Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Vejo a vida passar defronte de meus olhos, como um passageiro que observa a (sua) paisagem. Sinto que não tenho tempo, sinto tristemente que já não tenho tempo. Sinto que estou a perder todos os sonhos, vagarosamente. Sinto que estou embrenhado numa teia. Sinto-me só. Sinto-me gozado, como se rissem de mim em verdadeira galhofa, meu progenitor, primeiro culpado de todos, de todos aqueles que ficam impunes neste mundo. Sinto - me desencontrado. Eu tenho realmente que identificar as causas de tudo isto: as pessoas culpadas e os motivos biológicos de eu ser quem sou, estar como estou, de me sentir como sinto. O vazio social é grande, tudo deu errado, e eu, continuo à procura dos culpados, ou dos motivos porque tudo isto me acontece assim, deste modo. Sinto que não sei fazer nada, e é verdade, que sei fazer eu? Um inútil condutor de uma vida que não se sabe qual será o destino, um ser desvalorizado à nascença. Que é uma pessoa sem outras pessoas? Mas, se é assim, porque nos sentimos perdidos (me sinto perdido) neste mundo de 7 mil milhões de pessoas, onde, afinal, apesar da imensidade de coisas e estados existirem nunca estou satisfeito com o que tenho – como acontecerá a muita gente. Sinto-me perdido e desalinhado neste trajeto sem significado, quando um dia, penso, eu tive a grande esperança, por mim, que mais ninguém pode ter por ninguém neste mundo. Sinto-me realmente só. Sou um passageiro que conduz o seu móbil, sozinho, sem tempo de parar e apreciar a paisagem. Antes de ter a carta para conduzir, onde eu tinha a certeza de que iria fazer uma grande viagem e estava ansioso por isso. Talvez eu nunca tenha iniciado essa viagem tão ambicionada. Quantos caminhos errados tomei... Mas este caminho não tem regresso. Nunca tive o prazer de dar boleia a alguém com quem se pudesse conversar, aquele conversar com amizade, com sentido de ligação das emoções, porque, na verdade, em mim as emoções estão seladas. Pronto! Sou eu o culpado de tudo o que se passa na minha vida! Mas que vou fazer??? Sei lá, adiante. Nunca levei a água, na verdade, ao meu moinho, moleiro que eu deveria ser. Penso que seja a ‘minha condição humana’ que não me deixa ser mais do que sou: sinto-me vergado na constante defesa da minha dignidade que tem sido posta à prova, a minha dignidade psíquica, mental, psicológica, sobretudo estas até ao momento, a dignidade física mantem-se intata, não sei até quando - lá ta o próprio medo, aquele de chegar a um ponto onde a filosofia e todo o conhecimento do mundo não me pode ajudar, onde a mente cairá em decadência como já alguma vez o senti faz 11 anos. Assim, encontrei este refúgio, neste blog, o blog das minhas lamentações, onde mais uma vez me desencontro com o mundo social (onde nem um comentário recebo - o porquê só Deus sabe, que eu não compreendo nada, mas imagino o complô de uma anti - vida que me quer derrotar e que temo que isso possa acontecer -, onde o vazio se estende pelo tempo desta viagem, cada vez mais escasso, onde não dialogo, nesta escrita vã e monocórdica, onde me afundo cada vez mais, nesta piscina funda onde alguém a enche de água para, precisamente, me afogar, pois eu não sei nadar. - Julgo ainda vir a bater o record do Guiness do blog com mais lamentações pessoais de todos os tempos -. Questões e mais questões surgem, infindavelmente, a ponto de colocar um homem louco, no mínimo, confuso; e então quando aquela (s) resposta (s) encontrada (s) como sendo a verdade o deixa (m) de o ser?! Aí é o descalabro completo, descalabro do impensável paradoxo da existênciaque nos deixa completamente atordoados, que deixa a própria ciência boquiaberta. Porque não posso ser eu íntegro? Se me perguntar a mim esta questão anterior, eu tento responder: Não sou íntegro porque não sou eu que comando a minha vida, assim como não comando a vida do mundo, e, do mundo que me envolve, em particular; apesar desta evidência ainda não ser tragável para mim, como se fosse uma criança que acredita que todo o mundo gira à sua volta e de que eu posso mudar o meu mundo. No entanto, sei que todos estamos ligados de algum modo; acredito no ‘efeito borboleta’, assim como acredito no fascínio das coincidências: por exemplo, como passageiro, de encontrar um lugar para estacionar o meu veículo no momento certo, em que eu chego, no local ideal. Têm acontecido tantas coincidências na minha vida que, orgulhosamente, poderia continuar pensando que sou um ser especial como sempre o quis ser, como sempre quis que a vida me tratasse, como tal. Vou contar somente uma coincidência: um dia eu saio do meu trabalho, e, ao pôr o meu veículo a funcionar, eu tinha ligado para começar o radio a funcionar e não o cd, eis que começa dar uma música dos Pink Floyd na rádio RFM, ‘Another brick in the wall’, acho que a parte 2 das 3 partes de another brick in the Wall para quem conhece, aquela musica ‘we don’t need no education…’; não é que acontece a fantástica coincidência, entre as tantas e tantas coincidências que tanto se tem passado nos últimos tempos e em tantas áreas da minha vida, acontece que ao ligar o cd sem eu o saber, a música que começa a rodar, quase em preciso simultâneo, questão de 1 segundo de diferença aproximadamente, no momento em que se transmitia a música da RFM, era essa música, a dar, repito, quase em simultâneo com a do cd; eu não fazia ideia que tinha essa música para começar no cd, foi uma coincidência fantástica, melhor só sair o euro milhões (e eu jogaria se não fosse tão pessimista e me sentisse tão azarado ao jogo como na vida). Situações como esta têm-se repetido constantemente na minha vida, pelo menos de um modo que eu me aperceba de há poucos anos pra cá. Eu olho para o relógio e são as 23horas23minutos, numa outra altura são 11horas11minutos e estão la fora do meu carro 11ºcelsius de temperatura, porque eu observei esses momentos e não reparei noutros sem nexo? E pergunto-me em última análise se tudo, em absoluto, neste mundo acelerado, não terá uma explicação que só ‘os privilegiados conseguem entender’, ou aqueles que conseguem associar as coisas, conseguem ter capacidade de análise (acelerada talvez)? E quando passam músicas que se adaptam ao momento ocasional e que funcionam como explicação e móbil daquilo que se está a fazer? Não sei que significam todas estas coincidências na minha vida, e o que se têm passado, em especial, nos últimos anos em que eu me apercebi que havia um tempo para tudo, por exemplo, em que acho que atingi uma nova fase da minha vida. Procuro significados da minha vida, mas pergunto: haverá significados definitivos? A minha condição humana, é, afinal, como a que deve ser a de todos os seres: de incerteza perante um futuro desconhecido, imponderabilidade perante o futuro incerto onde na curta existência de vida se vive próspero, remediado, necessitado ou miserável, com isto tudo a acontecer lado a lado por seres que se exploram uns aos outros numa indiferença que aflige, fazendo apoio a alguns que necessitam como remedeio depois do assalto a casa trancas à porta: tanta mentalidade, tanta ideia e idealizações do mundo, quanta falsidade no meio disto tudo, quanta ignorância do tipo ‘Ah! Isso não é comigo’, ou então é o safa-te como puderes. Pergunto, que merda é esta de ‘economia’? Foi algum profeta que a inventou? Eu quero ter conhecimento e fazer coisas que me satisfaçam por as fazer, tal como me satisfaço a fazer sexo quando isso me dá prazer, quando posso, quando surge a situação propícia. Eu quero usar a sabedoria com liberdade - não quero fazer sexo naqueles dias porque tem que ser assim, porque manda o regime vermelho, porque a merda da cultura da economia do homem arrasa um ser como eu que não tem meios para se defender, porque em última análise aquilo que tínhamos por certo afinal é incerto, e um ser humano que se acha superior domina tudo até muito mais longe do que a vista alcança, de um modo que só os céus compreendem o porquê de tudo isto ser assim, o porquê do ‘é’ e do ‘não é’ - por isso apelo ao Universo que me trás tantas coincidências, essas, e que elas sejam presságios de um bom futuro, de que tudo se está a organizar para o bem, no bom caminho. Eu penso, eu preciso é da força do fazer, o dinheiro é um mero simbolismo para que se produza o que é preciso, para que se efetue a troca do bem que eu não tenho e preciso para efetuar com conhecimento a minha tarefa, que eu conheço pela ciência e a pratico como sabedor – penso que a mentalidade do homem atual, que vive nas zonas mais ricas do mundo ou a partir de um certo nível de vida, pensa que tem todos os direitos, que esse ‘imponderável’ para ele não existe, que nunca faltará o essencial, como se o mundo fosse (espetávelmente) previsível, dominável além de fonte inesgotável de recursos, onde ‘O segredo’ é imaginar com toda a força e desejo possível tudo o que de bom existe (egoisticamente) para cada um de nós e tudo isso nos acontecerá (pergunto-me porque eu sonho assim faz tantos anos e tanto do que é negativo vem ter comigo) -. E, assim eu vivo, no imponderável dia de amanhã, como na verdade sempre vivi, com medo de não subsistir, já manifestei isso mais vezes. Estou desempregado, como tantos outros. O futuro é incerto, na verdade não sei fazer nada, repito, apenas conduzir um móbil, bem ou mal, e lamentar-me, aqui, perdendo tempo precioso da minha vida, porque não sei utiliza-lo de outro modo. Talvez o fim seja o de saturar as lamentações que têm que ter um sentido, que têm que ter um meio de explicação e superação, para mim, que estupidamente há já tantos anos procuro. Mas há quanto tempo eu digo isto?! Há quanto tempo… desde sempre, neste quarto aborrecido onde eu cresci e vivo com desejo de conduzir mais um dia, como passageiro, esse móbil, e, mais que não seja, apreciar a paisagem, como ‘The Passenger’.
A mente não me corresponde de uma forma linear, não sei se só me acontece a mim ou a outra gente, nem consigo efectuar várias operações mentais ao mesmo tempo, normalmente. Parece-me que quando era mais jovem, até perto do fim da minha adolescência a minha mente funcionava de modo mais linear, mas com a idade adulta foi-se tornando o pensamento mais disperso, com maior dificuldade de concentração e sequenciação de tarefas, o que não sei se se prende também devido à utilização do computador, em que faço multitarefas.
Há muita maneira de escrever, segundo os ritmos que se consegue transpor para a escrita através da pontuação e da transmissão da ideia que presume maior ou menor rapidez/lentidão acerca do assunto que se está a falar. E pergunto-me: será que na verdade eu queria transmitir algo em concreto, neste momento, ou simplesmente divagar? Talvez divagar seja a resposta.
Gostaria de falar de emoções, amizade, amor, sexo e sexualidade. Gostaria falar do transcendente e do não palpável que são por exemplo esses temas. Psicologia, psíquico, mente também se englobam nesses temas. Gostaria de falar a verdade, ou daquilo que me parece ser a verdade, sem ter contrapartidas negativas, nem positivas, sem contrapartidas simplesmente. Gostaria de desenvolver e de que tivesse sentido esse desenvolvimento dos temas. Queria pôr tudo o que existe numa frase não muito comprida, apenas de algumas linhas, revelando com isto o meu lado mais prosaico, a minha narrativa não factual da vida, a vida dos sentimentos narradas com objectos, seres e/ou palavras que fazem parte do nosso mundo, e que o descrevem, para descrever o nosso mundo interior, como muitos homens que me antecederam já o fizeram. Ou ainda juntar o científico [os factos e as explicações da ciência que descreve o universo com precisão, que descobre as leis da física e da química] ao nível do psíquico e da imponderabilidade, da incerteza da conjugação imensa das coisas mais elementares do Universo e que o homem não conseguirá alcançar por mais tempo que consiga viver. Queria, desejava, que brotasse de mim a imensidão da inspiração e da motivação para isso, aquela que tinha na juventude sem no entanto ter a visão alargada que cada vez mais tenho, para meu bem ou meu mal. Como o simples pode ser complicado… Somos uma parte ínfima do universo, e no entanto ganhámos uma consciência da grandeza da vida: de que existimos e de que conseguimos ver causas que provocam efeitos, que existem explicações, quer seja a nível cientifico, quer a nível psíquico, como eu tenho revelado a mim próprio, na continuação da minha vida. Somos pilotos de uma máquina que nos ultrapassa ,a nossa compreensão -e que tendemos a revelar, alguns, mais ou menos, não sei -. Divagando, semeamos o nosso pensamento no abstracto da psique que se encontra ligada por laços ainda estranhos e eternamente invisíveis – ‘eternamente’, porque eu ainda não consigo vislumbrar o fim -. Associo assim o que é contínuo ao que é descontínuo, a lógica de uma ideia com a lógica de outra como se isso fosse possível no mundo real, mas não é, (!) associo ideias que não têm sequência, e estão de tal modo ligadas que afinal não são visíveis por qualquer um, como se estivessem encriptadas apenas para nós, ou para alguns entre muitos [em ultima instância: para mim]. A emoção está lá, nesta escrita que eu digo, o jogo do pensamento é enorme, e quiçá se movam montanhas com ele. Todo o passado se projecta no futuro, tudo o que foi nos trouxe [me trouxe] até aqui. Mas só aqui, na escrita virtual este mundo é verdade para alguns. Só num mundo virtual é possível uma transfiguração para algo que não sabemos o que vai ser [não sei no que me vou tornar]. Eu sou espectador de mim mesmo, vejo-me através do meu tempo vivido. Persigo a ambição do El Dourado do bem-estar espiritual, e a verdade é que por enquanto, se existe, ainda não o alcancei, demasiadas pessoas mo proíbem, leis que estão e atentam contra a minha existência. Procuro gente de bem, procuro-a no mais fundo do meu ser, ele [o meu ser] perscruta o interior dos outros, e, ainda não descobri pessoas a quem pudesse dizer, ‘sim, aqui estão aqueles que me espelham’. Talvez ande desencontrado, porque perdido não queria estar. Queria fazer-me em sociedade, não sozinho. Aceito a vida tal como ela é, mas não consigo deixar de me questionar e lutar contra aquilo que me quer destruir e não compreendo porquê, quero que me deixe de perseguir a vida ou algo que nela existe, o azar que vá para bem longe e que eu me reencontre dia após dia.
Trago os lugares por onde passo nos meus olhos. Solitariamente imagino a vida de tanta gente que me envolve, imagino o que sou e em que posição estou em relação aqueles que vejo, e aquilo que consigo sentir deles. Imagino aquilo que sou e aquilo que provoco à minha volta, na minha presença. Imagino e nunca sei se é verdade ou não, e chego a perguntar-me se aquilo a que chamam realidade não será apenas a imaginação de algumas pessoas, ou muitas pessoas, ou mesmo imaginação da humanidade. Pergunto-me até que ponto somos iguais e até que ponto somos diferentes, o que nos une ou o que nos afasta, pergunto-me, em última análise, o que me une e o que me diferencia do resto dos seres humanos. Vejo tanta gente em movimento, gente que viaja, neste mundo que devora petróleo. Vejo gente que viaja mas que não sente a terra que os envolve. Ou será que sentem e eu é que não vejo isso? Conheço o toque, o cheiro da terra e a emoção do sentimento térreo, mas muitas vezes sinto que me escapa o sentimento humano, a emoção da ligação humana, como se fosse um extra-terrestre. Vejo gente que me parece viver em liberdade e despreocupação com a influência que tem no mundo e com o futuro, e mesmo gente que quer permanecer ignorante, como se fosse para não ter de assumir possíveis culpas sobre o que se irá passar. Por vezes parece que eu estou acima de tanto sentimento humano que me envolve, que consigo ver mais além. Por vezes parece que estou abaixo de todos, que toda a força e conhecimento e saber que possuo não significam nada, e assim, por vezes, penso: ‘De que me vale todo o conhecimento e o saber sem a perpetuação daquilo que somos?’. Por vezes apetece-me desistir das pessoas, mas por vezes sinto a falta da proximidade humana, e sei que se desisto delas estou a desistir de mim, e isso não posso permitir, por mim próprio. Talvez me reste compreender mesmo que nunca o consiga dizer. E eu compreendo ou pelo menos tento compreender as atitudes do comportamento humano e muitas vezes posso tolerá-las, mas muitas vezes não consigo porque estou envolvido nelas e, aí, age mais o instinto do que a consciência de compreensão que possuo, as regras da existência são outras e como que estão constantemente a mudar. Tenho medo de me magoar, de que me magoem, pois sou susceptível a muitas e determinadas atitudes, que se calhar sou eu que exagero no meu íntimo. Apesar de não ter crescido no meio das pessoas, pois nasci solitário, com uma inteligência e uma vida muito peculiar, não deixei nem deixo de viver e sentir tudo o que a vida – a vida de hoje em dia - tem para dar a uma pessoa. Do meu ponto de vista, desde o tempo e o espaço que são os meus, eu vi e vejo passar imensa gente defronte de meus olhos, gente que não se apercebeu o que era viver (e não quero dizer com isto que eu sou quem sabe o que é viver, mas gostaria com isto de dizer que estou no pedestal mais acima do que os outros, nunca sabendo se é verdade). Consegui compreender (atingi uma meta) e continuo a conseguir compreender, o passado, o meu passado, os comportamentos e as atitudes dos seres, e muita coisa mais que certamente não conseguiria transmitir por mais que vivesse. Se a complexidade reside em mim, ela não é mais do que reflexo da complexidade daquilo que me envolve e consigo sentir. Consigo ouvir vozes -não devia, mas consigo – em tons depreciativos que menosprezam a vida dos outros, decerto desprezam a deles também, digo eu. Consigo ouvir, mas na seara humana não consigo distinguir o trigo do joio a maior parte das vezes, só de olhar para ele. Mas consigo perceber o que o que são, trigo ou joio, se eles se manifestarem para mim. E dou comigo a não saber se hei-de agradecer por este mundo (magnífico, sem dúvida) que me envolve e do qual pude e posso ainda participar, ou se blasfeme contra toda a agitação e destruição - que nenhum homem pode conter por mais Universo que traga nos olhos - e comprometimento de um futuro, futuro incerto, que talvez não seja mais do que o antecipar a altíssima velocidade o fim do tempo do homem, com o desejo de sentir tudo numa só vida.
Pareço ser pessimista, e talvez seja isso. Bem queria libertar-me disso, mas aquilo que vejo não me permite. Contudo, sei que é-me permitido viver porque a vida já me manifestou isso, a vida deixa-me, e tenho que continuar a lutar contra tudo, tenho que marcar a minha presença, enquanto existir. E depois? Que sentido? Sempre aquelas questões. ‘I need a friend, I need a friend , not standing here on my own’ Black, ‘Wonderful Life’. O quanto precisamos de um amigo, de amor. O quanto procuramos. O quanto esta vida é mais feita de desencontros do que encontros. Para mim é, e para muitos mais também. O quanto é necessário a envolvência, mas o que é isso? Apesar de saber que existe, onde anda ela? Abomino a cultura, essa que me abomina, essa que me prende e me tolhe os meus movimentos, que me limitou. Não queria muito, só queria que me deixassem ser eu, aquele que eu queria tangivelmente ser, e que não me deixaram. E quem foi? Foram, quer dizer foi, quer dizer… essa indefinição das causas, essa falta de objectividade do que foi, tudo isso há-de passar. Quando te dizem que estás a errar, e te demonstram claramente o erro e tu persistes, tu tens um carácter que nunca mudarás, por isso tudo o que de bom tiveste e fizeste se torna azedo, toda a vida fingida é desperdiçada pela descoberta da careca, por se ter posto a nu os teus erros. A humildade é bonita e fica bem em qualquer lugar, a humanidade, o sentimento de proximidade com as pessoas, só isso pode perdoar e pôr as pessoas acima da terra que nos envolve, e só assim poderemos pôr o nosso bem-estar acima da terra, do ambiente que nos envolve.
Come as you are, as you were, as I want you to be. As a friend, as a friend, as an old enemy. Take your time, hurry up, the choice is yours, don't be late. Take a rest, as a friend, as an old memoria Memoria Memoria Memoria
Come doused in mud, soaked in bleach, as I want you to be. As a trend, as a friend, as a old memoria Memoria Memoria Memoria
Chorus: Well I swear that I don't have a gun No, I don't have a gun No, I don't have a gun
--Instrumental--
Memoria... Memoria... Memoria... Memoria...
Chorus: And I swear that I don't have a gun No, I don't have a gun No, I don't have a gun No, I don't have a gun No, I don't have a gun (Memoria...Memoria....)
Come As You Are Tradução (Venha Como Você É)
Venha como você é, como você era Como eu quero que você seja Como um amigo, como um amigo Como um velho inimigo
Venha no seu tempo, se apresse A escolha é sua, não se atrase Descanse como um amigo Como um antiga memória Memória
Venha afundado na lama, embebido em pureza Como eu quero que você seja Como uma tendência, como um amigo Como um velho inimigo Memória, memória Memória
E eu juro que não tenho uma arma Não, eu não tenho uma arma Não, eu não tenho uma arma
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