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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

A repetição

‘Mundo’ e ‘Universo’, duas de algumas das palavras que tanto utilizo, repetindo-as vezes sem conta, na escrita e mais ainda na minha mente, querendo desatar-me, querendo voar livre. Repetimos na nossa mente palavras para as fixarmos. A mente desde que nascemos vai tornando-se mais complexa, através da repetição das palavras, dos conceitos e das experiências mentais que fazemos, com o fim de automatizar as respostas do nosso ser ao ambiente que nos rodeia. Eu, em mim, na minha mente, repito as experiências que tive, repito, em particular, certas experiências marcantes, boas ou más, da minha vida. Repito as experiências que tive no meu pensamento de modo a tentar compreende-las, para apaziguar a dor das más ou para retirar prazer das boas. Repito os sons, oiço as músicas da minha vida, vezes e vezes até lhes perder o conto para que lhes possa retirar o suco da compreensão dos sentimentos, sentimentos que algum dia tive. Eu quero perceber porque o mundo me quer dominar e porque eu não quero ser dominado. A música que gosto domina-me e dominou-me no passado, mas eu repito-a, oiço-a vezes e vezes sem conta para compreender o meu passado, para compreender como sinto. Acho que o que sinto, esta ambição de compreender é a ambição que move todo o homem de uma maneira geral, que quer ultrapassar a sua ignorância de qualquer modo, quer compreender o mundo e descobri-lo. Mas eu, mais que virado para o exterior e para a mobilidade e descoberta física e externa a mim própria e ao meu ser, virei-me para o meu interior que se estava a dissolver neste mundo sem eu compreender um pouco o porquê disso. E, então, fiz vibrar o meu ser, e continuo a fazê-lo, incomensuravelmente, fazendo-o repetir aquilo que só se dá uma vez na vida, que talvez aconteça a, precisamente, tudo o que se passa. O que acontece, acontece somente uma vez, todas as outras vezes que acontece algo nunca é igual ao que já foi, apenas idêntico, se tanto. Se por um lado é bom que algo não se repita continuamente no tempo, que as coisas mudem de modo a que, por exemplo, as dores que nos perseguem possam ser desvanecidas, é-nos incompreensível e inaceitável que as coisas boas, prazenteiras e perfeitas não perdurem por mais tempo. Mas aí entra a fantástica, bela, mas também por vezes temerosa, capacidade da nossa mente de captar a essência dos momentos e ser capaz de reproduzi-los novamente, cá em cima de nós mesmos, no nosso cérebro. Digo ‘temerosa’, porque o poder da mente é tal que quando lhe perdemos o controlo nos podemos magoar facilmente e acabamos a viver incongruentemente com a estabilidade da vida. A bela capacidade da recordação, de relembrar aquela boa recordação, aqueles cheiros, aqueles toques, com todos os nossos sentidos fisiológicos activos e a captar o mundo externo a nós próprios e o nosso cérebro a registá-los. Mas, mais ainda, surge mais tarde, na nossa vida, algo que nunca pensávamos sentir, a memória a trabalhar e cruzar os dados que registámos, a encontrar-mos o que nos parecia perdido no tempo, aquilo que a nossa mente registou, a música que ouvimos e nos marcou o sentimento, que pensávamos esquecido e que afinal estava apenas adormecido e à espera de ser ressuscitado, o sonho de que um dia fomos jovens com um mundo enorme e escancarado, para nós, pela frente. E eu, afinal, quando vejo isso a acontecer, a recordação a dar-se, e a sentir dessa maneira, sinto-me um privilegiado, porque tive muito mais do que algum dia pensava ter, porque tive muito mais do que muitos tiveram, porque realmente é um privilégio chegar a este ponto e recordar. Se recordar (e pensar) é viver, então eu vivo, por demais.

A repetição das palavras, assim como a repetição das acções vão solidificando e vão tomando lugar na cultura dos homens, só assim conseguem subsistir, na repetição. A repetição do pensamento, na nossa mente vai criando vibrações que se tornam cada vez mais intensas. Os pensamentos, os acontecimentos da nossa vida, tornam-se cada vez mais distantes da nossa memória evocativa se não os continuarmos a fazer vibrar na nossa mente. Por isso, quanto mais evocarmos certos acontecimentos e estados de alma, mais esses pensamentos nos acompanharão e se reflectirão nas nossas acções futuras. Na minha vida poderia ter acontecido muita coisa, são inúmeros os caminhos que podemos enveredar, que eu poderia ter enveredado. Analiso o meu passado, no meu presente, e vejo que trilhava um caminho que não desejava. Vejo os imensos caminhos que poderia ter seguido, mas que nenhum seria mais correcto que o que tomei, até porque é somente este que conheço, os outros ficam na imaginação do que poderiam ter sido. Vejo e sinto o que a minha vida estava a ser à luz do caminho que segui, e até me sinto um sortudo por ter sido este o caminho que segui. O meu caminho era de perdição e desnorteamento, tão cheio de azares e mal-entendidos que me ultrapassavam e que agora consigo, senão mais, mas pelo menos, vislumbrar e compreender, apesar de ainda não os ter ultrapassado. Eu já pensava que nunca mais me encontraria, o pesadelo de não dominar a minha vida era enorme, e tudo o que me aconteceu marcou-me indelevelmente, e logo o meu pensamento, que por sua vez privilegiou a dor que me possuía, sem conseguir ver uma saída para a normalidade. Depositava esperança em sonhos, em algo que não sabia o que era, fiz uso de todo o manancial de conhecimento e experiência que possuía - que me parecia tão pouco -para tentar sair do lodo. E o mundo à minha volta demoveu-se e arranjou um espacinho para mim, com todo o meu esforço, agora sinto-me recompensado, e rico de experiência mental, e física q.b (quanto baste). O tempo esvaísse muito rapidamente, foge, e eu queria aproveitá-lo da melhor maneira. Queria aproveitá-lo em conhecimento, e em produzir algo com significado. E não é que por vezes dou comigo a pensar: ‘afinal é verdade o que dizem, a vida faz-se caminhando, a vida vive-se ao viver a cada minuto e, para mim, é a meta a que nos propomos que dá sentido a tudo isso, a vontade de lá chegar, mas mesmo que não se chegue lá, o caminho percorrido foi pleno de sentido, tenha sido ele como foi.’ A repetição das ideias e dos acontecimentos tornam-nos inolvidáveis. A imagem que temos do nosso passado, as fotografias e a TV, os sons - a música que nos marcou -, a escrita, fazem-nos reviver e ver com outros olhos o que se passou, e ao vermos com outros olhos então conseguimos perceber o certo e o errado, possivelmente, e melhorar o nosso caminho e quiçá compreender o quão incerto são os nossos passos, que podem tanto ser cheios de significado como de nenhum, dependendo da vibração que damos às coisas, enquanto vivermos. Temos um ser finito que se desintegrará um dia, tudo faz sentido para nós enquanto existimos, para os outros ainda poderá continuar a fazê-lo depois. Mas numa escala maior, a terra é finita, e numa escala imensamente maior o universo é finito, nada é inamovível, e tudo tem um princípio e um fim, e graça a nós que sendo tão pequenos nesta imensidão que nos envolve conseguimos atingir o cosmos mais profundo, através da união dos nossos sentidos humanos, da união que produz a vibração que dá sentido à vida. Quando os seres acreditam e se unem, quando o que acreditam é nobre, genuíno, perfeito, então, mesmo que o caminho desses seres seja o do fim, eles atingirão o nirvana e não o vazio, o nirvana do prazer, de fazer vibrar o belo e dar sentido ao vazio que poderia haver. Daí a minha busca constante pelo ‘grande vibrar’, pelo vibrar, que eu penso ser, genuíno, que me leve ao sentido da vida. E visto eu ser tão pequeno, e fazer parte de uma imensidão, eu só posso tentar ser grande em mim mesmo, no meu interior. Demovo-me, desde já, da primazia do outro sobre mim, eu não posso ajudar alguém quando não me posso ajudar a mim próprio, e sei do que estou a falar. E eu preciso de ajuda mais do que ninguém, preciso do meu equilíbrio, neste vibrar humano. Preciso de me unir ao vibrar em que acredito, e não sou um salvador do mundo nem das pessoas, de ninguém, sou um ser que quer viver, só isso. Não sofro por ninguém que não mereça, e faço da minha alegria a alegria dos outros e vice-versa. Necessito do vibrar da sorte em mim, porque vi mais do que ninguém o que é o azar mental e psicológico, do que as pessoas não são capazes de fazer por alguém que suplica vida, falando com isso na morte, falando lugubremente, tentado dizer o positivo de tudo que se diz de negativo.

Ficar melhor [get better]



This is not America. Isto não é o paraíso. Isto é um mundo de sonhos, enquanto pudermos dormir. Eu deixei de poder dormir. O sonho está onde o céu é o limite, e o meu limite é precisamente o limite físico que não me deixa ir mais além, porque o céu já ultrapassei, para o Universo e mais além. O sonho está precisamente na existência de limite, quando transpomos esse limite então deixa de haver sonho para haver algo concreto, mais além, que podemos tocar ou não, e talvez a nossa desintegração comece…just be … sê, simplesmente – mas sem asas não posso voar. Negam-me o sonho, a pensarem eles que eu ainda sonho, mas eu já o transpus (!), feliz ou infelizmente. Negam-me o desejo, o óbvio, o humano, e fazem-me sentir de tal modo como que, se de tudo o que o homem sente, há coisas que não são humanas, como se o meu sentir não me fosse permitido. Chego a odiar a cultura humana que me aprisiona e a falta de sorte para encontrar o meu lugar e os meus. Mas eu estou de tal maneira a desintegrar-me que já não consigo encontrar o que quer que seja, mas simplesmente vou desintegrando-me e esquecendo o que para mim um dia parecia uma evidência, ou pareciam evidências. Perco-me no tempo que passou a encontrar as causas e a sua solução para tudo isto, mas parece-me uma tarefa cada vez mais impossível, precisamente pela complexidade que tomou o meu ser e a minha vida. Sinto-me perdido neste monólogo interior, só. Sinto imensamente a vida, mas não sou capaz de me sentir bem, como se o meu bem se tivesse esvaziado, e agora não podendo dar também não recebo. Pode ser… may it be… pode ser que tudo tenha sentido. Pode ser que tudo não tenha sentido. É tão estranho esta maneira de sentir (!), tão paradoxal (!) que esgota. Sinto uma fraqueza enorme naquilo que sinto e que parece ser tão forte e incomensurável que move o mundo à minha volta - e é curioso, agora estou a testemunhar isso, ainda me foi permitido isso -, e, apesar disso, não haverá ninguém que compreenda, como se isso, o compreender e o haver alguém do lado de lá, fosse importante e necessário. É tão raro este mundo (!). É tão rara a minha maneira de sentir. A verdade é que me parece que não sou original, sou uma cópia imperfeita de alguém que já existiu  and that the way it is, é simplesmente assim, por mais que eu disser que estou a morrer isso interessa a alguém? And it is just the way it is a minha vida não tem mais valor do que qualquer outra, e eu até consigo entender a dimensão dessa ideia, e vejo a imensidão do que isso significa, mas pergunto-me porque eu tive que me rebelar contra o sentimento de pequenez e lutar contra o que não sou capaz de mudar. Para que dei eu tanto valor à vida quando ela não vale nada. Pelo menos o valor da minha foi sugado. Sou um estranho nesta vida, um estranho noite e dia. Só espero por um dia bom, one fine day . Poderá ser um dia bonito. Sol e céu azul, límpido. Um dia de sonho novamente, em que sou importante para mim mesmo, e basta. Em que vivo indiferente a um curso da vida que não me pertence, em que sou anónimo. Caminho, em dias ensolarados, a curtir o som da vida e dos homens sem isso me fazer o menor efeito, livre das drogas que inebriam a minha vida, oiço a música sem por isso estar nas nuvens, sem que ela me afecte tão profundamente, como ousava fazê-lo. Não tenho nada mas sou feliz, não tenho medo de nada, já faz tanto tempo, nada me intimida, nem os trovões nem as vozes altivas e grossas de quem não tem valor, neste mundo imenso, de justiça, paz e fé. E o dia foi belo, e tenho sono, um sono tão perfeito que nada mo pode tirar, nem a paz que ele me traz. E eu descanso e acordo vigorosamente, cheio de plenitude da vida sem que isso signifique o mínimo de cansaço. A minha vida é um filme, e eu sou a estrela, e não tenho medo de ser bom, o melhor de todos, e ninguém mo pode negar porque para mim é indiferente. É bom o que sinto, e nada nem ninguém pode mudar esse sentimento. Eu faço parte da  juventude da nação, a nação em que acredito,  e morro pela pátria, lutando pela liberdade do ser humano, que a pátria me quer dar. Lutamos em busca de raridade, pela raridade dos momentos bons. Tivemo-los e nunca mais os teremos, mas procuramo-los insistentemente, eu procuro sabendo que nunca mais serão os mesmos. Mas continuo revoltado contra o sistema da vida não me aceitar. Normalmente eu deveria aceitar o curso da minha vida e calar e nem me aperceber de muita coisa, mas percebo, e é esse o motivo da minha infelicidade que eu quero transformar em felicidade. Eu tenho convicções. Estou sozinho no que digo e faço, sou a pior merda que pode haver em muitos olhos e não significo nada para outros tantos, mas eu acredito que sou bom no que digo e que faço, e quando digo cai, cai mesmo algo ou alguém longe ou perto de mim, por vezes acontece. Mas também pode não acontecer e isso não quer dizer nada, mas por vezes quer. Então agarro nos meus pensamentos e mexo o universo, não sei onde mexo mas mexo, não sei o que toco nem onde toco, mas toco e construo e destruo. E nada me pode parar porque a origem não é detectada, até pode partir tudo de mim, mas na verdade nada é identificado como tal. E no entanto eu tenho a chave secreta. Mas ninguém sabe, e continuam a procurá-la sem saberem bem o que fazem. Eu só quero ficar melhor get better…

A necessidade da unicidade e integridade do ser

Preciso de me esconder. Preciso de afecto, mas para isso também preciso de sentir, e saber sentir. Preciso de muita coisa. Precisava de me renovar, de renascer, por certo. Precisava de não ser e ter o meu caminho aberto para ser tudo aquilo que queria ser sem medos. Disseram-me um dia, variadas e consistentes vezes, de que o meu mundo não fazia sentido, disseram-mo directa e indirectamente. Tanto foi a insistência que eu acabei por acreditar, e cada vez mais caio na força desse abismo,  que isso é verdade, esse complô que se virou contra mim e que já estava escrito na minha sina me atordoou e me continua convencendo que afinal o meu mundo é um castelo de cartas, que o meu passado não tem alicerces fundamentais para construir uma vida em equilíbrio sustentável. A minha vida reside num ciclo, como que fechado, em que sou um balão que infla e que irá rebentar, se não mudar. Afinal a minha crise existencial vem desde sempre e quer permanecer comigo forçosamente, e não sei como me hei-de livrar dela, como que se o paradoxo me consumisse, seguindo eu assistindo, como que paralisado, sem poder fazer nada para me defender. Eu luto, talvez contra um sistema que não pode ser mudado por um homem, por um homem que grita desde sempre: ‘Esse não pode ser o meu destino! ’; e ‘A minha vida tem que ter um sentido (!), eu tenho que sentir e ser livre de ser quem sou!’, quando cada vez estou mais dentro desse destino, na linha que me levará sucessivamente a pontos sem retorno. Poderei eu, e residirá aí a minha esperança (?) de  pelo menos conseguir mudar a minha atenção e o meu olhar virando-o para o futuro e simplesmente, como que, anular o sentimento do passado? Ou isso será simplesmente um sonho? Pois eu ainda estou esperando por esse momento magnífico, em que eu possa ser humano novamente, e viver com aquilo que não posso mudar em mim. Eu estou preso e esperando por um momento… I am hanging by a moment… by the moment, direi. Se tal momento não acontecer, poderei dizer que continuo a morrer, e morro infeliz, mas feliz por um dia ter sido feliz e por ter vivido. Eu morro junto com este mundo belo e perene, com vontade de ser grande, e de não ser limitado, mas ilimitado serei um dia. Falo de morte de tristeza e de um reino de trevas. Utilizo, para isso,  palavras que já foram ditas infinitas vezes. Eu reconstruo macabramente essas palavras e esses conceitos e interligo-os de maneira fantástica na minha mente, eu crio medos e mais medos para a minha mente, interpretações que se tornam automáticas e me dominam completamente. E tenho aquela sensação de sentir como sempre senti sem ter mudado muito, apenas me apercebo cada vez mais do que fui e do que sou na maneira de sentir se mantém.  A minha mente extravasou a sua capacidade faz tempos, sei que nunca mais serei o mesmo, mas… eu… só queria o meu lugar no mundo, que continuo a lutar para o conquistar. Eu preciso de um milagre, preciso de sair deste mundo de análise pura do mundo, deste reino de escuridão, e sentir a luz que raia algures no mundo. E, sabes, o que mais me entristece, é que é verdade que é o momento que tem valor na vida, não o passado ou o futuro, e então eu fiquei algures perdido no passado, e não me contento em saber porque tudo não fará sentido um dia. Resgata-me esta vida, traz-me de volta à vida e diz-me que tudo o que senti de mau é falso, ou então, melhor ainda, concorda comigo e partilha a minha dor, para que eu possa ter um momento de alegria contigo no momento que me resta. Com quem eu tenho falado todo este tempo? Devo falar contigo com respeito e formalidade ou com intimidade e à vontade? Expansivamente ou retraidamente? Imaginei uma entidade que me protegia, sentia uma força tão grande na minha vida que acreditava que era essa entidade, como que concreta e definida fosse, que me acompanhava e me guiava e protegia, porque eu tinha a certeza que eu era especial. Agora não sei mais isso. Tudo se transformou em dúvida, o impensável vem ter comigo, essa entidade diluísse com as interpretações que o meu organismo tira sem eu poder jamais controlar a maneira como o faz. Deve ser esta resistência, que eu aplico em tudo, que me arrasta e destrói, que me faz sofrer, este atrito de não querer ir ao sabor do sistema que possivelmente, quase que me atrevo a dizer neste momento que é indiferente e imenso, mais imenso do que eu alguma vez possa imaginar. Não, a minha mente precisava também de alívio e renovação. E eu pergunto-me porquê? Porque perdi eu o sentido de unicidade e integridade do meu ser? Quero seguir o sol do meio-dia, quero brilhar nos meus sentimentos, quero que não sinta o bem e o mal, apenas sinta, porque tudo o resto foi inventado, e a vida de muitos é simplesmente como é, e ela é mais insignificante do que se pensa, mas a minha se o é, tem que ter um sentido, forçosamente.

A responsabilidade de cada um

Observo a atitude da sociedade. Observo e analiso. E observo que a maioria das pessoas põe culpas do que sucede, alguns em tudo, e a culpa é sempre dos outros, não do próprio. A maioria das pessoas pensa que tudo os ultrapassa e que nada é da responsabilidade de cada um. Mas decerto não sabem que a sua responsabilidade existe, e é multiplicada por aqueles que têm a mesma responsabilidade, e que insistem em a ignorar por comodismo ou outro motivo qualquer. E as pessoas são imensas, com as suas inteligências cada vez mais robustas e a explorar o que a mãe terra dá a um nível terrivelmente desnecessário. Eu sinto que nasci com uma culpa imensa às minhas costas, esquizofrenicamente sinto culpa de tudo o que se passa neste mundo, como se eu fosse o centro do mundo, o que não é verdade, mas, uma coisa é certa, eu sou o centro do meu mundo, e sou terrivelmente responsável por aquilo que se passa comigo. Se a minha vida descambar, eu enquanto ser mental e corporal que sou, sou responsável pelo que a minha vida se tornar, ou se tem tornado, excluindo aquilo que não consigo controlar, e que faz parte da inter-relação minha com o mundo aos mais diversos níveis e tipos. O  mundo surge-me na minha mente e compreensão como uma amálgama de pessoas e acontecimentos, surge-me como um verdadeiro caos que aparenta ter uma ordem, mas a verdade, apesar de eu sentir que é um caos, a verdade é que o mundo funciona e, provavelmente funcionará até um dia qualquer que não sei, nem sei se alguém saberá, precisar. Todos procuram o bem-estar, e o bem-estar é produzir e explorar mais, produzir mais produtos, explorar cada vez mais o mundo, ser mais que o outro, do que o próprio irmão, numa luta desenfreada e confusa, que eleva o mundo a patamares cada vez mais destrutivos. Eu não posso mudar tudo o que se está a passar, adoro o conhecimento mas abomino a destruição que isso significa.  Era tão bom que este mundo fosse viável… que houvesse sempre petróleo, que pudéssemos conhecer cada recanto do mundo, cada paraíso escondido na terra, sem serem destruídos que tudo permanecesse estável; que um dia a pobreza deixasse de existir; que a comunicação fosse sempre possível nos termos em que existe hoje. Mas o mundo é feito de pólos opostos, do bem e do mal, da economia que funciona como todo o Universo, feito de extremos, de paradoxos, em que para um ou vários indivíduos serem ricos, por exemplo, significa que outros tem que fazer o trabalho sujo e sacrificarem-se para que essa nata da população do mundo esteja no topo. Por isso o mundo significa exploração, exploração do homem pelo homem. Mas, também há um ponto de vista que não deixa de ser verdade, o facto de que um homem é um ser vivo, simplesmente, e que ele procura a sobrevivência neste mundo em que nasce e que sendo assim ele tem o direito de procurar o seu bem-estar e fazer pela sobrevivência, segundo aquilo que é e fazer valer todo o seu ser para esse fim. Algumas pessoas vivem de tal modo num mundo que não sei se diria dos sonhos ou perfeição e então reclamam por tudo, como se o mundo fosse feito de direitos individuais e particulares, como se houvesse pessoas que forçosamente, tivessem mais direitos do que outras pessoas, riem-se dos outros, reclamam, escrevem no livro de reclamações por tudo e por nada, consomem imenso como se isso fosse um direito que lhes assiste, querem ser importantes. E o homem tem o direito a ser importante, isso faz parte da luta pela sobrevivência neste mundo humano altamente complexo culturalmente, mas eu pergunto que direito tem um homem de destruir outro, não procurando um ponto de equilíbrio e de mediação de umas pessoas com as outras?!

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