Gritos e visões
20 de janeiro de 2003
Há um grito em mim, não sei se mais alguém sentirá assim. Há um grito que não sai, que soa tão alto dentro de mim. Há uma compreensão desmedida que tem a minha mente entupida. Há um grito de compreensão que teima em sair para o universo, o vácuo do silêncio. Grito nas alturas, procuro clareza na visão, que me é só negra em toda a sua imensidão. Vejo uma luz ao fundo do túnel, não há esperança
Vimos do vazio, do nada, o nirvana. Na nossa mente, quando não influenciada por meios exteriores sociais, o bem-estar depende dos conceitos que temos na nossa mente acerca do mundo. E porque estamos sozinhos? Queria dizer, porque estamos aqui? Será que só quem sabe tem grandes discursos, que é capaz de dissertar sobre um assunto, que é capaz de dialogar com grande clareza de raciocínio, é que é feliz, é que tem o direito de viver? Eu sei que o digo não é coerente, já o disse, mas meu raciocínio é um pouco estranho, funciona por flash’s, até já me rotularam de doenças que já nem quero pensar, mas não só, já me rotularam de tanta coisa...O problema é que isso me afecta, não consigo evitar, principalmente quando até a minha própria família consente tal. Afinal que terei eu? Não consigo formar uma imagem exterior de mim. Conheço-me muito bem interiormente, mas visto com outros olhos, não me consigo ver.