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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

'Um mundo sem Deus converte-se num mundo de egoísmo' - observação a Zénit

 

Vou fazer umas observações. Antes de tudo temos que saber quem é Deus, e isso não é dado a saber aos sentidos de qualquer homem, mesmo de muitos que seguem e querem acreditar na Divindade, mesmo seguindo cargos religiosos. Acredito que para O conhecer-mos e O compreender-mos teremos que nos transcender. E não há melhor forma de nos transcendermos do que afastarmo-nos de tudo o que nos foi imposto pelos homens de uma maneira incorrecta, adquirindo para isso a maior visão do mundo e do Universo que pudermos ter, afogarmo-nos o mais profundamente, em conhecimento retirando de toda essa informação apenas a substância pura e essencial, destruindo mesmo o que é conhecimento falso, ultrapassando para isso as barreiras da nossa inteligência e finitude dos nossos sentidos, e mergulhar ao mesmo tempo no nosso interior, na busca de quem somos. Porque Deus tem que estar intrinsecamente ligado à Igreja? Só quem acredita em Deus, baseado nos dogmas da Igreja, pode conhecê-lo? Pois eu acredito que a minha Cristandade, que me foi legada, me levou e tem levado a compreender cada vez mais, essa Entidade infinita. Concordo que todos deviam conhecer o que de bom Jesus tem a nos dizer acerca de Deus e das correctas relações da humanidade. Mas acredito que há outros meios de chegar a Deus, mesmo que eu ainda não os tenha vislumbrado. A questão do ‘bem’ e do ‘mal’, qual a sua definição e o que significam esses dois conceitos, também é uma questão que deve imperialmente ser colocada e não é para ser respondida de maneira fácil, pois ela é uma questão essencial na relação com a fé e com o Deus puro e essencial, que rege o Universo, sendo Ele também o próprio Universo, estando em tudo quanto existe. E a Igreja, enquanto instituição, cometeu muitas faltas no passado, contribuindo para que se tivessem provocado muitos actos reprováveis no seu percurso ao longo da História, reprimindo os homens em excesso, levando-os a afastar do verdadeiro sentido de Deus, fazendo o mal também. Assistimos hoje à completa libertinagem em que se transformou o mundo sob a capa da liberdade do homem, a vida sem freios, que foram outrora excessivos no sentido da repressão que era imposta por esses dogmas e agora tende a levar a excessos opostos no sentido de que todo o homem é livre e deve fazer o que lhe dá ‘na real gana’ como se não houvesse uma consciência moral. Como que a humanidade quer afastar-se de algo que os reprimiu durante tanto tempo, a Igreja, e ao mesmo tempo afasta-se de Deus sem se aperceber. É tempo de a Igreja mudar de paradigma, buscar nas suas fundações, que foram Cristo, o verdadeiro sentido dos sofrimentos e alegrias da humanidade e a Verdadeira relação com Deus, e fazer transmitir à humanidade de uma maneira mais razoável e que seja assimilável pelos homens, os ensinamentos de Deus, de quem Jesus foi um dos símbolos desses mesmos ensinamentos. Foi Deus que nos permitiu chegar ao ponto a que chegámos. E então qual será ‘a voz da verdade’? Qual será ‘a voz dos valores’? A voz de Deus, certamente, e isso leva-nos a perguntar novamente: -quem é Deus? - Quantos se perguntam sem obter resposta. Certamente não estão em nenhum homem, jamais em mim, essas vozes, por mais próximas de Deus que estejam. Eu acredito em Deus. Tenho fé que Deus fala à humanidade na inteligência que nos deu, em todo o nosso ser, na relação que temos com os outros primogénitos e em tudo quanto existe e podemos sentir. Deus é a nossa vida, que deveria ser harmoniosa, mas não o é porque o homem não é perfeito como Deus. Há que elevar a consciência humana, ajudar na busca do sentido da vida quem está perdido, há que viver livre, respeitando o limite da liberdade do outro, das outras criaturas e seres do mundo, da natureza no geral, sabendo que nenhum homem que tenha visto a vastidão de Deus consegue fazer algo pela humanidade e pelo belo e único mundo que algum dia tivemos, se Deus não quiser. Para finalizar, este mundo de imagem e som, este novo mundo da comunicação,  ao qual todo o ser humano se maravilha e se rende,  deve ser posto ao serviço do desenvolvimento das sociedades que compõem esta terra, demonstrando-lhe que devem viver no máximo de equilíbrio possível, ser tolerantes uns com os outros, e que façam o que fizerem, acima do bem e do mal, está Deus, essa Eternidade, e que nós apenas somos seres perenes que tendemos a perscrutar o que haverá para lá do nosso fim. E assim sendo, somos livres até ao ponto que Deus quiser, e tenho fé que cada um terá que responder por si perante o que há-de vir, nenhum outro homem o pode fazer, porque não pertencemos a ninguém a não ser a Deus, nem mesmo aos nossos pais terrestres.

Análise exasperada dos conceitos: humanidade, economia, liberdade e das relações entre os sistemas

 

 

 

Exasperando, todos os dias. Talvez a definição me leve a algum lado. Piorando certas coisas de dia para dia (embora haja algumas que melhorem também), irritado, para dentro, constantemente, faz longos anos. Talvez exasperado signifique crispado, contrafeito e também contraído, tenso. Um emaranhado de definições, umas que nos levam a outras e que me trazem de novo a esta: exasperado. Contrafeito com o que me envolve, encontro respostas para as minhas frustrações também. Como posso eu estar sereno e não exasperado se o que vejo e o que leio não me deixa ficar indiferente? Como posso eu ficar indiferente às notícias que vejo no telejornal, que vejo no jornal, que vejo na revista? Uma menina foi raptada em certa altura, quantas não foram raptadas depois desta? E parece que já foi morta, há indícios disso, um homicídio, de um ser humano, ainda com a vida pela frente ainda para mais, como posso eu ficar indiferente? Como se não fosse humano… mas sou. Violações, crimes, suicídios… dia após dia tudo a vir ao de cima. Coisas (problemas) que me não poderiam dizer respeito, mas dizem, sou humano, pertenço aos homens, e a humanidade busca a perfeição, e para atingir tal, essas coisas não são admissíveis. Nessa busca da perfeição e bem-estar, na busca de múltiplas respostas para as imensas perguntas que nos envolvem com todo o avanço tecnológico, toda a humanidade se atropela uma há outra, a interacção entre os homens é imensa nos dias que correm com tendência a aumentar. A raça é só uma, a humana, mas a lei não é igual para todos, a justiça humana é errática e o que move o mundo moderno é a economia e os números, no geral. O homem moderno ambiciona muito os bens materiais, de uma maneira geral, e em poder económico como se esse fosse o fim para que se vive, como se o outro fosse mais um numero nesta teia imensa que é a humanidade. Nem sempre foi assim, houve tempos em que o homem valorizava o interior e os sentimentos, o que era genuíno na humanidade. O homem antes de ser homem já era animal, mas não se restringiu ao que era, para bem da sua sobrevivência enquanto espécie, e agora quer tornar-se num Deus, fazendo uma justiça que há – de ficar aquém de justa, querendo transformar o mundo como se o mundo um dia se tornasse melhor só porque ele o transformou à imagem dele, do sonho que persegue. Como posso ficar indiferente às alterações climáticas que estão acontecendo em nome da liberdade do homem, que tem por base essa economia, e num sonho inalcançável como é a perfeição, esquecendo-se e afastando-se daquele que é o seu lar, que é a terra? ‘O homem é lobo do homem’ (Thomas Hobbes, filósofo inglês). Para mim a espécie humana compete neste momento, como sempre, segundo ‘a lei do mais forte’, só que num nível mais evoluído do conhecimento e inteligência, mas está cada vez mais longe das origens, ou será cada vez mais perto? ‘Do pó vieste e ao pó hás – de voltar’. Talvez a perfeição seja um equilíbrio entre coisas perfeitas e coisas imperfeitas. Parece-me isso o mais evidente, a perfeição não é um estado, um facto, mas um momento, e assim há coisas e momentos perfeitos e há coisas e momentos imperfeitos. Tem que haver o pobre e o rico, o inteligente e o ‘burro’, alegria e a tristeza… Não se consegue um estado para sempre. A perfeição não deve ser uma meta mas uma constante universal de equilíbrio onde desajustes desse equilíbrio tendem a fazer movimentar sistemas que estão em interacção dentro desse sistema maior em equilíbrio e que formam um todo (um outro sistema) e que tendem para um novo equilíbrio.  Logo, nem sempre seremos inteligentes, nem sempre estaremos em baixo na vida – teremos momentos melhores e momentos piores e talvez o pobre nem tenha sempre que ser pobre, talvez ele veja ‘a luz’ e consiga singrar na vida e vir a ser rico, talvez porque um outro rico deixou o lugar vago e passou a ser pobre – relacionando isto com economia.

Termino assim, um pouco menos exacerbado com o mundo humano. Talvez as coisas tenham que acontecer como acontecem, talvez o assassino aja como aja movido por desequilíbrios no sistema que o envolve e o faz agir assim. O sistema maior que engloba todos estes sistemas, o universo, é o sistema de onde vimos e para onde vamos. Concluo por hoje que tudo é uma passagem, e a nossa vida depende da interacção do nosso sistema, que somos cada um de nós, com os sistemas que nos envolvem. Nada depende somente de nós, mas nós podemos fazer a diferença em relação ao que se pode passar no nosso futuro, imediato ou posterior.

 

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Dignidade [5/03/-04]

 

            Eu sou digno. A dignidade, o que é isso? A definição do dicionário não é tão curta como isso. «Qualidade moral que infunde respeito». A minha qualidade moral não está propriamente boa neste momento, mas se a comparar com aquela que tinha há cerca de três anos, está muito melhor. A minha dignidade, a luta por ela, a minha vida por um fio, a loucura a entrar pela minha porta a dentro mascarada de inteligência, sensibilidade, bom aspecto. «Consciência do próprio valor». Se a definição fosse esta decerto teria muita dignidade, sempre achei que tinha muito valor assim como continuo a achar, só que antes pensava que eram os outros que me tinham que a reconhecer, agora sei que para quem a interessa reconhecer é para mim próprio. «Gravidade». È certo que existe gravidade em mim assim como existe em qualquer pessoa que tem orgulho em si próprio, não ter a mínima gravidade é como que atentar contra a própria existência, é não existir auto – estima, é achar-se indigno, o que não se pode negar a nenhum ser humano que tem direito de existir, seja ele qual  for, e tem direito de viver. Ao contrário do que se possa dizer por alguém, a auto estima é algo que reside em nós até à hora de morrer, mesmo que a nossa personalidade não esteja formada, mesmo que não   gostemos de nós próprios, normalmente da nossa imagem exterior, a imagem interior é a própria auto estima, o sentimento de si. «Grandeza». Não. Não sou grande exteriormente, não tenho a mania das grandezas, pelo menos das exteriores, se bem que por dentro me sinto infinitamente grande, há um Universo dentro de mim, assim como o deve haver dentro de qualquer pessoa, uma grandeza que sinto tanger  Deus, e ai sim, sinto-me grande, diria mesmo que me sinto o mais alto dos homens, o maior deles. É claro que sei que isto é apenas uma presunção. Não passo de um simples ser humano ainda finito. E tenho medo de ser quem sou ao mesmo tempo, tenho medo de ser grande. Bem quero perder esse medo mas... não sei se um dia o perderei. Talvez eu não queira ser grande, talvez eu seja realmente grande de mais para estes homens deste mundo, talvez eu seja apenas um entre tantos dos que, diria enviados por um Deus, o meu Deus e o Deus de todos os homens, mas tudo isto são suposições. Talvez eu na verdade não seja ninguém mais que um simples homem ou ainda um homem que simplesmente compreende o mundo e anseia compreender mais e mais, sem poder parar, como se existisse uma força que vem de dentro para tal, superior e transcendente a mim. Será que compreendo o mundo à minha maneira? Como alguém poderia dizer. Não sei se estou certo ou estou errado, e mesmo que estivesse certo que poderia eu fazer? Mais uma vez : sou um ser finito, pelo menos exteriormente já que interiormente me sinto infinito. Como poderia eu chegar às pessoas sendo eu tão limitado? Mesmo que me tornasse no melhor orador que alguma vez existiu, como poderia? Teria que viver muitos anos, e ai sou  finito, um simples ser do mundo. Pois, grandezas, para nós apenas, para o nosso interior. A matéria é finita. E quanta consciência infinita eu tenho disso. «Modo digno de proceder». Sempre pensei em proceder do modo mais digno em todos os actos da minha vida, o que é sempre difícil, guiado pela busca da perfeição, até há uns tempos atrás. Mas, qual será o modo mais digno de proceder? Talvez o proceder segundo aquilo que nos parece mais certo nos momentos em que temos de proceder. Se agirmos como tal estamos a proceder bem mesmo que isso produza efeitos maus. É claro que se achamos que estamos a proceder bem para nós outros não o verão da mesma maneira. O nosso procedimento é o nosso comportamento. Se agimos, agimos movidos por um motivo, comportamo-nos segundo algo em que acreditamos e segundo causas que nos fazem mover. Mas o nosso comportamento quando interfere no comportamento do outro, privando-o da sua liberdade condicionando-o ou querendo-o condicionar e mais ainda quando se tem consciência disso, deixa de ser um modo digno de proceder. Estamos a impor-lhe algo que tem consequências, é  incerto de ser bom ou mau este nosso comportamento. O homem deve ser livre de escolher os seus modos de proceder, os seus comportamentos, isso é dignidade, quando o homem tenta impor as suas ideias que se demonstram em comportamentos e isso interfere no comportamento do outro forçosamente, isso é um modo indigno de proceder. Ainda diria mais, o homem nasce por natureza digno, assim são as crianças, mas que com o crescimento vão aprendendo a ter atitudes indignas que a consciência cria como seja rabujar sem razão só  para ter a atenção de um adulto. Atitudes como estas irão criar no adulto estados conscientes de indignidade de procedimentos. E hoje, existe na sociedade dita civilizada um senso comum  indigno, quando tenta conscientemente entrar na esfera privada da liberdade de cada um. Assim é o atentado que se está a dar em relação à destruição da família, assim é por exemplo o efeito que as novelas podem criar nas pessoas, na criação de comportamentos que não se ajustam com a realidade, a atitude consciente, logo indigna, de fazer sonhar as pessoas de influenciar massas a ter comportamentos que não se ajustam com a sua realidade, a fazer viver a vida em vão com valores que se tivessem que escolher livremente não escolheriam. Assim é a ideia que alguns tentam impingir e que está a alastrar-se a toda a sociedade de que o homem vive para o sexo, tornando o homem um animal consciente que está a criar uma sociedade que pensa que para proceder bem tem que fazer sexo, não dando lugar ao amor e à capacidade de amar, isto directamente relacionado com a destruição da família. «Respeitabilidade». Sem dúvida que sou uma pessoa respeitada de frente a frente com as pessoas. Por trás não sei se é assim, mas acredito que sim. Sou uma pessoas no mínimo normal e como tal as pessoas respeitam-me quando eu me respeito a mim próprio. Quando temos o ego em baixo a moral está em baixo é quando certas pessoas se intrometem, fazendo – nos sentir mais mal ainda, aquelas pessoas que conscientemente se tornam indignas ao não respeitarem a nossa liberdade e nos querem fazer ver a delas. 

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