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Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Mais um alegre blog...?!

Enfeitado , disfarçando; traduzindo: as horas, o tempo que passa, inexorávelmente, e sentindo os sentidos da minha vida e de tudo e todos os que minha alma toca e abrange. Bem vindos a este meu Universo.

Domingo tristonho

            Setembro 2006

 

            É domingo, todos os domingos são deprimentes para mim. Domingo é sinónimo de festa na tradição, e eu não gosto de festas. Eu estou em baixo. Mas não foi a causa um domingo, não, a causa está no mais profundo do meu ser que se perdeu por esses domingos afora, e me pôs à nora. Eu sinto-me lixo. Mas que é isso, isso que me faz sofrer desta maneira sem razão, eu estou numa prisão? Eu sinto-me bloqueado. Mas que sentimento é esse que me faz andar como que mijado? Eu sinto-me com medo de falar. Mas que se passa comigo que mal consigo respirar? Eu sei a causa de tudo, eu consigo vislumbrar, mas aquilo que me provoca a emoção mais forte é quando me sinto a apagar. Os dias passam, para uns, para mim trespassam-me, como uma flecha que eu nunca senti, mas na verdade o sangue me faz jorrar. Eu falo no meu pensamento, eu falo a toda a hora e a todo o momento, mas a única maneira do que eu me sinto é como um verdadeiro jumento. Tristeza vã e solitária que me possuiu, já há muito tempo e que me faz fugir de todos, sinceramente, eu estou metido em lodos. Eu preciso de caminhar, ar, amar, olhar, desertar, prosar, lembrar, chorar primeiro para depois alegrar, sentir a brisa do mar, deixar de divagar, não me chatear, não me preocupar, desconcentrar ou concentrar (?). Às vezes bem me tento alegrar, quando alguém me tenta abordar, mas estou a ser falso, a minha tristeza consome-me como a uma vela ao ar. Eu sinto o expoente da melancolia, o romantismo, a noite que não deixa antever o dia. Eu sinto por muitos, eu sinto a minha alma cândida ofuscada com dor, mas que posso eu fazer pelos outros, se em mim nem o meu amor. Talvez ele não seja para nós, seja para os outros, mas como se pode dar a quem não estende a mão para o receber, como que orgulhoso com o seu doer. Insatisfeito, assim me tornei, neste percurso por onde trilhei, insatisfeito comigo por não alcançar aquilo que me propus fazer, insatisfeito e sem conseguir ou por não conseguir fugir, a uma espécie de destino que me tem levado a seu bel-prazer. Propus-me viver alegre, sempre a sorrir, por um momento consegui-o, mas a certa altura já era a fingir. Perguntei a Deus, o porquê de haver um destino, alguém me sabe responder? Deus omnipotente, não quererá ele fazer sofrer a gente? Justo com ou por pecador? Se pega a dor, eu sou pecador então. E como isto que acabo de dizer, assim é o meu sofrer, dou o dito por não dito, aquilo em que acreditei, eu abanei como um terramoto interior, e depois de muito ter desabado, aqui estou eu desanimado, estupidificado, desorientado. Penitência Senhor penitência, que agora estou doente, neste leito ainda quente, mas até quando? Penitência por algo que eu fiz, ou que eu nunca fiz? Já não acredito, no mais profundo do meu ser, esta é a verdade que me destrói, não acredito no objectivo da minha vida, se é que o há, escrever para o infinito, para o nirvana da existência humana. Mas nunca o saberemos, o fim, nunca o compreenderemos, o princípio, e ainda bem que é assim, tudo tem o verdadeiro sentido na abalada e na chegada, quanto ao resto é tudo água a passar pelo ciclo da vida, o efémero ciclo, sim tão curto como dia, mas tudo com a medida certa. A minha vida tem a medida certa. Já ultrapassei os meus limites faz tempo, eu morri para voltar a nascer, assim é o viver de alguns. Este é o meu viver.

Fevereiro 2006

                                              Fevereiro 2006
 
            A sintonia das ondas, as boas vibrações. Um mundo de absorção onde cada um quer açambarcar o próximo, com as suas ideias, os seus ideais. Um mundo à parte onde tudo tem um sentido diferente. Interpretações e mais interpretações, perspectivas e perspectivas. Incompreensão. A essência do ser humano. Um mundo de sonho, um mundo inimaginável. Um mundo onde se espera a justiça de Deus. Um mundo onde não reina a moral. O caos do mundo. As atrocidades que se cometem. A loucura reina nesta selva humana. Mas eu ainda continuo à espera de justiça, por um Deus que teima em não chegar. Sei que vou esperar cada vez menos. Até que há-de chegar um tempo em que esperar já não fará sentido. A capacidade de antecipação é a capacidade de enfrentar o que está para vir e de mudar o que com que nos deparamos. Mas eu tantas vezes vejo a pedra à frente onde vou tropeçar e não consigo desviar-me, como se houvesse um destino, eu que tantas vezes dou pelas coisas imediatamente após terem acontecido e vejo que não me apercebi a tempo delas como se houvesse algo mais forte do que eu, que em mim permanece, e não me deixasse percebê-las por antecipação, algo mais forte do que a minha inteligência que não me deixa prosperar. Estou condicionado pelo que me rodeia, pelos genes que se manifestaram, desapropriadamente. Estou out. Esta é a minha vida, este é o meu mundo, e na minha vida e no meu mundo sou eu que reino. Não me posso desfazer daquilo que fui completamente, bem ou mal eu sou o que fui. Resta um caminho pela frente, mais ou menos longo, mais ou menos curto, que eu terei que percorrer sem olhar para o lado ou para trás à espera que o passado de felicidade volte. E posso sempre recordar aquilo que vivi, o cheiro terráqueo que me invade, até posso ver aquilo que não vi, sentir o que não faz parte de mim. È como se eu compreendesse mesmo aqueles que não conheci, a sua essência, a sua existência. Desde Fernando Pessoa a Kant, desde Jesus até mim. É como se eu ainda não tendo visto já tenha sentido.

Ainda em 2003

        È um facto, pode ser uma repetição, mas o tempo passa, inexoravelmente. Da mesma maneira passam muitas coisas na nossa cabeça, muitas ideias, pensamentos e situações que avaliamos vezes sem conta. Às vezes parece-nos que passa depressa demais –quando por exemplo estamos bem dispostos e/ou a fazer algo que gostamos- , outras vezes parece que nunca mais passa, normalmente nas horas de sofrimento em que um segundo parece uma eternidade. Dou o tempo por bem ocupado quando consigo dormir bem. Já quando estou acordado não sei de que maneira será melhor passar o tempo. Daí que em casa o melhor que tenho a fazer é dormir. Penso, há tanta coisa que se podia fazer, mas não, o que me sabe melhor é dormir. Ou então pensar, pois é, penso muito, penso demais. É este meu pensamento que me mantêm lúcido e é ele que por vezes me parece levar à loucura. Penso compulsivamente. Assim como deve haver pessoas que falam compulsivamente - acho que o meu pai é uma dessas pessoas porque em presença de alguém tem sempre que falar - , eu sou um calado compulsivo, e simultaneamente um pensador compulsivo. E acho que tenho pensamentos magníficos quando sinto compreender a realidade que me rodeia, quando compreendo o meu passado, quando descubro ao mesmo tempo aquilo que sou e o motivo por que o sou. Mas sinto uma terrível insatisfação por não conseguir exprimir todo esse pensar, esse entendimento das coisas. E neste momento sinto-me apertado pelo tempo, ele a passar e as ideias não fluem, aliás como sempre que me quero exprimir. É terrível isto que se passa comigo. È uma sensação de estar a gritar bem alto e ninguém conseguir ouvir, como se eu estivesse noutra dimensão paralela aquela em que os outros andam, e que ao mesmo tempo não me vissem. Mas ao mesmo tempo desejo passar desapercebido. O meu organismo dispara quando alguém está a olhar para mim e quando ao mesmo tempo eu me consciencializo disso, como se tivesse medo de ser avaliado negativamente. É como se nesse momento eu deixasse de respirar. E com isso, na tentativa de suster a ansiedade é quando ela se agudiza.

Corria o Novembro de 2003

11-11-03
 
 
 
            Tantos pensamentos dispersos, tantas ligações entre eles. Fico stressado quando me tenho que exprimir, como se estivesse preso em mim. A voz falta-me. O rubor assalta-me à face. Ando bloqueado, ainda, é isso. Talvez eu nunca consiga mudar esta maneira de ser que está tão intrincada em mim, dentro da minha cabeça, mudar como eu queria pelo menos. E Esta incomunicabilidade deixa-me louco, pelo menos faz-me imensa pressão nesse sentido. Esta incapacidade de interacção com alguém é terrivelmente assustadora, a começar pelos pais, que já não têm capacidade, há muito tempo, de me compreender, e ter de viver com eles. Estou a melhorar, devagarinho, mas pergunto-me se algum dia chegarei a estar suficientemente bem, comigo mesmo também, para poder seguir a minha vida, só ou acompanhado. A minha capacidade de afirmação é diminuta, e isso têm-me dado imensos problemas sociais. Ando desintegrado. Estou continuamente a cultivar os meus sentimentos, como se fosse um narcísico. Bem me podem chamar narcísico se isso for sinónimo de introvertido. Mas pela definição que está no dicionário, narcísico não posso ser, porque eu não tenho amor excessivo pelo meu aspecto físico, pela minha própria pessoa, não estou “enamorado de mim próprio” como explica o dicionário. Talvez até por eu ter uma ideia negativista de mim próprio é que eu tenho determinados problemas. Na realidade sou introvertido, mas não narcísico. O diagnóstico implícito que tive do meu problema, esquizofrenia, pesa sobre a minha mente indefesa. Tenho consciência de tanta coisa, e não as consigo verbalizar, nem sequer de resolver certos casos que descobri as causas. Realmente somos tão pequenos que pouco podemos fazer para mudar o mundo, até pouco podemos fazer para mudar – mo - nos a nós próprios. Por exemplo eu queria ser um bom conversador, já tomei consciência há muito tempo (Embora seja   relativo dizer que é muito ou pouco o tempo) de que falava pouco, mas não consigo fazer isso, tornar-me conversador de um dia para o outro. Até porque não tenho disposição para isso, logo tentar ser isso é ir contra a corrente. Tenho a sensação de me estar sempre a repetir cada vez que escrevo no papel, parece compulsivo, há tanto para dizer mas só me ocorrem sempre os mesmos pensamentos, quando não é que a mente fique em branco. Mas é a verdade e tenho que encará-la de frente.
            Noto que há nos meus problemas uma relação de vários factores ligados entre si formando uma cadeia, um ciclo vicioso do qual tendo a sair aos poucos.
           

O meu primeiro blog

    E depois de uma página feita (  http://johnybigodes.planetaclix.pt/uma.html  ) -simples mas profunda (na minha maneira de sentir) - façam-me o favor de a ver, vejam se entendem alguma coisa- aqui estou eu para blogar. Pois é, este vai ser o primeiro, e portanto isto é só uma introdução. Espero escrever palavras profundas, que toquem no mais fundo de cada um, se é que alguém irá entender o que eu digo ou se irá interessar pelo que eu escrevo. Vamos ver no que isto vai dar.

    'Somebody to love', amor: é o que todos procuramos sem findar, porque enquanto há vida há esperança, que a esperança prevaleça então, neste mundo virtual, ao menos que seja aqui, já que tudo lá fora é frio e pareçe não ter sentido.

    Então até breve. Podem comentar.

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