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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Despertares na vida

 

      Nos diferentes estados da vida, surgem novos despertares na vida e para a vida. Depois das dificuldades, poderemos fazer a reflexão sobre as lições a tirar do estado por onde passamos. Abrimos os olhos. Perdemos as ilusões. Surgem questões: Porquê assim? Porquê, o que não ambiciono é o que me acontece? Porquê, de ser eu assim (?), por vezes aparente no controlo, por vezes destravado e descontrolado? Porque menosprezas a minha boa-fé? Porque indignas a minha bondade? – A marginalidade do desprezo tende a atacar, resta a esperança de horas melhores, de um novo despertar, que dê novo alento a este coração solitário.

     Despertamos descansados de uma noite de sonhos, ou talvez cansados, ainda, depois de uma noite de pesadelo, na incerteza, não vã, de que virão dias e noites melhores. Por força de uma Vontade desconhecida as coisas não são o que aparentam ser, o que nos leva, aos mais desconfiados sobretudo, a não confiar nem na própria sombra. Contudo, no fim da etapa, subimos de patamar, e, as coisas vão tornando-se diferentes, por vezes para pior, por vezes para melhor; Assim, a noção de nós mesmos e do mundo que interpretamos vai-se formando. Agradecidos por acordar para a vida.

 

 

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New Order - True Faith (1987)

 

 

 

I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
I don't care 'cause I'm not there
And I don't care if I'm here tomorrow
Again and again I've taken too much
Of the things that cost you too much
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun
When I was a very small boy
Very small boys talked to me
Now that we've grown up together
They're afraid of what they see
That's the price that we all pay
And the value of destiny comes to nothing
I can't tell you where we're going
I guess there was just no way of knowing
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun
I feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
The chances are we've gone too far
You took my time and you took my money
Now I fear you've left me standing
In a world that's so demanding
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun
 
 
 

Grato por tudo

         Recomeço, novamente. Tento recomeçar a cada dia, aquilo que não consegui encarreirar. Digo coisas repetidas, digo-as até acertar com as palavras certas, mas se não as encontrar, continuarei procurando, porque a evolução é para melhor, mesmo que o resultado dela já não seja para mim, um dia; E mais ainda, quero ter o prazer de fazer o meu caminho, caminhando (utilizando expressões e conceitos que se estabelecem fortemente, porque coerentes e bons). Eu beneficiei dos erros e da evolução de outros, outros beneficiarão de mim, assim como de ti… ainda não sei como, ao certo, mas tenho para mim que indirectamente, alguém, certamente um desconhecido ou desconhecidos, irá beneficiar de tudo o que de positivo eu fizer, assim como o negativo influenciará alguém, mesmo que seja desconhecido ou que viva num lugar distante ou num tempo futuro ao meu, e ao teu…; A verdade é que não escrevo assim tanto como queria, longe disso. Certamente, ainda menos e dificilmente escreverei as coisas certas, ou alguma coisa certa tão-somente. Outra verdade é que, também, não falo tanto como queria, tão pouco direi as coisas acertadas e, é possível que dificilmente diga alguma coisa certa, mas pelo menos tento. Agora, uma coisa acontece na minha vida e confesso: o meu pensamento não parou, está em alta velocidade em toda a minha vida, para o meu bem ou para o meu mal, nesse ritmo imparável de querer ultrapassar os meus limites, fazer aquilo que tantos me poderiam dizer ser impossível, aquela barreira que nos vai acompanhando à medida que a ultrapassamos, e que a ultrapassaremos sempre, de algum modo, até mais não podermos. Assim deveria ser para todos (ser capaz de ultrapassar o impossível), por isso falo plural ‘nós’ e não somente em ‘mim’, porque a evolução nos faz empáticos, creio, o que é bom é o que perdura, tem-se tornado evidente, isso, para mim, devendo, nós procurar a clarividência do que é bom e correcto para evoluir. Há coisas que, certamente, não irei fazer, os meus handicaps não me deixarão, percebi cedo isso. Os meus handicaps não são os dos outros, são os meus que poderão ser idênticos aos de alguém…; Este ‘meu pensamento que não pára’ é fantástico para mim (quem sabe, alvo de chacota por parte de outros, online ou na vida real), levando-me ao sabor do desconhecido, associando o presente com o passado, tentando agourar o futuro; Mesmo que esse futuro muitas vezes não se mostre risonho, ser capaz de sentir nas minhas (nossas) veias os meandros do espaço e do tempo é magnífico, sabendo, ainda assim, que tenho (tenhamos) de abdicar (inconscientemente muitas das vezes) das noções (pessoas e lugares mais próximos, por exemplo, em detrimento de um conhecimento mais Geral e Universal), dos sentimentos e emoções mais óbvios, que julgo fazerem parte da maioria das pessoas que habitam esta terra. Muito do que vem ter até a mim, sinto-o como uma Bênção, perguntando-me muitas vezes: ‘’Como isto é possível?’’. Certamente, sou o que sou hoje, devido à minha maneira de procurar a clarividência e de tentar aproveitar o que de melhor há no mundo entrópico da informação, como que continuando, na minha já relatada, busca pela perfeição, podendo considerar-me o mais imperfeito dos seres, chegue eu onde chegar um dia (à morte, indubitavelmente - como que querendo fazer-me forte, agora, KKK, borrando-me perante essa desconhecida, respeitando-a mais que tudo, ansiando, transcendentalmente, pelo meu final feliz e justo, que não quero imaginar sendo de outra maneira), faça o que fizer. Ninguém é alguém sozinho, somos o que somos enquanto comunidade, antes de mais, e espécie depois disso, porque a maioria das espécies não formam comunidades tão complexas e interdependentes como a nossa espécie.

                Hoje é o dia 22 de Setembro de 2017, segundo me consta começa o Outono, e apraz-me neste momento, neste dia que foi (porque agora finda) e é para mim especial (nem que seja só pelo simbolismo numérico que ele tem na minha vida, da ilusão positiva que ele me provoca), estar aqui a escrever algo para o futuro, quiçá para alguém, certamente não só por simbolismo. 22, um número de equilíbrio para mim; hoje, sexta-feira, Setembro, quando o Sol foi equilibrado na sua força de iluminação e de calor, um dia em que me sinto abençoado, em que me sinto ‘com sorte’ e em balanço estável, com vontade de que, pelo menos todos os dias fossem como este, sabendo que isso é impossível. Tudo correu para melhor quando as minhas expectativas estavam baixas, muito baixas, mas não péssimas, vá. Estou apostando que este dia é mais uma ilusão da vida, da minha vida, mas uma ilusão tão real como a Vida Real, ‘The Real Life’; Assim, a verdade (factual) que me basta, para já, é que continuo vivendo, com esperança e fé, mesmo que tudo continue sendo tão estranho, apesar do tanto que já sei, apesar do azar que bate à porta muitas vezes, do desconhecido que temo, talvez porque, precisamente, ainda não o conheço. Continuo vivendo na espectativa de ter uma sorte futura (‘Get Lucky’), que não vislumbro, mas que anseio que se torne evidente à medida que o tempo passa. Passam-se 11 anos desde que iniciei este Blog, anos e anos de uso de internet se passaram, associando a minha existência com ela. Com a Internet, influencio e sou influenciado; As minhas capacidades (‘skills’) para me sustentar, de algum modo, com ela ou com influência dela nunca sobrepujaram todo o meu atrito que me não deixa descolar. Talvez ainda não tenha chegado o meu tempo, talvez nunca chegue, talvez o que o Universo (Deus, se acreditares) quer de mim seja diferente daquilo que eu penso que é melhor para mim. Apesar da fugacidade do tempo e da pequenez da extensão das nossas vidas, sinto, como que, o que foi há muito, para muita gente, para mim foi ontem - continuo a ser o mesmo jovem sonhando e imaginando o nosso Mundo, tentando-o compreender, e vivendo numa era tão especial, num local tão generoso e maravilhoso, que me permite estar aqui mais uma vez a perpetuar momentos de reflexão de uma vivência que jamais se repetirá, ansiando por tudo o que qualquer homem deseja.

                Termino, Grato por tudo.

 

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Acreditar

            Por algum motivo cresci acreditando que havia uma verdade. Quiçá já tenha nascido com esse sentimento, em busca de uma perfeição, de ser alguém especial e que teria a minha recompensa por seguir essa busca e esse caminho que me levaria lá, a esse sentimento de grandiosidade e bem-estar. Agora, as minhas forças estão no sentido de retroceder, tudo tende a fugir, o tempo já me vai vencendo (vencendo mesmo o meu suposto rápido pensamento que em alguma altura da minha vida parece ter ultrapassado esse obstáculo, esse ‘tempo’, afinal estava em franco desenvolvimento), a fé de ‘poder alcançar’ tende a desvanecer. Tenho vivido intensamente (à minha maneira que seja), a minha mente tem transcendido todos os limites do meu entendimento, sempre na busca de compreender quem eu sou e porque eu sou como sou e como isso condiciona tudo o que se passa à minha volta.    - Aposto que a percentagem de pessoas que se tentam compreender a si próprias a sua história de vida, quando em situações difíceis, é pequena, procurando somente ajuda nos outros quando em dificuldade não acreditando no potencial que existe nelas como coadjuvante maior para a solução das suas dificuldades -. Tenho tentado acreditar que tudo o que vivi fez sentido e que no final de tudo tenho tido sorte. ‘Acreditar’ é uma palavra que uso muito, porque ‘a <<esperança>> (outra palavra que uso muito ou que tenho tentado ter sempre em mente, fortemente)  deve ser a última a morrer’. Mas há algo de diferente em mim, algo imanentemente fantástico que eu sinto, que eu sou ( e devem-me todos os que me ‘lêem’ permitir exprimir esta admiração pelo que sinto sem por isso demonstrar narcisismo da minha parte, acho que qualquer pessoa deve gostar de si, seja como for a sua situação), e que ao contrário do que posso pensar na maioria das vezes, pode dificultar ou tem dificultado a minha vida e que é a falta de continuidade das acções na minha vida, a falta de uma coerência no sentido em que eu não faço como supostamente uma pessoa inteligente e comum faz: faz coisas em que umas coisas levam a outras, sentem-se motivados por elas ou por um objectivo e vão lutando por ele seguindo um caminho sem duvidar daquilo que estão a fazer, do caminho que estão a tomar e o sentem como o correto, não divergindo naquilo que fazem, convergindo e sentindo-se bem com o que se tornam - tudo muito naturalmente. Eu não sou assim, sou um ser divergente: divirjo no pensamento e nas acções, fujo do óbvio, não o compreendo frequentemente, e dou comigo a compreender coisas que supostamente eram para ser difíceis de entender, coisas como a ‘transcendência’, o ‘imanente’, a minha vida, a compreender as acções dos homens de um modo que ainda nunca me foi abordado da mesma maneira que eu sinto, tendo uma visão generalizada e globalizada do mundo e do Universo, coisas que seriam loucas se eu as dissesse para muitas pessoas, para a maioria talvez. E, na verdade, nunca encontrei uma ligação, uma pessoa ou grupo de pessoas com quem eu pudesse viver feliz, partilhando aquilo que sinto, a verdade que eu sinto e tenho sentido ao longo da minha vida, a imensidão daquilo que sou interiormente (porque exteriormente tendo para a nulidade) – tendo falhado a maioria dos passos que tentei trilhar firmemente (alguém jogou lodo no meu caminho, sinto isso)-. É óbvio que há pessoas virtualmente fantásticas neste mundo, há um conjunto de situações (também fantásticas - tendo a sentir tudo como fantástico, é certo) e mesmo pessoas que indirectamente e ‘ao vivo’ que vêm até mim e que me levam a tornar-me naquilo que sou. Tudo o que sou não dependeu inteiramente das minhas forças, com certeza, mas a maior parte também de forças, acontecimentos e coincidências externas a mim que culminaram em momentos marcantes positivamente e que serão compreendidos de alguma forma se tudo o que sinto vier a fazer um sentido real um dia, ou seja, em que a realidade  venha a falar por si e demonstre que aquilo que senti também é válido neste mundo, também é verdadeiro, e que sou no fundo um ser aceite, que à partida parece inútil e com um aparente mesmo destino de ‘outros idênticos’, e que na verdade superei tudo com uma inteligência muito própria. No fundo gostava, como qualquer pessoa, ser alguém reconhecido, respeitado e tolerado, acima de tudo, como eu faço com o mundo. Então, o mundo tem-se revelado para mim como ‘não-perfeito’, não digo ‘imperfeito’ porque isso seria mentira, este mundo é belo, há pessoas belas, o Universo é belo, tudo o que se descobre pelo conhecimento e sabedoria é fantástico, e constrói-se com isso um novo mundo fantástico (talvez não suportável a longo prazo, mas isso é outro assunto), este mundo é o único complexamente funcional, porquanto podemos saber neste momento, não havendo outro igual, é muito difícil haver outro igual, tornando-o único. Porque o mundo ‘fantástico’ não perdura e o que é negativo, o autocontrole, o atrito, etc. não me deixa ser coerente comigo mesmo? Deixo, assim, aqui, uma outra abordagem ao conceito ‘acreditar’, hoje como tema principal.

Consciência global

  

            Tenho por quase totalmente certo que tenho uma ‘consciência global’ e penso que posso dizer que sempre tive um ‘sentir global’ (que me levou à tal consciência), e mais, parece-me que preencho cada vez mais essa globalidade com factos que chegam até mim de todos os quadrantes além do aumento de experiências pessoais que tenho vivenciado e de todas as inferições que faço com esses dados que obtenho de algum modo. Com isto tudo, todo o saber e conhecimento que tenho, estou seriamente tentado a seguir em busca de um ‘santo graal’ que me permita perceber a lei do espaço-tempo, em mim, das variações que se irão suceder no mundo, de que modo e em que comprimento de tempo se vão dar [sem saber se o irei conseguir alcançar e se ele existe, mas tenho fé]. Gostaria de utilizar esse saber, se o achar, em primeiro lugar para eu melhor poder vivenciar a minha vida, de seguida quereria dizer que o queria utilizar para o bem do mundo, mas, já há tanta gente a tentar ‘fazer um mundo melhor’, e, apesar de tudo, a visão global do mundo que tenho é que ele não está melhor; para mim é claro que o mundo social viveu na ilusão que estaria melhor, em anos passados, devido ao petróleo que era abundante e a bom preço. Tenho para mim neste momento que se todo o conhecimento produzido não for bem aproveitado pelas mentes futuras, se o Universo assim o quiser, para produzir revoluções tecnológicas para o bem-estar de todos os homens, se o ‘bem’ que é imenso não conseguir ofuscar o ‘mal’ que é muito inferior, então julgo que se entrará num período de enorme sofrimento, que, no fundo, sempre existiu de algum modo em algum lugar, mas em menor quantidade. Vejo que toda a gente ‘fala’, toda a gente dá ideias para melhorar, mas aquelas que vingam e que são as corretas são ínfimas; eu mesmo me vejo nessa situação, tenho consciência disso, tanto neste momento em que escrevo, em que analiso e proponho, como na minha vida no geral, em que consigo sentir os rumos do espaço e do tempo e nada me parece poder fazer para os levar a bom porto. Penso que não serei o único à procura desse santo graal e desse entendimento das variações que se irão dar no mundo e no Universo, pelo contrário, penso que muita gente anda à procura disso, grandes instituições que avançam com dados sobre situações que hão-de suceder, projecções, bruxaria, mentes particulares que perscrutam em privado e muito mais. Decerto, provavelmente serei dos últimos a ter sentido em mim esse passar do tempo segundo as variáveis que se sucedem, quando por vezes queria acreditar que fui o primeiro. Sinto que as minhas preocupações natas acerca deste mundo e do Universo [toda a destruição a que o mundo está a ser sujeito, muito resumidamente - quer fisicamente (o mundo físico) quer socialmente, ou seja, moralmente e mentalmente] foram largamente difundidas e amplamente projeccionadas. Foram receios que eu entre outros (talvez muitos) sentimos e que marcam uma geração (a minha geração), e que expandem um sentimento vivo, vindo, talvez, de uma alma remota e inidentificável, de angústia pela possível perda de algo profundamente belo e irrecuperável se tal suceder: a perda do equilíbrio natural do mundo, a poluição desenfreada assim como o uso dos recursos naturais sem medida; a destruição do conhecimento verdadeiro, o facto de não vencer a força da sabedoria em cada individuo, a queda da moral quando não assistida pelo verdadeiro sentido do mundo social quotidiano, ‘o conhecimento com sabedoria’ – O mundo social está a esquecer completamente a base em que ele está sustentado! Que é a terra, a ‘mãe terra’, para usar uma expressão totalmente enraizada e globalizada-.

            Pergunto-me o que me levou(a) a ter mais em consideração o estado global do mundo, uma maior preocupação pelo estado do mundo, em detrimento da minha própria condição humana (?), e o porquê de isso acontecer (?). Porque ponho (pus) eu à frente de tudo, como prioridade, o geral antes do particular, o bem-estar geral à frente do bem-estar particular (?). Mas olho para a minha vida e tudo o que consigo sentir nela e dela, e vejo que tudo me trouxe a este momento de grande extravasamento mental. Consigo entender coisas tão globais e aparentemente complicadas e não consigo entender o comum dos mortais, não consigo entender porque eles não entendem. No fim disto tudo, sou eu quem sai a perder e sem valor neste mundo de aparência. Gosto da tecnologia, gostava de viver altamente tecnológico se isso fosse sustentável, mas eu não serei feliz se viver de uma outra maneira? Porque eu, e muitos outros, não podem ser felizes?

Proposta para uma humanidade ambiciosa

     Hoje venho fazer uma simples proposta para todo o ser que é ambicioso neste mundo, uma proposta para se trilharem os verdadeiros caminhos da humanidade rumo ao Universo e a Deus, rumo ao conhecimento e à sabedoria, em que todos, e cada um de nós,  se devem conjugar e orientar, de modo a alcançar um estado de paz e liberdade, que para mim se tornou realidade, talvez como para outros, mas que para muitos ainda é utopia ou desconhecido. Então, seres humanos do mundo, proponho, de hoje em diante, a aceitação de uma cisão que não é nem pode ser dissociação, mas antes uma complementaridade: ciência para atingir o conhecimento; fé e Deus para atingir a sabedoria. E que a sabedoria guie o conhecimento, é o que eu peço para o futuro.

Ritmos

       O ritmo do Universo, esse ritmo superior incomensurável com uma potência inimaginável que move tudo no seu seio, e que ao mesmo tempo é tão benévolo e sensível que permite a existência de seres delicados nesta terra, que permitiu, antes de tudo, a existência da própria terra como a conhecemos, tão perfeita e em harmonia, em equilíbrio, com tanta coisa que poderá não haver em mais nenhum lado do Universo, pelo menos naqueles sítios que estão ao nosso alcance visual e de entendimento; alcance visual que, afinal, deve ser tão curto, mas quanto ao entendimento, esse, tem sido crescente, além de que fazemos da tecnologia os nossos olhos, sendo a imaginação a ponte entre os olhos (o que conseguimos observar) e o entendimento (o conhecimento), e assim deduzimos o geral através das particularidades, mesmo as mais ínfimas existentes, e que a nossa mente colectiva humana se vai dando conta e, assim, se vai abrindo e evoluindo para compreender. Podem dizer que ando a ver muita BBC e National Geographic, é verdade; e digo mais, além de muita leitura, muita introspecção e reflexão entre muitas outras grandiosas coisas, assim como também há o meu gosto por viver e ter a forte ambição de que o verdadeiro saber venha ter comigo (e já agora que venha a riqueza do equilíbrio e eu possa lutar para satisfazer as minhas necessidades): tudo isso tem preenchido o meu interior. É fantástico o conhecimento, assim, com ele, conseguimos neste último século ultrapassar as limitações que o próprio tempo nos impunha dada a sua extensão. É fantástico como tudo se conjugou, desde há milhares de milhões de anos para a existência de algo tão perfeito como é a terra e a existência do ser humano que tem a capacidade do autoconhecimento num estado avançado, como nunca tinha existido [Agora é melhor não falar daquele ser humano, que na maioria, pode ser uma grande porcaria de ser; pronto, tinha que ser, não queria dizer mas já disse…sabem, é que as pessoas me parecem melhores vistas pela televisão ou imaginando aqueles que amam a paz e o conhecimento, mas quando saímos à rua, e acontecem roubos, mortes, atrocidades de todo o tipo, eu me pergunto, mas de que humanidade e evolução falamos nós?]. É maravilhoso como tudo se conjuga rumo ao futuro, que para nós agora é presente, e como se continua a conjugar para novos rumos, incertos. Ninguém pensava que isto iria estar como está no presente [Até começou a haver, se ainda não há, por parte de muitos, um optimismo desenfreado na capacidade humana, mas a verdade é que o mundo anda a várias velocidades]. É magnífico tudo aquilo que aconteceu e trouxe a este mundo a minha existência física além de que me trouxe até este momento de êxtase que tem sido a minha vida. A cada dia que passa fico silenciado pela noite, ansioso para que mais um dia venha ao meu encontro e que eu o possa vivenciar com a razoabilidade da inteligência, da saúde e que a sorte me dirija rumo ao sítios certos nos momentos apropriados. O tempo é de tal modo que: 1) podemos passar a vida, simplesmente agir, e dizer no fim que ‘foi rápido’, além de não reparar nos detalhes nem nunca se importar com a simples pergunta, porque estou eu aqui e porque me está a acontecer tudo isto?; ou como me tem acontecido a mim, 2) Constantemente temos na mente o passado, os sentimentos sentidos, as emoções não manifestadas, perguntando-nos constantemente a pergunta feita na alínea 1, perguntando ainda mais, ‘o que será de mim?’, ‘Que mais vou eu conhecer neste mundo e até quando me vai ser permitido isso?’, ‘Que significa tudo isto que sinto?’, ‘Porque sou eu um ser insatisfeito desde que me conheço?’, constantemente me maravilho e me surpreendo por tudo quanto acontece e existe até ao momento que percebo e constato que há uma ordem entre aquilo tudo que vejo e sinto. E tudo o que consigo fazer, ao tentar transmitir tudo aquilo que vivencio no interior do meu ser, são simples retratos da imensidão do que sinto. Vejo conjugações de situações na minha vida, constantemente, que me levam a seguir em determinado rumo físico ou com o meu pensamento num determinado caminho mental; dei comigo, há pouco mais de uma ano, a dar valor, ou a dar um valor diferente, a sinais que a vida me transmite e que sempre me transmitiu, não sei porquê, ainda, e é muito mais forte do que eu; eu sou levado por uma corrente que não queria seguir, talvez rumo à morte, que por qualquer motivo para mim significaria a vida eterna; mas eu tenho muito medo disso, ainda tenho que fazer justiça nesta vida, tenho ainda que ‘levar a água ao meu moinho’, quero sentir a minha liberdade, mas o medo da perdição também me acompanha; tenho a visão, nasci visionário, mas numa prisão, e, no entanto, cada vez que olho para trás, que reflicto sobre a minha vida, segundo aquilo que sei e como me compreendo neste momento, parece-me que segui o caminho certo. Ainda, algo me falta para me sentir realizado humanamente, talvez o meu sentido emocional perdido por esta pobreza mental que me cerca; onde está o meu sentido de empatia humana que se desvaneceu gradualmente? Como atingir o meu bem-estar, a auto-satisfação, o autocontrolo?

       Sou um ser único, com um ritmo próprio, e com um ‘sentir do tempo’ subjectivo. A minha autoconsciência tende a aumentar e cada vez mais estou desfasado do mundo social de contacto directo. O que me envolve fala comigo, mas tenho medo de que fale comigo de mais e eu não consiga compreender. Cresci a acreditar em coisas que fazem sentido numa outra maneira de estar na vida que não a vida que me envolve e não me permite estar ou permitirá estar, segundo o que eu próprio aprendi e que me levou a acreditar noutras coisas que entram em conflito com o que eu acreditava. E eu blasfemo, por vezes, porque aquilo em que eu acredito não me deixa satisfeito como deixava, não me traz a paz espiritual, uma vivência livre de pobreza mental e social. Poverty sucks , como diria um inglês.

A dança do saber e do conhecimento

                Todos devemos ter possibilidade de acesso ao conhecimento, o que não acontece com muita frequência; Mesmo, hoje em dia, a internet não está ao alcance de qualquer um; por vezes ponho-me a imaginar a quantidade de pessoas que no mundo não sabem mexer num computador, um pouco que seja, quantas não o viram, ainda, e muitas outras que têm computador e acesso a internet pouco mais sabem do que utilizar o computador como passatempo, uns joguinhos, talvez andar pelo facebook, que está na moda, enfim muito pouco, e acontece, sobretudo em países mais pobres, a ignorância total. Eu não sei muito, também, é verdade, e o meu conhecimento é generalizado, sei um pouco de tudo, mas nada de muito saber em coisas que são específicas e/ou concretas; já o disse mais vezes, o meu pensamento é divergente e leva-me à análise e absorção generalizada das coisas e a minha motivação é a de saber o essencial de cada coisa/assunto/matéria segundo as minhas necessidades, e depois, com isso, [tenho o prazer de associar] /associo constantemente umas coisas com as outras. O conhecimento e o saber é, para mim, essencial para a paz, quer da realidade externa, quer da paz interior. Não é só a internet que traz o saber e o conhecimento, é certo, mas ela é uma fonte enorme de conhecimento, ninguém o poderá negar. A pessoa que não compreende o mundo e a si mesma, aquilo que se passa exteriormente a ela e interiormente a ela, poderá torna-se agressiva/agir erradamente/cair em auto- marginalização quando o azar lhe bate à porta ou por inconsciência, poderá disparatar facilmente, não sabendo defender-se e/ou desviar-se daquilo que lhe pode fazer mal; Com conhecimento e saber, com uma visão de águia, tudo se torna mais fácil para o conhecimento de tudo o que o envolve, as pessoas, o mundo, o Universo – assim, o amor-próprio cresce, a vontade de viver tem um novo sentido, surgindo novas motivações constantemente. É claro que as pessoas têm as suas culturas, todos nós nascemos englobados numa cultura próxima de nós, a partir da qual nos desenvolvemos e que aceitamos, normalmente e habitualmente, quando nos conseguimos adaptar a ela. Mas, e quando não nos conseguimos adaptar a ela e/ou ela é nefasta para nós? Então, surgem as marginalizações, os abusos de poder sobre esses [nós/eu] que ficam afastados dessa cultura, que deviam ter absorvido e comungado; quantos há por ai assim, que são excluídos porque não são compreendidos, excluídos por essas pessoas que entram na cultura que os envolvia, mas que de ‘saber’ e ‘conhecimento’ têm pouco, e por isso, essas pessoas sem escrúpulos, fazem mal a quem está débil/na ignorância/marginalizado já de sua própria condição.

            Tenho um sentimento, que me surge frequentemente, e que me diz que tudo o que falamos é relativo, assim, o que digo é relativo segundo o que sei, segundo o que sinto, segundo as emoções do momento em que o digo, de acordo com o que sei do assunto, de acordo com a maneira como a minha mente pensa, de acordo com os meus ideais e a minha conduta de uma maneira geral – acontece que estou a falar e a certa altura não acredito muito bem no que digo, como se fosse um paradoxo. Falamos para evoluir, também, é certo, sei-o. É errando que se evolui, é errando, e muito (!), que se aperfeiçoam os seres e as coisas e os ideais, com o devido desgaste de outros sistemas. E assim, tento, com as minhas palavras, fazer a apologia de quem eu sou e de tudo o que se passa comigo e à minha volta, onde os meus sentidos (saber e conhecimento) abrangem [fazendo jus ao lema do meu blog que está no topo da minha página inicial de apresentação]; Sinto, ainda, como se fosse uma criança (magoada) sensível, questionadora, fascinada, … : magoada com aqueles que me deviam amar mais; sensível, ainda, porque, precisamente, me magoo facilmente; questionadora porque me pergunto constantemente ‘o porquê’ de tudo ser como é e acontecer como acontece; fascinada com as respostas que encontro, com tudo o que de maravilhoso vejo, dentro do equilíbrio que consigo ter ou que a vida me dá, com o meu suposto esforço. A criança que há em mim continua em busca da perfeição, e custa-me que as pessoas se relacionem pelos motivos errados; a criança que há em mim compreende as atrocidades que se têm cometido em toda a parte do mundo, ao acaso com que as coisas acontecem, devido ao desconhecimento, à falta de saber e devido ao florescer de culturas erradas, destruidoras, malignas; a criança, pessimista [ou será realista?] que há em mim continua a ver um futuro [humano] incerto e de destruição – a maioria das pessoas continua seguindo como se nada fosse com elas, comodistas, como se houvesse e tivessem todos os direitos os homens, cada um, como se a culpa do que acontece fosse do governante ou dos outros [sem querer defender partidarismos ou politica], alimentando uma complexa cadeia de destruição que será adiada enquanto a mãe terra conseguir colmatar todos os nossos erros [e penso com isto em destruição da natureza sem necessidade, destruição de ecossistemas, de espécies de animais, destruição do homem pelo homem]. E pergunto-me e ponho esta questão a todos: será que ainda há tempo para a vida? Sei que sou um homem com fé e com a mania das grandezas espirituais, mas desesperançado quando a minha mente abrange a compreensão do confim do Universo e a subtileza do equilíbrio desta terra. Já disse isto mais vezes, porque será que nasci com esta consciência? Esta consciência de sofrer por coisas que não me deviam dizer respeito… É claro que este é ou deve ser o preço daqueles que foram destinados ao saber e ao conhecimento: o sofrer, a solidão, a entropia dos sentimentos e o destemperamento das emoções [contudo não é sempre, pois quando a maré é ‘a de se sentir bem’, esse ‘sentir bem’ é imenso e incomensurável, eleva-nos ao pico das emoções, mesmo que não manifestadas, algo que a pessoa comum não deve alcançar, suponho] – assim digo, com isto, que nem o conhecimento me tem livrado e nos pode livrar de sentimentos e emoções obscuras, do mal-estar que acontece a quem compreende mas é pequeno de mais para mudar o mundo que é exterior a mim/nós; eu sinto-me frustrado por não conseguir jamais mudar o que quer que seja neste mundo, de não levar a água ao meu moinho e nem querer entrar na dança que me convida constantemente esta vida, uma dança que tenho medo de dançar, a dança de um conhecimento e saber desconhecido.

E se…

        E se a tua vida não fizesse sentido? E se a tua vida não tiver que ter sentido? E se não existir Deus? Trilhei o caminho errado, com convicções erradas e agora não consigo sair dele. ‘Do nada viemos e ao nada voltaremos’, diz-se, mas eu ainda mais, vivo como se simplesmente não vivesse, eu não vivo e ao nada voltarei, sem brilhar nesta vida que se tornou errónea para mim, sem, simplesmente, viver. Estou metido numa grande embrulhada e não consigo sair dela. É uma embrulhada do tipo ‘destino’, em que me envolveram os tentáculos da apatia e da injustiça, e não consigo libertar-me deles, porque eles são imanentes ao próprio mundo, agora eu compreendo, mas não posso voltar a nascer. E se eu não tiver lugar neste mundo? Quem sou eu e que faço eu aqui? Deixei as minhas ilusões, deixei de viver para morrer devagarinho, dia após dia, esquecido pela infinidade do tempo. Não tenho manhas e estou indefeso, estou desprovido das emoções. Defendo ideais que na verdade não fazem mais sentido, não tenho capacidade para os defender, os paradoxos anulam-me a mim próprio, os paradoxos anulam tais ideais. Cada vez mais sou um estranho neste mundo, por mais que me mova apenas me enterro mais ainda. Não somos nada sozinhos, mas eu não posso ter mais ninguém, porque fui preso logo à partida, porque não consigo confiar em ninguém, talvez porque não haja em quem confiar. Não adianta queixar, se até o próprio Deus não existe, aquilo em que mais profundamente acreditei na minha vida, onde poderei encontrar a justiça se eu não a conseguir executar? Se Deus não existe, eu que acreditei nele, isso, faz-me tornar num louco. A batalha que travo é grande de mais para mim, lutar contra algo que não tem sentido e é relativo, é um vazio constante, e assim sou uma alma perdida neste Universo, mas que tinha esperança de que - e ainda me resta alguma esperança- esse mesmo Universo que me gerou me faça alguma justiça. Simplesmente, eu fui contra as leis que regem o que me envolve, como se o que eu acreditava tivesse lugar neste mundo. Tornei-me e sempre me mantive um ser frágil que, no entanto, nunca pensei que chegasse a este ponto de entendimento da minha vida, e quando falo em entendimento falo em conhecimento e sabedoria. Mas sou um ser cheio de problemas emocionais, e o mundo que me envolve ainda é emocional e intolerante, além de eu não reagir aos incitamentos para me mover e libertar. E como cheguei eu a este nível de compreensão deste mundo? Porque não sou eu como a norma? E se este mundo estiver cheio de falsidade, injustiça? Mas não (!), não é ‘e se…’, isso tudo – injustiça, falsidade, luta pela sobrevivência sem escrúpulos, sem regra-, sempre houve no reino animal da terra. É uma injustiça e falsidade segundo as quais, uma razão pura, eu, que me propus a ultrapassar a minha animalidade rumo à purificação da humanidade, como haverá outros, (onde a razão) não tem cabimento. E se não houver regras? E se eu nunca vier a compreender porque nasci com esta consciência e este jeito de ser? E se eu, devido à injustiça e à ira do homem – à sua incultura, à sua intolerância, ao seu paganismo, à sua cegueira etc. - for um homem cruxificado? Pois, já estou seguindo o caminho da cruz…
     Estou complicado e temo que não posso voltar atrás, a minha vida é irrecuperável. Enganaram-me, enganaram-me profundamente, fazendo-me acreditar em Deus, que havia regras e que seria recompensado por todo o bem que fizesse, por toda a pureza da minha vida, como se isso existisse…como se existisse a fé verdadeira, o caminho verdadeiro. Reduzindo toda esta conversa a conclusões: eu sou tímido e não me liberto; não me deixaram reagir normalmente às adversidades da vida e tornei-me num ser fechado que explodi rumo ao psiquismo e à transcendência e com isso me chamaram, revoltosamente, louco, por quem mais amava, e isso vincou ainda mais aquilo que sentia sem me poder libertar; sou um traumatizado (que gostava de ver o mundo destruído pela minha dor, que, afinal, tem sido suportável – não sei como - mas plena de injustiça); A frustração, o rancor e ódio que sinto pesa-me sem me conseguir libertar; Quem me dera ser livre (!), liberdade pura que eu devorasse, que nada me dissesse o que me é permitido fazer e o que não é, quem me dera ser desprovido de autoconsciência, de moral, que me dá um prazer particular e que me atormenta socialmente. Qua significa tudo isso? Que significados têm todos os ‘e se’ na minha vida?

Poderes não vislumbráveis

              Estou aqui pensando. Onde (?) não digo, mas posso dizer que estou pensando em toda a parte, como se o poder de Deus me fosse dado dessa forma, neste meu corpo perene, dependente das vicissitudes da vida de um simples ser, e nem quero dizer com isto se ele existe ou não, mas tenho para mim que jamais alguém conseguirá dizer se existe ou não. A religião afirma que existe (!), dogmaticamente: faz cair na explicação fácil e inquestionável (porque pretende dominar através da ignorância), de que tudo é explicado por um Deus com vontade própria e incomensurável e que protege os inocentes, os frágeis. E, talvez os proteja, pelo menos enquanto não duvidarem da sua fé, como me aconteceu a mim que poderia explicar a minha vida à luz da existência de Deus, até que caí na profusão da metafísica, na transcendência do abstracto, na multi-variedade e multiformidade, talvez infinitas formas, de entender o que nos é dado, a leitura de um texto, de uma frase, quiçá de uma palavra apenas que atinge todo o seu potencial quando bem expressa, emocionalmente activa, a subjectividade e multi - interpretação das ideias. Custa-me a pensar o óbvio e o imediato, mas certas verdades ocultas da vida que chegam até mim compreendo como se sempre tivessem feito parte de mim. Compreendo o livro da vida sem nunca o ter lido, todas as histórias que fazem parte da própria vida, compreendo a inexistência de regras nesta existência de seres, nesta amálgama de acções (desses seres) que não são propriamente justas, e não posso assumir que isto que sinto seja para me vangloriar, porque na verdade, nada sou, e algo me diz que não sou bom como penso que sou, e que isto é um estado de loucura. Mergulho nesta insónia faz anos, talvez eu estivesse destinado a isso. Podia ter ficado simplesmente como um louco, viver com a inexplicação da minha vida, num vegetar psicológico, mas não, algo com que interajo, talvez a minha mente com uma mente colectiva superior, me fez tornar num louco afortunado, e me chama ainda, dia após dia para que viva, me diz que eu tenho que ter fé para que a minha verdade vença.

            Neste mundo humano de poderes emergentes, o meu poder só reflectirá poderes que estão acima dos meus, poderes fantásticos, que terão as usas vantagens e desvantagens para quem os possui. No entanto, o poder é estranho para mim, ter a capacidade de regular vidas de outros e ter a sua (a própria vida) salvaguardada enquanto esse poder o protege, ao regulador. Estarei salvaguardado no meu berço enquanto o poder de meus pais me protegerem; estarei salvaguardado no jogo, seja ele qual for, se eu for bom na aplicação das regras desse jogo; estarei salvaguardado no jogo da resistência se for saudável e/ou bem treinado ou, senão… terei que produzir sub-regras pessoais para que possa sobreviver já que não me adapto às regras, se não tiver capacidade de resistência e apelando à sorte, quando não houver outra explicação, e, mesmo assim, serei sempre um desvantajado por mais que queira vencer por outras regras. Num estado avançado da autoconsciência, todas as dúvidas afluem à mente, deixamos de confiar até nos nossos próprios pensamentos assim como não podemos confiar em ninguém, porque todos os outros como nós próprios estamos em constante mutação, e o que era confiável deixa de o ser num período mais ou menos curto de tempo. A desconfiança e a disputa são os móbeis (entre outros, muito provavelmente) do ser humano: intrinsecamente nas raízes do ser cerebral, que finge ser amigo, quando o não é; fingidor se tornou o humano (o animal humano que se acha a mais superior de todas as criaturas). Como posso saber quem é meu amigo ou não? Poderá a amizade ser uma constante? Vence o fingidor que consegue fingir até ao fim, quando não lhe descobrem a verdade de fingidor. E parece que fingir está na moda do televisivo, a ilusão da vida, do fascínio pela imagem a entrar e a transformar o modo de pensar e agir das pessoas na vida real, o actor durão que não morre, derrota e é mais esperto que tudo e todos.

            Consigo vislumbrar a ‘panelinha’ entre os seres, mas eu não tenho. As pessoas protegem-se, criam laços entre elas, e eu não tenho nem sou capaz nem faço por isso, porque tenho medo, porque um poder maior me prende, porque me rejeitaram e sei lá que mais. Vitimizo-me, sim é verdade, porque, na verdade, sou vítima, sempre o tentei esconder até que explodi… ou melhor, talvez implodi. Jogam comigo e tentam enganar-me, não sei o que farão por trás, talvez gozar, difamar, ou talvez nada disso, apenas, sou eu que torno tudo isso exequível. O meu poder oculto é ser quem sou, intrinsecamente, extrinsecamente sou vulnerável. Meus pais só esperam ver-me bem quando chego, dia após dia, mas também assim são as pessoas no geral, porque quando estou mal viram-me as costas e não querem saber do que sinto e de me ajudar, só querem que seja normal, que faça coisas normais, e eu precisava que meus pais me ajudassem a ser livre, isso é o que preciso, e eles me negam e negaram a liberdade, e eles me prenderam. Além disso, fui um ser muito mal – educado, a educação que me deram não se aplicava a mim. Mas tenho que partir de onde estou segundo o que fui.

            O poder do homem? Homem que constantemente se Auto vangloria sobre a supremacia que vai tendo sobre a natureza e dos conhecimentos que a permitem dominar, como se o homem fosse um e a natureza outra, dissociado, como se houvesse disputa entre o poder da natureza e o poder do homem, como se fosse possível aos homens vencerem a natureza. Mas que orgulho é esse?! Que luta vã é essa? O que chamam de conquistar conhecimento e supremacia sobre a natureza são na verdade passos apressados para a destruição da vida, o homem a desestabilizar o homem, uma cultura da verdade da ciência (cientifica) - que não se sabe ao certo que é a verdade mas que funciona, é certo -, e que encaminha a destruição inevitável das culturas humanas, a criação da aberração que afinal sempre existiu, a destruição de culturas, de mentalidades que pensavam (de quem pensava) viver num ambiente de valores eternos. Mas sim, para mim como para muitos outros, fizeram (-me) abrir os olhos. O melhor do mundos é uma utopia. O bem-estar anda por ai, é certo, mas é tão relativo. Pergunto-me constantemente porque para uns estarem bem têm que estar outros mal? Agora pergunto-me mais, porque quem está mal, não faz por estar bem? Mas tudo é assim, paradoxal, antitético, por contraposição, e alguém ou algo quis descobrir uma ordem que, afinal, só existe na mentalidade do homem, no sonho, nada mais que isso. Simplesmente o poder será a supremacia do mais apto e mais forte para sobreviver, quer me custe ou não, porque sei que eu não sou o mais apto e mais forte. Mas vislumbro outras capacidades de sobrevivência, mas não as defino, porque não são claras para mim.

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