É, simplesmente, da maneira que é.
‘’That’s the way it is’’. Assim continua a vida. Aqui estou eu, vivendo, não manifestamente. Pensando, sonhando, mas, antes de tudo, observando, tentado fazê-lo atentamente. Voltando ao mesmo ponto, porque há algo que nos define e faz ser quem nós somos, como se houvesse uma predestinação, um objetivo, do qual, façamos o que fizermos, trilhemos os trilhos que trilharmos, tudo nos leva a ele. A observância correta nos eleva os patamares do sonho e do pensamento. E, ainda, por mais que saiba e que a experiência me preencha, não encontro as ideia concretas que sempre busquei, como se essas ideias não existissem, não se pudessem concretizar. Todo um Mundo se me revela, gradualmente, no entanto é como se me não fosse permitido falar concretamente acerca dessa maneira que o vejo, talvez não seja o momento certo, ainda, talvez as palavras que se hão - de dizer tem que ter um contexto oportuno, talvez seja de mim e nunca o farei. Talvez não se possa dizer tudo o que se pensa, como se isso me fizesse perder o meu, pelo menos aparente, próprio controlo. É com surpresa que dou comigo, facilmente, a ser abordado pela vida com uma comunicação ainda não interpretada por mim, mesmo que já tenham acontecido mais vezes essas situações, à qual associo logo o medo e o desentendimento, que se apodera de mim, quando me parecia que tinha tudo entendido e sobre o controlo. Perco-me nas músicas, alguém já o saberá. Perco-me na procura dos momentos especiais, quando depois, muitas vezes, o que acontece é que parece que tudo me há-de cair em cima; grandes dores de cabeça e problemas não letais me cercam. Queria-me perder neste mundo de Ideias e Ideais, sentir a chama pulsante na maioria da minha vida sem que isso me pudesse afetar de um modo que me causa atrito e que me sinta atrapado por esta vida Real. Mas o que é o Real? O certo é que ele se mostra quando nos sentimos fracos, e, nesses momentos, até parece que todo o sentimento de Grandiosidade alguma vez sentido não tem significado e nunca mais o terá; Então, mais uma vez, entristeço, restando-me, senão, contritamente, entregar-me ao Destino, pensando coisas como: não sou igual a ninguém, e, certamente, serei igual a tanta gente. Perco o controlo no calor da noite, mas virá novo dia para me iluminar e me levar a alma por mais algum tempo, e isso me consolará. Respeito é o que sinto acima de tudo, medo, no sentido de respeito, sim, isso. Como pode um homem ser perfeito? (sempre o questionei). Ainda assim evoluímos desde que eramos como os macacos, que, diga-se clara e sucintamente, são seres tão belos quanto qualquer um outro por maior ou mais ínfimo que seja, não tenho dúvida no íntimo do meu Ser. Os que nos antecederam nos tornaram no que somos hoje, e nós faremos com que os que vierem sejam quem serão, diretamente ou não.
Disfarça.