Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.
Esta terra é minha. Esta Terra faz parte de mim. Eu lhe pertenço. Ela me há-de tornar infinito. Ela me há-de tornar na palavra mais bonita que alguma vez algum homem ouviu, o verbo que há-de mover e demover o mundo. Onde haverá lugar mais bonito senão aquele que podemos desfrutar, aquele que já conhecemos, aquele que nos é permitido conhecer com a sensação plena de serenidade do nosso ser. Serei o ar que respiramos, ninguém o vê, mas ele nos faz viver. Ah, se eu pudesse ser (!). Eu seria o clima, e o clima seria o que de mais belo há no nosso mundo, que é único. Apostaria quase tudo em como não haverá no Universo algo idêntico ao nosso [mundo], esta terra de sonho, esta terra é um sonho único. Eu cobriria alvarmente estes belos campos. Traria no meu seio a calma plena, de quem vem por bem. A minha terra está coberta de branco. Hoje é um dia especial. É um dia que é especial – como todos os são - neste sonho onde transito. Especial, porque diferente, especial porque reside em mim a esperança. Como podem ser bonitos os flocos de neve (!). Como podem eles traduzir a poesia mais profunda e intima que existe nos homens. Como nos podemos sentir especiais, em determinados momentos (!). O clima é tudo o que vai na alma dos homens. As tempestades e as bonanças, o sol dourado e a escuridão solitária. O clima é a manifestação dos sentimentos da nossa mãe Terra. Ela demonstra os seus sentimentos desta maneira, são as suas emoções. Ela nos acolhe e nos permitiu criar - nos e desenvolver – nos. Ela nos deixa progredir no tempo e nos concede tudo o que tem, até mais não poder, como um ser vivo que defende e que protege os seus seres, dando a vida por eles. Ela é um realmente um ser vivo. Não é infinita, mas não se pode negar a sua imensa beleza, e quando um dia sabemos que é única, então torna-se especial. Mas ainda há homens que pensam que se lhe pode pedir de tudo e que ela suporta tudo o que os homens lhes fazem, até mesmo um só homem – e isso causa-me admiração, como pode haver homens tão egoístas (?!), que põem os seus interesses à frente de tudo e de todos e que se acham no direito de usufruir sem limites, de conspurcar o seu próprio lar, pisando as flores deste jardim, ou, outros, tão simples, que são traços apagados à partida, (talvez) porque outros lhes querem tirar o lugar que merecem, o seu jardim, esses simples, os mal amados. Como me causa admiração que esta busca do homem pela perfeição e fuga à dor acabe por causar mais destruição e imperfeição e muita mais dor -. A alienação do homem será a sua destruição, pois, ele deixa de reconhecer a sua verdadeira natureza, e deixará – a cada vez mais, para se entregar à exaltação dos seus ritos e rituais [do homem], privilegiando a sua interacção esquecendo-se de quem é antes de ser homem e antes de ser um ser social. E o homem é matéria do Universo. Não me cabe a mim inferir se o que digo é pessimista. Eu até sou um homem feliz dentro da minha tristeza (!), eu até sei quem sou, e cada vez mais o sei (!). Não me cabe a mim ter pena do que me ultrapassa - talvez não possa mudar muita coisa, o suficiente para dizer que estamos no caminho certo – mas fico feliz em compreender, como qualquer homem busca compreender o porquê da sua acção, o seu motivo, o motivo do acto que o faz agir. E fico feliz por obter respostas e afinal ainda sentir que pertenço a este mundo e a esta sociedade e que posso ainda ter um lugar para mim, e isso é esperança. Mas a esperança não é eterna. A esperança, para resistir, requer investimento, logo, risco. Isso, admito que me falta, capacidade de investir e reagir, apesar de, pesar na minha vida tudo o que de bom posso fazer para o meu equilíbrio e de tentar prever os passos que serão errados. Mas sou um homem, antes de tudo, não sou um deus, e isso leva-me a errar, e o tempo que passa leva-me a que fraqueje. No entanto vou tentando redimir-me dos meus erros. Peço à sorte, quando a minha razão estiver ofuscada, que os passos em falso que der neste terreno de neve, onde por baixo do manto branco se pode encontrar terra firme ou simplesmente uma armadilha onde posso cair, não me levem aos limites da dor consciente e possa voltar a andar novamente - e aprender com a armadilha - ou então que não permita que a minha dignidade fique por mãos alheias. O branco da neve é como a luz que é pura. A luz vem da escuridão. O Universo tem muita escuridão, mas, dele se gera a luz. Temos que nos tornar pequenos para que possamos apreciar realmente a plenitude da beleza da luz. Se quisermos ver de um ponto de vista da altivez essa luz, ela nos parecerá pequena ao nosso olhar para que possamos notar e fascinarmos – nos no que ela tem para nos mostrar. Assim eu quero pertencer ao Universo, mas não quero deixar de ser pequeno, se possível como a mais pequena partícula que existe no Universo, como o Bosão de Higgs.
Aquele sítio. Aquela jóia escondida. Aquela memória que há-de residir em mim até que a minha mente volte a pertencer ao nirvana. Aquela memória sem fim. Desde aquele dia, que não posso precisar - porque a memória não é precisa, como o tempo, que foi inventado –, que pus o meu passado naquele local, a minha memória, para que não me perdesse. Aquela é a minha caixa negra, que perdurará, mesmo depois de eu deixar de existir. E então, quase que me esqueci de quem era, quando tudo desabou sobre mim. Pensei que nunca mais me fosse encontrar, mas aquela caixa, naquele local, fez – me recordar outra vez. Aquela jóia (!). Aquela força da natureza, que protege, que nos guia - qual estrela cintilante que nos guia -, porque só nós sabemos interpretar o seu movimento. Alguns nascem como que com todos os direitos, e eu nasci com alguns que me permitem estar aqui e agora, sendo quem sou. Alguns nascem num berço de ouro, mas eu aproveitei o simples berço de madeira tosca que me foi reservado para singrar nesta vida - como se eu tivesse chegado a um patamar elevado [Na minha mente cheguei, e estou voando]. Eu depositei tudo o que tinha naquela jóia, quando tive algo. Eu guardei e dei valor ao que já não parecia ter, aproveitei o que já não servia aos outros para que tivesse alguma coisa, como se fosse um vagabundo, aproveitando os farrapos dos outros. Eu vivo (!). Eu o devo a quem não conheço. Eu partilho o meu mundo, com quem partilha, este, comigo, esta terra, a sabedoria de quem sabe inventar e me dá asas para que eu possa voar e ser uma Águia outra vez, tal como uma Fénix renascida. Alguns dão asas aos desejos, porque tudo lhes é permitido, não se abstendo de tal, não sabendo o que é a repressão, a recusa ou a negação, nem a contenção, nem a espera do reforço, tudo o que querem têm, ou então pensam ter tudo quando na verdade não têm nada. E eu pergunto-me porque não tenho o que quero, querendo eu tão pouco? Porque terei que ser um indigente, aproveitando aquilo que outros utilizaram e deitaram fora em condições de utilização, em nome da inovação, de dar o máximo que se puder no espaço de uma vida, consumindo sem freios o que devia ser preservado para outros, como se existisse o seu direito, que merecem usufruir de uma terra bela por muito mais tempo e que se vêem na contingência de sentir que nasceram como se fossem carne para canhão, extirpados dos seus desejos mais básicos, nascidos não com amor mas por uma casualidade do Universo que possivelmente os desejou para equilibrar algo que estava em desarmonia, passando por esta vida sem saber porque respiram, porque vivem, porque bate os seus corações [como se eu soubesse…] – como se eu estivesse a, ou pudesse defender quem quer que seja, como se eu os conhecesse. Não os conheço, mas sei de que lado dos bastidores estão quando eu estou fora de cena, eu conheço o outro lado dos bastidores. Vejo como esses actores vêem e sentem essa realidade que eles criam, vejo que a realidade é uma esquizofrenia, onde se vêem coisa, ouvem coisas, que acabam efectivamente por acontecer, muitas das vezes, neste fantástico mundo humano. Vejo que uns são esquizofrénicos e conseguem viver em harmonia com o mundo [social] e conseguem ser construtivos e deixam – nos viver, eles são úteis. Outros são depreciados a começar pelo nome que lhes é atribuído, porque na verdade não são compreendidos por quem não lhes é inerente a sabedoria nas suas vidas, os pseudo – inteligentes e pseudo - sabedores. Toda a arte destes pequenos grandes génios [pequenos porque não difundidos] é desvanecida por quem se pensa inteligente [e se pensa o mais humano dos homens, quando na verdade é um parasita da sociedade, tanto quanto os inúteis que sofrem pela marginalização e incompreensão], que diz que os que querem ajudar e os afundam cada vez mais. Mas afinal o que é a realidade? Uma vida esquizofrénica e paranóica é o que é, e cada vez mais se está a transformar a sociedade. Vejamos a música, vejamos a imagem, a virtualidade, a informação a circular, o caos, a entropia, querendo significar entropia como desordem do mundo da informação. Os homens gostam de tanger os limites, pôr-se à prova, quando a prova já está predeterminada. Os homens gostam de alargar limites. Mas o limite existe. Assim como existe o limite do dia, o homem assim o delimitou. E amanhece como se o fim estivesse próximo. Límpido e frio, ou cinzento, quente ou como for, este é o meu amanhecer hoje, amanhã terei outro e serão cada vez mais iguais. Há tantos amanhecerdes quantos homens habitam esta terra, que será injusta enquanto existir, que terá sempre dois pólos, a opulência e a miséria, a alegria e a tristeza, o bem e o mal, enquanto existir esta terra. Nós somos o sentido e o limite, o princípio e o fim. E tudo será como é enquanto existir a memória do homem, recordada pelo homem, que falará para si enquanto existir. A memória. A jóia que cada um deve utilizar quando é mais necessário. Chamem a isso esquizofrenia, um espaço ideal entre a memória e o sonho, um mundo paralelo à realidade, que por sua vez é outra realidade.
As ideias perpetuam-se no nirvana, no espaço sideral, onde poucos o podem alcançar, onde Deus é, foi e estará sempre presente. Assim, as ideias morrem na mente finita da gente, mas no Universo existirão sempre.
Devemos abraçar cada dia que nasce com esperança, como alguém que faz surf e está à espera que a onda se propicie. E a onda tarda em vir, mas a onda, quando persistimos, vem, demore o tempo que demorar. O dia que desejamos está à nossa frente, não podemos desistir. Mesmo que o furacão apareça e nos encontremos no meio dele, a esperança deve estar lá, porque até naquelas ilhas onde o sol brilha com tamanha claridade e as águas são mais límpidas como não há outras iguais, o furacão também passa e destrói, mas nada fica perdido, porque o essencial está lá. Há que ter fé até ao fim, e ser realistas, nada do que é material e corpóreo é eterno, há que aceitar que a antítese está presente neste mundo assim como no Universo, para um pólo positivo há um pólo negativo, para um Universo visível há um Universo invisível, que não se compreende, mas que faz parte do que é visível. Assim, como pode o homem querer prolongar o que é finito, prolongar a alegria quando a tristeza vem, porque se persiste? Porque não saímos de palco nesses momentos e damos lugar a quem a tenha, a outros actores? [Eu já fui actor de outras cenas e cenários, mas retirei-me, mesmo que isso me fizesse sofrer.]A alegria está na transição e na mudança, no crescer e no envelhecer. A vida alegre não está no momento estático eternizado pela foto, naquele que sorriu para um momento de boa disposição. Devemos persistir sempre, mas mudando de cena fazendo um novo cenário, mesmo no sítio onde fizemos outras cenas, mas, agora, esperando por outro momento, o adequado para fazermos as novas cenas e o novo cenário. ‘Fazem-te ver’ que a vida é só alegria, eu sei. Mas a verdade é que a nossa vida tem alegrias e tem tristezas, tem felicidade e tem depressão, de que modo pensas que a vida é? [eu não via isto assim, porque não vês que é assim?] A vida deve ser mesmo assim, e devemos aceitá-la como ela é, persistindo, e se possível com inteligência e vigor. A vida é uma estrada sem fim, se assim o quisermos, se assim o desejarmos, sê – la – há, porque poderemos tanger a eternidade dentro das nossas vidas, que serão infinitas dentro de um espaço tão pequeno, quando aceitarmos que somos o que somos, não seres abandonados, mas seres amados, porque até o mais débil dos seres foi amado, até mesmo aquele que foi mais maltratado. Aquilo que somos pertence a todo o Universo, cada um de nós é um grão de areia numa praia da imensa terra, cada um de nós é um suspiro na eternidade climatológica da terra, feita de sol e amenidade, vento e tempestades. Aquele que se revolta contra o outro, revolta-se contra si mesmo, porque os homens são todo Um só, mas mesmo essa ira lhe será perdoada. Porque não cabe a ira na incomensurabilidade do Universo. E um homem tem de ser duro, duro para a vida que lhe é dura, e um homem morre a lutar por aquilo em que acredita, só é pena que por vezes acredite tão pouco… porque pouco lhe foi ensinado e porque o espírito lhe foi fechado, ou, nunca aberto. Penso nos outros de quem falo como penso em mim, no passado que reconstruo vezes sem conta, naquilo que não voltarei a ser, mas que sempre serei. E sou tolerante para mim mesmo, porque sou único na maneira como faço a gestão do mundo, não haverá ninguém igual a mim, e ao mesmo tempo o que de bom eu tenho e faço, todo o suco, a essência de que sou feito perdurará até aos confins dos tempos, onde tudo voltará a ser o que foi, tenho fé. Não podemos buscar nos outros aquilo que somos, mas tudo que somos pertence a todos os seres. Temos fé numa imagem, num homem, que venha pôr ordem neste mundo. E ele ai está, temos fé nesse símbolo que se pode tornar marcante para a humanidade, que vai encaminhar a humanidade, ele tem poder. Não interessa como lá chegou, mas decerto uma Entidade superiora o quis, foi uma probabilidade que não teria acontecido mais vezes, porque nada se repete e nada volta atrás, assim como nós não nos repetimos. Aceita o beijo da vida. Tudo o que dizes já está dito na eternidade da existência, mas digas como o disseres, se fores genuíno, será ainda mais diferente do que aquilo que és. É tão bom partilhar, é tão bom sabermos os nossos limites e cabermos estritamente dentro deles. É tão bom (!), a evolução, saber que alguém já sentiu o que sentimos, e devíamos agradecer a essa pessoa por nos transmitir o que para ela foi imenso tempo de cogitação, reflexão, até que extraísse o que de bom se poderia tirar da sua existência e poder transmitir aos vindouros que se encontram com as suas palavras. Também temos medo da mudança, claro. Mas a mudança é inevitável, e não há ninguém humano tão superior assim que possa dizer que certa mudança não é útil, que seja capaz de a parar. Apenas podemos encaminhar essa mudança, nunca parar. Quantas sociedades já não houve nesta terra, e nunca, nenhuma tão interactiva como a nossa, capaz de gerar as mais profundas esperanças e ao mesmo tempo gerar o medo mais profundo. Mas afinal, medo de quê? O fim é certo, viver é fantástico, respeitar e tolerar é essencial. Primeiro está a sobrevivência do ser humano, mas depois de os recursos não chegarem, quando novas guerras e catástrofes chegarem, como será? O fim é certo, o sofrimento sempre existiu, mas o homem tem de ter respeito, e o homem será sempre um animal antes de se tornar humano, na acepção positiva da palavra, e esse facto – o de ser um animal - sempre estará antes dele, até ao fim. Como evitar a luta entre os seres, que serão sempre diferentes. O fim é certo, somos tão frágeis (!). Não me sai da cabeça essa evidência – O fim é certo -, e isso me dá alento para usufruir da vida que possuo, assim como gostava que muitas pessoas que merecem o tivessem - esse alento. Sim, sou altruísta. Mas muitos fazem desta evidência um lema, e pensam então que podem fazer tudo, que o sentido da vida está em usufruir, em ter sem olhar a meios, em pisar, em odiar, como se ficassem impunes. E depois procuram apoio quando estão no fundo e um dia descobrem que a vida não é assim como eles a viam, se é que dão o braço a torcer, insistindo nos mesmos erros. E muitos pensam que o dinheiro compra tudo. Como posso, então, ser altruísta para tais pessoas? Cada um tem que se redimir, daquilo que é. Mas estarei sempre ao lado daqueles que são simples e puros na sua conduta interior, ou mesmo não sendo simples, agem de forma correcta e sabem conter e gerir os seus impulsos destrutivos, e sabem ser humanos, na verdadeira acepção da palavra. Quanta ira já não passou por mim, quanta ira (!) raiva e frustrações, quantas questões me coloco no meu espírito, o porquê de me acontecer isto (?), ter asas e sentir-me atado e não poder voar. Quanta raiva investida em mim e o quanto isso não me destruiu, quanto não me fez e fará perder. Mas sei que tudo tem uma razão de ser, a serenidade tenderá a vencer. E mais do que me destruir, isso só me fez perder momentos e situações que eram justas de eu poder usufruir. E não é pelo facto de haver biliões de pessoas no mundo que estão em situação pior do que a minha que me faz acalmar essa frustração, é, simplesmente, porque eu apenas queria ser eu, e não me deixaram ser. E agora eu sou cada vez mais eu, e o destino me permita que cada vez mais eu seja. Que eu veja os meus inimigos a vacilar, que tenha tempo para isso, que eu viva o tempo suficiente para ver a injustiça a ser punida, que eu sem mover uma pena eu mova o mundo, ou será que é pedir muito? Que não haja um amor banal? Que esse amor seja especial? E lembra-te, não adormeças quando não deves, porque quando o fizeres será tarde demais, mas se acordares, acredita, alguém te protegeu, alguém pensa em ti, nem que não saibas quem é, acredita que por cada acção que tu faças há sempre um motivo, e aumenta a tua auto-consciência deste mundo humano, na verdadeira acepção da palavra, para que possamos viver em solidariedade, tolerância e realismo.
Vou fazer umas observações. Antes de tudo temos que saber quem é Deus, e isso não é dado a saber aos sentidos de qualquer homem, mesmo de muitos que seguem e querem acreditar na Divindade, mesmo seguindo cargos religiosos. Acredito que para O conhecer-mos e O compreender-mos teremos que nos transcender. E não há melhor forma de nos transcendermos do que afastarmo-nos de tudo o que nos foi imposto pelos homens de uma maneira incorrecta, adquirindo para isso a maior visão do mundo e do Universo que pudermos ter, afogarmo-nos o mais profundamente, em conhecimento retirando de toda essa informação apenas a substância pura e essencial, destruindo mesmo o que é conhecimento falso, ultrapassando para isso as barreiras da nossa inteligência e finitude dos nossos sentidos, e mergulhar ao mesmo tempo no nosso interior, na busca de quem somos. Porque Deus tem que estar intrinsecamente ligado à Igreja? Só quem acredita em Deus, baseado nos dogmas da Igreja, pode conhecê-lo? Pois eu acredito que a minha Cristandade, que me foi legada, me levou e tem levado a compreender cada vez mais, essa Entidade infinita. Concordo que todos deviam conhecer o que de bom Jesus tem a nos dizer acerca de Deus e das correctas relações da humanidade. Mas acredito que há outros meios de chegar a Deus, mesmo que eu ainda não os tenha vislumbrado. A questão do ‘bem’ e do ‘mal’, qual a sua definição e o que significam esses dois conceitos, também é uma questão que deve imperialmente ser colocada e não é para ser respondida de maneira fácil, pois ela é uma questão essencial na relação com a fé e com o Deus puro e essencial, que rege o Universo, sendo Ele também o próprio Universo, estando em tudo quanto existe. E a Igreja, enquanto instituição, cometeu muitas faltas no passado, contribuindo para que se tivessem provocado muitos actos reprováveis no seu percurso ao longo da História, reprimindo os homens em excesso, levando-os a afastar do verdadeiro sentido de Deus, fazendo o mal também. Assistimos hoje à completa libertinagem em que se transformou o mundo sob a capa da liberdade do homem, a vida sem freios, que foram outrora excessivos no sentido da repressão que era imposta por esses dogmas e agora tende a levar a excessos opostos no sentido de que todo o homem é livre e deve fazer o que lhe dá ‘na real gana’ como se não houvesse uma consciência moral. Como que a humanidade quer afastar-se de algo que os reprimiu durante tanto tempo, a Igreja, e ao mesmo tempo afasta-se de Deus sem se aperceber. É tempo de a Igreja mudar de paradigma, buscar nas suas fundações, que foram Cristo, o verdadeiro sentido dos sofrimentos e alegrias da humanidade e a Verdadeira relação com Deus, e fazer transmitir à humanidade de uma maneira mais razoável e que seja assimilável pelos homens, os ensinamentos de Deus, de quem Jesus foi um dos símbolos desses mesmos ensinamentos. Foi Deus que nos permitiu chegar ao ponto a que chegámos. E então qual será ‘a voz da verdade’? Qual será ‘a voz dos valores’? A voz de Deus, certamente, e isso leva-nos a perguntar novamente: -quem é Deus? - Quantos se perguntam sem obter resposta. Certamente não estão em nenhum homem, jamais em mim, essas vozes, por mais próximas de Deus que estejam. Eu acredito em Deus. Tenho fé que Deus fala à humanidade na inteligência que nos deu, em todo o nosso ser, na relação que temos com os outros primogénitos e em tudo quanto existe e podemos sentir. Deus é a nossa vida, que deveria ser harmoniosa, mas não o é porque o homem não é perfeito como Deus. Há que elevar a consciência humana, ajudar na busca do sentido da vida quem está perdido, há que viver livre, respeitando o limite da liberdade do outro, das outras criaturas e seres do mundo, da natureza no geral, sabendo que nenhum homem que tenha visto a vastidão de Deus consegue fazer algo pela humanidade e pelo belo e único mundo que algum dia tivemos, se Deus não quiser. Para finalizar, este mundo de imagem e som, este novo mundo da comunicação, ao qual todo o ser humano se maravilha e se rende, deve ser posto ao serviço do desenvolvimento das sociedades que compõem esta terra, demonstrando-lhe que devem viver no máximo de equilíbrio possível, ser tolerantes uns com os outros, e que façam o que fizerem, acima do bem e do mal, está Deus, essa Eternidade, e que nós apenas somos seres perenes que tendemos a perscrutar o que haverá para lá do nosso fim. E assim sendo, somos livres até ao ponto que Deus quiser, e tenho fé que cada um terá que responder por si perante o que há-de vir, nenhum outro homem o pode fazer, porque não pertencemos a ninguém a não ser a Deus, nem mesmo aos nossos pais terrestres.
Será que controlamos alguma coisa da nossa vida? Vemos o Universo por um prisma que nos foi legado. Tudo à nossa volta acontece segundo o que somos, segundo como agimos e pensamos. E somos profundamente incompreendidos, pelo sentir comum. As emoções à minha volta falam sempre mais alto. E mesmo que compreendam, isso não [me] serve de nada. Para muitos são os outros que estão sempre no lugar errado, para mim, eu não tenho lugar junto dos outros, eu estou sempre a mais, eu sinto-o e já não me podem negar isso, como alguma vez me fizeram querer. Eu vejo agora como nunca vi. Talvez seja uma lucidez passageira, não sei quanto tempo pode durar nem quanto mais posso aguentar assim, não sei o que será de mim. Muitos dirão, não estás a ver bem. Mas estou, por demais (!). E ninguém me pode tirar aquilo que sinto e vejo na minha mente. Quem luta comigo com sentimentos acaba-se por magoar [pelo menos tenho essa falsa ideia na minha mente]. Quando os sentimentos que me abordam são hostis, eu sinto-os em todo o meu ser, e a avalanche de sentimentos sucedem-se em catadupa, cegando-me. Mas em vez de reagir, lutando, fecho-me nas profundezas do meu interior, na esperança de que essa força oculta me proteja, acreditando que o silêncio é mais forte que a ira de quem me aborda. Tenho seguido a minha vida tentando ter esperança, de que tudo mude para melhor. Tomo a pílula da felicidade, receitada pela Dr. Sílvia Albuquerque e Castro, todos os dias da minha vida na esperança de que ela alguma vez me restitua aquilo que alguma vez foi genuíno [pelo menos penso que tive algo de genuíno, algum dia passado, na minha vida]. Tomo-a dia após dia, na esperança de que tudo seja menos doloroso, como se eu tivesse uma dor. E sei que não posso desistir, mas também sei que vou vacilar como um bêbedo quando tiver que ir à luta verdadeira, quando a protecção da sorte se desvanecer, quando eu não tiver um lugar onde me possa encontrar, quando me pressionarem ao ponto que já me fizeram de uma outra vez, a querer que eu ande, quando os músculos se me tolhem, a querer eu pense, quando tal não me é permitido, a querer que eu aja, quando estou asfixiado pelos sentidos, a atropelarem-me em lugar de me dar a mão, com compaixão [e eu não a aceito, porque tenho o meu orgulho de ser humano, o que me resta pelo menos]. Eu sou o veículo das emoções mais altas, daquelas emoções que fazem os homens alterarem-se não se conseguindo dominar, porque não foram treinados, nem foram talhados para isso, o prisma deles é outro, e nunca se questionaram sobre aquilo que os move, como se ainda fossem seres primitivos. E são eles quem destroem, mas na realidade sou eu quem me sinto o destruidor, destruo todas as pessoas que me abordam, e ‘eles’ ficam sempre impunes, a consciência moral não lhes pertence. O meu sentir não se dá em comunidade, o meu sentir é solitário. Sou como um ser selvagem que receia o homem, porque atrás da máscara de actor [tenho a convicção de que o homem é um actor neste palco do mundo social] que ele tem [eu penso que não a tenho] imagino aquilo que ele é na verdade, porque sei quem sou. Mas simplesmente imagino, e não posso sentir porque não me é permitido ter sentimentos de actor. E então é melhor esconder. Mas a mim não me é permitido esconder, como que sou um livro aberto ao mundo. Não me é permitida a coerência, porque mora o paradoxo dentro de mim, a contrariedade e o contraditório. E então a pílula da normalidade foi-me prescrita para poder interagir com o mundo social, porque o homem tem que ser um ser social, tem que ser como quem é, naturalmente, um ser social. E de certo modo com razão, não podemos excluir as relações sociais. Mas porque raio tenho eu de aturar quem não gosto? Porque raio se oferece um ‘passou - bem’ de amizade e alguns tentam levar logo o braço todo, e aproveitam para criar azedume, tratando-me mal? Que raio de lei da vida é esta que deixa impune quem faz mal a quem não merece? Qual a causa do meu mal - estar? Eu era feliz, mas quem será o culpado de me querer ver triste e ter contribuído para o meu mal - estar? Porque não é chamado à razão quem fez tal? E não me digam que não houve um ou vários culpados, que me antecederam e são a raiz da minha infelicidade (!) Pois… e agora aqui ando eu a contagiar a doença, a infelicidade que sinto, pelo tecido social que me envolve, quase toda a gente sem culpa directa no que sinto. Eu sou um clima de mau estar. Eu sou um furacão de mal - estar, e quem me pode evitar, evita, mas quando não podem fugir, ficam à mercê dos elementos destrutivos do furacão. E no fim, tudo o que eu faço recai sobre mim: se faço é porque o fiz, se não faço, é porque não o fiz. E fico só. Quantas vezes me pergunto: devo desistir? Quantos futuros eu não engendro (!) [quantas memórias eu não invoco para isso (!)] no meu pensamento de modo a que tente minorar os estragos, a ver se me reside a esperança nalgum caminho que eu ainda não tenha vislumbrado, algum caminho que seja transitável e viável para mim. Sinto-me impotente perante esta vida que não nos pertence, pelo menos na maioria das horas, perante algo que não domino mesmo que me pareça que compreendo. E resta-me ainda vida pela frente. Não sei quanto tempo mais. Sei que não interessa. Somos apenas números. Somos biliões na terra. ‘Foi mais um’. ‘Foi morte natural’. Simplesmente morreu. O interesse e a vontade de um não se pode sobrepor ao interesse do geral. Não me conformo de maneira nenhuma. E nem por isso eu sou um ser destruidor por tudo o que me fazem, fazem sentir. E se calhar destruo mais ainda, silenciosamente. Eu não posso ser o bode – expiatório de quem quer que seja, deste mundo (!). Alguns acham que eu considero-me excessivamente uma vítima sem o ser. Eu sei que transmito isso. Mas, na verdade, eu sinto - me uma vítima desta vida humana. Sei que nunca perdi um membro físico, nunca experimentei tal sensação, tenho os cinco sentidos, ainda, nunca tive miséria e fui normalmente assistido quando necessitei, e sei que devia ser uma pessoa normal. Pergunto-me porque não me sinto tal? O desprezo pelo que eu sinto, é o desprezo que irá circular pelo mundo, pelo meu mundo, e me destruirá paulatinamente como tem sido até agora. Deixem-me parar (!). Quem direcciona o mundo? Deixem-me respirar (!). Deixem-me ser quem sou (!), que eu não sou mais nem sou menos do que qualquer outra pessoa, fisicamente, simplesmente não nasci para funções que digam respeito ao âmbito social. Deixem-me viver como sou (!). Serei mais alto no pensamento e nas emoções, que não me foram permitidas manifestar, e aqui estou eu, agora. Terei presunção, para muitos ao dizer isso. ‘Se és mais alto porque não o provas?’ ‘Porque não és um homem de sucesso, se sabes assim tanto, se vez mais além da barreira do tempo?’ Eu não engano pessoas para estar no alto na vida, eu não atropelo, eu não desprezo, eu não destruo o mundo nem as pessoas, tento ser razoável [não me podem culpar pelos sentimentos negativos que provoco]. Muitos daqueles que dão uma imagem soberba, com discursos tão fúteis como o meu agora, na tentativa de conquistar poder e pessoas incautas, que, no fundo, são seres tão comuns como eu, apenas com o privilégio da massificação da sua imagem e capacidade de retórica, movem multidões e são tratados como deuses, como se fossem capazes de gerir os destinos do mundo. Pois, eu digo, a minha imagem não existe. Eu torno tudo complexo, onde tudo parece ser simples. E assim vivo mais um dia, quando na verdade eu morri mais um dia. É uma questão de perspectiva [Curioso, eu tenho as duas ditas anteriormente]. Sempre moram em mim infinitas perspectivas, e eu associo e volto a associar, visões e mais visões, elos, ligações, e tendo a formar histórias, novas perspectivas, tudo sem fim, não há volta a dar. Quem me trata é responsável pelo que me acontece, quer de bom [tanto melhor] quer de mau, quer de mau. Tal como eu não posso ignorar a minha mente [tudo o que penso e o que faz que eu seja quem sou] quem me cuida não pode ignorar o poder que tem, e tem que saber usá-lo. A minha vida não é simplesmente uma vida, não sou um boneco nas mãos de uma pessoa humana, se bem que, justamente, o sou na mão do infinito Universo, em ultima instância de Deus. E não me digam que não há culpados, como se tudo pudesse passar impunemente. E já que estamos a falar de Deus, diz-se que Ele ‘escreve direito por linhas tortas’, aí reside a minha esperança. Quem não fez, nem disse, nem agiu, nem esteve directamente relacionado com determinado acontecimento não pode ser culpado, mas quem agiu directamente, viu o que fez e fez mal, tem que redimir o seu erro, como eu penso que redimo os meus. Tenho trilhado este caminho, este que me tem ficado para trás. Podia ter sido um outro caminho, indefinidamente ao acaso. Mas quem se interpôs na minha senda de felicidade e me destrui-o o meu bom sentido, tem de ser notificado, e tem de justificar perante a sua consciência, mais do que a qualquer outro homem, o que fez. Tenho pena de quem o fez. Quantas rasteiras me pregaram (!) Tenho mais pena deles do que de mim, porque eles não merecem um palmo de terra neste mundo, quando eu já tenho direito ao Universo partilhado pelos seres que se redimem do que são. Se perdoo? Não, não tenho esse poder. Se sou presumido ao achar-me um dos mais altivos dos homens, talvez seja, mas pelo menos não sou arrogante.
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