias em que nasci me querem destruir) é verdade. Enquanto eu tinha para dar também ia recebendo, agora, que não tenho para dar, que necessitava mais do que nunca, de quem mais foi importante para mim, se já não o é, [dessas (2)palavras] agora que precisava de receber e sentir que realmente eu estava em sintonia, eu não recebo nem sinto. Meu pai magoou a minha maneira de sentir. Estou como que nu e não se dignam de me oferecer umas roupas para me cobrir, e estou envergonhado e sem dignidade. Sempre fui vulnerável na minha inteligência, nos meus sentimentos e sentidos [no geral, em todo o meu ser, mas com a certeza de que poderia ser forte como quem é forte se não estivesse traído em mim próprio] : eles que me maravilham com a demonstração de todo o dom que me foi concedido, são eles também que destroem o meu ser, por tal sensibilidade e vulnerabilidade não caberem (não ser aceite) no mundo em que nasci, o mundo que me envolvia e envolve, por circunstâncias únicas de falta de amor e egoísmo humano [meu pai é a causa prima da minha vida e do meu sofrimento]. E eu pergunto, porque tenho o direito de perguntar e indignar-me (!), haverá justiça neste mundo? Porque sai impune o injusto, o malévolo, o destruidor (?) Porque sai a rir, a gozar, ou ainda sabendo que errou e continuando a errar? O meu deus, onde eu me tentei refugiar, não existe, e a crença ( na existência de uma justiça ou de um deus) é apenas um paliativo nesta vida, como o foi até ao momento nesta minha vida, para que não soframos tanto, sendo essa crença (na existência de justiça ou de deus) a causa dos maiores sofrimentos e atrocidades que os homens causam uns aos outros, aos seres vivos, à terra]. Tenho tristeza por este clã em particular, e, mais profundamente por mim: não queria magoar e tento não magoar, e, no entanto, magoo e estou mais magoado do que ninguém no meio disto tudo. Realmente serei um louco (?). Porque me tomaram por tolo? Vocês tem de saber como me sinto - porque enquanto estou vivo é-me permitido queixar. Tudo de errado acontece na minha vida, em consequência do que sou e do que sinto: os outros são intolerantes comigo e fazem interpretações erradas acerca do que eu sou, tudo o que é negativo vem ter comigo, como se alguém tivesse embruxado a minha vida, como se tivessem deitado um mau feitiço sobre ela. [Pensei que não era supersticioso até a certo ponto da minha idade adulta para agora ter de admitir a mim próprio que sou mais supersticioso do que ninguém, porque vejo, acontecem-me e sinto coisas que são muito estranhas na minha vida e não sei como as hei-de acomodar na minha vida e viver com elas, já que sei que não me posso desfazer delas.] Meu pai desprezou-me (e despreza-me), não mostra sentimentos e emoções, e todas as consequências de tal (ais) atitude (s), provavelmente entre outras, que se dá desde o meu nascimento poderiam ser catastróficas para mim, não fosse eu um ser abençoado pela vida e, afinal, com direito a viver e a ter a minha prosperidade que meu pai desde sempre, assim como muitas outras pessoas, talvez por consequência, não conseguem ver e aceitar em mim, nem tem o altruísmo de a dar, como seja gente próxima que se coíbe de demonstrar o verdadeiro sentido da existência de tais palavras que procuro, de as entranhar em mim [Será que preciso de ficar doente para sentir novamente a amizade das pessoas (?), para sentir o melhor e o pior que elas tem para demonstrar - talvez a indiferença e a critica - (?) ] . É certo que os meus dias já estão em desconto, caminho já pelo incerto; o incerto de poder viver 1 ano ou 1 dia, com a fé de que terei sorte, e se a tiver ainda viverei ainda muitos anos mais e terei tempo suficiente para trilhar este meu caminho e ainda usufrui-lo com satisfação; ou então, ainda há sempre o lado negro da coisa: tudo se tornar pior e todo o mal que vem de trás entrar em pleno na minha vida e destruir-ma completamente. Tudo, na minha vida tomou dimensões desproporcionadas. Vivo constantemente na corda bamba, na queda, a qualquer momento, imprevista a curto prazo mas possível, na imponderabilidade do vazio, na injustiça da minha vida. Para muitos que lerão isto, dirão, tal como meu pai o fez, que sou um louco (com a mania da perseguição, ainda para mais), ou ainda ‘um queixinhas que tenta atrair as atenções para ele’. A verdade é que escrevo para verbalizar o que vai em mim, que não consigo expressar-me de outra maneira nem tenho para quem por causa de todos os motivos já ditos. Escrevo para tentar por em ordem o que sinto. Escrevo com a imparcialidade de quem não está precisamente e concretamente a pedir ajuda, como um desabafo, mas que no fundo a ajuda seria bem-vinda se o meu coração a sentisse como genuína. Bem, muita coisa mais será pensada do que dita, uns compreenderão outros criticarão negativamente [ou positivamente (mas, sinceramente, duvido que sejam criticas positivas], e eu digo: Não tenho estômago para vos aguentar, assim como vós não tereis para toda esta minha verborreia. Estou saturado.
No romantismo, encontramos o amor, a agitação mais alta dos sentimentos, a alegria da sintonia de duas almas, ou de múltiplas almas, que vivem em exaltação dos sentimentos (que se desejam positivos), onde se encontram as motivações para se viver, o verdadeiro sentido da dualidade ou da multiplicidade do encontro das almas que se unem, mas, que, no romantismo, levavam (noutros tempos, mais propriamente) ao desespero, e/ou à tristeza da necessidade de proximidade do amor ausente e a tenebrosidade que causava na alma essa ausência, de algo que se necessita tanto, hoje colmatada pela facilidade de comunicação que alterou a relação entre as pessoas e a relação de amor que temos. O ‘amor’, esse conceito difícil de definir concretamente. Apesar de ter o ‘sentido do amor’ magoado na minha alma, consigo conceber o amor tal como ele é vendo-o [interpretando o conceito de amor] de uma perspectiva exterior a ele. Sei que existe o amor nas mais diversas dimensões sociais: na família - pode existir o amor paternal, dos irmãos, só por alguém em particular, ou, generalizado e abrangente nesse clã; na dimensão da amizade; na dimensão sexual; na dimensão do emprego; etc. O amor toma, assim, diferentes formas dependendo dos contextos e quem ama pode não amar só numa dimensão ou contexto, pode amar por uma característica em particular ou por um todo, pode amar um ou mais, por mais que certas culturas o tentem negar. Agora a questão que coloco é: porque todo o meu amor degenera em ódios, desprezo/indiferença, mal entendidos? Sei que me falta o sentimento, ou ainda o que me define melhor os sentimentos, a falta de sintonia. O meu amor está toldado pela mágoa, pela descrença, pela distância sentimental das pessoas, como um astronauta que perdeu a comunicação com a nave, vejo-a mas não a sinto.
Assim procuro acreditar na existência de 2 palavras (na minha vida): Amor Gratuito.
Passo muito do meu tempo aqui, agarrado à tecnologia, que me fascina, me ocupa, me desenvolve (o conhecimento sobretudo) e me ajuda a passar o tempo. Por vezes temo não ter tempo para ela, e cada vez me surge mais frequentemente esse sentimento, porque o meu tempo urge. Temo perder o fascínio pela tecnologia e pela vida, mas tenho esperança de que tudo o que me envolve espaço – temporalmente, - o universo (de que eu tanto falo) e o meu tempo (passado, presente e futuro) me traga uma vida realizada, livre de mágoas, ressentimentos e frustrações, à medida que os meus anos de vida passam, além de que desejo que o meu sistema (o meu organismo) me dê uma vida justa , metabolicamente falando, livre de complicações de maior. Todas as variáveis que me envolvem são enormes e eu não consigo controlá-las, mas consigo observar de uma maneira especial a maneira como elas funcionam, de uma maneira mais superior, por causa de / graças a , toda a dificuldade que tem aparecido na minha vida, graças aquilo que sou desde sempre e que procuro a resposta para o porque de eu ser quem sou. É verdade que gosto de tecnologia, é verdade que gosto de ser livre, mas a ideia de que tudo tem um custo no tempo e no espaço prende-me (acorrenta-me), porque eu não queria destruir cegamente (como muitos e muitos) aquilo que deve ser para usufruto de quem merece – ou seja, de todo o ser nascido, que devia ser livre até ao ponto em que o outro é livre e que tem direito a ter um mundo que o acolha e do qual possa desfrutar de acordo com aquilo que sente e que é, e para que tudo isto fosse perfeito, que tivesse uma mentalidade elevada para poder respeitar todos os seres e que pudesse receber esse feedback de respeito [mas tudo isto é um sonho da perfeição, do ser imperfeito que eu sou, angustiosamente, e do qual me quero livrar] - tendo um ambiente sustentável no tempo futuro, livre de excessos, injustiças e desigualdades. Mas sei, cada vez mais, que não me cabe a mim mudar o rumo que o mundo com tais imensas variáveis toma, e no entanto ainda não me conformo, não estou satisfeito se não conseguir sentir-me bem comigo próprio e com o mundo que me envolve. Não é o facto de eu abdicar e mudar umas poucas de mentes, ou devido à minha fraca presença que o mundo vai mudar para melhor, além de que nada me garante que o meu ideal esteja certo como já alguma vez acreditei piamente. Questiono-me, constantemente, o porquê do mundo me ser algo tão estranhamente belo (?), em certas horas, para ser um verdadeiro pesadelo noutras. Pergunto-me o porquê de haver tanta gente que joga (?), em primeiro lugar o jogo da economia, do dinheiro e do valor monetário, que somos obrigados a jogar desde sabe-se lá quando começou a fazer parte da cultura, tão abrangente hoje em dia, do homem. Acho que o jogo faz parte do homem, e jogos que uns gostam de jogar podem não gostar outros. Sei que há muita gente que não imagina o que está por detrás destas palavras que eu digo, nem mesmo eu (!) imagino o alcance que elas têm… Não ligam e desprezam ou ignoram, simplesmente, mas o facto de as ter encontrado já ditaram um novo rumo nas suas vidas, nem que seja da forma mais elementar, mais simples. Influenciamos e somos influenciados, e eu só tenho de aceitar isso, por mais que me custe. Eu não estou no centro do mundo, e isso tem que me entrar bem dentro da minha cabeça, eu sou apenas algo que existe, para não mais existir, um dia, por mais que isso me faça sentir inconformado, me intrigue também a minha existência, muitas vezes injustiçada neste mundo. Vivo um isolamento espiritual imenso, atingindo visões que não percebo o porque de elas virem até mim, compreensões de coisas das quais não encontro quem, mais alguém, as sinta do mesmo modo, ou idêntico, e que as queira comentar. Vivo um jogo singular que não serve neste mundo económico - e mesmo que não falando na economia falamos nas emoções, das quais as minhas não são idênticas as dos outros seres. Tudo à minha volta é estranho, muitas vezes, ou então sou eu que provoco essa estranheza: ambas as situações acontecem, sei-o claramente; Vejo situações das quais o ambiente me pede intervenção, não podendo-lhe dar essa intervenção criando um bloqueio em que tudo à minha volta começa a ser muito estranho e anormal; vejo situações em que o ambiente me diz que estou como observador e sei que há algo de anormal a passar mesmo que eu não consiga entender o quê, e que não está a acontecer por minha culpa. Mas uma coisa é certa, dependentemente ou independentemente de mim: 'assim acontece'.
Foi num dia tanto quanto os outros. Que dia estrambólico aquele! Do eirado olhei para as estrelas e vi nevoeiro, ele fazia parte de mim nesse dia, ele estava de acordo com o ego. Eia! Desci até ao eido. O vento soprava mansamente do norte empurrando-me para o sul. O tempo não mudava, o levador não vinha. Estava ansioso. A anciã perorou as suas experimentadas palavras.
Indagando dolentemente, imaginava alegremente aquela dolaire da rapariga. Olhava para a paisagem e contrastava-a para onde ia, para o coração do país, onde há movimento, auspiciando o que se passaria na grande aorta.
Finámos o caminho depois de uma longa paragem. Lá estava a auspiciosa imagem! Tão diferente quão diferente já fora! Enfim, velhos passados. Num automatismo acenei mesquinhamente. Lá veio o gaivinha sempre leve como um pássaro, com as suas graças vezeiras! Bom homem! Assim fosse o outro Zé-povinho.
Encontrando-nos na viatura, partimos. Passa um, passa dois e … <<Eh carapau! Por onde vamos nós?>> Que vezada! <<Ora, bota p’rá frente>> que o destino está marcado. Grande passeata para começar. Chegados à moradia cada um seguiu para seu lado. Fomos comer. Fomos à arrecadação e… fomos embora! Austeros. Trepidação, trepidação. A paisagem era tépida. A udometria previa e ela caia. A jornada foi quebrada pelo lanche. Mas rapidamente lá chegámos. <<Ufa>>- para ela que nem sabia as baixas pressões ainda estavam para vir – mas tudo passou.
Natal citadino aquele. Cidade que no Verão está repleta de damas e donzelas, nas ruelas só havia malhas escuras, corpos de sobretudos que queriam era estar no valedouro apartamento e não ali. Li e vi televisão radical. Que calor bacanal! Dormia-se, levantava-se e comia-se. Esta trindade não era fixe. Fomos dar à trincadeira, no entanto, não estava cool, nem frio – que tontice a minha, ficar assim -. Por fim, pouca terra pouca terra, lá foi cada um para o seu ninho no seu caminho.
Há música! Ah, música! Feel the rain! Sweet rain! Jogava no cp e bem vês porquê. Lá fora começaram a cair lágrimas das nuvens. E elas, melancólicas, choraram e choraram até à Páscoa o feliz Natal.
Ah! Outra vez! Aquele sussurro: << Para o ano…>> - Não percebi o resto. Mas decerto era coisa boa e eu fiquei ansioso, ansioso por chegar esse tempo. Ver meninas com sutiã, deleitosas, lindas de morrer, sensuais, carnais. Suspirei sustenidamente.
Ah! E aquelas solenes festas! É que foi dançar o sol – e – dó! Pena que eu fiquei à soleira da porta, olhando, cabisbaixo, disfórico, a tentar compreender, sobreolhando com certo desdém, desalinhado. <<Desembucha homem! Vem dançar!>> Fico em rodeio.
Novamente eles vieram. Eu estava mais contrito da minha anterior condição, sempre estou. Com eles vinha mais alguém que me transcendia. Novas atitudes, novas figuras, mas ele… sempre o mesmo? Não, tinha diferença. Ou será que a diferença dele era a minha?
Abimitado e conformado, no entanto, acordou um novo dia. A Páscoa deu lugar às altas pressões que têm aclarado as almas e aquecido a paisagem. A alma fica imaculada e ela fica sensual. O choro abluiu a alma e deu calma, mormente. Que tempo voluptuoso este. Que sensualista, que carácter, que temperamento! A sentença está dada, mais um ano na cagada. Que regalo!
Procura-se o alimento, dia a dia. O alimento faz-nos viver. O alimento sacia os sentidos. Precisamos de alimento para a alma e para o espírito assim como precisamos de alimento físico para o organismo. Precisamos de saciar a visão, olhando, no dia a dia. Ouvir para saciar os ouvidos, dia a dia, e assim cheirar, degustar e tocar também. Os segredos do coração alimentam a razão, a imaginação, estimulam a mente. Esta sede de saber mais, existe em mim, e nunca é plenamente satisfatória. Fala-se do coração quando se fala de sentimentos e emoção, como se eles residissem somente lá. Mas não, somos um todo, em que tudo deve interagir em nós para que tudo se conjugue num funcionamento perfeito. Fala-se de razão quando queremos falar de uma propriedade da mente em que os sentimentos se imaginam mas não se sentem no nosso organismo, até que interiorizados e absorvidos por ele. E a razão quer descobrir tudo o que pode imaginar, quer perceber o que a alimenta, quer saber de mais, sem parar. E uma vez dado o salto em frente no conhecimento, não há volta atrás, como um efeito bola de neve.
E tenho uma fome, uma fome de cão! Corro como um lobo atrás da sua presa. Magro trago o espírito, de tanto correr atrás do alimento. A procura do alimento é o instinto mais básico. E eu Corro e encontro só osso para roer. Desconheço as técnicas de ataque, mas ainda as hei de aprender. Hei-de ainda ser como um Leão, hei – de dominar e ser o rei da selva. Graças à sorte que me foi concedida, eu possuo inteligência, e membros que me permitem procurar o alimento. O medo de ser pequeno, o medo inventado por homens que viram coisas onde elas não deveriam existir, não me poderá atormentar e há-de ser largamente ultrapassado pela força da busca da tal necessidade básica. Havia de ser muita coisa, mas se eu puder ser um bocadinho só, eu serei muito. E esses olhos que me olham de cima, assim como os meus que perscrutam no silêncio daquilo onde ninguém parece estar, estarão a dar – me força. Esses olhos estão do lado de quem me alimenta. O outro lado da vida, alimenta o espírito.
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