constatações ou divagações ou ideias minhas
Os tempos antigos eram de depressão e solidão e introversão. Os tempos actuais são de expressão, alegria e extrovertimento segundo o senso comum, a ideia geral da sociedade que está globalizada ou a ser globalizada actualmente. Mas até quando esta sociedade conseguirá aguentar este desenvolvimento do mundo actual. Será que haverá estabilidade para que o mundo dos homens consiga continuar a progredir? Já alguém analisou as bases que sustentam este mundo? O petróleo revolucionou o mundo e continuará a revolucionar por mais anos. Mas esse mundo criado por ele não irá manter-se igual, à medida que essa matéria – prima se vai esgotando haverá revoluções de vários tipos, revoluções sociais e ambientais são de prever, e há mesmo interacção entre elas. Antigamente venciam os introvertidos e educados e hoje até parece que vencem os extrovertidos e comunicadores e que se expressam bem, mas na verdade não será bem assim, eu quero defender os que se expressam pouco e mal mas que têm um grande interior, os que são como eu. E todos são necessários. E todos podem ser felizes se se aceitarem como são, se puderem viver com o que são, a sua maneira de ser, introvertidos ou extrovertidos, se puderem viver num ambiente que esteja mais de acordo com a sua maneira de ser. O extrovertido e sociável sentir-se á melhor no convívio e interacção constante com os outros, o que, estando, neste ambiente constantemente irá reforçar essa maneira de ser. O introvertido tende a tornar-se solitário, encontrando o ambiente perfeito para ele que é o de apreciar o mundo sozinho, sendo independente e gostando de fazer trabalhos sozinhos, e reforçará esta maneira de ser se encontrar este ambiente perfeito, porque de acordo com a sua maneira primitiva de ser. Mas entre estes extremos, que, imagino, devem ser uma raridade em relação à amostra total há um mundo de promiscuidade em que os que são muito extrovertidos se tornam menos ou muito menos extrovertidos e os que são introvertidos se tendem a tornar mais extrovertidos havendo uma linha de equilíbrio mediando estes dois extremos. O equilíbrio continuará a tomar nova formas até que as forças antagónicas que tornam esse equilíbrio possível sejam rompidas por uma força que desintegre esse equilíbrio. E essa força que romperá o equilíbrio virá de fora. Tal como um átomo em equilíbrio que por aplicação de energia liberta iões e fica