Confinado
O meu ser. A mim me parece estar. E, agora, estamos todos. Mas, seguimos com fé e esperança. Queremos sair mais fortes disto tudo. Sempre o quis também. A fé salva e a esperança é a última a morrer. No entanto, ignorado. Prossigo enquanto Me for permitido. Peço, sempre, mais um dia. E esse dia me tem sido dado. Grato por tudo, tento ser. Apesar de tudo, o caminho é dificultado, talvez para aprender, sempre, até morrer. Bode expiatório não quero ser. Lições a saber, todos os dias. O objetivo, o fim, a finalidade, a Vontade Suprema, será que está a ser demonstrada?! E salvo a todo o momento certo. Ninguém liga, mas eu ligo. Ninguém quer saber, que estranho. Tenho que aceitar se a Lei faz isso. Tenho que A conhecer, tento perceber. Não sei se é pedir muito quando peço sol na eira e chuva no nabal. Sei que Milagres acontecem a todos os segundos, até, somente na nossa vida. E sou salvo na hora certa. E quero compreender melhor, o que está por trás desta Grande ciência, porque sei que há algo mais. E se não fosse pedir muito só queria ser feliz. Será que ao pedir já o sou?! Hipóteses… teorias e interpretações que fazem sentido, ou vivemos na esperança de que um dia o farão. Fui mais uma vez resgatado da ignorância humana, da ironia, do destino implacável, da escuridão que se quer abater sobre mim e sobre o que me envolve. E tento ser mais grato ainda. Será que é suficiente? É necessário dizer obrigado? Ou fazemos ver uns aos outros? Porquê o meu destino? Porque as coisas são como são. E no entanto tento ser, ainda mais, grato. E quando tudo acontece a alma se eleva, no passado que se torna formidável. Porque puro é o futuro que se aspira. Elevo-me em seres que andam ou andaram por aí, e, contudo somos todos diferentes. Estranhos humanos. Más atitudes. Quem sou eu para pôr em causa a Vontade Infinita? Mas se sou um humano que nasceu no tempo certo, então tudo tem que ser assim, eu tenho que questionar como todos fazemos. Eu tenho que por à prova. Se a vida me permite admirar eu admirarei, simplesmente, porque posso. Mas porque surge a dúvida no meu ato de agir se sei que estou e sou de boa-fé? Porque todos somos diferentes, porque os momentos são infinitos e se calhar todos únicos. O confronto surge só com a banal presença dos seres, a diferença, a interpretação das coisas. Mas, há o Certo e o errado, certamente. Temos que aproveitar as oportunidades de escolher o que está correto, porque um dia poderá ser tarde, e, caímos nas mãos erradas sem ter-mos refletido um pouco quando nos era permitido. Simples, com tudo a ficar poluído, espero que ainda não seja tarde. Que o caso não seja perdido.
Admiro a arte do concreto. A arte do que é objetivo. Mas o meu caminho não foi esse. Subjetividade é o que me faz mover. Sinto, definitivamente. Sou sentimento com pouca emoção. E sou como qualquer pessoa, a não ser no que sou diferente, que pode ser tão pouco ou tanto quanto para o que fui talhado. Talvez não seja tão diferente e viva certamente no meu tempo, que por isso é especial, apesar de confinado, e, cada vez mais, todos no mesmo barco. Não se esqueçam.
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