Fluíres incertos [Ensaio poético] 2003
Fluíres incertos
Em Dias ensolarados, caminho sem destino visível
Nos claros momentos. No Pensamento inflexível
Acho-me instável, num segundo, descobertos,
É formidável, este fluíres incertos!
Já repetidos, batem à porta fortemente,
Destinos estampados, surgem dolentemente
Assim é a minha mente, cheia de ruídos
Talvez adivinhem a corrente, de ideais desmedidos
Nas antíteses das palavras, confundindo a lógica,
Há nas imensas filosofias, um insondável Poeta,
Que descobre, que desvenda, impensáveis ideias
Neste mundo de loucura, de ininteligíveis palavras.
Há um universo de surdos, onde a imagem é tudo,
Paira um som mudo, onde as palavras são ecos abafados.
O lugar dos sentimentos, foi severamente preenchido,
Pelo dinheiro mal dividido, pelo vazio dos sentidos.
Gritos chamam a atenção, Pessoas olham e não vêem.
Aqueles que lêem na alma a provação
De uma emoção, daqueles que orgulhosamente vêm
Sem, sequer, terem a inteligência da imaginação
Difusos os olhares, alternam com ritmo próprio,
num mar profundo e sombrio. Sem isso notares,
como se partir fosses, o âmago sente um calafrio.
Em tua presença, um arrepio, talvez de saudades.
E agora vou sintetizar, aquilo que disse, sem sentido.
Há um caminho percorrido, sons lindos, nele, a pairar
Há assuntos não desenvolvidos, mas que te fazem pensar
Talvez o fim seja brincar, exprimindo sentimentos doídos.