Ditado
Hoje vou fazer um ditado. Com isso não significa que eu sou um ditador - no sentido político, por exemplo; No entanto, eu o sou, porque o mando escrever. Espero utilizar bem o dom que me foi Oferecido, hoje e sempre que necessitar, enquanto o puder utilizar. Os dons que nos são oferecidos são imensos, como que o improvável se torna provável, em que a morte se transforma em vida tal como fénix renascida. Assim, apesar de: dentro de tanta dificuldade vital, tanta perenidade e insignificância, tanta brevidade e dor, incompreensões e desentendimentos, tanta riqueza supérflua num oceano de pobreza consentida e genocida, em que não se consegue controlar o ímpeto dos instintos humanos naturais como também dos maléficos (seja de que parte for, do agredido e do agressor, falando de instintos que são distintos e das mais variadas formas imagináveis e de quem quer que seja), quer seja do desarmado defendido pela má índole de um ideal destrutivo (de alguns, que querem ‘falar’ pelo todo num tom de aniquilação ideológica), quer seja da prepotência do superarmado que cai no inferno de um ideal que tem que levar até ao fim quando ironicamente já um dia sofreu em si aquilo que agora executa; Noutra direção, por outro lado, o absurdo acontece quando se toma conta de um poder, a selvajaria levada a cabo na base da mentira, da idiotice, do caos que se quer impor tentando elevar ao máximo a destruição e/ou o acorrentamento humano, em que o incivilizado com os seus súbditos igualmente imbecis ou interesseiros tentam destruir a paz e a beleza de simplesmente viver com o dom da inteligência, ou seja, com tudo o que a natureza nos dá para termos a plenitude da existência; apesar de tudo isso - e muito mais que se passa neste mundo em convulsão, agitado e com relações e comunicações tempestuosas, na senda de grandes entendimentos, conhecimentos novos, que são desvendados no espaço de uma geração - são infinitos os Milagres no tempo Incomensurável, na plenitude da nossa finitude, sem medo do destino. Com o poder que nos é legado conseguimos ver a imensidão do grande Ditado e do Grande Ditador. Eu sou um ser integro, quero sê-lo, fui e serei, se assim me for Permitido. Eu ainda ouço e falo, caminho e mexo. Luto segundo a minha capacidade para viver mais um dia de cada vez, agradecendo os cinco sentidos que me permitem interpretar a realidade e toda a experiência que o tempo me traz, grátis e gratificantemente.
Aqueles incivilizados que falei - pior que macacos, estes que se mostram mais dignos da existência que têm do que aqueles patetas que se julgam inteligentes - utilizam o dom que lhes foi dado para o pôr ao serviço do mal, da destruição que será também a sua, mais cedo do que mais tarde, não sem antes destruir a vida de tantos inocentes, o eterno lamento da existência. A história não se pode repetir, ela tem as lições que devem ser estudadas e compreendidas para que tudo possa ser melhor e não se volte ao mesmo. A força da juventude deve ver a Luz e segui-la, a evolução dá-se no meio da adversidade e do evitamento do erro já conhecido. O Bem não se renderá na luta contra o mal, ditei eu agora.